4 habilidades terapêuticas fundamentais em psicologia

4 habilidades terapêuticas fundamentais em psicologia 1

A psicoterapia, de acordo com a Federação Espanhola de Associações de Psicoterapeutas (1992), consiste em um tratamento científico de natureza psicológica que promove a conquista de mudanças no modo de agir, saúde física e psicológica, coerência e integridade da identidade e o bem-estar de ambos os grupos e indivíduos.

Sua eficácia reside na mudança terapêutica que permite ao paciente viver sua vida de maneira mais funcional e saudável. Quais fatores incentivam essa mudança?

Numerosos estudos indicam que a qualidade da aliança terapêutica , que é a relação estabelecida entre o paciente e o terapeuta em terapia, é o preditor mais robusto do tratamento, sendo o tipo de terapia menos importante, pois não apresenta diferenças significativas entre eles, pois que são fundamentalmente moderados por fatores contextuais e relacionais.

Assim, diferentes características, atitudes e habilidades terapêuticas são especialmente relevantes na efetividade da intervenção. Quais são os mais importantes?

Características do terapeuta

Dentre as características pessoais do profissional que favorecem a mudança de seus pacientes, destacam-se os seguintes.

  • Cordialidade : interesse (verbal e não verbal) expresso, apreciação, encorajamento e aprovação do paciente.
  • Competição : capacidade de ajudar as pessoas a resolver seus problemas e melhorar sua autoconfiança.
  • Confiança : a percepção do paciente de que o terapeuta trabalhará para ajudá-lo, sem trapacear ou tentar prejudicá-lo.
  • Atração : pode ser físico ou interpessoal. O primeiro influencia especialmente a fase inicial da terapia, enquanto o segundo é muito mais importante durante todo o processo.
  • Diretividade : o grau em que o terapeuta dá instruções, delimita tarefas, faz perguntas para obter informações, fornece informações e feedback … Tanto o excesso quanto o defeito de diretividade são negativos na terapia.

Habilidades terapêuticas essenciais

As atitudes fundamentais para o estabelecimento da aliança terapêutica são escuta ativa, empatia, aceitação incondicional e autenticidade.

1. A escuta ativa

Saber escutar é essencial na terapia, pois incentiva os pacientes a falar sobre si mesmos e seus problemas, aumentando a possibilidade de entendê-los e incentivando-os a serem responsáveis ​​pelo processo de mudança, vendo o terapeuta como um colaborador e não como um especialista .

A escuta ativa envolve três atividades: receber a mensagem (por meio de comunicação e atitude verbal, não verbal e vocal), processar as informações (saber discriminar o importante e estabelecer seu significado) e emitir respostas auditivas.

2. Empatia

A empatia é a capacidade de compreender os pensamentos e sentimentos das pessoas de seu próprio quadro de referência. Implica atender ao manifesto e também ao latente , capturando e compreendendo o significado das implicações emocionais, cognitivas e comportamentais além do que é expresso. Além disso, requer saber como se comunicar com a outra pessoa que a entendemos.

Algumas estratégias empáticas são: escuta ativa (definida anteriormente), esclarecimento (formulação de perguntas para saber o que o paciente expressa), uso de paráfrase, síntese e recapitulações (coletar e capturar as idéias anteriormente expressas pelo paciente) e reflexo (colete e capture o componente emocional apresentado).

3. Aceitação incondicional

Aceite o paciente como ele é , avaliando-o sem julgá-lo.

Entre os componentes da aceitação incondicional estão: compromisso com o paciente (interesse e vontade de ajudar), esforço para entender e atitude não valorizada.

4. Autenticidade

Autenticidade implica ser você mesmo, comunicar os próprios sentimentos e experiências internas . A situação terapêutica requer saber o que dizer ou expressar, como e a que horas, para não prejudicar o paciente ou o relacionamento terapêutico.

Alguns de seus principais elementos são: comportamentos não-verbais (como sorriso, contato visual e orientação corporal em relação ao paciente), pouca ênfase no papel de autoridade do terapeuta, espontaneidade (capacidade de se expressar naturalmente, sem deliberar) especialmente o que é dito e feito) e a auto-divulgação (oferta controlada, pelo terapeuta, de informações sobre si mesmo e suas reações à situação na terapia).

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Referências bibliográficas:

  • Campbell, LF, Norcross, JC, Vasquez, MJ e Kaslow, NJ (2013). Reconhecimento da eficácia da psicoterapia: a resolução da APA. Psicoterapia, 50 (1), 98.
  • Corbella, S. e Botella, L. (2004). Pesquisa em Psicoterapia. Processo, resultados e fatores comuns. Madri: Net Vision.

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