A organização política da Nova Espanha, colônia espanhola localizada na América do Norte, era caracterizada por uma série de recursos que moldavam a estrutura de poder e governança na região. Estes recursos incluíam o Vice-Reinado, o Conselho Real e Supremo das Índias, as Audiências, as Intendências, as Câmaras Municipais, as Ordens Religiosas e o sistema de Encomienda. Cada um destes elementos desempenhava um papel crucial na administração e organização política da Nova Espanha, influenciando as relações de poder e a governabilidade da colônia. Neste contexto, era através da interação e articulação destes recursos que se estabelecia a estrutura política da região e se consolidava o domínio espanhol sobre seus territórios na América.
Estrutura política da Espanha: entenda como é feita a divisão administrativa do país.
A organização política da Nova Espanha é baseada em uma estrutura hierárquica que divide o território em diferentes níveis administrativos. A Espanha é um país unitário, o que significa que o poder político é centralizado no governo central, em Madrid. No entanto, o país é dividido em 17 comunidades autônomas, que possuem um alto grau de autonomia em questões como educação, saúde e cultura. Cada comunidade autônoma é composta por várias províncias, que são subdivididas em municípios.
As comunidades autônomas têm seus próprios parlamentos e governos, responsáveis por legislar e governar a região. Além disso, cada comunidade autônoma possui um Estatuto de Autonomia, que define as competências e o grau de autonomia da região. Isso permite que as comunidades autônomas tenham um maior controle sobre seus assuntos internos e uma maior capacidade de adaptação às necessidades locais.
Outro recurso importante da organização política da Nova Espanha é o sistema de divisão de poderes. O país segue o modelo de separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, garantindo assim um equilíbrio de poder e a proteção dos direitos individuais. O parlamento espanhol é bicameral, composto pelo Congresso dos Deputados e pelo Senado, que são responsáveis por aprovar leis e fiscalizar o governo.
Além disso, a Espanha é uma monarquia parlamentar, com um rei como chefe de Estado e um presidente do governo como chefe de governo. O presidente do governo é eleito pelo parlamento e é responsável por liderar o governo e implementar as políticas públicas. Já o rei exerce funções representativas e cerimoniais, sem interferir diretamente na política do país.
Em resumo, a organização política da Nova Espanha é caracterizada por uma divisão administrativa em comunidades autônomas, um sistema de divisão de poderes e uma monarquia parlamentar. Esses recursos garantem a descentralização do poder, a proteção dos direitos individuais e a estabilidade política do país.
Os quatro principais fatores que levaram à conquista da América espanhola.
Os quatro principais fatores que levaram à conquista da América espanhola foram a superioridade militar e tecnológica dos espanhóis, a organização política da Nova Espanha, a aliança com tribos nativas e a busca por riquezas. Neste artigo, vamos nos concentrar na organização política da Nova Espanha e seus recursos.
Organização política da Nova Espanha: 7 recursos
A organização política da Nova Espanha era fundamental para a conquista espanhola. O sistema de governo era baseado na divisão de territórios em audiências, que eram governadas por audiências reais nomeadas pelo rei. Além disso, havia o Vice-Reino da Nova Espanha, que era responsável por administrar e governar a região em nome da coroa.
Outro recurso importante era o sistema de encomiendas, que eram concessões de terras e nativos dados a colonos espanhóis como recompensa por seus serviços. Isso permitia aos colonos explorar os recursos naturais da região e garantia mão de obra para as atividades econômicas.
A presença da Igreja Católica também foi crucial para a organização política da Nova Espanha. Os missionários espanhóis desempenharam um papel importante na conversão dos nativos ao cristianismo e na integração deles à sociedade colonial.
Além disso, a criação de universidades, como a Universidade de México, contribuiu para a formação de uma elite intelectual e administrativa na região. Isso permitiu o desenvolvimento de uma burocracia eficiente e a promoção de valores culturais europeus na América espanhola.
Em resumo, a organização política da Nova Espanha foi um dos principais fatores que levaram à conquista da América espanhola. Através de seus recursos, os espanhóis conseguiram estabelecer um sistema de governo eficiente e consolidar seu domínio sobre a região.
Estrutura social na colônia espanhola: como era organizada a sociedade colonial espanhola?
A sociedade colonial espanhola na Nova Espanha era rigidamente estruturada, refletindo a hierarquia social da metrópole. A organização social era baseada em castas, uma classificação racial que determinava o status e os privilégios de cada indivíduo na sociedade.
No topo da hierarquia estavam os peninsulares, espanhóis nascidos na Espanha, que detinham o poder político, econômico e social na colônia. Em seguida vinham os criollos, descendentes de espanhóis nascidos na colônia, que tinham certo prestígio, mas eram frequentemente excluídos dos cargos mais altos.
As castas eram grupos mistos formados por descendentes de europeus, indígenas e africanos, como os mestiços e os mulatos, que ocupavam posições intermediárias na sociedade. Abaixo deles estavam os indígenas e os negros, que viviam em condições de servidão e exploração.
A estrutura social na colônia espanhola era marcada pela desigualdade e pela discriminação, com poucas oportunidades de mobilidade social para aqueles que não pertenciam às camadas mais altas. A divisão da sociedade em castas também contribuiu para a manutenção do poder colonial, ao dividir e enfraquecer possíveis movimentos de resistência.
Em resumo, a sociedade colonial espanhola na Nova Espanha era organizada de forma hierárquica e desigual, com base em castas raciais que determinavam o status e os privilégios de cada indivíduo. Essa estrutura social contribuiu para a manutenção do poder colonial e para a exploração das diferentes populações que habitavam a região.
Características principais da colonização espanhola: o que você precisa saber.
Quando se trata da organização política da Nova Espanha, é importante entender algumas características principais da colonização espanhola. A Espanha foi uma das potências coloniais mais importantes durante os séculos XVI e XVII, e sua presença na América teve um grande impacto na organização política e social das colônias.
Uma das principais características da colonização espanhola na Nova Espanha foi o estabelecimento de um sistema de governo centralizado. A coroa espanhola exercia um grande controle sobre as colônias, nomeando funcionários para administrar os territórios e garantindo que as leis e decretos reais fossem cumpridos. Isso resultou em uma estrutura política hierárquica, com o rei no topo da pirâmide de poder.
Além disso, a colonização espanhola na Nova Espanha foi marcada pela presença de instituições como a Igreja Católica. A religião desempenhava um papel fundamental na organização política e social das colônias, influenciando as leis, costumes e tradições locais. A Igreja também desempenhava um papel ativo na administração da justiça e na educação da população.
Outra característica importante da colonização espanhola na Nova Espanha foi a divisão da sociedade em diferentes grupos. A sociedade colonial era estratificada, com os espanhóis nascidos na Espanha no topo da hierarquia social, seguidos pelos criollos, mestiços e indígenas. Essa divisão social influenciava a política, a economia e a cultura das colônias.
Além disso, a colonização espanhola na Nova Espanha também foi caracterizada pela exploração dos recursos naturais e humanos. Os espanhóis buscavam enriquecer a coroa e a si mesmos através da exploração de minas de prata, plantações de cana-de-açúcar e mão de obra indígena. Isso resultou em um sistema econômico baseado na exploração e na desigualdade social.
Por fim, a colonização espanhola na Nova Espanha também teve um impacto significativo na cultura e na identidade das colônias. Os espanhóis trouxeram sua língua, religião, costumes e tradições para o Novo Mundo, influenciando a forma como as sociedades coloniais se desenvolveram ao longo do tempo.
Em resumo, a organização política da Nova Espanha foi fortemente influenciada pelas características principais da colonização espanhola, como o governo centralizado, a presença da Igreja Católica, a divisão social, a exploração dos recursos naturais e humanos e a influência cultural espanhola. Esses elementos moldaram a estrutura política, social e econômica das colônias e tiveram um impacto duradouro na história da região.
Organização política da Nova Espanha: 7 recursos
As características da organização política da Nova Espanha são o absolutismo hispânico ou o poder político desigual, entre outros.
Com a chegada dos europeus ao Novo Mundo (América) em 1492, a organização e a vida política pré-estabelecidas que existiam no continente mudaram.
Após a descoberta da América , certos países europeus, incluindo a Espanha, estabeleceram colônias no continente e as governaram por mais de três séculos. Ele os organizou em quatro vice-realidades:
1- O vice-reinado do Peru, criado em 1542, cuja capital era Lima.
2- O vice-reinado de Nueva Granada, criado em 1717, composto pelo que é hoje Venezuela, Colômbia e Equador.
3- O vice-reinado de La Plata, instalado em 1776, formado pelo território da Argentina.
4- O vice-reinado da Nova Espanha, que em seu período de expansão incluiu os territórios do que é hoje o sul dos Estados Unidos, Flórida, todo o território mexicano, América Central e grande parte das Índias Ocidentais ( ilhas do Caribe). Além disso, a Nova Espanha incluía as Filipinas.
O vice-reinado da Nova Espanha foi instalado em 1535 pelo rei Carlos I da Espanha e tomou a Cidade do México como capital.
Este foi o primeiro vice-reinado que a coroa espanhola criou no Novo Mundo. Foi também uma das colônias espanholas mais importantes.
Características e vida política do vice-reinado de Nova Espanha
1- absolutismo hispânico
A coroa espanhola desenvolveu um sistema burocrático complexo que procurava estender a autoridade do rei a todos os domínios espanhóis da América.
Isso foi feito para gerenciar seus vastos territórios no Novo Mundo, manter a ordem e a estabilidade das colônias, proteger os interesses políticos e econômicos da Espanha e impedir a formação de grupos que poderiam ameaçar a autoridade real.
Esse sistema é conhecido como “absolutismo hispânico”, que contrasta fortemente com o sistema político imposto pelos britânicos na América do Norte.
Nas colônias britânicas, havia um tipo de autoridade local, na forma de assembléias coloniais, que limitava a autoridade da coroa britânica em certa medida.
Por outro lado, na Nova Espanha, não havia tal concessão de poder, portanto, pode-se afirmar que não havia liberdade de decisão.
Da mesma forma, não houve separação legal ou funcional entre os poderes legislativo, executivo e judicial .
2- O vice-reinado da Nova Espanha
A colônia espanhola Nova Espanha tinha a qualidade de “vice-reinado”, o que significa que era uma província governada por um “vice-rei” que representava a autoridade do rei da Espanha naquele território.
Entre as funções do vice-rei, destacam:
- Reforçar a lei.
- Coletar impostos.
- Gerencie a renda da colônia.
- Cuide para que a justiça seja aplicada.
- Manter a ordem política.
Em suma, o vice-rei foi responsável por governar a colônia. Nesse sentido, o vice-reinado foi a expressão máxima da organização governamental da época. Em termos legais, o vice-rei, em vez de governador, era considerado o próprio rei.
3- Hierarquia no Vice-Reino da Nova Espanha
A autoridade máxima no vice-reinado da Nova Espanha, assim como nas outras colônias espanholas na América, era o rei da Espanha. Para isso foi subordinado o Conselho das Índias, que foi instalado em 1524.
O Conselho das Índias seguiu o modelo do Conselho de Castela, já existente na Espanha, e constituiu a autoridade executiva, judicial e legislativa nas colônias espanholas.
Subordinado ao Conselho das Índias e à autoridade do rei, estava o vice-rei, sobre quem a autoridade recaiu nas colônias.
Além disso, o vice-rei foi o representante direto da coroa espanhola no domínio na América, como afirmado anteriormente.
4- O Conselho das Índias
Esse conselho era composto por uma dúzia de membros, que tinham as seguintes funções:
- Crie, aprove ou revogue leis.
- Interprete as leis.
- Nomear candidatos para cargos seculares e eclesiásticos.
Note-se que todas as decisões do Conselho das Índias tiveram que ser aprovadas pelo rei.
5- Audiências
Além da autoridade do vice-rei e do Conselho das Índias, o governo nas colônias também se ramificou em audiências.
As audiências foram compostas pelos homens mais proeminentes da colônia e foram selecionadas pelo rei. Alguns dos membros da audiência foram:
- O capitão-general, que chefiava uma das divisões do vice-reinado.
- As autoridades eclesiásticas.
- Encomenderos.
- Comerciantes
- Proprietários de terras
A delimitação entre o poder do vice-rei e a platéia não era clara, portanto houve divergências entre eles.
6- O sistema de encomendas
Durante o período colonial, as vice-realidades sobreviveram graças à exploração da terra e da força de trabalho indígena e africana.
Os primeiros espanhóis que se estabeleceram no território americano desenvolveram um sistema político, econômico e religioso chamado “encomiendas”.
Por meio do sistema encomienda, os espanhóis receberam um título de propriedade da terra (que poderia ser trabalhada da maneira que o encomendero considerava apropriado) e vários aborígines que estavam no comando. Em troca da terra, os espanhóis tiveram que converter os nativos ao cristianismo.
Esse sistema rapidamente se transformou em uma forma de escravidão, uma vez que os aborígines recebiam salários excessivamente baixos e, às vezes, não recebiam salário algum.
O sistema de encomendas foi abolido em 1717, mas sua prática se estendeu no vice-reinado da Nova Espanha até o México se tornar independente nas primeiras décadas do século XX.
7- Pouco poder político uniforme
Segundo Carrera, Magali, a estrutura política do vice-reinado da Nova Espanha não era centralizada nem uniforme, como se poderia pensar devido ao absolutismo hispânico.
Por outro lado, o poder estava disperso em um conjunto de organizações semi-autônomas (vice-reinado, Conselho das Índias, audiências, entre outras), cujas funções se sobrepunham, impedindo o desenvolvimento adequado da colônia.
Referências
- Política na colonização espanhola. Recuperado em 9 de maio de 2017, de shmoop.com.
- Nova Espanha Recuperado em 9 de maio de 2017, de homes.chass.utoronto.ca.
- Épica História do Mundo: Administração Colonial da Nova Espanha. Recuperado em 9 de maio de 2017, de epicworldhistory.blogspot.com.
- Carrera, Magali (2010). Imaginando a identidade na Nova Espanha: raça, linhagem e corpo colonial em retratos e pinturas de Casta. Recuperado em 9 de maio de 2017, de books.google.co.ve.
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- Colônias americanas Recuperado em 9 de maio de 2017, de historyfiles.co.uk.
- Colonização espanhola. Resumo e Análise. Recuperado em 9 de maio de 2017, de shmoop.com.