Henri Wallon foi um importante psicólogo francês, considerado um dos fundadores da Psicologia Genética. Nascido em 1879, Wallon dedicou sua vida ao estudo do desenvolvimento humano e da inteligência, buscando compreender como as experiências vividas ao longo da vida influenciam o desenvolvimento cognitivo e emocional das pessoas. Sua teoria enfatiza a importância do ambiente e das interações sociais na formação da personalidade e no desenvolvimento da inteligência. Com uma abordagem multidisciplinar, Wallon influenciou diversas áreas do conhecimento, incluindo a educação e a psicologia clínica. Sua obra continua sendo referência para estudiosos interessados no entendimento do desenvolvimento humano.
Entenda a teoria psicogenética de Wallon e sua importância para o desenvolvimento infantil.
Henri Wallon foi um importante psicólogo francês que ficou conhecido por sua teoria psicogenética, a qual teve grande importância para o desenvolvimento infantil. Nascido em 1879, Wallon se dedicou ao estudo da psicologia e se tornou um dos fundadores da Psicologia Genética, juntamente com Jean Piaget. Sua abordagem diferenciava-se da de Piaget, pois Wallon dava ênfase às emoções e ao papel do meio social no desenvolvimento da criança.
De acordo com a teoria psicogenética de Wallon, o desenvolvimento infantil é resultado de uma interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Wallon acreditava que o desenvolvimento cognitivo, emocional e motor da criança ocorre de forma integrada e que cada fase do desenvolvimento é marcada por conflitos que são necessários para o avanço para a próxima etapa.
Um dos conceitos-chave da teoria de Wallon é a noção de que o desenvolvimento da criança ocorre de forma dialética, ou seja, por meio de contradições e conflitos que impulsionam o progresso. Segundo Wallon, a criança passa por diversas fases, como a emoção, a inteligência e o movimento, e cada uma delas é fundamental para o desenvolvimento global da criança.
A importância da teoria psicogenética de Wallon para o desenvolvimento infantil está em sua abordagem holística, que considera a criança como um ser completo, em constante interação com o ambiente ao seu redor. Wallon destacava a importância do papel dos pais, educadores e da sociedade no desenvolvimento da criança, enfatizando a necessidade de um ambiente estimulante e acolhedor para favorecer o seu crescimento.
Em suma, a teoria psicogenética de Wallon trouxe uma nova perspectiva para o estudo do desenvolvimento infantil, destacando a importância das emoções, do ambiente social e da interação para o progresso da criança. Seu legado permanece vivo até hoje, influenciando a prática educacional e a compreensão do desenvolvimento humano.
Biografia e ideias de Wallon, renomado psicólogo francês defensor da importância da afetividade no desenvolvimento humano.
Henri Wallon foi um renomado psicólogo francês, nascido em 1879 e falecido em 1962. Ele é conhecido por suas contribuições para a Psicologia Genética, uma abordagem que enfatiza o papel do desenvolvimento humano ao longo da vida. Wallon acreditava na importância da afetividade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das pessoas.
Wallon defendia a ideia de que o ser humano é um ser em constante transformação, influenciado por suas interações com o meio e pelas experiências vivenciadas. Ele considerava a afetividade como um aspecto fundamental no desenvolvimento humano, pois acreditava que as emoções e os sentimentos desempenham um papel crucial na construção da personalidade e no processo de aprendizagem.
Para Wallon, a afetividade está intrinsecamente ligada à cognição, e ambas se desenvolvem de forma interdependente ao longo da vida. Ele também destacava a importância do ambiente social e cultural na formação do indivíduo, argumentando que as relações interpessoais e as experiências emocionais são fundamentais para o desenvolvimento saudável e equilibrado.
Em suas obras, Wallon explorou temas como a linguagem, a inteligência, a educação e a psicopatologia, sempre sob a perspectiva da Psicologia Genética. Suas ideias influenciaram gerações de psicólogos e educadores, e sua abordagem holística e integradora continua sendo relevante até os dias atuais.
Quem foi Henri Wallon: psicólogo, médico e filósofo da educação renomado.
Henri Wallon foi um renomado psicólogo, médico e filósofo da educação. Nascido em 1879, na França, Wallon se destacou por sua contribuição para a Psicologia Genética, um campo de estudo que busca compreender o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões.
Wallon dedicou sua vida ao estudo do ser humano, investigando as interações entre o indivíduo e seu meio. Sua abordagem holística e interdisciplinar o tornou uma figura influente no campo da psicologia e da educação.
Além de suas contribuições teóricas, Wallon também atuou como professor e pesquisador, deixando um legado duradouro para as gerações futuras. Seu trabalho continua a inspirar estudiosos e profissionais interessados no desenvolvimento humano e na educação.
Os quatro estágios do desenvolvimento infantil segundo Wallon: conhecendo cada fase.
Henri Wallon foi um importante psicólogo francês conhecido por seus estudos sobre o desenvolvimento infantil. Nascido em 1879, Wallon foi um dos fundadores da Psicologia Genética, uma abordagem que enfatiza a importância do contexto social e cultural no desenvolvimento da criança.
De acordo com Wallon, o desenvolvimento infantil pode ser dividido em quatro estágios distintos: o sensoriomotor, o emocional, o projetivo e o categorial. Cada estágio representa uma fase crucial no crescimento e na evolução da criança, influenciando sua forma de pensar, sentir e agir.
O estágio sensoriomotor é o primeiro estágio do desenvolvimento infantil, que ocorre desde o nascimento até os dois anos de idade. Nessa fase, a criança explora o mundo principalmente através dos sentidos e do movimento, desenvolvendo habilidades motoras e sensoriais fundamentais.
No estágio emocional, que vai dos dois aos seis anos, a criança começa a desenvolver suas emoções e a capacidade de se relacionar com os outros. Nesse período, a criança experimenta uma série de emoções intensas e aprende a lidar com elas de forma adequada.
O estágio projetivo, que ocorre dos seis aos onze anos, é marcado pela expansão da imaginação e da criatividade da criança. Nessa fase, a criança começa a se expressar de maneira mais simbólica e a desenvolver habilidades cognitivas mais complexas.
Por fim, o estágio categorial, que vai dos onze aos quinze anos, é caracterizado pela consolidação do pensamento lógico e abstrato da criança. Nessa fase, a criança é capaz de pensar de forma mais abstrata e de compreender conceitos mais complexos.
Henri Wallon: biografia do fundador da Psicologia Genética
A perspectiva genética é uma das características essenciais que definem a psicologia de Henri Wallon . Podemos dizer que ele é o fundador da psicologia genética, uma maneira original de entender a mente do indivíduo através de sua história.
Vamos revisar as ideias-chave mais importantes para entender a ambiciosa teoria de Wallon sobre como a mente humana é gerada e desenvolvida desde a infância e os primeiros estágios de crescimento. Vamos revisar sua biografia e suas principais descobertas e teorias.
Biografia de Henri Wallon
Wallon, psicólogo e filósofo francês nascido em 1879 e morto em 1962, é considerado um “fundador esquecido” da psicologia moderna, junto com Freud e Piaget . Provavelmente devido à sua ideologia marxista, que absorve toda a sua teoria, e à importância que outros trabalhos da época traduzidos para o inglês ganharam.
Wallon acreditava que não era possível estudar a mente de uma maneira que não fosse conjunta . Enquanto os estruturalistas tentaram estudar cada componente da mente separadamente, ele reuniu afetividade e inteligência e estudou a psique como um todo.
Termina com o dualismo clássico da psicologia : a psicologia da mente, das funções mentais, versus a psicologia mais física, a do estudo do sistema nervoso. Wallon insiste que ambos os aspectos não apenas coexistem, mas se complementam. É impossível entender o ser humano se não for através de suas faculdades e sistema nervoso.
Essa conciliação de opostos é chamada materialismo dialético, uma herança marxista. É por isso que, quando falamos sobre Wallon, dizemos que ele é um psicólogo dialético-genético. Dialética porque propõe um “diálogo” entre o tradicionalmente oposto e genético, porque a coisa mais importante para entender a mente é concebê-la a partir da gênese.
Psicologia Genética
O que exatamente entendemos por psicologia genética? O próprio Henri Wallon o definiu com a seguinte afirmação: “psicologia genética é o que estuda o psiquismo em sua formação e em suas transformações”.
A psicologia genética de Wallon é um método original de análise. Como seu Piaget contemporâneo, ele criticou a abordagem a-histórica dos psicólogos da Gestalt. Wallon estava muito consciente da necessidade de estudar a mente e seu desenvolvimento desde o nascimento para entendê-la como ocorre na vida adulta, como resultado de uma história de transformações. Aqui, ele desenha um paralelo com Vygotsky, que também enfatiza a descoberta da gênese do comportamento para explicar seu desenvolvimento.
Então Wallon é um psicólogo infantil? Embora ele falasse da mente humana através das características da criança, ele o fez porque afirmou que somente através do entendimento da psique infantil e de sua evolução a mente adulta poderia ser conhecida. Que não fazia sentido estudar a psicologia do homem adulto, uma vez formada e consolidada, seria como tentar aprender a pintar um quadro que o contemplasse depois de terminado.
O desenvolvimento da criança de acordo com Wallon
Wallon assume uma série de princípios que marcam o desenvolvimento. Para ele, embora a evolução da criança ocorra em várias direções ao mesmo tempo, sempre existe uma função que se destaca e é característica de cada estágio.
Ele também não é a favor de uma abordagem quantitativa do desenvolvimento. Muitos psicólogos entendiam a criança como um adulto que ainda carece de algumas funções específicas, uma postura egocêntrica que vê a criança como um adulto em potencial que acrescenta marcos de desenvolvimento. Wallon defende que o desenvolvimento deve ser visto como é, e não por causa do que “se tornará”, observando os respectivos estágios evolutivos e levando em consideração as diferenças entre eles.
Wallon percebe que o desenvolvimento não é uma linha contínua; as atividades características de um estágio nem sempre continuam no seguinte, muitas vezes surgem outras que as substituem ou se tornam contrárias. Ele propõe que o desenvolvimento é oscilante: cada estágio é marcado por uma orientação interna ou externa, e essa característica se alterna em cada estágio.
1. Estágio de impulsividade motora (0-6 meses)
O estágio é chamado de atividade principal que a criança realiza: responder a impulsos externos e internos e executar movimentos como uma forma de descarga de energia. É um estágio voltado para dentro, ou centrípeto, como diz Wallon.
2. Estágio de desenvolvimento emocional (7-12 meses)
Nesse estágio centrípeto, a criança desenvolve as respostas emocionais que lhe permitem interagir com seu ambiente social da maneira mais primitiva. As crianças, através da expressão emocional, estabelecem contato com outras pessoas e gradualmente se tornam parte de um mundo de significados compartilhados.
Para Wallon, as emoções têm origem nas sensações internas experimentadas pelo recém-nascido ou mesmo pelo feto. Esses estados afetivos globais refletem-se em atividades motoras (por exemplo, na criança que agita os braços quando está feliz) que outros interpretam como uma representação de um estado interno, enfatizando a função social. É através dessa socialização que as emoções passam de simples reações fisiológicas a expressões comunicativas.
3. Estágio sensório-motor e projetivo (2-3 anos)
Nesta fase, a criança começa a explorar o mundo físico à sua volta, graças às novas habilidades linguísticas e de locomoção. É, portanto, um estágio centrífugo. Segundo Wallon, o bebê sente a necessidade de investigar seu ambiente. Uma vez que a sensibilidade já está bem desenvolvida, será feita através dos sentidos. Ele pegará objetos e os levará à boca para explorá-los melhor.
É também nesta fase que ele participa do que Wallon chama de “jogos alternados”. São jogos baseados em turnos, nos quais a criança alterna entre dois pólos da mesma situação: a posição ativa e a passiva. Por exemplo, jogue catch e depois jogue catch, hide e encontre o escondido, jogue uma bola e a receba. Isso reflete a capacidade da criança de separar sua existência da dos outros. Reconhecer a si mesmo como um “eu” e começar a cristalizar seu ego diferente dos outros.
4. Estágio de personalismo (3-6 anos)
É um estágio centrípeto marcado pelo individualismo. O uso da primeira pessoa, a apropriação de todos os objetos que vê e o oposicionismo são um reflexo da cristalização do ego da criança. A criança começa a exibir características narcísicas e busca a aprovação de outras pessoas. Por fim, não contente com seu próprio comportamento, ele começa a procurar exemplos nos outros e adquire um novo repertório por imitação.
5. Etapa categórica (6 a 11 anos)
O último estágio da infância é caracterizado pelo uso do intelectual e não do afetivo. A escolarização permite que habilidades intelectuais, como memória e atenção, sejam o centro das atenções. Quando a inteligência se desenvolve, ela é capaz de criar categorias e, posteriormente, pensar abstratamente.