Escola de Relações Humanas: Características e Influência

A escola de relações humanas ou escola humanística de administração é uma corrente administrativa que surgiu na década de 1920 a partir de experimentos conduzidos por Elton Mayo em Hawthorne.

Nessas experiências, a Mayo demonstrou que os funcionários de uma empresa aumentam sua produtividade à medida que se sentem integrados.

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Isso significava que o trabalho passou a ser visto como uma atividade grupal condicionada aos padrões sociais e à empresa como um sistema social em que o ser humano é o elemento fundamental.

No momento em que essa teoria aparece, havia uma grande necessidade de humanizar a administração e superar a idéia mecanicista da teoria clássica.

Além disso, ciências como Psicologia e Sociologia estavam sendo desenvolvidas, e tentaram aplicar seus conceitos às organizações da época.

De fato, a visão humanista da Administração foi possível graças à contribuição de John Dewey com sua filosofia pragmática e Kurt Lewin com sua psicologia dinâmica.

Em que se baseia a teoria das relações humanas?

Elton Mayo baseou sua teoria nas descobertas que estava fazendo em seus experimentos, segundo os quais havia certos princípios que governavam o comportamento do trabalhador. Esses princípios incluem:

Recompensas e sanções sociais

No experimento, os trabalhadores que excederam a meta de produção perderam o carinho e o respeito de seus colegas. Mas o mesmo aconteceu com os trabalhadores que não o alcançaram.

Isso deu origem a novas investigações sobre os mecanismos psicológicos que operavam nesses casos.

Grupos informais

Elton Mayo identificou que os trabalhadores criaram uma estrutura organizacional que geralmente não coincide com a estrutura formal da empresa.

Nessa estrutura “paralela”, também são criadas normas, crenças, expectativas e sistemas de sanções e recompensas.

Emoções

Outro dos princípios surgidos a partir das obras de maio, foi o referido ao papel da emocionalidade na obra.

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A partir daí, a importância das relações humanas e da cooperação para as pessoas em seu trabalho foi considerada como uma maneira de evitar conflitos e manter a coesão do grupo.

Supervisão

Talvez uma das descobertas mais contraditórias do momento, tenha sido a que se refere ao estilo de supervisão que parecia influenciar o aumento da produção.

Era uma necessidade tácita de que os trabalhadores recebessem tratamento decente dos gerentes.

A necessidade de supervisores que sabiam se comunicar com respeito e cordialidade com os funcionários ficou clara. Supervisores democráticos e persuasivos eram necessários.

Os trabalhadores eram pessoas e, como tal, precisavam ser tratados com respeito e que a dimensão de seus seres sociais fosse valorizada.

Motivação

A importância da motivação para qualquer ação humana também foi revelada .

Aqui a psicologia teve uma grande influência ao postular o desejo de satisfazer uma necessidade, move o indivíduo a agir.

Nesse sentido, a motivação certa faria um trabalhador aumentar sua produção e trabalhar à vontade.

Liderança

Outro dos princípios que governam a escola humanista é a influência interpessoal dos líderes que emerge nos grupos sociais.

Esse fato, assim como o referente aos estilos de supervisão, enfocou a importância de desenvolver papéis gerenciais com uma visão eminentemente humanística.

Comunicação

Sendo um dos pilares da organização social, a comunicação se tornou uma preocupação prioritária na gestão organizacional.

É através da comunicação que os objetivos de gestão são transmitidos aos trabalhadores e transformados em motivos.

Dinâmica de grupo

Foi um conceito desenvolvido por Kurt Lewin, segundo o qual a dinâmica é a soma dos interesses dos membros do grupo.

Quais foram as principais críticas da escola de relações humanas?

Entre os que criticam essa posição, os argumentos mais comuns são:

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Método

O questionamento de sua validade científica, uma vez que utilizou apenas um instrumento metodológico para chegar a suas conclusões.

Além disso, estudos subsequentes desmantelaram seus postulados sobre a relação entre satisfação e produtividade do trabalhador, liderança e produtividade e participação na tomada de decisão e produtividade.

Por fim, argumentou-se que a metodologia utilizada gerou confusão quanto ao senso de participação.

Focus

Também se fala que ele enfatizou bastante o tema da felicidade no trabalho, deixando de lado outros aspectos relevantes, como a satisfação com a oportunidade de desenvolvimento profissional, por exemplo.

Outro tópico de debate foi a suposta visão coletiva das pessoas na organização, em detrimento do individualismo.

Finais

Landsberger (1958) e Braverman (1974) acusaram a escola de relações humanas como simplesmente uma maneira de aumentar a produtividade do trabalhador sem um verdadeiro interesse em melhorar as relações entre eles.

Influência da escola de relações humanas

A teoria das relações humanas prevaleceu na gestão organizacional até meados da década de 1950.

Essa teoria se opunha ao papel da tarefa, herdada da visão científica de Taylor; Estruturalismo de Fayol; e a burocracia defendida por Weber. Da mesma forma, levou ao surgimento de novas áreas de pesquisa organizacional:

  • Liderança
  • Participação do Trabalhador
  • Redesign do trabalho
  • Sensibilidade e treinamento no grupo T
  • Teoria X e Teoria Y

Referências

  1. Faculdade Babson College (s / f). Mayo e a Escola de Relações Humanas. Recuperado de: faculty.babson.edu
  2. Enriquez, Ricardo (2014). Teoria das Relações Humanas. Recuperado de: administracionmoderna.com
  3. Fundamentos de administração (2008). Escola de relações humanas. Recuperado de: cursoadministracion1.blogspot.com
  4. Ramos, Gloria (2007). A Escola de Relações Humanas na administração de Telecom. Recuperado de: gestiopolis.com
  5. Universidade nacional da Colômbia. Escola de relações humanas. Recuperado de: bdigital.unal.edu.co
  6. wikipedia.org

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