
A técnica de papel fixo de Kelly é uma abordagem terapêutica utilizada na terapia cognitivo-comportamental para auxiliar os pacientes a identificar e modificar seus pensamentos disfuncionais. Nesta técnica, o terapeuta e o paciente trabalham juntos para registrar e analisar os pensamentos automáticos que ocorrem em determinadas situações. O objetivo é ajudar o paciente a reconhecer padrões de pensamento negativos e substituí-los por pensamentos mais realistas e adaptativos. A técnica de papel fixo de Kelly pode ser uma ferramenta eficaz para promover a mudança cognitiva e emocional nos pacientes, auxiliando-os a lidar com problemas de forma mais saudável e construtiva.
O que Kelly entende por constructo: uma análise de sua definição.
O psicólogo George Kelly desenvolveu a Teoria dos Constructos Pessoais, que se baseia na ideia de que cada indivíduo interpreta o mundo ao seu redor através de construções mentais chamadas de constructos. Para Kelly, um constructo é uma forma de entender e organizar a realidade, sendo único para cada pessoa.
Segundo Kelly, os constructos são estruturas cognitivas que ajudam as pessoas a dar sentido às suas experiências e interações com o ambiente. Eles são formados a partir das experiências passadas de cada indivíduo e influenciam a maneira como percebemos e respondemos às situações presentes.
Em suas palavras, Kelly define constructos como “um sistema de ideias inter-relacionadas que nos permite antecipar eventos”. Ele acreditava que os constructos são dinâmicos e podem mudar ao longo do tempo à medida que adquirimos novas experiências e informações.
A técnica de papel fixo de Kelly é uma abordagem terapêutica que utiliza a identificação e exploração dos constructos pessoais do cliente para promover a compreensão e a mudança. Através do uso de questionários e exercícios, o terapeuta ajuda o cliente a identificar seus constructos e a refletir sobre como eles influenciam seu pensamento e comportamento.
Qual o prazo médio para perceber os resultados da terapia?
A Técnica de papel fixo de Kelly é uma abordagem terapêutica que visa ajudar os indivíduos a explorar e compreender seus pensamentos e sentimentos. Por meio dessa técnica, os clientes são encorajados a escrever suas experiências em pedaços de papel e a fixá-los em uma parede para visualização e reflexão.
Quando se trata de perceber os resultados da terapia, é importante ter em mente que cada pessoa é única e o tempo necessário para ver mudanças significativas pode variar. Em geral, o prazo médio para perceber os resultados da terapia depende de diversos fatores, como a gravidade do problema, a disposição do cliente para se envolver no processo terapêutico e a qualidade do relacionamento terapêutico.
Alguns clientes podem notar melhorias logo nas primeiras sessões, enquanto outros podem levar mais tempo para ver resultados. É importante lembrar que a terapia é um processo gradual e que as mudanças nem sempre são imediatas. É essencial que o cliente se comprometa com o processo terapêutico e esteja aberto a explorar suas emoções e pensamentos de forma honesta e autêntica.
Portanto, não há um prazo definitivo para perceber os resultados da terapia, mas é possível esperar que, com o tempo e o trabalho dedicado, os clientes possam experimentar melhorias significativas em sua saúde mental e bem-estar emocional.
Orientações para liderar uma sessão de terapia de forma eficaz e acolhedora.
Liderar uma sessão de terapia de forma eficaz e acolhedora requer habilidades específicas e sensibilidade para lidar com as emoções e questões dos pacientes. Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo a se tornar um terapeuta mais eficaz:
1. Estabeleça uma conexão empática: Ao iniciar a sessão, é importante criar um ambiente acolhedor e seguro para que o paciente se sinta à vontade para compartilhar seus pensamentos e sentimentos. Demonstre empatia e compreensão, mostrando interesse genuíno pelo que o paciente tem a dizer.
2. Seja claro e objetivo: Durante a sessão, é essencial manter o foco nos objetivos terapêuticos estabelecidos. Evite divagar ou se perder em detalhes irrelevantes. Comunique-se de forma clara e concisa, garantindo que o paciente compreenda as orientações e tarefas propostas.
3. Encoraje a expressão emocional: Incentive o paciente a expressar suas emoções de forma aberta e honesta. Ajude-o a identificar e compreender seus sentimentos, oferecendo suporte e orientação conforme necessário.
4. Utilize técnicas terapêuticas adequadas: Além de ouvir atentamente, é importante empregar técnicas terapêuticas eficazes para ajudar o paciente a lidar com seus problemas. Uma técnica comumente utilizada na terapia é a Técnica de papel fixo de Kelly, que envolve a exploração de diferentes perspectivas e soluções para os desafios enfrentados pelo paciente.
5. Promova a autonomia do paciente: Incentive o paciente a tomar decisões e assumir a responsabilidade por sua própria vida. Ajude-o a desenvolver habilidades de enfrentamento e resolução de problemas, capacitando-o a superar as dificuldades de forma independente.
Ao seguir essas orientações e demonstrar empatia, clareza e apoio, você pode liderar uma sessão de terapia de forma eficaz e acolhedora, promovendo o bem-estar emocional e o crescimento pessoal do paciente.
Atividades e técnicas utilizadas durante as sessões terapêuticas para promover o autoconhecimento e transformação.
Na terapia, é fundamental utilizar diversas atividades e técnicas para promover o autoconhecimento e a transformação dos pacientes. Uma dessas técnicas é a Técnica de papel fixo de Kelly, que consiste em utilizar folhas de papel para auxiliar os pacientes a expressar seus pensamentos e emoções de forma mais clara e objetiva.
Durante as sessões terapêuticas, o terapeuta pode fornecer folhas de papel aos pacientes e pedir que eles escrevam ou desenhem o que estão sentindo no momento. Essa atividade ajuda os pacientes a externalizar seus sentimentos e pensamentos, facilitando a reflexão e o autoconhecimento.
Além disso, a Técnica de papel fixo de Kelly pode ser usada para identificar padrões de pensamento negativos ou crenças limitantes que estão impedindo o paciente de progredir em sua jornada de autoconhecimento e transformação. Ao analisar o conteúdo das folhas de papel, o terapeuta e o paciente podem identificar padrões recorrentes e trabalhar juntos para modificá-los.
Ao permitir que os pacientes expressem seus pensamentos e emoções de forma tangível, essa técnica ajuda a criar insights e insights que podem levar a mudanças significativas na vida dos pacientes.
Técnica de papel fixo de Kelly: o que é e como é usada na terapia
Muitas vezes, quando temos um problema ou estamos sofrendo por algum motivo, olhar as coisas de outra perspectiva pode nos ajudar a encontrar uma solução. George Kelly pensava assim quando criou a técnica do papel fixo , enquadrado na teoria das construções pessoais e baseado em uma abordagem construtivista da realidade.
O construtivismo afirma que a realidade não é algo único e imóvel, mas que está sendo construída; Existem tantas realidades quanto pessoas no mundo. Cada pessoa criará sua própria realidade e dará a ela seu próprio significado pessoal. As nuances são infinitas.
Nas linhas seguintes, veremos os fundamentos da psicologia construtivista que G. Kelly levantou.
Kelly e o começo do construtivismo
George Kelly era um psicólogo americano que propôs a teoria das construções pessoais. De acordo com essa teoria, as pessoas constroem o mundo com base em construções pessoais , isto é, em maneiras de dar sentido às experiências.
Assim, cada pessoa atribui à experiência um certo significado, o resultado dessas construções.
Para saber mais e mais sobre o mundo à nossa volta e antecipar as consequências do que está acontecendo ao nosso redor, devemos ajustar e modificar nosso sistema de construções. Isso mudará ao longo do tempo e das experiências que adquirimos .
Origem da técnica de função fixa
A técnica de papel fixo, também chamada de terapia de papel fixo, foi proposta por Kelly em 1955, embora tenha começado a ser utilizada antes, na década de 1930.
Essa técnica é considerada a mais representativa da teoria dos construtos pessoais e é uma ferramenta útil para alcançar mudanças terapêuticas.
Por meio dessa técnica, o terapeuta cria papéis de personalidade fictícia específicos para o paciente , e o paciente deve representá-los por aproximadamente 2 semanas. Através dessa implementação de novas funções, o paciente experimenta novas construções que o ajudarão a alcançar mudanças.
É importante que a técnica seja aceitável para o paciente, para que o terapeuta e o paciente possam trabalhar juntos.
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Fases deste processo terapêutico
Vamos ver com mais detalhes as fases que configuram a técnica.
Primeiro, a auto-caracterização é desenvolvida (que também é uma técnica de avaliação proposta por Kelly, em 1955). Nesta fase, o terapeuta pede ao paciente que escreva uma descrição de si mesmo (geralmente duas páginas na terceira pessoa); É o que Kelly chama de “esboço de personagem”.
Então, o terapeuta constrói outra descrição a partir disso, chamada “busca fixa de papéis”. O paciente deve representar o novo papel ou personagem por um determinado período de tempo (geralmente 2 semanas).
Assim, o paciente enfrentará um papel no enfrentamento dos desafios, desafios e problemas de sua vida , mas sob uma perspectiva diferente. A personalidade ficcional (novo papel) terá um nome diferente para que o paciente possa representá-lo sem perder sua identidade ou comprometê-la.
A técnica também inclui trabalhos de casa, que neste caso envolverão o desempenho do papel fixo em situações de trabalho ou acadêmicas (fora da terapia).
No estágio final da técnica do papel fixo, paciente e terapeuta fazem uma avaliação dos resultados , e é o paciente quem decide se deve ou não manter algumas das características representadas.
Além disso, nesta última fase, uma carta de despedida geralmente é escrita para o caráter da função fixa. Essa estratégia permite preparar o fechamento da intervenção terapêutica
Características da técnica
Nas sessões de terapia, o paciente deve implementar o novo papel (além da lição de casa).
Por outro lado, uma maneira pela qual o terapeuta pode modelar o novo papel no paciente e que este último pode ver uma situação específica da perspectiva de outro é usar a inversão de papéis , com a qual o terapeuta e O paciente é revertido. Assim, o paciente representa o papel do terapeuta e vice-versa; Isso permite que o paciente explore a realidade de outro ponto de vista. Atitudes de exploração e experimentação facilitarão as mudanças.
O objetivo da técnica de papel fixo é que o paciente ensaie na prática como seria viver sem o problema que ele tem (também chamado de dilema), com a segurança e a tranqüilidade de que não será solicitado que o elimine. Dessa forma, se você sentir a mudança muito ameaçadora, poderá voltar à sua maneira usual de funcionar.
Finalmente, pretende-se que o paciente possa reorganizar seu sistema de construção anterior, modificar suas construções pessoais e desenvolver novas, desta vez mais funcionais.
Referências bibliográficas:
- Cloninger, S. (2002). Teorias da personalidade. México: Pearson Education
- Senra, J., Feixas, G. e Fernandes, E. (2005). Manual de intervenção em dilemas implicativos. Journal of psychotherapy, 16 (63/64), 179-201.