Algumas das plantas ameaçadas de extinção do Peru são puya titanca, mogno, garra de gato, flor de amancaes, quina, queñoa ou hercampuri. O Peru possui mais de 25 mil espécies, o que representa aproximadamente 10% da flora do planeta. Além disso, possui mais de 7000 espécies endêmicas, plantas originárias do Peru e que apenas se desenvolvem nessa região.
Infelizmente, as práticas de expansão humana, como extração de madeira, queimadas, pastoreio excessivo e a urbanização de territórios virgens, fazem parte da flora peruana em condições vulneráveis.
Lista de plantas ameaçadas de extinção no Peru
Puya ( Puya Raimondi )
É uma planta endêmica do cone sul, mais especificamente, da Bolívia e do Peru. É uma família de abacaxis e é caracterizada pelas “puyas” que se destacam em seus cachos.
Mogno ( Swietenia macrophylla )
Possui uma madeira avermelhada altamente valorizada no mercado de madeira, devido à sua aparência elegante e à simplicidade do trabalho de escultura.
Está em perigo de extinção devido à exploração madeireira e queima indiscriminada, para fins de exploração de móveis finos.
Garra de gato ( Uncaria tomentosa )
É uma planta trepadeira que se desenvolve nas florestas virgens do Peru.
É reconhecido por suas propriedades medicinais como anti-inflamatório, analgésico e antioxidante.
Flor de Amancaes ( Ismene amancaes )
Esta espécie aparece apenas na fase de transição entre o outono e o inverno (junho de cada ano) e é nativa da costa peruana.
Suas flores são amarelas e tem uma vida útil de três dias, em média.
Quina ( Cinchona officinales )
É a árvore nacional do Peru. Também conhecida como casca, kina ou quinino vermelho, essa árvore é amplamente conhecida por seus benefícios medicinais.
As infusões de quina são recomendadas como antipiréticas, digestivas, anti-sépticas e cicatrizantes.
O mangue
Esta espécie cresce, em média, entre 3 e 5 metros de altura. Possui galhos longos, entrelaçados com suas raízes externas, formando o manguezal.
A modificação do curso natural dos corpos d’água, a erosão e a sedimentação dos solos representam fatores de risco para esta espécie.
Queñoa ( Polylepis racemosa )
É caracterizada pelo desenvolvimento em grandes altitudes, excedendo 3.200 metros de altitude acima do nível do mar.
Seu habitat foi fortemente ameaçado pela queima e extração de madeira, além da produção de carvão em seu entorno.
Orquídea “Zapatito” ( Phragmipedium kovachii )
É nativa do Peru e está protegida pela Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES), dada a ameaça de extinção.
Cresce nas florestas tropicais de nuvens do norte do Peru, mais de 1.600 metros acima do nível do mar.
Carzo ( Haplorhus peruviana Engler )
Desenvolve-se para o sudeste do Peru, nos departamentos de Puno, Cuzco, Tacna e Ayacucho. Esta espécie é endêmica e está criticamente ameaçada.
Hercampuri ( Gentianella alborosea )
Está localizado a mais de 3.500 metros acima do nível do mar, em todo o planalto peruano, e geralmente permanece vivo por mais de dois anos
Atribuem-lhe propriedades medicinais para regular o metabolismo das gorduras e aliviar as condições do fígado. Também é usado como diurético e anti-inflamatório.
Matriz ( Myrcianthes ferreyrae )
Da família Myrtaceae, o bayberry está localizado nos oásis enevoados (colinas) do Peru, especificamente na região de Arequipa. Assim, é um tipo de habitat no deserto e estima-se que restem menos de 600 espécimes.
As razões para sua situação crítica são devidas a secas excessivas na área, bem como à atividade humana (construção, mineração, desmatamento, etc.).
Goma canaquila ( Parkinsonia peruviana )
Pertencentes à família Fabaceae, são espécies de arbustos de tamanho médio, localizadas no alto vale de Marañón, no norte do Peru, sendo endêmicas nessa área semi-desértica.
Acredita-se que restem apenas cerca de 150 ou 200 espécimes, sendo a agricultura, a exploração madeireira e a extração de madeira suas principais ameaças.
Axinaea ( Axinaea oblongifolia )
Planta localizada nos Andes Equatoriano e Peruano. No caso do Peru, axinaea está localizada entre 1000 e 3000 metros de altitude. É difícil determinar o número de espécimes existentes, embora haja relatos de que na área de Piura a população está diminuindo rapidamente.
O desmatamento tem sido a principal razão para sua queda. A construção de ferrovias ou áreas residenciais também mitigou as opções para essas usinas de ocupar essas terras.
Daphnopsis espinosae ( Daphnopsis espinosae )
Da família Thymelaeaceae, seu habitat é montanhoso. Está localizado em grandes altitudes (2000-4000 metros) nos Andes peruano e equatoriano. As subpopulações dessa espécie diminuem a cada ano, tornando impossível determinar quantas amostras restam.
O desmatamento do meio ambiente, assim como a agricultura e a aquicultura são suas principais ameaças.
Referências
- Calle, R. (2014). Árvores do Peru. Recuperado de: Ciencias.pe
- Os cientistas desenvolverão uma nova lista de espécies ameaçadas na flora selvagem do Peru (2015). Jornal de Gestão do Peru. Lima Peru. Recuperado de: gestion.pe
- A flora do Peru em perigo de extinção (2016). Jornal El Popular. Lima Peru. Recuperado de: elpopular.pe
- Flora peruana (2014). Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado. Lima Peru. Recuperado de: sernanp.gob.pe
- Plantas em perigo de extinção no Peru (2008). Recuperado em: mundyeco.blogia.com/
- Wikipedia, A Enciclopédia Livre (2017). Artigos: Puya raimondii, Ismene amancaes, Haplorhus peruviana, Phragmipedium kovachii, Polylepis racemosa, Cinchona pubescens e Gentianella albo-rosea. Recuperado de: es.wikipedia.org.