A tiroglobulina é uma glicoproteína produzida pela glândula tireoide e desempenha um papel fundamental na síntese dos hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Sua estrutura é composta por uma cadeia polipeptídica contendo resíduos de tirosina iodados. A síntese da tiroglobulina ocorre no retículo endoplasmático rugoso da célula folicular da tireoide e é armazenada no coloide da glândula. Os valores normais de tiroglobulina no sangue podem variar de acordo com a idade, sexo e condições de saúde do indivíduo, sendo frequentemente utilizados como marcadores para diagnóstico e acompanhamento de doenças da tireoide, como o câncer de tireoide.
Valor de referência da tireoglobulina: qual é o intervalo considerado normal?
A tireoglobulina é uma proteína produzida pela glândula tireoide e desempenha um papel importante na regulação da função tireoidiana. Uma das formas de monitorar a função da tireoide é através da medição dos níveis de tireoglobulina no sangue. O valor de referência da tireoglobulina pode variar de acordo com o laboratório, mas geralmente situa-se entre 0,5 e 55 ng/mL.
É importante ressaltar que os valores de referência podem variar de acordo com o método de análise utilizado pelo laboratório, por isso é essencial que os resultados sejam interpretados por um profissional de saúde qualificado. Níveis elevados de tireoglobulina podem indicar a presença de doenças da tireoide, como câncer de tireoide ou doença de Hashimoto, enquanto níveis baixos podem estar associados à função tireoidiana reduzida.
Valor de referência dos anticorpos anti-tireoglobulina: o que é considerado normal?
A tiroglobulina é uma glicoproteína produzida pela glândula tireoide que desempenha um papel crucial na síntese dos hormônios tireoidianos. Ela é composta por dois domínios ricos em tirosina e é armazenada dentro dos folículos tireoidianos antes de ser secretada na corrente sanguínea.
Os valores normais da tiroglobulina variam de acordo com o laboratório, mas geralmente estão na faixa de 1 a 30 ng/mL. No entanto, é importante ressaltar que esses valores podem variar dependendo do método de análise utilizado. Por isso, é fundamental sempre consultar um médico para interpretar corretamente os resultados.
Os anticorpos anti-tireoglobulina são produzidos pelo sistema imunológico em resposta à presença de tiroglobulina no organismo. Valores elevados desses anticorpos podem indicar a presença de doenças autoimunes da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto. O valor de referência para os anticorpos anti-tireoglobulina costuma ser inferior a 4 UI/mL.
Entendendo os resultados do exame de tireoglobulina: guia prático para interpretação correta.
A tireoglobulina é uma proteína produzida pela glândula tireoide com a função de armazenar e transportar hormônios tireoidianos. Ela é sintetizada a partir da tireoglobulina, uma molécula precursora que passa por processos de modificação e clivagem para dar origem à tireoglobulina.
Os níveis de tireoglobulina no sangue podem ser medidos por meio de um exame de sangue, que é útil para monitorar a função da tireoide em pacientes com doenças tireoidianas, como o câncer de tireoide. Valores elevados de tireoglobulina no sangue podem indicar a presença de células tumorais na tireoide ou em áreas onde o câncer se disseminou.
Entender os resultados do exame de tireoglobulina é fundamental para uma interpretação correta. Valores normais podem variar de acordo com o laboratório, mas geralmente estão na faixa de 0 a 55 ng/mL. Valores acima desse intervalo podem indicar a necessidade de investigação adicional, como exames de imagem para localizar possíveis tumores.
É essencial consultar um médico para interpretar corretamente os resultados e determinar o melhor curso de ação, caso haja alguma alteração nos valores de tireoglobulina.
Significado de tireoglobulina menor que 0,2: entenda sua importância e possíveis causas.
A tireoglobulina é uma proteína produzida pela glândula tireoide, responsável por armazenar e secretar os hormônios tireoidianos T3 e T4. A dosagem da tireoglobulina é um exame importante para monitorar pacientes com câncer de tireoide, pois níveis elevados podem indicar recorrência da doença.
Quando o resultado do exame de tireoglobulina é menor que 0,2 ng/mL, isso geralmente indica que não há presença de células tumorais da tireoide no organismo. Isso é considerado um bom sinal, indicando que o tratamento foi eficaz e que o paciente está respondendo bem.
As possíveis causas de uma tireoglobulina menor que 0,2 podem incluir a remoção completa da tireoide durante a cirurgia, a destruição das células cancerosas por meio de tratamentos como a radioterapia ou a terapia com iodo radioativo, ou simplesmente a inexistência de células cancerosas ativas no momento do exame.
É importante ressaltar que a interpretação dos resultados do exame de tireoglobulina deve ser feita por um médico especializado, que levará em consideração o histórico do paciente e outros exames complementares. Em casos de dúvidas, é fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Tiroglobulina: estrutura, síntese, função, valores
A tireoglobulina é uma proteína de 660 kDa composta por duas subunidades idênticas e unida estruturalmente por ligações não covalentes. É sintetizado pelas células foliculares da tireóide, um processo que ocorre no retículo endoplasmático, é glicosilado no aparelho de Golgi e excretado no colóide ou lúmen dos folículos.
TSH ou tireotropina, secretada pela adenohipófise, regula a síntese de tireoglobulina nos folículos da tireóide, bem como sua secreção no lúmen folicular ou colóide da tireóide. Os níveis de TSH são regulados pelo feedback negativo dos níveis circulantes de hormônio tireoidiano e do hormônio hipotalâmico TRH ou hormônio liberador de tireotropina.
A tireoglobulina contém em sua estrutura mais de 100 resíduos do aminoácido tirosina, que, juntamente com o iodo, são a base para a síntese dos hormônios da tireóide. Em outras palavras, a síntese hormonal ocorre dentro da estrutura da tireoglobulina por iodação de resíduos de tirosina.
Normalmente, a tiroxina ou T4 constitui a maioria dos produtos da síntese hormonal que é liberada na circulação e convertida, em muitos tecidos, em 3,5,3´ triiodotironina ou T3, uma forma muito mais ativa do hormônio.
Quando os níveis orgânicos de iodo são muito baixos, a síntese preferencial é T3, quantidades muito maiores de T3 são produzidas diretamente do que T4. Esse mecanismo consome menos iodo e libera diretamente a forma ativa do hormônio.
Em condições normais, 93% dos hormônios da tireóide produzidos e liberados na circulação são T4 e apenas 7% correspondem ao T3. Uma vez liberados, eles são transportados, em grande parte, ligados às proteínas plasmáticas, tanto globulinas quanto albuminas.
Os níveis séricos de tireoglobulina são usados como marcadores tumorais para certos tipos de câncer de tireóide, como papilar e folicular. Medir os valores séricos de tireoglobulina durante o tratamento do câncer de tireóide permite avaliar os efeitos do tratamento da tireóide.
Estrutura da tireoglobulina
A tireoglobulina é uma molécula precursora de T3 e T4. É uma glicoproteína, ou seja, uma proteína glicosilada muito grande com aproximadamente 5.496 resíduos de aminoácidos. Tem um peso molecular de 660 kDa e um coeficiente de sedimentação de 19S.
É um dímero composto por duas subunidades 12S idênticas, no entanto, pequenas quantidades de um tetrâmero 27S ou um monômero 12S são algumas vezes encontradas.
Contém quase 10% de carboidratos na forma de manose, galactose, fucose, N-acetilglucosamina, sulfato de condroitina e ácido siálico. O teor de iodo pode variar entre 0,1 e 1% do peso total da molécula.
Cada monômero de tireoglobulina consiste em repetições de domínio que não têm papel na síntese hormonal. Apenas quatro resíduos de tirosina participam desse processo: alguns no terminal N e outros três, dentro de uma sequência de 600 aminoácidos, ligados ao terminal C.
O gene da tireoglobulina humana possui 8.500 nucleotídeos e está localizado no cromossomo 8. Ele codifica uma pré-tireoglobulina, que contém um peptídeo sinal de 19 aminoácidos, seguido por 2.750 resíduos que formam uma cadeia monomérica da tireoglobulina.
A síntese desta proteína ocorre no retículo endoplasmático rugoso e a glicosilação ocorre durante o seu transporte pelo aparelho de Golgi. Nesta organela, os dímeros de tireoglobulina são incorporados nas vesículas exocíticas que se fundem com a membrana apical da célula folicular que as produz e liberam seu conteúdo para o colóide ou lúmen folicular.
Síntese hormonal
A síntese de hormônios da tireóide ocorre pela iodação de alguns resíduos de tirosina da molécula de tireoglobulina. A tireoglobulina constitui uma reserva de hormônios da tireóide que contém uma quantidade suficiente para suprir o corpo por várias semanas.
– Iodização
A iodação da tireoglobulina ocorre na borda apical das células foliculares da tireóide. Todo esse processo de síntese e liberação no lúmen folicular é regulado pelo hormônio tireotropina (TSH).
A primeira coisa que acontece é o transporte de iodo ou captação de iodo através da membrana basal das células foliculares da tireóide.
Para que o iodo se ligue à tirosina, ele deve ser oxidado por uma peroxidase que trabalha com peróxido de hidrogênio (H2O2). A oxidação do iodeto ocorre exatamente quando a tireoglobulina sai do aparelho de Golgi.
Essa peroxidase ou tireoperoxidase também catalisa a ligação do iodo à tireoglobulina e esse iodação envolve aproximadamente 10% de seus resíduos de tirosina.
O primeiro produto da síntese hormonal é a monoiodotironina (MIT), com iodo na posição 3. Em seguida, ocorre a iodação na posição 5 e a diiodotironina (DIT) é formada.
– Acoplamento
Uma vez formado o MIT e o DIT, ocorre o chamado “processo de acoplamento”, para o qual a estrutura dimérica da tireoglobulina é essencial. Nesse processo, um MIT pode ser unido a um DIT e o T3 é formado ou dois DITs são acoplados e o T4 é formado.
– Lançamento
Para liberar esses hormônios na circulação, a tireoglobulina deve voltar a entrar do colóide na célula folicular. Esse processo ocorre por pinocitose, gerando uma vesícula citoplasmática que depois se funde com os lisossomos.
As enzimas lisossômicas hidrolisam a tireoglobulina, o que resulta na liberação de T3, T4, DIT e MIT, além de alguns fragmentos de peptídeos e alguns aminoácidos livres. T3 e T4 são liberados em circulação, MIT e DIT são desiodados.
Função
A função da tireoglobulina é ser o precursor da síntese de T3 e T4, que são os principais hormônios da tireóide. Essa síntese ocorre dentro da molécula de tireoglobulina, que é concentrada e se acumula no colóide dos folículos da tireóide.
Quando os níveis de TSH ou tireotropina são aumentados, a síntese e a liberação de hormônios da tireóide são estimuladas. Esta liberação envolve a hidrólise da tireoglobulina dentro da célula folicular. A proporção de hormônios liberados é de 7 para 1 em favor de T4 (7 (T4) / 1 (T3)).
Outra função da tireoglobulina, embora não menos importante, é constituir uma reserva hormonal no colóide da tireóide. Portanto, quando necessário, ele pode fornecer imediatamente uma fonte rápida de hormônios para a circulação.
Valores altos, normais e baixos (significado)
Valores normais
Os valores normais de tireoglobulina devem ser menores que 40 ng / ml; a maioria das pessoas saudáveis, sem problemas de tireóide, tem valores de tireoglobulina inferiores a 10 ng / ml. Esses valores de tireoglobulina podem aumentar em algumas patologias da tireóide ou, em alguns casos, ter valores indetectáveis.
Valores altos
As doenças da tireóide que podem ser acompanhadas por altos níveis de tireoglobulina sérica são câncer de tireóide, tireoidite, adenoma da tireóide e hipertireoidismo.
A importância da medição da tireoglobulina é seu uso como marcador tumoral para tumores malignos diferenciados da tireoide dos tipos histológicos papilar e folicular. Embora esses tumores tenham um bom prognóstico, sua recorrência é de aproximadamente 30%.
Por esse motivo, esses pacientes necessitam de avaliações periódicas e acompanhamento a longo prazo, uma vez que casos de recorrência foram relatados após 30 anos de acompanhamento.
Entre o tratamento utilizado para essa patologia está a tireoidectomia, ou seja, a remoção cirúrgica da glândula tireóide e o uso de iodo radioativo para remover qualquer tecido residual. Nessas condições, e na ausência de anticorpos antitireoglobulina, teoricamente, espera-se que os níveis de tireoglobulina sejam indetectáveis.
Níveis baixos
Se durante o acompanhamento do paciente os níveis de tireoglobulina começarem a ser detectados e esses níveis estiverem aumentando, deve haver um tecido que esteja sintetizando a tireoglobulina e, portanto, estaremos na presença de uma recorrência ou metástase. Essa é a importância das medições de tireoglobulina como marcador tumoral.
Referências
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