Vícios da linguagem: tipos e exemplos

Os vícios da linguagem são os erros que certas pessoas cometem nos códigos linguísticos, orais ou escritos, estabelecidos pela comunidade de falantes de qualquer língua. Essas falhas impedem a transmissão de idéias e, portanto, não permitem que o ato comunicativo tome forma.

Os vícios da linguagem não são novidade, sempre estiveram presentes. No mundo antigo, com as invasões contínuas que surgiam, era comum que aumentassem quando palavras estrangeiras introduzidas por estrangeiros foram introduzidas em sua passagem. Hoje vemos novamente o seu aumento devido à influência das redes sociais.

Vícios da linguagem: tipos e exemplos 1

Desde o início da concepção das línguas humanas, em suas diferentes variantes, houve quem se afastasse das normas e não cumprisse o uso adequado da linguagem. Falhas podem ser cometidas ao falar ou escrever. Esses erros no uso correto da fala são conhecidos como vícios de linguagem.

Todas as línguas humanas foram o produto do acordo das massas que compõem as diferentes populações. Estes germinaram pela necessidade predominante dos indivíduos de transmitir as idéias que eles tinham. Os vícios da linguagem pareciam quebrar os esquemas e trazer confusão comunicativa.

Tipos

Dentro dos vícios com os quais nos encontramos diariamente, os 10 mais comuns serão mostrados abaixo:

Barbarismos

Em relação a esse vício lingüístico, é interessante notar que o termo “bárbaro”, do qual deriva o conceito principal, vem do latim bar-bar, que significa: “quem balbucia”.

A palavra bar-bar foi usada durante as invasões dos visigodos para designar inimigos, que foram rapidamente identificados por não falar bem latim. Com a castilianização da voz do bar-bar , torna-se “bárbaro”.

Os bárbaros tornam-se então o uso indevido da escrita ou a pronúncia das palavras que compõem um idioma.

Neologismos

São palavras usadas por um grande número de falantes de um idioma, mas não formalmente registradas em dicionários.

É comum que essas palavras sejam apresentadas em subgrupos (pequenas comunidades ou “subculturas”), sendo inventadas pelas pessoas que as compõem.

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O surgimento de neologismos responde à necessidade de os indivíduos designarem um nome para um comportamento ou objeto, o que não é encontrado de maneira convencional na língua nativa. Eles também surgem como paralelos, ou seja, são palavras que cumprem o mesmo papel lingüístico de um existente.

Muitos dos neologismos permanecem nas subculturas que os engendram, mas outros transcendem a comunidade em geral, chegando a esgueirar-se tanto no discurso tradicional que são então aceitos pela RAE.

Arcaísmo

Isso ocorre quando as palavras são usadas da maneira antiga para completar frases, com palavras úteis mais apropriadas para se expressar no momento.

Um caso muito comum nas línguas românicas (aquelas derivadas do latim) é a inclusão de latinismos no momento da expressão, com palavras perfeitas em espanhol que podem ser usadas.

Outro caso típico é usar formas linguísticas que, embora válidas, já se tornaram obsoletas.

Estrangeiros

Este é o caso típico em que o falante de um idioma se refere a termos pertencentes a outros idiomas para se comunicar.

Normalmente, isso acontece quando uma pessoa, um falante nativo de um idioma, quer parecer “interessante” para um grupo no momento da expressão.

Nesses casos, geralmente acontece que o que começa como uma estratégia “intelectual” acaba sendo um obstáculo lingüístico, dificultando o entendimento da comunicação.

Pleonasmo

Embora o termo pareça um pouco estranho, o significado a que se refere é mais comum do que acreditamos.

Pleonasmo refere-se ao uso desnecessário de palavras em uma frase, palavras que se presume existirem no texto pela mera lógica que são, causando redundância.

Solecismo

Esse vício da linguagem se manifesta na imprecisão no momento da expressão. Quem sofre de solecismo carece de sintaxe e lógica ao falar ou escrever.

É comum ver que existem estratos sociais baixos, onde não há acesso igual à educação. O solecismo é um dos vícios que gera os maiores obstáculos no ato comunicativo.

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Vulgarismo

É considerado o uso incorreto de frases ou palavras por pessoas que não têm cultura. Geralmente ocorre na deformação dos termos utilizados, subtraindo ou adicionando letras a eles.

Dequeism

É considerado como uso inadequado da preposição “de” na frente da conjunção “that”. É uma das falhas de linguagem mais difundidas na América Latina.

Muffins

Esse vício em particular refere-se às palavras que certas pessoas geralmente usam ao tentar se comunicar. Eles geralmente se manifestam quando não há domínio da fala ou em momentos de nervosismo.

Cacofonia

Esse vício ocorre quando uma pessoa que se expressa repete uma sílaba ou vogal continuamente, sendo desconfortável para quem ouve.

Além dos inconvenientes causados ​​pela repetição contínua de sons, esse vício tende a dificultar a compreensão do significado.

Exemplos de vícios linguísticos

Barbarismos

– “Você não ouviu o que eu te disse?” Por “você não ouviu o que eu te disse?

(A segunda pessoa do passado singular não carrega “s” no final, sempre)

– “Qui?” Para “o que foi?

– “Tudo excedido” por “todos excelentes”.

Neologismos

– Chanfles (que causa espanto).

– Bitcoin (moeda virtual).

– Bloguer (sujeito que possui um blog).

Arcaísmo

– Você (em vez de você) sabia que tudo ficaria bem.

– O currículo (em vez do currículo) vitae é perfeito.

– Eu a levantei (pela luz) muito bem.

Estrangeiros

– “O que ?” Por “o que aconteceu?”.

– ” Está tudo bem”, para “está tudo bem”.

– “Leve isso” para “leve isso”.

Pleonasmos

– “O vento invisível” por “o vento”.

– “Saia” por “saia de lá”.

– “Suba aqui” por “suba aqui”.

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Solecismos

– “Que horas são amanhã?” Para “que horas são?”.

– “Isso não deveria ser assim, ele disse a si mesmo” porque “isso não deveria ser assim, ele disse a si mesmo”.

– “Ele disse conhecer seus filhos” por “ele disse conhecer seus filhos”.

Vulgarismos

– “Que gonito” para “que lindo”.

– “Insteresante” por “interessante”.

– “Claro” para “claro”.

Dequeism

– “Eu sabia o que aconteceria assim” por “Eu sabia o que aconteceria”.

– “Ele disse que iria” por “ele disse que iria”.

– “Havia especulações de que seria assim” porque “havia especulações de que seria assim”

Muffins

– “A casa era linda, que eu tinha” porque “a casa era linda, eu tinha”.

– “Seu nome era Juan, cujo significado” por “seu nome era Juan significava”.

– “E eu andei e corri e pulei” por “Eu andei, corri e pulei”.

Cacofonias

– Essa lente é verde.

– Amanhã ele amará Ana até que esteja farto.

– Ele ouviu outro urso sozinho.

Conclusões finais e recomendações

É necessário entender que os vícios da linguagem representam uma pobreza no conhecimento das línguas. Está provado que a inteligência está associada ao número de palavras usadas no idioma falado. Quanto mais palavras você tiver no seu léxico, mais inteligente será.

É importante investir tempo diário na aprendizagem de novos termos, enriquecer nosso banco de sinônimos e antônimos.

Ao nos acostumarmos a esses comportamentos, diminuiremos a aparência dos vícios e aumentaremos muito nossa inteligência e a importante capacidade de comunicação.

Referências

  1. Os vícios da linguagem. (13/10/2006). (n / a): Cor abc. Recuperado de www.abc.com.py
  2. Vícios de linguagem. (S. f.). (n / a): Carvalho. Recuperado de roble.pntic.mec.es
  3. Vícios da linguagem (2018). (n / a): Retoricas.com. Recuperado de
    retoricas.com
  4. Vícios de linguagem. (S. f.). (n / a): portal acadêmico da CCH. Recuperado de: portalacademico.cch.unam.mx

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