A antologia “10 poemas de três estâncias de grandes autores” reúne uma seleção de obras poéticas de alguns dos mais renomados escritores da literatura mundial. Cada poema apresenta três estrofes que refletem a sensibilidade, a profundidade e a maestria desses grandes autores, transportando o leitor para universos de emoção e beleza. Com temas variados e estilos distintos, essa coletânea promete encantar e emocionar os amantes da poesia, proporcionando uma experiência única e enriquecedora.
Três poemas icônicos da literatura brasileira: quais são e por que são tão populares?
Na literatura brasileira, existem diversos poemas icônicos que marcaram gerações e se tornaram populares ao longo dos anos. Três desses poemas são: “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto e “O Guardador de Rebanhos” de Fernando Pessoa (embora seja português, também é muito popular no Brasil).
A “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias é um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira. Ele retrata a saudade do poeta pela terra natal e a beleza do Brasil. A sua linguagem simples e emocionante conquistou o coração dos leitores ao longo dos anos, tornando-se um símbolo da identidade nacional.
Já “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto é um poema que narra a trajetória de um retirante nordestino em busca de uma vida melhor. A sua linguagem seca e objetiva, aliada à temática social e política, fez com que o poema se tornasse um marco na literatura brasileira, sendo estudado em escolas e universidades.
Por fim, “O Guardador de Rebanhos” de Fernando Pessoa é um dos poemas mais enigmáticos e inspiradores da literatura de língua portuguesa. A sua linguagem profunda e filosófica, aliada à multiplicidade de vozes do heterônimo Alberto Caeiro, fez com que o poema se tornasse um clássico da poesia moderna, influenciando gerações de poetas.
Esses três poemas são icônicos não apenas pela sua qualidade literária, mas também pela sua capacidade de emocionar e provocar reflexões nos leitores. Eles se tornaram populares por conseguirem capturar a essência da alma brasileira e humana, transcendendo as barreiras do tempo e do espaço.
Qual é a obra mais conhecida de Carlos Drummond de Andrade?
Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX, e sua obra mais conhecida é o poema “No Meio do Caminho”. Este poema, que faz parte do livro “Alguma Poesia”, publicado em 1930, é um dos mais icônicos da literatura brasileira.
Além de “No Meio do Caminho”, Drummond escreveu diversos outros poemas que se tornaram clássicos da literatura nacional. Entre eles, destacam-se “A Flor e a Náusea”, “Quadrilha” e “Poema de Sete Faces”.
Esses poemas, assim como “No Meio do Caminho”, refletem a sensibilidade e a genialidade de Carlos Drummond de Andrade, que soube como poucos expressar as angústias e as belezas da vida cotidiana em sua poesia.
Qual é a obra poética mais conhecida de William Shakespeare?
William Shakespeare é um dos maiores autores da literatura mundial, conhecido principalmente por suas peças de teatro. No entanto, ele também deixou um legado de poesia que é igualmente impressionante. Entre suas obras poéticas mais conhecidas, destaca-se o famoso Soneto 18, também conhecido como “Shall I compare thee to a summer’s day?”.
Este soneto é um dos mais populares e aclamados da literatura inglesa, e é frequentemente citado como um exemplo da genialidade de Shakespeare como poeta. Nele, o autor compara a beleza de seu amado com a perfeição da natureza, e declara que a beleza de seu amado nunca desaparecerá, pois está imortalizada nas palavras do poema.
Além do Soneto 18, Shakespeare também escreveu uma série de outros sonetos igualmente brilhantes, que exploram temas como o amor, a passagem do tempo e a natureza da própria poesia. Seu talento para a linguagem e a métrica poética tornam suas obras verdadeiras joias da literatura universal.
Qual é o poema mais popular entre os leitores de literatura mundial?
Entre os 10 poemas de três estâncias de grandes autores, há um que se destaca como o mais popular entre os leitores de literatura mundial. Este poema, escrito por um renomado poeta do século XIX, cativou gerações com sua beleza e profundidade. Vamos explorar um pouco mais sobre esse poema e os outros nove que o acompanham.
Um dos poemas mais icónicos da literatura mundial é “The Road Not Taken” de Robert Frost. Este poema de três estâncias fala sobre as escolhas que fazemos na vida e como elas podem moldar o nosso destino. A sua mensagem universal ressoa com leitores de todas as idades e culturas, tornando-o uma obra atemporal.
Outros nove poemas nesta lista também são dignos de destaque, cada um com sua própria voz e estilo único. Autores como Emily Dickinson, Pablo Neruda e Maya Angelou contribuem com obras que exploram temas como amor, natureza e identidade.
Ao apreciar esses 10 poemas de três estâncias, os leitores são levados a uma jornada emocional e intelectual que os inspira e desafia. A poesia, com sua capacidade de transmitir emoções complexas em poucas palavras, continua a ser uma forma de arte poderosa e significativa para os leitores de todo o mundo.
10 poemas de três estâncias de grandes autores
Aqui estão alguns poemas de três estrofes de autores conhecidos como Juan Ramón Jiménez, Alfonsina Storni ou Fernando Pessoa.
Um poema é uma composição que utiliza os recursos literários da poesia. Pode ser escrito de maneiras diferentes, mas geralmente é em verso.
Isso significa que ele é composto de frases ou sentenças escritas em linhas separadas e agrupadas em seções chamadas estrofes.
Cada uma dessas linhas geralmente tem rima entre si, ou seja, um som de vogal semelhante, especialmente na última palavra das linhas, embora isso não seja uma regra nem seja verdade em todos os poemas. Pelo contrário, existem muitos poemas sem rima.
Tampouco existe uma regra que determine a duração dos poemas. Há uma linha muito extensa ou única.
No entanto, uma extensão padrão varia de três a seis estrofes, tempo suficiente para transmitir uma idéia ou sentimento através da poesia.
10 poemas de três estrofes de renomados autores
1- O mar distante
A fonte afasta sua cantata.
Acorde todas as estradas …
Mar da madrugada, mar de prata,
Como você está limpo entre os pinheiros!
Vento sul, você vem som
de sóis? Cegar as estradas …
Mar de soneca, mar de ouro,
Como você está feliz com os pinheiros!
O verdón diz que eu não sei o que …
Minha alma desce as estradas …
Mar da tarde, mar rosa,
Como você é doce entre os pinheiros!
Autor: Juan Ramón Jiménez
2- Melancolia
Oh, morte, eu te amo, mas eu te adoro, vida …
Quando eu vou na minha caixa para sempre dormindo,
Faça pela última vez
Eu penetro o sol da primavera em minhas pupilas.
Deixe-me algum tempo sob o calor do céu,
Deixe o sol fértil tremer no meu gelo …
A estrela era tão boa que ao amanhecer saiu
Para me dizer: bom dia.
Eu não tenho medo de descansar, descansar é bom,
Mas antes que o viajante piedoso me beije
Que toda manhã,
Alegre como uma criança, chegou às minhas janelas.
Autor: Alfonsina Storni
3- Isso
Eles dizem que eu finjo ou minto.
Eu escrevo tudo. Não.
Eu apenas sinto
Com a imaginação.
Eu não uso o coração.
Tudo o que sonho ou vivo,
O que me falha ou acaba,
É como um terraço
Ainda sobre outra coisa.
Essa coisa é linda.
É por isso que escrevo no meio.
do que não está no pé,
Livre do meu devaneio,
Sério sobre o que não é.
Sente? Que ele sinta quem lê!
Autor: Fernando Pessoa
4-avestruz
Melancolia, retire seu doce bico agora;
Não cegue seus jejuns em meus trigos leves.
Melancolia, pare com isso! Quais são os seus punhais que bebem?
o sangue que minha sanguessuga azul tirou!
Não termine o maná de uma mulher que caiu;
Eu quero que uma cruz nasça amanhã,
Amanhã não tenho ninguém para quem olhar,
quando você abre o seu grande caçoador de O caixão.
Meu coração está cheio de amargura;
há outros pássaros velhos que pastam dentro dele …
Melancolia, pare de secar minha vida,
e descubra o lábio da sua mulher …!
Autor: César Vallejo
5- Se um espinho me machuca …
Se um espinho me machuca, eu me afasto do espinho,
… mas eu não a odeio! Quando maldade
invejoso em mim prega os dardos de sua inquina,
mergulhe silenciosamente na minha planta e siga para uma pureza
atmosfera de amor e caridade.
Rancores? Qual é a utilidade! O que os rancores alcançam?
Nem machuque feridas nem corrija o mal.
Minha roseira mal tem tempo de dar flores,
e não produz savias com picos de perfuração:
se meu inimigo passa perto da minha roseira,
serão necessárias rosas de essência mais sutil.
E se eu notar neles um vermelho vivo,
Será desse sangue que sua malevolência
ontem derramou, quando me machucou com raiva e violência,
e que a rosa retorne, trocada em flor da paz!
Autor: Amado Nervo
6- Madrigal para o bilhete de bonde
Onde o vento, não afetado, rebelde
torres de luz contra o meu sangue,
você, ingresso, nova flor,
corte nas varandas do bonde.
Você corre, direto, direto,
na sua pétala um nome e um encontro
latente, para esse centro
fechado e prestes a interromper o compromisso.
E a rosa não queima em você, nem a priva
o cravo falecido, se o violeta
contemporâneo, vivo,
do livro que viaja na jaqueta.
Autor: Rafael Alberti
7- Se minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio seu nome
nas noites escuras,
quando as estrelas vêm
beber na lua
e os galhos dormem
das folhas ocultas.
E eu me sinto vazio
de paixão e música.
Relógio louco que canta
Velhos velhos tempos.
Eu declaro seu nome
nesta noite escura,
e seu nome soa para mim
mais longe do que nunca.
Mais longe que todas as estrelas
e mais triste do que a chuva suave.
Eu vou te amar como então
alguma vez? Que falha
você tem meu coração?
Se a névoa desaparecer,
Que outra paixão me espera?
Será calmo e puro?
Se meus dedos pudessem
desfolha a lua!
Autor: Federico García Lorca
8- Anexado a mim
Pouco velo da minha carne
que no meu intestino eu teceu,
fleecy instável,
Adormecer ligado a mim!
A perdiz dorme no trigo
Ouvindo-o bater.
Não se preocupe com a respiração
Adormecer ligado a mim!
Eu perdi tudo
Agora eu tremo até de dormir.
Não escorregue do meu peito,
Adormecer ligado a mim!
Autor: Gabriela Mistral
9- Prelúdio
Enquanto a sombra passa de um amor santo, hoje eu quero
Coloque um doce salmo no meu velho púlpito.
Vou lembrar as notas do órgão grave
suspirando a pulga perfumada de abril.
O aroma dos pumines de outono amadurecerá;
mirra e incenso mudam seu cheiro;
o perfume da rosa exalará seu perfume fresco,
Sob a paz na sombra do pomar quente em flor.
Para o grave e lento acorde de música e aroma,
A velha e solitária razão solitária da minha oração
vai levantar o seu pombo süave vôo,
e a palavra branca subirá ao altar.
Autor: Antonio Machado
10- Amor de tarde
É uma pena que você não está comigo
quando olho para o relógio e são quatro horas
e eu termino o formulário e penso em dez minutos
e eu estico minhas pernas como toda tarde
e faço isso com meus ombros para soltar minhas costas
e eu dobra meus dedos e faço mentiras.
É uma pena que você não está comigo
quando olho para o relógio e são cinco horas
e eu sou uma alça que calcula juros
ou duas mãos que saltam sobre quarenta chaves
ou um ouvido que escuta enquanto o telefone late
ou um cara que faz números e lhes traz verdades.
É uma pena que você não está comigo
Quando olho para o relógio e são seis.
Você pode se aproximar de surpresa
e me diga “como você está?” e nós ficaríamos
eu com a mancha vermelha dos seus lábios
você com o tizne azul do meu carbônico.
Autor: Mario Benedetti
Referências
- Poema e seus elementos: estrofe, verso, rima. Recuperado de portaleducativo.net
- Poema. Recuperado de es.wikipedia.org
- Poemas de Juan Ramón Jiménez, César Vallejo e Gabriela Mistral. Recuperado de amediavoz.com
- Poemas de Alfonsina Storni e Rafael Alberti. Recuperado de poesi.as
- Poemas de Fernando Pessoa. Recuperado de poeticas.com.ar
- Poemas de Amado Nervo e Antonio Machado. Recuperado de los-poetas.com
- Poemas de Federico García Lorca. Recuperado de federicogarcialorca.net
- Poemas de Mario Benedetti. Recuperado de poems.yavendras.com