Culturas do Peru: características, sociedade, religião, localização

O Peru é um país localizado na América do Sul, conhecido por sua rica diversidade cultural e histórica. As culturas do Peru são profundamente enraizadas em tradições ancestrais, refletindo a influência de civilizações antigas como os Incas, os Moche e os Nazca. A sociedade peruana é marcada pela pluralidade étnica e cultural, com uma mistura de povos indígenas, europeus e africanos. A religião desempenha um papel importante na vida dos peruanos, com uma forte presença de crenças católicas e indígenas. A localização geográfica do Peru, com sua variedade de paisagens que vão desde a costa do Pacífico até as montanhas dos Andes e a floresta amazônica, contribui para a diversidade cultural e ambiental do país.

Principais traços culturais do Peru: uma análise das características mais marcantes da sociedade peruana.

O Peru é um país rico em cultura e tradições, com uma história milenar que se reflete em sua sociedade diversificada e vibrante. Dentre os principais traços culturais do Peru, destacam-se a sua rica gastronomia, as manifestações artísticas e folclóricas, a religiosidade do povo peruano e a preservação das tradições ancestrais.

A gastronomia peruana é reconhecida mundialmente pela sua diversidade e sabor único. Pratos como o ceviche, a causa rellena e o lomo saltado são exemplos da riqueza culinária do país. Além disso, a influência dos povos indígenas, europeus, africanos e asiáticos contribui para a variedade de sabores e ingredientes presentes na comida peruana.

As manifestações artísticas e folclóricas também ocupam um lugar de destaque na cultura peruana. Danças como a marinera, a festejo e a huayno representam a diversidade cultural do país, assim como as festas tradicionais, como o Inti Raymi e o Carnaval de Ayacucho, que celebram as tradições ancestrais e a religiosidade do povo peruano.

A religião tem uma grande importância na sociedade peruana, com a presença marcante do catolicismo e das crenças indígenas. A fusão entre a religião católica e as tradições indígenas resultou em festas e celebrações únicas, como a festa de Corpus Christi em Cusco e a peregrinação à Basílica de Santa Rosa de Lima em Lima.

Localizado na América do Sul, o Peru possui uma diversidade geográfica impressionante, que vai desde as montanhas dos Andes até as florestas amazônicas. Essa diversidade se reflete na cultura peruana, com influências regionais que se manifestam na culinária, na música, na arte e nas tradições locais.

Esses elementos são essenciais para compreender a riqueza e a complexidade da sociedade peruana, que se orgulha de suas tradições e raízes ancestrais.

Onde fica o Peru geograficamente?

O Peru é um país localizado na América do Sul, fazendo fronteira com o Equador, Colômbia, Brasil, Bolívia e Chile. Sua capital é Lima, e a língua oficial é o espanhol. Geograficamente, o Peru é conhecido por abrigar uma diversidade de paisagens, que vão desde a costa do Oceano Pacífico até as montanhas dos Andes e a floresta amazônica.

Culturas do Peru: características, sociedade, religião, localização

O Peru é conhecido por ser um país multicultural, com uma rica diversidade de culturas. As culturas pré-colombianas, como os Incas, deixaram um legado cultural significativo, refletido em sítios arqueológicos como Machu Picchu. A sociedade peruana é marcada pela mistura de influências indígenas, europeias e africanas, resultando em uma sociedade plural e multicultural.

A religião no Peru é predominantemente católica, mas também há influências de religiões indígenas e de cultos populares. Festas religiosas, como a Festa do Inti Raymi, celebram a herança cultural e religiosa do país.

Sua localização geográfica privilegiada proporciona uma variedade de paisagens e ecossistemas únicos.

Qual é a fé predominante no Peru?

No Peru, a religião predominante é o Catolicismo. Cerca de 80% da população peruana se identifica como católica, sendo a Igreja Católica Romana a maior denominação religiosa do país. Essa influência católica pode ser observada em diversos aspectos da cultura peruana, como festivais religiosos, arquitetura de igrejas e tradições familiares.

Além do Catolicismo, existem também outras religiões presentes no Peru, como o Protestantismo, o Espiritismo e as crenças indígenas. O país possui uma rica diversidade cultural, que se reflete nas diferentes práticas religiosas e espirituais de sua população.

A localização geográfica do Peru, com sua diversidade de paisagens que vão desde a costa do Pacífico até a Cordilheira dos Andes e a Floresta Amazônica, contribui para a variedade de tradições religiosas presentes no país.

Conheça as características e peculiaridades da sociedade peruana em detalhes.

Localizado na região ocidental da América do Sul, o Peru é um país rico em diversidade cultural e geográfica. Com uma população de mais de 32 milhões de habitantes, a sociedade peruana é caracterizada por uma mistura de influências indígenas, europeias e africanas.

Uma das principais características da cultura peruana é a sua rica herança histórica, evidenciada em sítios arqueológicos como Machu Picchu e Nasca. A sociedade peruana é composta por diversas etnias, como os Quechua, Aymara, e os afro-peruanos, cada um contribuindo com sua própria tradição cultural.

A religião desempenha um papel importante na vida dos peruanos, com a maioria da população sendo católica romana. No entanto, também existem comunidades que praticam o xamanismo e outras crenças indígenas. A diversidade religiosa do país é reflexo da sua história de colonização e miscigenação.

Além da diversidade cultural, a sociedade peruana também é marcada pela desigualdade social e econômica. Enquanto algumas regiões do país desfrutam de um alto padrão de vida, outras enfrentam altos níveis de pobreza e exclusão social. Essa disparidade é um desafio para o desenvolvimento do país.

Conhecer as características e peculiaridades desse país é fundamental para compreender a sua rica história e identidade cultural.

Culturas do Peru: características, sociedade, religião, localização

Culturas do Peru: características, sociedade, religião, localização

As culturas do Peru antes da chegada dos espanhóis alcançaram um nível de desenvolvimento bastante notável, especialmente em sua organização social, suas manifestações culturais e sua economia. Os historiadores dividiram essa era pré-hispânica em dois períodos: o período pré-inca, que começa com a civilização Caral, e o período inca, marcado pelo domínio da cultura inca .

A primeira grande cultura peruana foi a de Caral, localizada na costa central entre 3200 e 1800 aC. Após o seu desaparecimento, novos centros culturais apareceram na costa. Entre eles, destacou-se a cultura Chavin, o principal centro das sociedades agrícolas até 200 aC. C.

Depois de Chavín, os estados de Moche e Nazca apareceram, no norte e sul, respectivamente. Ao mesmo tempo, estava ocorrendo a ascensão de Tiahuanaco no Altiplano. Outra das culturas importantes foi o huari, altamente influenciado por Nazca e Tiahuanaco. O Império Huari estendeu seu poder pelos Andes até Cajamarca.

Por volta do ano 1000, a civilização Huari começou a perder o controle de seu território e vários estados diferentes apareceram, como Chimú e Chincha. Finalmente, em 1438, os incas estenderam seu império para colocar mais de 200 povos indígenas sob seu comando. Seu domínio durou até a conquista espanhola.

Cultura Caral

A cultura Caral se desenvolveu no chamado Norte Chico do Peru entre 3000 e 1500 aC. C. Dentro de sua área de influência, destacou-se o vale Supe, ao norte de Lima. Em toda essa área e até a costa, a cerca de 40 quilômetros de distância, foram encontrados restos de 20 assentamentos, incluindo a cidade de Caral.

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O namoro dessa cultura faz dela não apenas a civilização mais antiga do Peru, mas também de toda a América Latina.

Cidade sagrada de Caral

A cidade que deu nome à cultura foi construída no vale entre o mar e o centro dos Andes. Sua localização permitiu um grande desenvolvimento da agricultura, além de ser um centro de troca de produtos com a costa e as montanhas.

A causa de seu abandono é desconhecida, embora algumas teorias sugiram que isso possa ser devido ao fenômeno El Niño. Antes de deixar a cidade, seus habitantes a enterraram sob uma densa camada de pedras cortadas.

Economia

As principais atividades econômicas foram agricultura, pesca, colheita e troca de produtos. Os habitantes desta cultura não conheciam a moeda, então esse comércio era realizado através da troca.

A cultura de Caral desenvolveu um sistema de irrigação eficaz através de canais que transportavam água dos rios ou das puquiales (nascentes) para as terras agrícolas.

Cultura Chavin

A cultura chavín surgiu durante o início do horizonte, entre 1200 e 400 a. C. Sua principal cidade era Chavín de Huantar, na bacia superior do rio Marañón.

Essa cultura foi descoberta em 1919 pelo antropólogo peruano Julio César Tello. Até a descoberta da cultura Caral, era considerada a mais antiga do Peru e ainda hoje é conhecida como a “Cultura Mãe” do país.

A influência dessa cultura atingiu os atuais departamentos de Ayacucho e Ica, no sul, e Lambayeque e Cajamarca, no norte. No entanto, não se sabe se a língua e a etnia eram iguais em todos esses lugares.

Organização sociopolítica e economia

Chavín era um estado teocrático em que os padres eram a classe dominante. Além de seu papel religioso, eles também eram especialistas em astronomia e meteorologia, algo que aumentou seu poder. Finalmente, muitos deles tinham conhecimento de agricultura e engenharia.

Na hierarquia dessa cultura, a nobreza guerreira apareceu no segundo degrau após os sacerdotes. O resto da população estava a serviço da casta sacerdotal, exercendo gado e agricultura

Essas duas atividades foram a base da economia de Chavín. Sabe-se também que eles negociavam com outras cidades da costa, nas montanhas e provavelmente com os amazônicos.

Arte Chavín

Uma das facetas em que os habitantes de Chavín mais se destacavam era a arte. Essa cultura desenvolveu suas próprias expressões artísticas em áreas como cerâmica, escultura, ourivesaria e arquitetura.

Esta cidade usava todos os tipos de materiais. Assim, eles usaram ouro, cobre ou prata para fazer ornamentos pessoais. A pedra, por sua vez, era o principal material para arquitetura, escultura e fabricação de vasos ou argamassas. Para armas, eles alternavam o uso de madeira e osso.

O tema principal da arte de Chavín era a natureza: pássaros, cobras, plantas, outros animais ou seres humanos.

Um dos campos em que alcançaram maior habilidade foi na cerâmica, tanto utilitária quanto cerimonial. No caso da escultura, a cultura Chavín foi distinguida por seus monólitos e estelas de natureza religiosa e por suas conhecidas cabeças de unhas.

Cultura Paracas

A cultura de Paracas se desenvolveu durante o período histórico chamado de Alta Formação ou Horizonte Precoce. Foi localizado na península de Paracas, na região de Ica, entre 700 aC. C. e 200 d. C. Cronologicamente era contemporâneo da cultura Chavín.

Períodos de Paracas

Julio César Tello dividiu a história dessa cultura em dois períodos diferentes: as Cavernas de Paracas e Necrópolis de Paracas.

A primeira etapa durou entre 700 a. C. e 100 a. C. e, segundo Tello, mostrou uma grande influência da cultura Chavín, principalmente em sua cerâmica. Os túmulos eram subterrâneos, em forma de copo invertido. A cerca de 6 metros de profundidade, as múmias foram colocadas, muitas das quais foram encontradas com trepanações no crânio.

O segundo período, nas paradas de Necrópolis, durou entre 100 a. C. e 200 d. C. Entre os restos encontrados nesta etapa, destaca-se o cemitério localizado em Wari Kayan. Isto foi constituído por várias câmaras subterrâneas.

Outros especialistas duvidam que o Paracas Necrópolis pertença a essa tradição cultural e afirmam que, de fato, os restos encontrados fazem parte da cultura Topará.

Sociedade de Paracas

A sociedade cultural de Paracas era baseada na agricultura e na guerra. Alguns especialistas definem esse estado teocrático como o primeiro militarista do Peru.

O governo estava nas mãos da casta sacerdotal, que exercia poder absoluto. Juntamente com os altos militares, os padres concentraram todos os poderes na frente da maioria do povo.

Arquitetura e enterros

Não foram encontrados restos arquitetônicos monumentais pertencentes a essa cultura, com exceção de seus dois centros mais importantes: Ánimas Altas e Ánimas Bajas. O primeiro foi cercado por um muro defensivo, construído com palha, terra e adobe.

Enquanto isso, em Ánimas Baja, sete montes de adobe foram encontrados na forma de grãos de milho ou bolas.

Sim, muitas evidências arqueológicas foram encontradas sobre seus enterros. Isso nos permitiu conhecer o ritual rigoroso e elaborado que eles seguiram ao enterrar seus mortos, a quem eles mumificaram com uma técnica desconhecida.

Muitos dos cadáveres estudados mostram sinais de terem sofrido trepanações no crânio. Essa prática, que consiste em perfurar o crânio, pode ter sido um método para curar as feridas produzidas nas diferentes guerras em que eles estavam envolvidos. Da mesma forma, também poderia ter sido uma tentativa de aliviar dores de cabeça ou tratar doenças mentais.

Cultura Tiahuanaco

No sul do lago Titicaca, a mais poderosa cultura altiplana do Peru pré-colombiano apareceu no horizonte intermediário: o Tiahuanaco.

Originária da Bolívia atual, a cultura Tiahuanaco surgiu por volta de 200 aC. C. e durou até 1100 dC. C. Este estado centralizado e teocrático estendeu sua área de influência sobre os territórios do Peru, Chile, Bolívia e noroeste da Argentina.

Sociedade Tiahuanaco

A sociedade dessa cultura foi dividida em classes sociais de ferro, com a casta sacerdotal ocupando o poder. Era também um povo expansionista e colonizador.

A base de sua economia era a agricultura, que eles conseguiram dominar graças a uma técnica chamada waru waru. Isso consistia em escavar a terra para criar canais conectados nos quais a água era armazenada. À noite, com a umidade devido ao calor, foi criado um clima que favoreceu as lavouras.

Outro campo fundamental de sua economia era o gado. Essa cultura era dedicada ao pastoreio de lhamas e alpacas, animais dos quais eles obtinham carne, lã, gordura, ossos e fertilizantes. Embora em menor grau, eles também pratiquem pesca e construíram barcos de cana.

Arquitetura

A arquitetura desta civilização se destacou por seu cuidadoso planejamento e tecnologia. A maioria de suas construções era megalítica e monumental e usava cavilhas de metal para fixar os grandes blocos de pedra. Alguns deles pesavam 17 toneladas.

Entre as construções mais características, destacam-se a chullpa, algumas torres com função funerária. Da mesma forma, as pirâmides escalonadas e os pátios afundados também se destacaram.

Religião

Como em qualquer estado teocrático, a religião era o centro da sociedade tiahuanaco. O deus principal deles era Wiracocha, cuja imagem aparece no centro de Puerta del Sol .

Seus padres, de acordo com a análise dos restos encontrados, consumiram alucinógenos e bebidas alcoólicas para realizar suas cerimônias. Eles também foram os que realizaram os sacrifícios rituais, humanos e animais.

Cultura Mochica

A cultura Moche ou Moche se desenvolveu entre 100 e 800 dC. C. Seu local de origem era a costa norte do Peru, no vale do rio Moche, de onde se estendiam ao sul do território. Cronologicamente, era contemporâneo da cultura Nasca, depois da de Chavín e antes de Chimú, sobre a qual teve uma influência notável.

Essa civilização nunca chegou a formar uma única unidade política. Eles eram vários grupos independentes um do outro, embora com características comuns.

Sociedade

A organização política e social dos Mochicas baseava-se na natureza teocrática de seus governos, além de uma estrutura totalmente hierárquica.

Como os restos encontrados demonstram, especialmente a decoração das paredes e das peças de cerâmica, foi uma sociedade que deu grande importância à guerra. Suas campanhas militares foram essenciais para ampliar seu território. Quando derrotaram seus inimigos, eles construíram estradas para ligar as terras. Para visitá-los, era obrigatório prestar uma homenagem.

O território de Mochica foi dividido em dois setores diferentes: o norte de Mochica, entre os vales de Lambayeque e Jequetepeque; e La Mochica sur, nos vales de Chicama e Moche. Cada zona tinha seu próprio governador e mantinha relações estreitas. Esse governador foi, por sua vez, o sumo sacerdote e acumulou todo poder político, religioso e social.

Economia

A economia da cultura Mochica era eminentemente agrícola. No entanto, para aproveitar a terra, eles tiveram que criar sistemas avançados de irrigação.

Estando localizados em áreas costeiras, os mochicas também se dedicam à pesca. Esta atividade não se limitou ao litoral, mas eles construíram grandes barcos para poder pescar no mar.

Mochica Ceramic

Os Mochicas são considerados os melhores ceramistas da América pré-colombiana. A decoração de suas criações forneceu muitas informações sobre seu modo de vida, governo e religião.

Entre suas criações destacam-se os retratos huacos, algumas cabeças que representavam rostos humanos com grande realismo.

Cultura Nazca

Essa cultura foi descoberta no vale do Rio Grande (província de Nazca) por Max Uhle, arqueólogo alemão, em 1901. Segundo as investigações realizadas, a história de Nazca é dividida em quatro períodos:

– Nazca primitivo, quando os diferentes assentamentos começaram a dar seu próprio estilo à cerâmica.

– Nazca do meio, estágio em que houve um grande desenvolvimento cultural devido à influência da cultura de Paracas. Além disso, foi quando as cerimônias apareceram e representações têxteis e iconográficas começaram a ser feitas.

– O falecido Narca, quando a população deixou Cachachi.

– Queda da cultura Nazca devido a mudanças climáticas em 700 dC. C.

Origem e localização

A origem da cultura de Nazca está relacionada à cultura da necrópole de Paracas, durante a Alta Formação.

Ao se espalhar, essa civilização influenciou uma área que se estendia de Pisco, no norte, a Arequipa, no sul, e de Ayacucho, a leste. No século VI dC. C., os contatos com as zonas altas de Ayacucho aumentaram, algo de grande importância para a criação da cultura Huari.

Sociedade e economia

Na sociedade de Nazca, as posições de poder eram reservadas à casta sacerdotal e à aristocracia militar. Ambas as classes residiam nas cidades, assim como os artesãos, embora as últimas o fizessem em bairros localizados nos arredores.

Esta cidade deu grande importância à guerra e refletiu a violência de seus confrontos nos desenhos com os quais decoravam suas cerâmicas.

Suas cerimônias religiosas ou militares costumavam ter sacrifício humano. Um dos ritos usou a cabeça dos soldados inimigos caídos em combate.

A economia, por sua vez, compartilhava a maioria das características das outras culturas andinas. Sua principal atividade era a agricultura, na qual eles demonstravam um grande conhecimento dos ciclos agrícolas. Além disso, seus trabalhos de engenharia hidráulica, muitos deles subterrâneos, permitiram aumentar as colheitas.

Arquitetura

A cidade mais antiga e mais importante da cultura de Nazca era Cahuachi. Tanto nele como em seus outros centros urbanos residem as classes dominantes.

Para construir as cidades, um modelo foi projetado com todos os edifícios projetados e, em seguida, a cidade foi construída em escala.

Linhas de Nazca

Os Nazcas são considerados grandes astrônomos, o que está relacionado ao seu legado mais conhecido: as linhas de Nazca. É uma série de grandes geoglifos descobertos por Toribio Mejía Xesspe. Esta série de figuras geométricas e zoomórficas só pode ser distinguida do ar.

Desde a sua descoberta, inúmeras teorias foram apresentadas sobre o propósito dos nazcas na elaboração dessas linhas. A principal, apresentada por Maria Reiche Neumann, a grande especialista em seu estudo, é que poderia ser um enorme calendário astronômico-agrícola.

Cultura Huari

Julio César Tello foi o descobridor da cultura Huari ou Wari. Seu centro geográfico estava localizado em Huanta, pouco mais de 10 quilômetros ao norte de Ayacucho.

A origem dessa cultura, que se desenvolveu durante o Horizonte Médio, foi a fusão de outras culturas anteriores, especificamente os Huarpa, os Nazca e os Tiahuanaco.

Criação de um império

A civilização Huari logo começou a conquistar os territórios próximos. Os primeiros foram Ica e Nazca, conhecidos por produzir matérias-primas para o policromado da cerâmica.

Sob a influência de Huari, um dos centros cerimoniais de maior prestígio na costa foi construído em Pachacámac, algo que manteve até a época dos incas.

Mais tarde, já no final da época 2 da história wari, seu território atingiu sua maior extensão. Assim, no norte, eles controlavam o departamento de Lambayeque e provavelmente Piura, na costa; nas montanhas chegaram a Cajamarca e Amazonas; ao sul para Puno e Cusco e ao oeste para Arequipa.

Império Huari

A cultura Huari foi a criadora do primeiro estado imperial do mundo andino. Para fazer isso, ele empreendeu várias campanhas militares e passou a colonizar os territórios conquistados. Em todos os seus domínios, desenvolveu um tipo muito avançado de planejamento urbano.

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Por outro lado, a sociedade imperial Huari era altamente hierárquica, com as classes guerreiras ocupando a maioria das posições de poder.

Economia

O sistema econômico da cultura Huari apresentou diferenças importantes com o de outros povos contemporâneos. Dessa forma, o estado era encarregado de produzir, distribuir e fornecer recursos para toda a população.

Os Waris não conheciam o conceito de moeda e organizaram toda a atividade econômica dos centros provinciais e administrativos. Eles tinham que garantir que os recursos necessários chegassem a todo o território.

Por outro lado, seu sistema econômico era baseado em impostos e câmbio.

Metalurgia

A introdução de novas técnicas em metalurgia foi uma das contribuições mais importantes da cultura Huari. Graças a essas inovações, o manuseio e a transformação de ouro, cobre e bronze melhoraram substancialmente.

Os restos encontrados nos permitem afirmar que os Waris usavam técnicas como rolar, martelar, forjar ou fundir em seus trabalhos com metal. Além disso, os especialistas apontam que foram suas próprias descobertas e não o resultado de influências externas.

Cultura Chimú

A cultura Chimú surgiu na cidade de Chan Chan, no vale do Moche, após o colapso do Império Huari, por volta de 900 dC. C. Segundo a lenda, o Grande Chimú Tacaynamo teria fundado essa civilização depois de chegar em uma série de gravetos à costa de Trujillo, vindos da outra parte do oceano.

Localização geográfica

A zona de influência da cultura Chimú foi a costa norte do Peru. A princípio, ocupou o vale de Moche e, no seu auge, percorreu quase mil quilômetros da costa, de Tumbes a Carabayllo.

A área ocupada por essa civilização tinha características muito favoráveis ​​para a prática da agricultura, o que permitiu um rápido desenvolvimento de sua sociedade.

A capital dessa cultura era Chan Chan, localizada na foz do Moche. Sua população atingiu 40.000 habitantes. A cidade se tornou o centro de uma extensa rede de atividades comerciais e quase 26.000 artesãos passaram a residir nela.

Caracteristicas

A origem dessa cultura foi a fusão de duas tradições anteriores: a mochica e a lambayeque. Segundo especialistas, Chimú provavelmente foi configurado como uma confederação militar. Administrativamente, era um estado centralizado, burocrático e altamente hierárquico.

A partir do século XII, os líderes de Chimú iniciaram uma campanha de conquista até assumir o controle dos vales no litoral norte.

No topo da sociedade estava o Chimú Cápac ou Gran Chimú. Depois vieram os nobres, os militares e os sacerdotes. Uma espécie de classe média, formada pelos líderes das etnias, ocupava o terceiro passo na pirâmide social. Artesãos, comerciantes, camponeses e agricultores, apesar de terem menos privilégios, eram muito respeitados.

Econômico

A organização econômica da cultura Chimú dependia de uma burocracia estrita. Toda a informação era controlada pela elite da capital, assim como a chegada de matérias- primas.

A atividade mais importante foi a agricultura, cujo desempenho foi impulsionado graças a obras hidráulicas como irrigação, Wachaque ou Puquios.

Chimú também foram grandes pescadores. Eles são considerados os melhores navegadores do Peru antigo, que costumavam aumentar suas capturas e, além disso, expandir a área de comércio.

Arte

A atividade artística mais relevante na cultura Chimú foi a cerâmica. A maioria dos artesãos residia na capital, onde faziam suas criações com argila queimada. Essa técnica permitiu que eles fizessem figuras em diferentes tons de cor de chumbo. Essas peças podem ter duas funções: cerimonial e diária.

Por outro lado, a arquitetura foi outra das atividades que melhor dominou, principalmente na capital. Chan Chan mostrou grande complexidade urbana, com um planejamento que a dividiu em quatro seções.

O primeiro foi composto pelos dez palácios reais, construídos com adobe. Um grupo de pirâmides truncadas para rituais formava a segunda seção, enquanto a terceira era destinada às habitações daqueles que, embora de alto status, não pertencessem à nobreza. Finalmente, houve os bairros em que a cidade residia.

Cultura Inca

A última grande cultura no Peru antes da chegada dos conquistadores espanhóis foi o Inca. Esta civilização criou um grande império a partir do século XIII. C., quando chegaram ao vale de Cuzco.

A partir desse momento, os incas expandiram seu território para dominar todo o Peru hoje, Equador, parte ocidental da Bolívia, norte da Argentina e Chile e parte da Colômbia. Todo o poder estava concentrado em um monarca absoluto, chamado Sapa Inca ou, simplesmente, Inca.

Esse império durou quase três séculos, até que os espanhóis o derrotaram em 1532.

Sociedade

A organização política dos incas foi uma das mais avançadas de todas as civilizações pré-colombianas. O Estado assumiu a obrigação de que todos os seus súditos tinham o necessário para sobreviver.

Os incas administrativamente dividiram seu império em quatro províncias ou suyu. A capital era Cuzco, localizada no centro desta divisão territorial. Dessa cidade, o Sapa Inca governou, com poder absoluto. Somente no Sumo Sacerdote ele se aproximou, embora sem alcançá-lo, desse poder.

A sociedade, por sua vez, era baseada no ayllu, um termo que chamava a comunidade inca. Toda organização social, trabalho em terras comunais, serviço militar ou obras públicas foram realizadas por ayllus.

Economia

Essa mesma idéia de comunidade estava muito presente na economia, baseada na comunidade agrícola formada pelo ayllus.

A agricultura era a principal atividade dos incas. Suas plantações, como milho ou batata, foram favorecidas pelos avanços técnicos introduzidos pelos incas. A terra era de propriedade do Estado, que distribuía as áreas de acordo com as necessidades de cada família.

O Estado também controlava exaustivamente o restante dos trabalhadores com a intenção de que a produtividade fosse alta. Além disso, garantia a cada família um lar e acesso a outros ativos. Toda a população tinha a obrigação de trabalhar, sempre de acordo com a situação de cada indivíduo.

Arte

A manifestação artística mais importante da cultura inca foi a arquitetura. Suas principais características foram solidez, simplicidade e simetria.

O domínio arquitetônico inca se aplicava apenas a prédios públicos e não a residências. Nos templos, prédios administrativos ou palácios, seus arquitetos conseguiram combinar estética com funcionalidade.

Por outro lado, os incas também se destacavam na escultura. A maioria era feita de pedra, uma vez que os metais eram mais utilizados na ourivesaria.

Referências

  1. Pasta Pedagógica. Culturas peruanas. Recuperado da pasta pedagogical.com
  2. História peruana. Cultura Wari ou Huari. Obtido da história peruana.
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