Economia social de mercado: origem e características

A economia social de mercado é um modelo econômico que combina elementos do capitalismo e do socialismo, buscando conciliar a eficiência do mercado com a proteção social dos cidadãos. Surgiu na Alemanha no pós-segunda guerra mundial, com o objetivo de reconstruir a economia e garantir o bem-estar da população. Suas principais características incluem a livre concorrência, a intervenção do Estado para corrigir as falhas de mercado e a promoção da justiça social. Esse modelo se tornou um dos pilares da economia europeia e influenciou diversos países ao redor do mundo.

Principais características da economia de mercado: entenda como funciona esse sistema econômico.

A economia de mercado é um sistema econômico baseado na oferta e demanda, onde as decisões sobre o que produzir, como produzir e para quem produzir são tomadas pelo próprio mercado, ou seja, pelos agentes econômicos. Nesse sistema, o Estado tem uma intervenção mínima na economia, deixando que a livre concorrência e a liberdade de empreender prevaleçam.

Uma das principais características da economia de mercado é a propriedade privada dos meios de produção, ou seja, os recursos produtivos são de propriedade de particulares e empresas, que buscam lucro através da produção e venda de bens e serviços. Além disso, a competição é um elemento fundamental nesse sistema, pois é ela que regula os preços e a qualidade dos produtos, incentivando a inovação e a eficiência.

Outra característica importante da economia de mercado é a liberdade de escolha, tanto para os consumidores, que podem escolher o que comprar e de quem comprar, quanto para os produtores, que têm a liberdade de decidir o que produzir e como produzir. Isso gera uma maior diversidade de produtos e serviços, atendendo às diferentes necessidades e preferências dos consumidores.

Por fim, na economia de mercado, os preços são determinados pela interação entre oferta e demanda, refletindo a escassez dos recursos e as preferências dos consumidores. Isso faz com que haja uma alocação eficiente dos recursos, garantindo a maximização da produção e do bem-estar social.

Em resumo, a economia de mercado é um sistema baseado na livre iniciativa, na propriedade privada, na competição e na liberdade de escolha, onde os preços são determinados pelo mercado. É um sistema que busca a eficiência econômica e a maximização do bem-estar social, através da interação entre os agentes econômicos e a regulação do mercado.

Origem da economia de mercado: um breve histórico sobre seu surgimento ao longo dos séculos.

A economia de mercado teve sua origem em um processo gradual ao longo dos séculos. No início, as sociedades eram baseadas em sistemas de trocas diretas, onde os produtos eram trocados por outros produtos. Com o tempo, surgiram as moedas como meio de facilitar as trocas, dando início a uma economia mais complexa.

No período medieval, o feudalismo era predominante, com uma economia baseada na posse da terra e na produção agrícola. Com o surgimento do mercantilismo na Europa nos séculos XVI e XVII, houve uma maior ênfase no comércio e na acumulação de riquezas através do controle das colônias.

Foi somente a partir da Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, que a economia de mercado como a conhecemos hoje começou a se consolidar. Com a industrialização e a urbanização, houve uma maior especialização da mão de obra e um aumento da produção em larga escala.

Ao longo do século XX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, a economia de mercado se tornou dominante em grande parte do mundo ocidental, com a ascensão do capitalismo como sistema econômico predominante. A globalização e a abertura dos mercados internacionais também contribuíram para a expansão da economia de mercado.

Atualmente, a economia de mercado é caracterizada pela livre concorrência, pela propriedade privada dos meios de produção e pela busca pelo lucro como principal incentivo econômico. Apesar de suas vantagens, como a eficiência na alocação dos recursos e a inovação, a economia de mercado também enfrenta desafios, como a desigualdade social e a degradação ambiental.

Em contrapartida, a economia social de mercado surge como uma tentativa de conciliar os princípios do capitalismo com a responsabilidade social, buscando garantir um equilíbrio entre o mercado e o bem-estar social. Este modelo, adotado por países como a Alemanha, combina a liberdade econômica com a intervenção do Estado para promover a justiça social e a sustentabilidade ambiental.

Principais características do socialismo de mercado: uma análise detalhada das suas particularidades.

A Economia social de mercado é um sistema econômico que combina elementos do socialismo e do capitalismo, buscando conciliar a eficiência econômica com a justiça social. Uma de suas vertentes é o socialismo de mercado, que apresenta características específicas que o distinguem de outras formas de organização econômica.

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Uma das principais características do socialismo de mercado é a propriedade dos meios de produção pelo Estado ou por cooperativas de trabalhadores. Isso significa que os recursos produtivos são controlados de forma coletiva, visando a diminuição das desigualdades sociais e a promoção do bem-estar da população.

Outro aspecto importante do socialismo de mercado é a existência de um sistema de preços que combina elementos de livre mercado com intervenção estatal. Isso permite a regulação da economia de forma a garantir a justiça social e a sustentabilidade ambiental, ao mesmo tempo em que incentiva a concorrência e a eficiência produtiva.

Além disso, no socialismo de mercado, o Estado desempenha um papel ativo na promoção do pleno emprego, da educação e da saúde públicas, garantindo o acesso equitativo a serviços essenciais. Dessa forma, a economia social de mercado busca conciliar o dinamismo econômico com a proteção social, promovendo o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

Em resumo, o socialismo de mercado combina elementos do socialismo e do mercado, buscando uma forma de organização econômica que promova a justiça social e a eficiência produtiva. Suas características incluem a propriedade coletiva dos meios de produção, um sistema de preços controlado e a intervenção estatal na promoção do bem-estar social. Essa abordagem busca superar as limitações do capitalismo puro, garantindo uma distribuição mais equitativa dos benefícios econômicos e sociais.

Princípios fundamentais da economia de mercado: entenda como funcionam os pilares econômicos.

A economia de mercado é um sistema econômico baseado na livre concorrência, na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro. Nesse modelo, a oferta e a demanda são os principais determinantes dos preços e das decisões de produção.

Um dos princípios fundamentais da economia de mercado é a liberdade econômica, que permite aos indivíduos empreender, produzir e consumir de acordo com seus interesses e preferências. Isso significa que os agentes econômicos têm autonomia para tomar decisões sem a interferência do Estado.

Outro princípio importante é a propriedade privada, que garante aos indivíduos o direito de possuir, usar e dispor de bens e recursos de acordo com suas necessidades e interesses. Isso estimula a eficiência na alocação de recursos e incentiva o investimento e a inovação.

Além disso, a livre concorrência é essencial para garantir a eficiência econômica e a melhoria constante dos produtos e serviços oferecidos no mercado. A competição entre as empresas estimula a redução de preços, o aumento da qualidade e a inovação tecnológica.

Por fim, o princípio do lucro é o motor que impulsiona a atividade econômica na economia de mercado. As empresas buscam obter lucros para crescer, investir e se manter competitivas no mercado, o que gera empregos, riqueza e bem-estar para a sociedade como um todo.

Em resumo, a economia de mercado se baseia na liberdade econômica, na propriedade privada, na livre concorrência e no lucro como principais pilares. Esses princípios fundamentais garantem o funcionamento eficiente do sistema econômico, estimulando o crescimento, a inovação e o desenvolvimento das sociedades.

Economia social de mercado: origem e características

A economia social de mercado é um modelo socioeconômico que combina um sistema econômico capitalista de mercado livre com políticas sociais, estabelecendo uma concorrência justa no mercado e um estado de bem-estar social.

Essa economia se abstém de planejar e orientar a produção, a força de trabalho ou as vendas. No entanto, defende os esforços de planejamento para influenciar a economia através dos meios orgânicos de uma política econômica abrangente, juntamente com uma adaptação flexível à pesquisa de mercado.

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Fonte: pixabay.com

Combinando políticas monetárias, de crédito, comerciais, fiscais, aduaneiras, de investimento e sociais, além de outras medidas, esse tipo de política econômica busca criar uma economia que atenda ao bem-estar e às necessidades de toda a população, cumprindo assim seu objetivo final.

Cabe aos formuladores de políticas definir o ambiente regulatório que cumprirá a promessa de prosperidade para todos.

Economia mista

O termo “capitalismo social” é usado aproximadamente com o mesmo significado que economia social de mercado. Também é chamado capitalismo do Reno, geralmente quando comparado ao modelo anglo-saxão do capitalismo.

Em vez de vê-lo como uma antítese, alguns autores descrevem o capitalismo do Reno como uma síntese bem-sucedida do modelo anglo-americano com a social-democracia.

A maioria das pessoas que já ouviu falar em economia social de mercado pensa que isso significa uma economia mista, que combina eficiência de mercado com justiça social.

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Este último requer intervenção do governo, especialmente para distribuir os frutos da economia de mercado de maneira justa.

Origem da economia social de mercado

A economia social de mercado nasceu e se formou em tempos de severa crise, tanto econômica quanto sócio-política. Sua arquitetura conceitual foi estabelecida por experiências históricas e exigências políticas específicas.

Isso levou ao desenvolvimento final da economia social de mercado, como uma alternativa sócio-política e econômica viável entre os extremos do capitalismo laissez-faire e a economia planejada coletivista, combinando objetivos aparentemente conflitantes.

Um dos principais fatores para o surgimento do modelo alemão de capitalismo foi melhorar as condições dos trabalhadores no capitalismo e, assim, evitar a ameaça do movimento socialista de Karl Marx.

A Alemanha implementou o primeiro programa estadual de saúde do mundo na década de 1880.

O ministro das Relações Exteriores Otto von Bismarck desenvolveu um programa no qual a indústria e o governo trabalharam estreitamente para estimular o crescimento econômico, proporcionando maior segurança aos trabalhadores.

Para derrotar os socialistas militantes, Bismarck concedeu aos trabalhadores um status corporativo nas estruturas políticas e legais do Império Alemão.

Implementação na Alemanha Ocidental

Essas eram preocupações da Alemanha: a questão social desde o final do século XIX, as críticas ao capitalismo liberal causadas pela crise econômica global do início dos anos 30 e um acentuado anti-totalitarismo e anti-coletivismo formado pelas experiências do Terceiro Reich .

A economia social de mercado foi originalmente promovida e implementada na Alemanha Ocidental pela União Democrática Cristã, sob a direção do Chanceler Konrad Adenauer, em 1949.

Ludwig Erhard, o primeiro ministro federal alemão da economia, sob o comando do chanceler Konrad Adenauer, é visto como o pai da economia social de mercado.

Essa economia foi projetada para ser uma terceira via entre o liberalismo econômico laissez-faire e a economia socialista.Foi fortemente inspirado pelo ordoliberalismo, pelas idéias social-democratas e pela ideologia política da democracia cristã.

Caracteristicas

– O ser humano está no centro de todas as medidas, permitindo que os consumidores decidam de acordo com suas necessidades. A melhor maneira de capacitá-los é com uma concorrência justa.

– Força as empresas a buscar a excelência.

– Reduz a influência das instituições públicas no trabalho da vida individual.

– Sistema funcional de preços, estabilidade monetária e fiscal.

– Política de ordenação, não de intervencionismo. Os instrumentos impedem que qualquer poder, seja público ou grandes empresas, reduza a escolha e a liberdade do indivíduo.

– Depende de um ambiente legal que forneça segurança jurídica para as empresas e segurança social para as pessoas. A melhor maneira de conseguir isso é deixar tudo possível no mercado e manter a burocracia no mínimo.

– A intervenção do governo no processo de criação de riqueza procura ser mínima. No entanto, o Estado é muito mais ativo na distribuição da riqueza criada.

Economia Social e Socialismo

A abordagem do mercado social rejeita as idéias socialistas de substituir a propriedade privada e o mercado por propriedade social e planejamento econômico.

Em vez disso, o elemento social do modelo refere-se ao apoio para oferecer igualdade de oportunidades e proteção àqueles que não podem ingressar na força de trabalho do mercado livre devido à velhice, incapacidade ou desemprego.

O objetivo da economia social de mercado é a maior prosperidade possível com a melhor proteção social possível.Trata-se de se beneficiar do mercado livre, que inclui uma escolha livre de local de trabalho, liberdade de preços, concorrência e uma ampla gama de produtos acessíveis.

Por outro lado, suas desvantagens são absorvidas, como monopolização, preços e ameaça de desemprego.

O estado regula o mercado em certa medida e protege seus cidadãos contra doenças e desemprego, por meio de planos de previdência social.

Economia social de mercado no México

A economia mexicana tem sido cada vez mais orientada para a manufatura, desde que o Acordo de Livre Comércio da América do Norte entrou em vigor em 1994. A renda per capita é de aproximadamente um terço dos EUA. A distribuição de renda permanece muito desigual.

O México se tornou o segundo maior mercado de exportação dos Estados Unidos e a terceira maior fonte de importações. Em 2016, o comércio bidirecional de bens e serviços ultrapassou US $ 579 bilhões.

O México tem acordos de livre comércio com 46 países, colocando mais de 90% do comércio sob acordos de livre comércio. Em 2012, o México formou a Aliança do Pacífico com o Peru, a Colômbia e o Chile.

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O governo mexicano destacou reformas econômicas, implementando leis sobre reforma energética, financeira, fiscal e de telecomunicações. O objetivo é melhorar a competitividade e o crescimento econômico em toda a economia mexicana.

Crescimento econômico moderado

Desde 2013, o crescimento econômico do México tem uma média de 2% ao ano, ficando abaixo das expectativas do setor privado, apesar das extensas reformas do governo.

Pensa-se que o crescimento permanecerá abaixo da estimativa, devido à queda na produção de petróleo, problemas estruturais como baixa produtividade, alta desigualdade, um grande setor informal que emprega mais da metade da força de trabalho, o estado fraco de Lei e corrupção.

Economia social de mercado no Peru

A economia do Peru cresceu em média 5,6% ao ano entre 2009 e 2013, com inflação baixa e taxa de câmbio estável.

Esse crescimento foi parcialmente devido aos altos preços internacionais nas exportações de minerais e metais, que representam 55% do total das exportações do país. O crescimento diminuiu de 2014 para 2017, como resultado da fraqueza nos preços mundiais desses recursos.

A rápida expansão do Peru ajudou a reduzir a taxa de pobreza nacional em mais de 35% desde 2004. No entanto, a desigualdade persiste e continua sendo um desafio para o governo, que apoiou uma distribuição mais equitativa da política de renda e inclusão social.

Em 2014, o governo aprovou vários pacotes de estímulo econômico para promover o crescimento, incluindo modificações nos padrões ambientais para incentivar o investimento no setor de mineração no Peru.

Acordos comerciais e crescimento

A política de livre comércio do Peru continuou sob diferentes governos. O Peru assinou, desde 2006, acordos comerciais com Canadá, EUA, Cingapura, Coréia, China, México, União Européia, Japão, Tailândia, Chile, Venezuela, Panamá, Honduras.

O Peru também assinou um acordo comercial com a Colômbia, Chile e México, chamado Aliança do Pacífico. Este acordo busca a integração de capital, serviços e investimentos.

A produção mineira aumentou significativamente durante 2016-17. Isso ajudou o Peru a alcançar uma das maiores taxas de crescimento do PIB da América Latina.

No entanto, o desempenho econômico foi afetado por atrasos nos megaprojetos de infraestrutura. Também para o início de um escândalo de corrupção associado a uma empresa brasileira.

Economia social de mercado no Chile

O Chile tem uma economia orientada para o mercado. É caracterizada por uma reputação de instituições financeiras fortes e um alto nível de comércio exterior, com uma política consistente.

As exportações de bens e serviços representam um terço do PIB. As commodities representam aproximadamente 60% de todas as exportações. O cobre é o principal produto de exportação do Chile.

De 2003 a 2013, seu crescimento foi em média de quase 5% ao ano, apesar de uma leve contração em 2009 como resultado da crise financeira global.

O crescimento desacelerou para cerca de 1,4% em 2017. Devido à contínua queda nos preços do cobre, o Chile passou pelo terceiro ano consecutivo de crescimento lento.

Seu compromisso com a liberalização do comércio foi aprofundado pela assinatura de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos em 2004.

Além disso, possui 22 acordos comerciais que cobrem 60 países. Estão incluídos acordos com a UE, Mercosul, China, Índia, Coréia do Sul e México.

Políticas governamentais

O governo geralmente seguiu uma política fiscal anticíclica. Acumule superávits em fundos soberanos durante períodos de altos preços do cobre e crescimento econômico, consentindo em déficitar gastos apenas durante ciclos de baixo crescimento e preços baixos.

Em 2014, o governo introduziu reformas fiscais destinadas a cumprir sua promessa de campanha de combater a desigualdade, fornecer acesso à educação e também a assistência médica. Estima-se que essas reformas produzam receitas fiscais adicionais na ordem de 3% do PIB.

Referências

  1. Wikipedia, a enciclopédia livre (2019). Economia social de mercado Retirado de: en.wikipedia.org.
  2. Alemanha (2018). 70 anos de economia social de mercado. Retirado de: deutschland.de.
  3. Daily FT (2015). O que é uma economia social de mercado? Retirado de: ft.lk.
  4. Indexmundi (2019). Economia do México – visão geral. Retirado de: indexmundi.com.
  5. Indexmundi (2019). Economia do Chile – visão geral. Retirado de: indexmundi.com.
  6. Indexmundi (2019). Economia do Peru – visão geral. Retirado de: indexmundi.com.

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