O movimento estudantil de 1968 foi um marco histórico que teve origem em diversos países ao redor do mundo, sendo especialmente significativo no Brasil. Caracterizado por manifestações, protestos e greves lideradas por estudantes, o movimento teve como principais causas a insatisfação com a repressão política e a falta de liberdade de expressão e participação democrática. Suas consequências foram profundas e duradouras, influenciando a sociedade e a política de maneira significativa, e deixando um legado de lutas por direitos civis e sociais.
Origens e motivos que impulsionaram o movimento de 1968 no mundo ocidental.
Em 1968, o mundo ocidental foi palco de um movimento estudantil que marcou a história pela sua intensidade e alcance. As origens desse movimento podem ser encontradas em diversos fatores que contribuíram para o seu surgimento. Primeiramente, a juventude da época estava insatisfeita com a ordem social vigente, que era marcada por uma forte hierarquia e conservadorismo. Os jovens buscavam uma maior liberdade individual e questionavam as instituições tradicionais, como a família e a igreja.
Outro fator importante que impulsionou o movimento de 1968 foi o contexto político da época. A Guerra do Vietnã estava em pleno andamento, o que gerava um clima de revolta e protestos em diversos países. Além disso, a Guerra Fria estava no auge, com a tensão entre Estados Unidos e União Soviética atingindo níveis alarmantes. A juventude sentia-se desafiada a se posicionar diante desses conflitos e a buscar alternativas para um mundo mais justo e pacífico.
Os movimentos de contracultura e as transformações sociais também tiveram um papel importante no surgimento do movimento de 1968. A música, a moda e o comportamento dos jovens estavam em constante evolução, rompendo com os padrões estabelecidos e buscando novas formas de expressão. Essa efervescência cultural contribuiu para a mobilização dos jovens e para a criação de um ambiente propício para a contestação e a rebelião.
Em resumo, o movimento estudantil de 1968 foi impulsionado por uma série de fatores, que incluíam a insatisfação com a ordem social vigente, o contexto político conturbado da época e as transformações culturais em curso. Esses elementos se combinaram para criar um cenário propício para a mobilização e a luta por mudanças na sociedade.
Origem e motivos que levaram ao surgimento do movimento estudantil no Brasil.
O Movimento estudantil de 1968 no Brasil foi um marco na história do país, sendo caracterizado por uma série de manifestações e protestos liderados por estudantes em diversas universidades. A origem desse movimento pode ser atribuída a diversos fatores, mas principalmente à insatisfação dos jovens com o regime militar que governava o país na época.
Os principais motivos que levaram ao surgimento do movimento estudantil em 1968 foram a censura imposta pelo governo, a falta de liberdade de expressão, a repressão policial e a desigualdade social. Os estudantes viam na luta contra o regime militar uma forma de buscar por uma sociedade mais justa e democrática, onde pudessem ter voz e participar ativamente das decisões políticas do país.
Além disso, a influência de movimentos estudantis internacionais, como o Maio de 1968 na França, também teve um papel importante no surgimento do movimento no Brasil. Os estudantes brasileiros se inspiraram nas manifestações que aconteciam ao redor do mundo e decidiram se unir em prol de um objetivo comum: a luta pela liberdade e pelos direitos civis.
Em suma, o Movimento estudantil de 1968 no Brasil teve sua origem na insatisfação dos jovens com o regime militar, a censura e a repressão policial, e foi motivado pela busca por liberdade, igualdade e justiça social. As manifestações e protestos desse período tiveram um impacto significativo na história do país, marcando o início de uma fase de resistência e luta por direitos fundamentais.
A importância do movimento estudantil de 1968 na história contemporânea.
O movimento estudantil de 1968 foi um marco na história contemporânea, com importantes causas e consequências que moldaram a sociedade da época e influenciaram gerações futuras. Ao longo do ano de 1968, estudantes de diversos países, como França, Estados Unidos, Brasil e México, saíram às ruas em protesto contra diversas questões sociais, políticas e culturais.
As causas do movimento estudantil de 1968 eram variadas, incluindo a oposição à guerra do Vietnã, a luta por direitos civis e igualdade racial, a reivindicação por maior liberdade de expressão e participação política, entre outras demandas. Os estudantes se organizaram em manifestações, ocupações de universidades e confrontos com as autoridades, buscando chamar a atenção para suas reivindicações e promover mudanças na sociedade.
As consequências do movimento estudantil de 1968 foram significativas. Em diversos países, as manifestações estudantis levaram a mudanças políticas e sociais, como a queda de governos autoritários, a implementação de reformas educacionais e a ampliação de direitos civis. Além disso, o movimento de 1968 inspirou outras lutas sociais e movimentos de resistência ao redor do mundo, contribuindo para a consolidação de valores como democracia, igualdade e liberdade.
Em resumo, o movimento estudantil de 1968 teve um papel fundamental na história contemporânea, ao mobilizar jovens em prol de causas justas e provocar mudanças significativas na sociedade. Seus efeitos continuam a ser sentidos até os dias atuais, demonstrando a importância da atuação dos estudantes na construção de um mundo mais justo e igualitário.
Impacto do movimento de Maio de 1968 na França: um dos efeitos observados.
O movimento de Maio de 1968 na França teve um impacto significativo em diversos aspectos da sociedade. Um dos efeitos observados foi a transformação da mentalidade da população, especialmente dos jovens. Durante os protestos, os estudantes exigiam mudanças profundas no sistema educacional e na sociedade como um todo. Essa mobilização em massa fez com que questões antes consideradas tabu fossem discutidas abertamente, como a liberdade de expressão e a igualdade de direitos.
Movimento estudantil de 1968: causas e conseqüências
O movimento estudantil de 1968 foi um movimento desenvolvido no México contra o governo. Isso aconteceu entre julho e outubro daquele ano, no contexto dos Jogos Olímpicos de Verão de 1968, na Cidade do México.
Esse movimento também teve como contexto os protestos mundiais de 1968. Os estudantes mexicanos foram inspirados pelo sucesso do movimento na França naquele mesmo ano; Eles viram a oportunidade de trazer uma democracia mais aberta ao México.
Eles escolheram aquele verão por causa das Olimpíadas que aconteceriam na Cidade do México em outubro.Os alunos pensaram que era a oportunidade de pressionar o governo, guiado pelo presidente Gustavo Díaz Ordaz e pelo Partido Revolucionário Institucional.
O descontentamento do povo foi desencadeado em 22 de julho, quando uma briga de rua entre estudantes do ensino médio foi reprimida pela polícia.
Após vários dias de tumultos e brigas, os estudantes começaram uma greve para protestar contra a repressão. Centenas de protestantes pacíficos foram mortos durante os protestos.
Embora os protestos estudantis não levassem a mudanças políticas diretas, eles levaram a uma mudança na percepção da população. Essas manifestações destacaram a repressão e a hipocrisia do governo.
O surgimento desse movimento pode ser visto como a raiz da agitação social que acabou levando a um governo mais aberto no futuro.
Quatro causas principais
1- Falta de igualdade
Durante a década de 1960, o México experimentou grande estabilidade e crescimento econômico. O governo usou esse sucesso econômico para desviar a atenção dos problemas existentes.
Embora o México estivesse se tornando um país mais rico, não houve mudança nas desigualdades entre as classes. Havia muitas pessoas empobrecidas e apenas algumas melhorias foram feitas no seu modo de vida.
A desigualdade era evidente. Em contraste com os descendentes de europeus ou estrangeiros, os mestiços e indianos permaneceram na pobreza; Muitos viviam em favelas ou aldeias pobres.
A repressão das classes mais baixas aumentou desde a Segunda Guerra Mundial, e as receitas caíram nos bolsos da elite.
A classe média teve alguns benefícios econômicos, mas eles não tinham representação política; A maioria dos alunos veio desta classe.
2- Revoltas estrangeiras
Os alunos queriam uma mudança, e a oportunidade perfeita veio naquele ano. Os estudantes mexicanos olharam para o outro lado do oceano para ver como os outros estudantes lidavam com questões semelhantes.
Em Paris, Tóquio e muitas outras cidades importantes, revoltas estavam ocorrendo. No oeste, os estudantes queriam voltar à sociedade de consumo. Na Europa, os estudantes queriam apelar para o nacionalismo e a democracia.
Esses levantes mundiais inspiraram estudantes no México. Em vez de focar nos problemas da universidade, os protestantes se concentraram em algo maior, chamando a democracia para a nação.
3- A Revolução Cubana
Além da inspiração do esquerdismo no país, os estudantes também foram influenciados pelos eventos ocorridos nove anos antes em Cuba.
A Revolução Cubana mostrou a outras nações latino-americanas que havia a possibilidade de uma revolução, na época considerada bem-sucedida, em um país latino-americano que não possuía um sistema capitalista bem desenvolvido.
Pessoas que não acreditavam que qualquer tentativa de revolta no México pudesse ser bem-sucedida viram que a revolução em Cuba serviu para educar as pessoas, erradicar a pobreza e afastar o imperialismo americano.
Embora muitos líderes estudantis fossem comunistas, essa ideologia não dominou o objetivo geral dos protestos. Mas a Revolução Cubana levou as pessoas a fazer uma mudança.
4- Violação das promessas da revolução de 1910
A verdadeira motivação dos protestos foi além da remoção de agentes do governo. A base de todos os protestos foi a desigualdade social e a repressão política; Os protestantes queriam que as promessas da Revolução de 1910 fossem cumpridas.
Os estudantes queriam mudar o foco das políticas estatais, que na época favoreciam apenas a elite, e direcioná-las aos pobres, aos trabalhadores e às classes sociais médias e baixas, que haviam sido ignoradas.
Os estudantes queriam que o governo parasse de pensar nas oportunidades de negócios americanas e focasse em programas de serviço social. Além disso, o governo era uma ditadura que estava no poder há seis anos.
Quatro consequências principais
1- Massacre de Tlatelolco
Foi o assassinato de cerca de 300 ou 400 estudantes e civis, realizado pela polícia e pela milícia, em 2 de outubro na Plaza de las Tres Culturas.
Esse número de mortes é estimado, pois nunca houve um consenso sobre quantas pessoas morreram naquele dia.
Os eventos ocorridos são considerados parte da “guerra suja”, quando o governo usou suas forças para oprimir a composição política. Mais de 1.300 pessoas foram presas pela polícia.
Naquela época, o governo e a mídia declararam que as forças do governo haviam sido provocadas pelos protestantes quando foram baleados. No entanto, agora se sabe que os franco-atiradores eram do governo.
2- Mudança na perspectiva social
Os estudantes criticaram abertamente o governo. O movimento incentivou todas as pessoas a participar e exigir do governo o que lhes foi negado.
As críticas ao presidente, anteriormente algo nunca visto antes, faz parte do esforço dos estudantes para revelar as reais intenções do governo.
Enquanto as pessoas observavam os sinais de repressão, ficaram mais convencidas de que mudanças tinham que ser feitas no país.
3- Requisitos do Conselho Nacional de Greve e trégua final
O Conselho Nacional de Greve (CNH) foi uma coalizão criada para representar a liderança do movimento.
As demandas deste grupo incluíam: libertação de presos políticos, indenização para as famílias dos estudantes assassinados, demissão do chefe de polícia da Cidade do México e anulação de códigos criminais que restringiam a liberdade de expressão.
A CNH aceitou uma trégua a partir de 9 de outubro. Após as Olimpíadas, houve muito poucos protestos. Em dezembro, a CNH se dissolveu e os protestos terminaram. O Massacre de Tlalelolco influenciou a cessação dos protestos.
4- Início das mudanças no México
O sucessor de Díaz Ordaz foi o presidente Luis Echeverría. Echeverría tentou ganhar o apoio do povo demitindo as pessoas que o público considerava responsáveis pelo massacre dos estudantes.
Ele também realizou ações para atender às demandas das pessoas; permitiu que a participação em massa no governo fosse mais fácil, permitindo que novos partidos políticos fossem reconhecidos.
O presidente aumentou os gastos com assistência social, moradia e educação e expandiu o programa de seguridade social.
Em 1971, prisioneiros presos haviam sido libertados durante os protestos. Durante o período de Echeverría, a grande corrupção existente começou a ser destruída.
O movimento estudantil impulsionou os esforços para acabar com a corrupção e deu voz à população mexicana; Ele pediu que eles não tenham medo de se opor às injustiças do governo.
Referências
- Uma nova revolução mexicana? O movimento estudantil de 1968. Recuperado de eiu.edu
- Massacre de Tlatelolco. Recuperado de wikipedia.org
- Estudantes mexicanos protestam por uma maior democracia, 1968. Recuperado de nvdatabase.smarthmore.edu
- Massacre no México em 1968: o que realmente aconteceu? (2008). Recuperado de npr.org
- México 68. Recuperado de wikipedia.org