Drago ( Dracaena draco) é uma planta alta, monocotiledônea, pertencente à família Asparagaceae. Conhecido como draco, drago canario, drago de Canarias, dragonal ou dragonero, é uma espécie nativa da região da Macaronésia.
É uma planta perene, com tronco grosso, suculento e ramificado, com casca acinzentada, suave quando jovem e áspera na maturidade. As folhas verde-acinzentada e acinzentada são dispostas em buquês no final do tronco ou dos galhos.
É uma planta suculenta de crescimento lento, cultivada como espécimes únicos ou em pequenos grupos em jardins ornamentais e encostas, também em vasos para varandas, terraços ou varandas. É considerada a planta oficial de Tenerife (Espanha), no entanto, sua população é muito pequena e dispersa, sendo atualmente classificada como uma “espécie de interesse para os ecossistemas das Canárias”.
A seiva de seu tronco fica avermelhada ao menor contato com o ar, daí o nome “sangue de dragão”. É utilizado para fins terapêuticos, construindo canoas, cestos, fundas ou tambores e obtendo corantes. Além disso, os aborígines Guanches ou Canárias consideravam uma planta sagrada.
Características gerais
Aparência
Planta arbórea sem madeira, caule único e suculento, que só se ramifica em altura após a primeira floração, formando uma copa larga e plana. É geralmente 12-25 m de altura e 5-7 m de diâmetro.
Seu sistema radicular é composto por raízes superficiais e robustas que se fundem com o tronco grosso e ereto em sua parte basal. A casca apresenta tons avermelhados, cinza ou prata, sendo macia em plantas jovens, áspera e áspera em plantas maduras.
Folhas
As folhas persistentes são lanceoladas, planas, coriáceas, flexíveis e levemente carnudas, dispostas helicoidalmente e formando uma pluma no final do tronco. São fixados à pluma através de uma bainha laranja, de cor verde acinzentada, medindo entre 50-60 cm de comprimento e 3-5 cm de largura.
flores
As flores hermafroditas são de cor verde esbranquiçada e 2 cm de diâmetro, agrupadas em inflorescências paniculares de 50 cm de comprimento. A floração ocorre entre maio e setembro, não tem interesse ornamental e é organizada no subsolo.
Frutas
A fruta é uma baga esférica e carnuda, de cor laranja quando madura, com 1-2 cm de diâmetro. Cada fruta contém 1-2 sementes marrons.
Taxonomia
– Reino: Plantae
– Subreino: Tracheobionta
– Divisão: Magnoliophyta
– Classe: Liliopsida
– Subclasse: Liliidae
– Ordem: Asparagales
– Família: Asparagaceae
– Subfamília: Nolinoideae
– Gênero: Dracaena
– Espécie: Dracaena draco L., 1767
Etimologia
– Dracaena : o nome do gênero deriva do latim «drácaena», que deriva do grego «δράχαινα», que significa «dragão feminino». Em alusão à cor vermelha de seu sábio conhecido como «Sangue de Dragão».
– draco : o adjetivo específico deriva do latim «dracó, -ónis», que vem do grego «δράχων», que significa «dragão» ou «cobra fabulosa».
Sinonímia
– Aspargos draco L., 1762
– Draco arbor Garsault, 1764
– Palma draco (L.) Mill., 1768
– Stoerkia draco (L.) Crantz, 768
– Drakaina draco (L.) Raf., 1838
– Yucca draco (L.) Carrière, 1859
Habitat e distribuição
O dragoeiro é uma planta adaptada às condições climáticas tropicais e subtropicais, a uma altitude entre 100-1.800 msnm. Cresce em solos argilosos ou arenosos, com pH ligeiramente ácido ou alcalino, bem arejado e com boa drenagem.
Na natureza, geralmente se desenvolve em locais inacessíveis, como encostas íngremes, falésias ou falésias íngremes. Desenvolve-se em áreas onde predomina a umidade dos ventos amieiros, com temperatura média em torno de 18 ºC, mas nunca abaixo de 6 ºC durante o inverno.
É considerada uma espécie endêmica da região da Macaronésia, isto é, Ilhas Canárias, Madeira, Cabo Verde e região noroeste de Marrocos. Nas Ilhas Canárias, é distribuído em Gran Canária, La Gomera, La Palma, El Hierro e Tenerife; em outras regiões subtropicais, foi introduzido como planta ornamental.
Propriedades
Princípios ativos
A seiva da dragoeira contém vários metabólitos secundários que lhe conferem várias propriedades medicinais ou terapêuticas. Estes incluem flavonóides e sapogeninas com ação anti-inflamatória, cicatrizante e hemostática.
Propriedades medicinais
A resina obtida da casca conhecida como “sangue de dragão” é usada desde a antiguidade como creme anti-inflamatório, anti-úlcera, antitússico, cicatrizante e dentífrico. Como remédio tradicional, é usado para fortalecer as gengivas, curar feridas, úlceras ou feridas, além de aliviar resfriados e resfriados.
Em algumas regiões das Ilhas Canárias, emplastros de seiva aplicados topicamente são usados como analgésicos para esvaziar inchaços e contusões. Da mesma forma, o “sangue de dragão” tem sido usado para tratar queimaduras de primeiro e segundo graus devido às suas propriedades curativas e hemostáticas.
Cultura
Propagação
O dragoeiro é propagado a partir de sementes cultivadas em substratos úmidos ou por meio de estacas obtidas do tronco ou galhos. No entanto, os dois processos são extremamente lentos, por isso é recomendável comprar espécimes cultivados em lojas especializadas.
Cuidado
– O dragoeiro pode ser cultivado em pleno sol ou meia sombra, desde que tenha boa iluminação durante o dia.
– Embora tolere baixas temperaturas, é aconselhável crescer em locais onde a temperatura do inverno não caia abaixo de 5 ºC
– Durante o inverno, temperaturas entre 8 e 10 ºC favorecem seu período de descanso no inverno.
– Para o plantio, seja através de sementes ou estacas de enraizamento, é necessário um substrato em partes iguais de cobertura vegetal, terra preta e areia grossa.
– A melhor época para transplantar é durante a primavera, tomando muito cuidado para não danificar as raízes, que são muito delicadas.
– A irrigação deve ser aplicada de forma moderada, tentando aguardar a secagem do substrato até a aplicação de uma nova solicitação.
– Durante o verão, sempre que o ambiente estiver muito quente e seco, é aconselhável regar 2-3 vezes por semana. O resto do ano uma vez por semana.
– Em plantas cultivadas para fins ornamentais, a alteração com fertilizantes orgânicos é recomendada no início da primavera.
– A poda do saneamento é realizada quando aparecem secas, murchas ou sinais de doenças, bem como caules de flores secas.
– Em geral, são plantas muito resistentes ao ataque de pragas, porém são suscetíveis a incidência de doenças fúngicas quando ocorre excesso de umidade.
Referências
- Almeida P., R. (2003) Dracaenaceae. Dracaena draco (L.) Atlas e Livro Vermelho da Flora Vascular Ameaçada da Espanha.
- Almeida P., R. (2003). Na presença de Dracaena draco (L.) L. em Gran Canaria (Ilhas Canárias): contribuição corológica, status atual e significado biográfico. Robô. Macaronésia, 24, 17-38.
- Cruz Suarez, J. (2007) El Drago. Revista Well Knows No. 174. ISSN: 1885-6039. Recuperado em: bienmesabe.org
- Dracaena draco . (2020). Wikipédia, a enciclopédia livre. Recuperado em: es.wikipedia.org
- Dracaena draco (2018) Guia Verde. Recuperado em: guiaverde.com
- Dracaena draco (2018) Árvore App Canarias. Recuperado em: arbolappcanarias.es
- Huesca, M. (2017) Drago de Canarias- Dracaena draco . Recuperado em: paramijardin.com