Desertificação: características, causas e consequências

A desertificação é um processo de degradação do solo que transforma áreas anteriormente férteis em regiões áridas e sem vida, devido a uma combinação de fatores naturais e ações humanas. As principais causas desse fenômeno incluem o desmatamento, a agricultura inadequada, a urbanização descontrolada e as mudanças climáticas. As consequências da desertificação são devastadoras, incluindo a perda de biodiversidade, escassez de recursos hídricos, aumento da pobreza e migrações forçadas. É fundamental adotar medidas de conservação do solo e uso sustentável dos recursos naturais para combater esse problema e garantir a sustentabilidade das áreas afetadas.

Principais características da desertificação: entenda esse processo de degradação ambiental e suas consequências.

A desertificação é um processo de degradação ambiental que resulta na transformação de áreas anteriormente produtivas em regiões áridas e desertas. As principais características desse fenômeno incluem a perda de biodiversidade, a diminuição da fertilidade do solo, a escassez de recursos hídricos e a degradação dos ecossistemas.

As causas da desertificação são variadas, mas incluem principalmente a ação humana, como o desmatamento, a agricultura intensiva, o pastoreio excessivo e a exploração descontrolada dos recursos naturais. As mudanças climáticas também desempenham um papel importante nesse processo, contribuindo para o aumento da aridez e da temperatura em algumas regiões.

As consequências da desertificação são graves e afetam tanto o meio ambiente quanto as populações locais. A escassez de alimentos, a perda de meios de subsistência, o aumento da pobreza e a migração forçada são algumas das principais consequências desse fenômeno. Além disso, a desertificação pode levar à degradação da qualidade de vida e à instabilidade social e política nas áreas afetadas.

Portanto, é fundamental adotar medidas de prevenção e combate à desertificação, como o reflorestamento, a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, a gestão adequada dos recursos hídricos e o fortalecimento da capacidade das comunidades locais para lidar com os impactos desse processo. A conscientização e a ação coletiva são essenciais para garantir a preservação do meio ambiente e o bem-estar das gerações futuras.

Origens e impactos da desertificação: entenda as causas e consequências desse fenômeno ambiental.

A desertificação é um fenômeno ambiental que ocorre quando áreas de terra se tornam desertos devido à degradação do solo e das condições climáticas. Esse processo pode ter origens naturais, como a falta de chuvas e o vento forte, ou ser causado pela atividade humana, como o desmatamento e a agricultura intensiva.

As principais causas da desertificação incluem o desmatamento, a agricultura intensiva, a urbanização desordenada e as mudanças climáticas. Esses fatores contribuem para a degradação do solo, a perda de vegetação e a diminuição da biodiversidade, tornando a região cada vez mais árida e propensa à desertificação.

Os impactos da desertificação são devastadores para o meio ambiente e para as comunidades locais. A perda de solo fértil prejudica a produção de alimentos, levando à escassez de alimentos e à fome. Além disso, a desertificação aumenta o risco de desastres naturais, como enchentes e deslizamentos de terra, e contribui para o êxodo rural e a migração forçada.

Para combater a desertificação, é necessário adotar práticas sustentáveis de uso da terra, como a agroecologia e o reflorestamento. Além disso, é fundamental investir em políticas de conservação ambiental e de recuperação de áreas degradadas. Somente com ações efetivas e coordenadas será possível reverter os danos causados pela desertificação e garantir a sustentabilidade das regiões afetadas.

Impactos da degradação ambiental: quais são suas consequências para o planeta e para nós?

A desertificação é um processo de degradação ambiental que ocorre principalmente em regiões áridas e semiáridas, onde a vegetação é escassa e a água é um recurso limitado. Esse fenômeno é caracterizado pela perda de solo fértil e pela diminuição da biodiversidade, resultando em áreas cada vez mais áridas e improdutivas.

As principais causas da desertificação incluem o desmatamento, a agricultura insustentável, a sobreexploração dos recursos naturais e as mudanças climáticas. Esses fatores contribuem para a degradação do solo, a erosão, a salinização e a perda de biodiversidade, tornando a terra cada vez menos produtiva e propensa à desertificação.

Os impactos da desertificação são devastadores, tanto para o planeta quanto para nós. A perda de solo fértil compromete a capacidade de produção de alimentos, levando à escassez de alimentos e à insegurança alimentar. Além disso, a desertificação contribui para a emissão de gases de efeito estufa, agravando as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Para combater a desertificação e seus impactos, é fundamental adotar práticas sustentáveis de uso da terra, como a reflorestação, a agricultura de conservação, o manejo adequado dos recursos naturais e a conscientização da população sobre a importância da preservação do meio ambiente. Somente através de ações coletivas e responsáveis podemos reverter o processo de desertificação e garantir um futuro sustentável para o planeta e para as gerações futuras.

Impactos ambientais no deserto: quais são e como podem ser mitigados?

A desertificação é um fenômeno preocupante que afeta várias regiões do planeta, resultando em impactos ambientais significativos. Entre os principais impactos no deserto, destacam-se a perda de biodiversidade, a degradação do solo, a escassez de água e a erosão do solo.

A perda de biodiversidade no deserto ocorre devido à destruição do habitat natural de diversas espécies de plantas e animais. Isso pode levar à extinção de espécies únicas que habitam essas regiões áridas. Para mitigar esse impacto, é essencial promover a conservação das áreas desertas e implementar medidas de proteção ambiental.

A degradação do solo é outro impacto ambiental comum no deserto, resultante da prática inadequada de agricultura e pecuária, que levam à compactação do solo e à perda de nutrientes. Para combater esse problema, é importante adotar técnicas de manejo sustentável do solo, como a rotação de culturas e o plantio de espécies adaptadas às condições do deserto.

A escassez de água é um dos maiores desafios enfrentados em regiões desérticas, onde a disponibilidade de água doce é limitada. Para mitigar esse impacto, é fundamental investir em tecnologias de captação e reuso de água, bem como em práticas de conservação hídrica, como o plantio de espécies resistentes à seca e a construção de barragens para armazenamento de água.

A erosão do solo é outro problema ambiental causado pela falta de vegetação para proteger a superfície do solo contra a ação do vento e da chuva. Para reduzir esse impacto, é necessário promover o reflorestamento de áreas degradadas, implementar práticas de conservação do solo, como a construção de terraços e a adoção de sistemas agroflorestais.

Em suma, os impactos ambientais no deserto são diversos e podem ter consequências devastadoras para o meio ambiente e para as comunidades locais. Para mitigar esses impactos, é fundamental adotar medidas de conservação e manejo sustentável dos recursos naturais, visando a preservação dos ecossistemas desertos e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Desertificação: características, causas e consequências

A desertificação é o processo de degradação, que perdem a sua capacidade produtiva e entrar no estado selvagem. Desertos podem ser definidos como um ecossistema seco (quente ou frio) de baixa biomassa e produtividade.

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O termo desertificação apareceu em 1949 em um estudo de degradação ambiental em regiões áridas da África, analisando a transformação de florestas em savanas. Posteriormente, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou sobre o perigo da desertificação em sua conferência de 1977.

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Desertificação e desmatamento. Fonte: Frank Vassen, de Bruxelas, Bélgica [CC BY 2.0 (https://creativecommons.org/licenses/by/2.0)]

Aproximadamente 45% da superfície da Terra são áreas semi-áridas, áridas ou desérticas, tanto de baixa como de alta temperatura, caracterizadas pela escassez de água. Além disso, estima-se que 70% das terras áridas produtivas estejam ameaçadas por alguma forma de desertificação.

As causas da desertificação são múltiplas, incluindo fatores climáticos e antrópicos. O aquecimento global é um fator-chave, assim como as práticas de agricultura intensiva mecanizada, pecuária, desmatamento e superexploração de aqüíferos.

Entre as consequências da desertificação estão a perda de biodiversidade, a perda de solos agrícolas e pecuários, bem como a diminuição das reservas de água doce. Segundo a FAO, existem entre 3.500 e 4.000 milhões de hectares ameaçados pela desertificação em todo o mundo.

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Essa área suscetível à desertificação representa cerca de 30% das áreas continentais do planeta, afetando cerca de 1 bilhão de pessoas.

As soluções para o problema da desertificação passam por alcançar um desenvolvimento sustentável que contemple práticas de conservação e pecuária. Além disso, a redução da poluição global e o uso racional dos recursos naturais devem ser alcançados.

Na América Latina, a desertificação é um problema crescente e, por exemplo, no México, mais de 59% de suas áreas desertas foram formadas pela degradação do solo. Na Argentina, mais de 75% da superfície apresenta sérias ameaças de desertificação e no Peru e na Colômbia 24% e 32% de seus territórios são afetados, respectivamente.

Caracteristicas

– Definição

Segundo a FAO, é um grupo de fatores geológicos, climáticos, biológicos e humanos que causam a degradação da qualidade física, química e biológica do solo em áreas áridas e semi-áridas. Como conseqüência disso, a biodiversidade e a sobrevivência das comunidades humanas estão ameaçadas.

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Vista geral do Saara. Fonte: NASA [Domínio público]

Além disso, as áreas úmidas também são afetadas pelo fenômeno da desertificação, especialmente florestas tropicais. Isso ocorre devido às características da fragilidade do solo e do ciclo de nutrientes.

Portanto, em ecossistemas que mantêm um delicado equilíbrio baseado na cobertura vegetal, sua alteração drástica é uma causa de desertificação. Um exemplo disso é a floresta tropical, como a Amazônia, onde o ciclo de nutrientes está na biomassa, incluindo a camada de serapilheira e a matéria orgânica do solo.

Quando uma área deste ecossistema é desmatada, a ação erosiva da chuva arrasta a frágil camada de solo. Portanto, em pouco tempo é desertificado e tem baixa capacidade de regeneração.

– Áreas secas

As áreas secas suscetíveis à desertificação não podem ser definidas apenas em termos de precipitação, mas também a temperatura deve ser considerada. Por outro lado, a temperatura determina a taxa de evaporação e, portanto, a disponibilidade de água no solo.

No caso de desertos frios, baixas temperaturas significam que parte da água no solo não está disponível por congelamento.

Índice de aridez

Para definir essas áreas secas com mais precisão, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estabeleceu um índice de aridez. Isto é calculado dividindo a precipitação anual pelo potencial de evaporação anual.

Áreas secas têm índices de aridez iguais ou inferiores a 0,65 e, com base nisso, 10% da superfície da Terra é definida como seca. Além disso, 18% é semi-árido, 12% é árido e 8% é hiper-árido.

Em geral, em uma área seca, a combinação de temperatura, umidade e fertilidade do solo pode suportar apenas baixa vegetação e baixa biomassa. São áreas em um limite de condições para o sustento da vida, portanto qualquer alteração tem sérias conseqüências.

– Desertificação

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O processo de desertificação ameaça diretamente proporcional à aridez da área. Nesse sentido, temos que ser mais áridos, mais suscetível é a área à desertificação.

Fatores que agem

Na desertificação, uma série de fatores inter-relacionados intervém de maneira complexa, afetando a fertilidade e a física do solo, de modo que a produtividade diminui. Como conseqüência disso, a cobertura vegetal é perdida e o solo é afetado pelo aumento da erosão.

O processo pode começar devido ao desmatamento em uma área com solo frágil e, portanto, será refletido em problemas de erosão.

Os gatilhos podem ser o aumento da temperatura, diminuição da disponibilidade de água e aumento da salinidade ou contaminação do solo.

– Áreas mais suscetíveis

As áreas secas da terra são as mais suscetíveis à desertificação devido ao fenômeno do aquecimento global. Portanto, as áreas secas se tornam semi-áridas ou até hiper-áridas.

Posteriormente, as áreas mais suscetíveis à desertificação são aquelas próximas aos limites dos ecossistemas secos.

Figuras

Atualmente, existem mais de 100 países com problemas de desertificação, afetando cerca de um bilhão de seres humanos e 4.000 milhões de hectares em perigo.

Estima-se que cerca de 24.000 milhões de toneladas de terras férteis sejam perdidas anualmente por esse fenômeno. Em termos econômicos, as perdas são de aproximadamente 42.000 milhões de dólares.

Em termos de localização, 73% das terras agrícolas secas na África são moderada ou severamente degradadas, enquanto 71% de sua área é afetada na Ásia. Na América do Norte, 74% de suas terras áridas enfrentam problemas de desertificação.

Na América Latina, cerca de 75% de suas terras são afetadas. Enquanto na Europa, um dos países mais afetados é a Espanha, com 66% de seu território. Um dos casos mais extremos é a Austrália, onde 80% de suas terras férteis enfrentam sérias ameaças de desertificação.

– Diferença ecológica entre um deserto e uma área deserta

A desertificação não se refere à formação natural de ecossistemas secos naturais, uma vez que estes evoluíram em condições severas, com instabilidade do solo e do clima. Portanto, as áreas secas naturais são muito resistentes (com alta capacidade de recuperação de distúrbios).

Por outro lado, áreas sujeitas à desertificação são ecossistemas que atingiram o equilíbrio e suas condições de desenvolvimento são drasticamente variadas. Essa alteração de suas condições de equilíbrio ocorre em um período relativamente curto de tempo.

É por isso que as áreas afetadas pela desertificação têm baixa resiliência e as perdas de biodiversidade e produtividade são muito grandes.

Causas

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O solo é degradado pela perda de suas propriedades físicas, fertilidade ou poluição. Da mesma forma, a disponibilidade de água de qualidade é outro elemento relevante que afeta a produtividade do solo.

Por outro lado, é importante considerar que a cobertura vegetal fornece proteção contra os efeitos erosivos da água e do vento.

No caso das florestas tropicais, a maioria dos nutrientes encontra-se na biomassa e no solo superficial, com matéria orgânica em decomposição e sistemas de micorrizas (fungos simbióticos).

Portanto, qualquer fator natural ou antropogênico que altere a cobertura vegetal, a estrutura e a fertilidade do solo ou do suprimento de água, pode levar à desertificação.

– Processos responsáveis

Pelo menos sete processos responsáveis ​​pela desertificação foram observados:

  1. Degradação ou perda de cobertura vegetal.
  2. Erosão da água (perda de solo devido ao arrasto da água).
  3. Erosão do vento (perda de solo devido ao arrasto do vento).
  4. Salinização (acúmulo de sais por irrigação com água salina ou arraste de sais por infiltração).
  5. Redução da matéria orgânica do solo.
  6. Compactação e formação de crostas no solo (gera problemas de infiltração de água e acesso às águas subterrâneas pela vegetação).
  7. Acumulação de substâncias tóxicas (eliminando a cobertura vegetal).

Esses fatores agem em combinação e são desencadeados por ações humanas ou fenômenos naturais. Entre essas ações ou fenômenos, temos:

– Desmatamento

Essa é uma das causas diretas da desertificação, porque a cobertura vegetal é eliminada deixando o solo exposto à ação erosiva da água e do vento. O desmatamento pode ocorrer para incorporar novas terras à agricultura e pastagem, para extração de madeira ou para urbanização ou industrialização.

Estima-se que dos 3 bilhões de árvores no planeta, cerca de 15 milhões são cortados anualmente. Além disso, em florestas tropicais ou ecossistemas de montanha, o desmatamento causa sérios problemas de perda de solo por erosão.

– Incendios florestais

Os incêndios na vegetação eliminam a cobertura vegetal e deterioram a camada orgânica do solo que afeta sua estrutura. Portanto, o solo é mais suscetível a processos erosivos devido à ação da água e do vento.

Da mesma forma, os incêndios afetam negativamente a microflora e a microfauna do solo. Eles podem se originar de causas naturais e antropogênicas.

– Mineração e petróleo

Na maioria dos casos, a mineração envolve a erradicação do solo superficial e a perturbação drástica do solo. Por outro lado, os resíduos sólidos e efluentes gerados são solo e água altamente poluentes.

Como conseqüência disso, há uma perda de produtividade do solo e até do próprio solo, ocorrendo desertificação.

Por exemplo, nas selvas e savanas do sul do rio Orinoco, na Venezuela, a mineração a céu aberto de ouro e outros minerais abandonou cerca de 200.000 hectares. Nesse processo, o dano físico foi combinado à contaminação por mercúrio e outros elementos.

– Agricultura

A crescente necessidade de produção de alimentos e os benefícios econômicos produzidos por essa atividade intensificam a agricultura e, portanto, a desertificação. A agricultura moderna é baseada na monocultura em grandes áreas, com uso intensivo de máquinas agrícolas e agroquímicos.

As atividades agrícolas contemplam uma série de etapas que geram degradação do solo:

Desmontar

Em áreas virgens ou em pousios ou áreas de descanso, a agricultura gera desmatamento ou desmatamento, de modo que o solo é exposto a processos de erosão.

Preparação da terra

De acordo com o cultivo, o solo é submetido a passagens de lavra, grades, subsoladores e toda uma série de processos. Isso faz com que a estrutura seja perdida e a torna mais suscetível à erosão.

Em alguns casos, a mecanização excessiva gera compactação do solo chamada “camada de arado”. Portanto, a infiltração de água é reduzida e o desenvolvimento radical das plantas é prejudicado.

Rega

Água salina ou contaminada com metais pesados ​​saliniza ou acidifica o solo que reduz a quantidade de biomassa. Da mesma forma, o solo é exposto ao processo de erosão

Fertilizantes e pesticidas

O uso excessivo de fertilizantes e pesticidas inorgânicos biologicamente esgota o solo e polui as águas. A microflora e a microfauna do solo desaparecem e a cobertura vegetal é perdida, fazendo com que as terras percam a produtividade.

– Pastoreio

O excesso de pastagem causa desertificação, pois grandes áreas de vegetação são desmatadas para estabelecer sistemas de produção animal. Essa prática gera compactação do solo, diminuição da cobertura vegetal e, finalmente, erosão.

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Superpastoreio e desertificação. Fonte: Cgoodwin [CC BY-SA 3.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)]

Nos espaços montanhosos com excesso de carga animal, é possível ver áreas onde o solo é exposto pela passagem de animais. Portanto, ele pode ser facilmente arrastado pela água e observando.

– Superexploração e contaminação de aqüíferos

Superexploração de aquíferos

A superexploração das fontes de água é uma causa da desertificação. Isso ocorre porque os ecossistemas aquáticos dependem de uma série de processos associados aos corpos d’água.

A exploração excessiva de aqüíferos acima da resiliência, causa a seca e afeta a biodiversidade. Por exemplo, espécies de plantas com sistemas radicais que atingem o lençol freático (camada de água subterrânea) podem desaparecer.

Contaminação da água

Quando a água é contaminada por vários elementos, pode afetar os ecossistemas. Portanto, quando as fontes de água são contaminadas, a cobertura vegetal desaparece e o processo de desertificação é iniciado.

– Aquecimento global

O aumento da temperatura global contribui diretamente para a desertificação porque aumenta a evaporação e há menos água disponível

Em termos gerais, as mudanças climáticas alteram os padrões de chuva, prolongando as secas ou causando chuvas torrenciais. Portanto, a estabilidade dos ecossistemas e principalmente do solo é afetada.

Consequências

Biodiversidade

As áreas desérticas têm baixa biomassa e baixa produtividade, porque nelas as condições essenciais para a vida estão no limite do que é necessário. Nesse sentido, a desertificação causa a perda das condições necessárias para a vida e, portanto, o desaparecimento de espécies.

Produção de alimentos

A capacidade de produzir alimentos de origem agrícola e pecuária diminui devido aos processos de desertificação. Isso é consequência da perda de solos férteis, diminuição da água disponível e aumento da temperatura.

Anualmente, cerca de 24.000 milhões de hectares de solo fértil são perdidos em todo o mundo.

Reservas de água

A coleta, infiltração e conservação da água estão diretamente relacionadas à cobertura vegetal. Portanto, em solos desprovidos de vegetação, aumenta o escoamento e arraste do solo e diminui a infiltração.

Além disso, a desertificação causa uma diminuição nas fontes de água potável, o que, por sua vez, afeta outras áreas.

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Aquecimento global

A desertificação se torna um fator de feedback do processo de aquecimento. Primeiro, a perda de cobertura vegetal afeta a fixação de carbono e aumenta sua concentração na atmosfera.

Por outro lado, foi determinado que o albedo (a capacidade de uma superfície refletir a radiação solar) é maior em solo não protegido do que em um coberto de vegetação. Nesse sentido, quanto maior a área descoberta do solo, o aquecimento aumenta e a irradiação do calor para a atmosfera.

Soluções

– Sensibilização

As causas que geram a desertificação estão intimamente ligadas aos processos produtivos humanos que envolvem interesses econômicos e até de sobrevivência. Por esse motivo, é essencial a conscientização dos atores envolvidos nas ações que podem gerar desertificação.

Devem ser promovidas práticas conservacionistas de agricultura e pecuária, bem como a promulgação de leis para proteção do solo, vegetação e água. Para isso, é necessário que o cidadão comum e os governos nacionais e organizações multinacionais participem.

– métodos agrícolas

Preparo mínimo

Os métodos mínimos de preparo do solo produzem menos perturbações do solo e, portanto, a estrutura do solo é preservada. Essas práticas ajudam a evitar perdas de solo devido à erosão.

Culturas associadas e coberturas protetoras

As culturas associadas e de policultura são estratégias que permitem diversificar a cobertura vegetal no solo. Nesse sentido, o uso de coberturas de palha ou plásticos biodegradáveis ​​também evita a erosão do solo pela chuva e pelo vento.

Barreiras e cultivo de contorno

Em áreas montanhosas ou com declives um pouco íngremes, as barreiras de contenção devem ser estabelecidas na forma de barreiras vivas (sebes, vetiver ou capim-limão). Da mesma forma, paredes de construção podem ser colocadas para impedir o arraste do solo do escoamento.

Da mesma forma, a agricultura de contorno que segue as linhas de contorno é essencial para evitar a erosão do solo na agricultura de montanha.

– Qualidade da água de irrigação

É essencial evitar a salinização dos solos e sua contaminação com metais pesados. Para isso, as várias fontes de poluentes que variam de chuva ácida a derramamentos industriais e resíduos agrícolas devem ser controladas.

– Proteção de ecossistemas e revegetação

Antes de tudo, os ecossistemas devem ser protegidos do desmatamento e os planos de recuperação da vegetação devem ser estabelecidos nas áreas afetadas. Além disso, é conveniente implementar práticas que reduzam a erosão.

– Gases com efeito de estufa

É de grande importância mitigar o aquecimento global porque acelera os processos de desertificação. Portanto, é obrigatório reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.

Para isso, é necessário desenvolver acordos em nível nacional e internacional que orientem o modelo produtivo em direção a uma economia sustentável.

Desertificação no México

Mais da metade do território mexicano é composto por áreas áridas que atingem quase 100 milhões de hectares. Mais de 70% do território nacional é afetado por vários níveis de desertificação.

Além disso, aproximadamente 59% das áreas desertas foram causadas pela degradação do solo. Entre as atividades que mais contribuem para a geração de desertificação no México estão pastagem excessiva, desmatamento, métodos de preparo do solo e má gestão da terra.

Em regiões como San Luís, Morelos, Hidalgo e Querétaro, a erosão eólica é severa e muito severa, afetando cerca de 1.140 km2. Por outro lado, na Baja California, Sinaloa e Tamaulipas, os maiores problemas se devem à salinização dos solos.

O desmatamento afeta grandes áreas da Península do Iucatão, Campeche, Veracruz, Nayarit e Oaxaca, onde são perdidos cerca de 340 mil hectares por ano.

Desertificação na Argentina

A Argentina é o país latino-americano mais afetado pela desertificação, pois 75% de sua superfície sofre algum grau de ameaça. Segundo dados do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN), 60% têm risco moderado a grave e 10% estão em risco grave.

Isso corresponde a mais de 60 milhões de hectares sob processos erosivos e cerca de 650.000 hectares são adicionados a cada ano. Uma das regiões mais ameaçadas é a Patagônia, principalmente devido ao excesso de pastagem e ao mau uso dos recursos hídricos.

Em 1994, a Argentina assinou a Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação. Da mesma forma, em 1997, o diagnóstico do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação foi concluído.

Desertificação no Peru

As principais causas de desertificação no país são o pastoreio excessivo e a erosão hídrica e eólica nas áreas andinas. A salinização também é afetada por técnicas inadequadas de irrigação no litoral, bem como pela extração ilegal de madeira na selva.

No Peru, 40% das terras costeiras sofrem com problemas de salinização e 50% dos solos das montanhas têm sérios problemas de erosão. Além disso, 3% da superfície do país já está desertificada, enquanto 24% está em processo de desertificação.

Entre algumas de suas políticas para solucionar o problema, o país assinou a Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação.

Desertificação na Colômbia

Neste país, 4,1% do território já é afetado pela desertificação e, desse percentual, 0,6% atinge níveis extremos de severidade e insustentabilidade. Além disso, 1,9% tem níveis moderados de desertificação e os 1,4% restantes são leves.

Além disso, 17% do território apresenta sintomas de desertificação e 15% é vulnerável a sofrer.

Para resolver o problema, a Colômbia é signatária da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação. Além disso, desenvolveu seu Plano de Ação Nacional para Combater a Desertificação.

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