Dor crônica: o que é e como é tratada pela psicologia

Última actualización: fevereiro 29, 2024
Autor: y7rik

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A dor crônica é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada pela persistência e intensidade da dor por um período prolongado de tempo, geralmente mais de três meses. É uma condição complexa que pode ser causada por diversas razões, como lesões, doenças crônicas, traumas físicos ou emocionais, entre outros fatores. Neste contexto, a psicologia desempenha um papel fundamental no tratamento da dor crônica, uma vez que a abordagem multidisciplinar é essencial para o manejo eficaz dessa condição. A terapia cognitivo-comportamental, a terapia de aceitação e compromisso e outras abordagens psicológicas têm se mostrado eficazes no controle da dor crônica, auxiliando os pacientes a lidar com o sofrimento físico e emocional associado a essa condição. Neste sentido, a psicologia se apresenta como uma importante aliada no tratamento da dor crônica, ajudando os indivíduos a melhorar sua qualidade de vida e bem-estar.

Cuidados essenciais do psicólogo com paciente que sofre de dor crônica.

A dor crônica é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma condição persistente e debilitante que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente. Nesse contexto, o papel do psicólogo é fundamental no tratamento da dor crônica, pois ele pode ajudar o paciente a lidar de forma mais eficaz com a sua dor e a melhorar a sua qualidade de vida.

Um dos cuidados essenciais do psicólogo com pacientes que sofrem de dor crônica é a escuta empática. É importante que o psicólogo demonstre compreensão e empatia em relação ao sofrimento do paciente, criando um ambiente seguro e acolhedor para que ele possa expressar suas emoções e sentimentos em relação à dor.

Além disso, o psicólogo deve ajudar o paciente a desenvolver estratégias de enfrentamento da dor. Isso inclui técnicas de relaxamento, mindfulness e reestruturação cognitiva, que podem ajudar o paciente a reduzir a intensidade da dor e a lidar de forma mais eficaz com os desafios do dia a dia.

Outro aspecto importante do cuidado do psicólogo com pacientes que sofrem de dor crônica é a promoção da adesão ao tratamento. O psicólogo pode ajudar o paciente a compreender a importância do tratamento multidisciplinar e a manter a motivação para seguir as recomendações médicas, o que pode contribuir para a melhoria do quadro de dor.

Com uma abordagem holística e multidisciplinar, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com essa condição debilitante.

O que a psicologia explica sobre a experiência da dor e seu impacto emocional.

A dor crônica é um problema de saúde complexo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A psicologia tem um papel fundamental no entendimento e tratamento desse tipo de dor. A experiência da dor é influenciada por diversos fatores, incluindo aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais.

De acordo com estudos psicológicos, a dor crônica pode desencadear uma série de reações emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Essas emoções podem intensificar a percepção da dor, criando um ciclo negativo que dificulta o tratamento e o manejo da condição.

Além disso, a psicologia também explora a relação entre a dor crônica e as experiências passadas do indivíduo, como traumas emocionais ou eventos estressantes. Essas experiências podem influenciar a forma como a dor é vivenciada e interpretada, impactando diretamente na qualidade de vida do paciente.

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No tratamento da dor crônica, a psicologia desempenha um papel importante, utilizando técnicas como a terapia cognitivo-comportamental e a mindfulness para ajudar os pacientes a lidar com a dor de forma mais eficaz. Essas abordagens visam não apenas aliviar a dor física, mas também trabalhar as questões emocionais e comportamentais relacionadas ao problema.

Estratégias para lidar com indivíduos que sofrem de dor crônica.

A dor crônica é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Muitas vezes, a abordagem tradicional de tratamento médico não é suficiente para aliviar totalmente os sintomas, o que leva os pacientes a procurarem outras formas de tratamento, como a psicologia. Neste contexto, é importante que os profissionais de saúde mental estejam preparados para lidar com indivíduos que sofrem de dor crônica, oferecendo estratégias eficazes para melhorar sua qualidade de vida.

Uma das estratégias mais importantes é a psicoeducação, que consiste em fornecer informações aos pacientes sobre a dor crônica, seus possíveis gatilhos e maneiras de lidar com ela no dia a dia. Isso ajuda a aumentar a compreensão do problema e a desenvolver habilidades para enfrentá-lo de forma mais eficaz.

Outra estratégia útil é a terapia cognitivo-comportamental, que visa identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que podem estar contribuindo para a intensificação da dor. Através dessa abordagem, os pacientes aprendem a reestruturar suas crenças e a adotar estratégias mais saudáveis para lidar com a dor.

Além disso, a relaxamento e meditação também são técnicas eficazes para reduzir a dor crônica. O relaxamento ajuda a diminuir a tensão muscular e a ansiedade, enquanto a meditação ensina os pacientes a focar a mente no presente, reduzindo a percepção da dor.

Por fim, o suporte social é fundamental para indivíduos que sofrem de dor crônica. O apoio de amigos e familiares pode ajudar a reduzir o isolamento e a solidão, além de proporcionar conforto emocional e prático no dia a dia.

Com abordagens personalizadas e multidisciplinares, é possível proporcionar um cuidado mais completo e eficaz para aqueles que sofrem com esse problema de saúde.

O que é dor crônica e como ela afeta a qualidade de vida?

Dor crônica é caracterizada como uma dor persistente que dura mais de três meses, podendo ser contínua ou intermitente. Ela pode ter diversas causas, como lesões, doenças crônicas, inflamações, entre outras. A dor crônica afeta não só o corpo, mas também a mente, impactando diretamente a qualidade de vida do indivíduo.

A dor crônica pode trazer consequências graves para a saúde mental e emocional, levando a quadros de ansiedade, depressão e estresse. Além disso, a dor constante pode interferir nas atividades diárias, como o trabalho, o lazer e até mesmo o sono, resultando em uma piora significativa na qualidade de vida da pessoa.

O tratamento da dor crônica envolve uma abordagem multidisciplinar, e a psicologia desempenha um papel fundamental nesse processo. Através de técnicas cognitivo-comportamentais, a psicologia auxilia o paciente a lidar com a dor, promovendo estratégias de enfrentamento e melhorando a sua qualidade de vida.

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É importante ressaltar que o tratamento da dor crônica não se resume apenas ao alívio dos sintomas físicos, mas também à melhora da saúde mental e emocional do paciente. Portanto, a atuação da psicologia é essencial para um tratamento eficaz e abrangente da dor crônica.

Dor crônica: o que é e como é tratada pela psicologia

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A dor crônica , aquele cuja duração exceda seis meses, não só é uma dor aguda experiência diferente quantitativamente, mas também e sobretudo qualitativamente. Como você pode lidar? Para conhecê-lo, é necessário primeiro explorar o que é dor.

Como a dor funciona?

A ideia de que a sensação de dor depende unicamente do dano físico produzido (modelo linear simples) foi mantida por um longo período de tempo. No entanto, essa maneira de entender a dor é considerada insuficiente para explicar alguns fenômenos clínicos.

O que acontece com a dor no membro fantasma ? E com o efeito placebo? Por que parece que a dor se intensifica ficando em silêncio, no escuro da noite, quando estamos na cama sem nenhuma distração?

Melzack e Wall propuseram em 1965 a Teoria do Portão de Controle , que argumenta que a dor é composta de três dimensões:

  • Sensorial ou Discriminativo : refere-se às propriedades físicas da dor.
  • Motivacional ou Afetivo : refere-se a aspectos emocionais dele.
  • Cognitivo ou avaliativo : relativo à interpretação da dor com base em aspectos da atenção, experiências anteriores, contexto sociocultural.

Que influência esses fatores têm? A percepção de estímulos prejudiciais não é direta, mas há uma modulação da mensagem no nível da medula espinhal. Isso implica que, para sentir dor, é necessária a chegada de uma “dor” ao cérebro . No entanto, o cérebro sempre recebe essa informação?

Válvula de dor

Segundo os autores, existe um portão que permite (ou não) a entrada dessas informações na via neural , dependendo se ela abre ou fecha. São as dimensões mencionadas anteriormente, os fatores físicos, emocionais e cognitivos, que controlam sua abertura ou fechamento.

Na última década, Melzack propôs um Modelo de Rede Neural que postula que, embora o processamento da dor seja geneticamente determinado, ele pode ser modificado pela experiência. Dessa forma, os fatores que aumentam o fluxo sensorial dos sinais de dor, a longo prazo, podem modificar os limiares de excitabilidade, aumentando a sensibilidade a ele.

Atualmente, não faz sentido falar sobre dor psicogênica e dor orgânica. Simplesmente, nos seres humanos, a dor é sempre influenciada por fatores psicológicos , o que significa que em sua experimentação passa não apenas dos receptores da dor para o cérebro, mas também na direção oposta.

Estratégias para lidar com a dor crônica

Quais estratégias os pacientes com dor crônica usam para tentar resolvê-lo?

Entre eles estão:

  • Distração de atenção .
  • Auto-afirmações : diga a si mesmo que você pode enfrentar a dor sem grandes dificuldades.
  • Ignore as sensações de dor.
  • Aumente o seu nível de atividade : usando comportamentos perturbadores.
  • Procure por suporte social.
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Diferentes estudos científicos tentaram descobrir quais deles são realmente eficazes. No entanto, os resultados são inconclusivos, exceto pelo que se sabe sobre uma má estratégia: o catastrofismo.

O que é catastrofismo?

Catastrofismo é definido como o conjunto de pensamentos muito negativos de que a dor não tem fim, não tem solução e nada pode ser feito para melhorá-la.

O trabalho realizado na Universidade Dalhousie em Halifax por Sullivan e sua equipe distingue três dimensões na avaliação do catastrofismo. Referem-se à incapacidade de remover a dor (ruminação), exagero das propriedades ameaçadoras do estímulo doloroso (ampliação) e a sensação de incapacidade de influenciar a dor (desamparo) da mente do paciente. Os resultados sugerem que a ruminação está mais consistentemente relacionada a essa estratégia.

O esquema de dor

A dor, como uma emoção desagradável, está associada a emoções e pensamentos desagradáveis . Para tentar melhorar sua qualidade de vida, as pessoas tentam suprimi-las. No entanto, eles não apenas o entendem, mas também os fortalecem (produzindo ruminações que os manterão ativos continuamente).

Essa ativação está associada, por sua vez, a outras emoções negativas, o que fortalece o esquema catastrófico, que consequentemente influencia o processo cognitivo e emocional da pessoa, contribuindo, novamente, para a persistência da dor. Dessa forma, você entra em um círculo vicioso. Como sair disso?

Intervenção psicológica na dor crônica

Estabelecer o objetivo de eliminar a dor crônica pode ser não apenas ineficaz, mas também prejudicial ao paciente, bem como uma intervenção que visa promover pensamentos e emoções positivas a esse respeito. Em alternativa, o papel de aceitação e estudou contextual terapia l de dor crónica.

O papel da aceitação

A aceitação consiste na aplicação seletiva do controle ao que é controlável (em oposição à demissão, que tenta substituir o controle pela ausência de controle de maneira absoluta). Sob esse ponto de vista, as intervenções psicológicas propõem aos pacientes estratégias para melhorar sua qualidade de vida em uma vida com dor, sem tentar eliminá-la.

Embora ainda existam poucas investigações nessa linha, um estudo realizado na Universidade de Chicago mostra que pessoas que têm maior aceitação da dor apresentam valores mais baixos de ansiedade e depressão , além de um nível mais alto de atividade e status de emprego.

Terapia Contextual

A terapia contextual ou a terapia de aceitação e compromisso, desenvolvida por Hayes e Wilson, atualmente não tem sido aplicada à dor crônica. Isso consiste em mudar a função das emoções e pensamentos do paciente (não alterá-los em si mesmos). Deste modo, tenta-se que os pacientes vivenciem que as emoções e os pensamentos lhes acontecem, mas não são a causa de seu comportamento, conseguindo assim considerar quais são os valores que atuam como motores do mesmo.

No que diz respeito à dor, tente assumir sua presença sem tentar suprimi-la, participando de outras atividades vitais orientadas para diferentes objetivos.

Referências bibliográficas:

  • Fernández Berrocal, P., & Ramos Díaz, N. (2002). Corações inteligentes. Barcelona: Kairos.

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