
A desorganização social é um fenômeno complexo e multifacetado que pode se manifestar de diversas formas na sociedade. Neste contexto, a teoria da desorganização social busca compreender as causas e consequências da falta de coesão e ordem social em determinadas comunidades. Este estudo aborda as diferentes formas de desorganização social, como a criminalidade, a pobreza, a falta de acesso a serviços básicos e a instabilidade política. Além disso, são apresentados exemplos concretos de situações de desorganização social ao redor do mundo, evidenciando a importância de se entender e enfrentar esse problema de maneira eficaz.
O que significa a teoria da desorganização social e como ela impacta a sociedade?
A teoria da desorganização social é um conceito que busca explicar o surgimento e a manutenção da criminalidade em determinadas áreas urbanas. Segundo essa teoria, a desorganização social ocorre quando as instituições sociais de uma comunidade (como a família, a escola e as organizações comunitárias) falham em cumprir suas funções normais, levando a uma falta de coesão social e controle social.
Essa falta de coesão e controle social pode resultar em altos níveis de criminalidade e violência, pois os indivíduos não têm um senso de pertencimento e responsabilidade comunitária. Além disso, a desorganização social pode levar a uma falta de supervisão dos jovens, aumentando a probabilidade de envolvimento em atividades criminosas.
Essa teoria impacta a sociedade de diversas maneiras, incluindo o aumento da criminalidade, da violência e da instabilidade social. Comunidades afetadas pela desorganização social tendem a ter índices mais altos de crimes como roubo, tráfico de drogas e homicídios. Além disso, a falta de coesão e controle social pode dificultar a implementação de políticas públicas eficazes e o desenvolvimento de programas de prevenção ao crime.
Em resumo, a teoria da desorganização social destaca a importância da coesão social e do controle social na prevenção da criminalidade e na promoção de comunidades saudáveis e seguras. É essencial que as instituições sociais trabalhem juntas para fortalecer os laços comunitários e garantir um ambiente propício ao desenvolvimento e bem-estar de todos os seus membros.
Características da Escola de Chicago e teoria do consenso na sociologia criminal.
A Escola de Chicago foi uma das primeiras escolas de sociologia criminal a emergir nos Estados Unidos no início do século XX. Suas características principais incluem um foco na análise dos processos sociais que levam ao crime, em oposição a uma abordagem individualista do comportamento criminoso. A Escola de Chicago também se destacou por seu interesse na relação entre a desorganização social e a criminalidade.
A teoria do consenso na sociologia criminal, por sua vez, destaca a ideia de que a sociedade compartilha de um conjunto de valores e normas comuns, que são fundamentais para manter a coesão social e prevenir o crime. Segundo essa perspectiva, o crime ocorre quando esses valores e normas são violados, e a punição dos criminosos serve para reafirmar a importância dessas normas para a sociedade como um todo.
A desorganização social é um conceito chave dentro da sociologia criminal, que se refere ao enfraquecimento das instituições sociais e das relações sociais que normalmente regulam o comportamento dos indivíduos em uma comunidade. A falta de coesão social e de controle social pode levar a um aumento da criminalidade, uma vez que as pessoas se sentem menos ligadas às normas e valores da sociedade.
Um exemplo clássico de desorganização social é o fenômeno das “zonas de transição” nas grandes cidades, onde a pobreza, a falta de emprego, a instabilidade familiar e a alta rotatividade populacional contribuem para um ambiente propício para o surgimento do crime. Nessas áreas, a desorganização social pode ser um fator determinante para explicar os altos índices de criminalidade.
Em resumo, a Escola de Chicago e a teoria do consenso na sociologia criminal nos ajudam a compreender como a desorganização social pode contribuir para o surgimento do crime em determinadas comunidades. Ao analisar as relações entre desigualdade social, desorganização social e criminalidade, podemos buscar formas de prevenir o crime e promover a coesão social em nosso meio.
Entenda o significado e a importância da teoria do controle social na sociedade contemporânea.
A teoria do controle social é um conceito fundamental para compreender as dinâmicas sociais e as relações de poder na sociedade contemporânea. Essa teoria busca explicar como as normas, valores e regras sociais influenciam o comportamento dos indivíduos e mantêm a ordem social.
Em um contexto de desorganização social, a teoria do controle social se torna ainda mais relevante. A desorganização social ocorre quando as instituições sociais falham em regular o comportamento dos indivíduos, resultando em um aumento da criminalidade, violência e instabilidade social.
É neste cenário que o controle social se torna essencial. Através de mecanismos formais e informais de controle, como leis, sanções sociais e pressão dos grupos, a sociedade busca manter a coesão social e prevenir comportamentos desviantes.
Um exemplo claro da importância do controle social na sociedade contemporânea é a criminalidade urbana. Em áreas onde há uma desorganização social, a presença de instituições de controle social enfraquecidas pode resultar em altos índices de crimes e violência.
Portanto, compreender a teoria do controle social e sua aplicação na sociedade contemporânea é essencial para promover a coesão social, prevenir a desorganização social e garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros da comunidade.
Teoria ecológica: ideais para combater o crime através da compreensão do contexto social.
A teoria ecológica, também conhecida como teoria da desorganização social, é uma abordagem que busca entender o crime a partir do contexto social em que ele ocorre. Segundo essa teoria, o crime não é causado apenas por características individuais dos criminosos, mas também por fatores ambientais, como a desorganização social e a falta de coesão comunitária.
De acordo com a teoria ecológica, os altos índices de criminalidade estão relacionados à desigualdade social, ao desemprego, à falta de acesso a serviços básicos, como educação e saúde, e à ausência de redes de apoio social. Portanto, para combater o crime de forma eficaz, é necessário compreender e intervir nessas questões estruturais que favorecem o surgimento de comportamentos criminosos.
Um dos principais pressupostos da teoria ecológica é a ideia de que a desorganização social cria um ambiente propício para a proliferação do crime. Quando as instituições sociais estão enfraquecidas e as relações comunitárias são fragmentadas, os indivíduos têm menos incentivos para seguir as normas sociais e mais oportunidades para se envolver em atividades criminosas.
Portanto, para reduzir a criminalidade, é fundamental promover a coesão social, fortalecer as redes de apoio comunitário, investir em políticas públicas que reduzam a desigualdade e a exclusão social, e criar oportunidades de emprego e educação para todos os cidadãos. Somente assim será possível construir uma sociedade mais justa e segura para todos.
Desorganização Social: Teoria, Formas e Exemplos
A desorganização social é uma teoria sociológica representada por influência da vizinhança em que uma pessoa cresce -se na probabilidade de que os crimes cometidos. Foi desenvolvido pela Chicago School e é considerado uma das mais importantes teorias ecológicas da sociologia.
Segundo essa teoria, as pessoas que cometem crimes são influenciadas pelo ambiente ao redor, mais do que são afetadas por suas características individuais. Ou seja, onde eles moram é mais importante do que sua personalidade para determinar o quão propensa uma pessoa é a cometer um crime.
Teoria da desorganização social
Origens
Thomas e Znaniecki foram os primeiros autores a introduzir princípios de teoria em suas pesquisas entre 1918 e 1920. Eles estudaram como o processo de pensamento de uma pessoa é determinado pela interação entre seu comportamento e sua situação.
Em 1925, Park e Burgess desenvolveram uma segunda teoria mais ligada a conceitos ecológicos, na qual as sociedades urbanas eram definidas como ambientes que interagiam entre si da mesma maneira que ocorre na natureza, de acordo com a teoria da evolução de Darwin .
A partir dessa idéia, a sociedade é definida como uma entidade que opera como um único organismo.
Em 1934, Edwin Sutherland adaptou os princípios da teoria da desorganização para explicar o crescimento do crime nas sociedades em desenvolvimento pertencentes ao proletariado. Segundo o autor, essa evolução traz consigo uma série de mudanças culturais que podem aumentar a taxa de criminalidade.
Desenvolvimento
Em 1942, dois autores da Escola de Criminologia de Chicago – chamados Henry McKay e Clifford Shaw – desenvolveram a teoria definitiva da desorganização social como um produto de suas pesquisas.
A teoria dos dois autores indica que o ambiente físico e social em que um indivíduo cresce (ou habita) é a principal razão de todos os comportamentos que ele executa com base em seu comportamento.
Esta é uma teoria relacionada principalmente ao estudo de crimes e é usada para prever onde um crime pode ocorrer de acordo com o tipo de bairro.
Segundo os dois autores, os locais onde os crimes são mais comumente praticados nos Estados Unidos tendem a ter três fatores principais: seus habitantes geralmente têm etnias variadas, há um alto nível de pobreza e as condições de saúde são precárias.
De acordo com os resultados de seus estudos, Shaw e McKay afirmaram que o crime não é um reflexo das ações individuais, mas do estado coletivo dos indivíduos. Segundo essa teoria, crimes são atos cometidos em resposta a condições de vida anormais.
Geralmente é usado como uma ferramenta para prever a localização e prevenção da violência juvenil, localizando ambientes que atendam às características dadas.
Avanços na teoria
Enquanto Shaw e McKay foram os autores que lançaram as bases para o desenvolvimento da teoria da desorganização social, outros autores posteriores trabalharam com base em suas pesquisas para expandir o conceito.
Em 1955, Robert Faris adotou os princípios do conceito para levá-los adiante. Através da teoria da desorganização social, ele também explicou o surgimento de altas taxas de suicídios, doenças mentais e violência de gangues. Segundo Faris, a desorganização social enfraquece os relacionamentos que compõem uma sociedade.
Robert Bursik apoiou a teoria de Shaw e McKay, afirmando que um bairro pode continuar apresentando o mesmo estado de desorganização, mesmo que seus habitantes mudem.
Esse conceito foi introduzido pelos próprios McKay e Shaw, mas recebeu várias críticas. O estudo de Bursik confirmou esse conceito.
Em 1993, Robert Sampson avaliou que o maior número de crimes em comunidades de baixa renda é geralmente cometido por grupos que estão na adolescência.
Relaciona o surgimento dessas tendências com a falta de controle social para impedir que os jovens cresçam em ambientes propensos à violência.
Formas de desorganização social
O colapso dos controles da comunidade
Quando um bairro começa a perder o controle natural que deve existir para que tudo funcione normalmente, as pessoas começam a modificar seu comportamento para se adaptar às novas condições. Isso cria desordem nessas pequenas sociedades.
Imigração descontrolada
Os imigrantes, especialmente imigrantes ilegais, costumam chegar a bairros pobres para se estabelecerem inicialmente.
Por sua vez, os imigrantes que chegam a esses bairros podem ser de baixa renda e com baixa escolaridade, o que leva a gerar problemas locais com os moradores.
Fatores sociais
Existem certos fatores sociais que são identificados com a desorganização. Entre eles estão os divórcios, o nascimento de filhos ilegítimos e uma quantidade desproporcional da população masculina em um bairro.
Vizinhança desfavorecida
Bairros que possuem habitantes com condições precárias de vida geralmente levam ao desenvolvimento de valores criminais nessas sub-sociedades. Uma baixa condição econômica geralmente significa um alto distúrbio social.
Exemplos
O surgimento de gangues locais em bairros socialmente desorganizados é um dos exemplos mais claros para explicar a teoria.
As precárias condições de vida geram um ambiente cultural que se presta à formação de grupos com membros que se apoiam.
Esses membros passam seu tempo cometendo crimes e trabalhando em um ambiente perigoso. Por sua vez, a tradição de pertencer a uma quadrilha pode ser herdada por outros futuros habitantes da região, o que também explica a estabilidade na taxa de criminalidade, mesmo que essas áreas sejam habitadas por pessoas diferentes.
Outro exemplo é amplamente apresentado em bairros de baixa renda nos Estados Unidos. Os pais dessas sociedades geralmente abandonam seus filhos muito pequenos.
Isso gera uma tendência cultural de cometer crimes para obter os fundos necessários para sustentar a família.
Referências
- Revista das Raízes da Violência Juvenil: Revisões da Literatura, R. Seepersad, 2016. Extraído de children.gov.on.ca
- Desorganização Social: Significado, Características e Causas, Shelly Shah, (sd). Retirado de sociologydiscussion.com
- Criminologia: explicação da teoria da desorganização social, Mark Bond, 1 de março de 2015. Extraído de linkedin.com
- Teoria da desorganização social, Wikipedia em inglês, 8 de janeiro de 2018. Extraído de wikipedia.org
- Desorganização Social, A. Rengifo, 1 de novembro de 2017. Extraído de oxfordbibliografies.com