A coletânea “10 poemas de duas estâncias de grandes autores” reúne uma seleção de poesias de renomados escritores que se destacaram por sua habilidade em transmitir emoções e reflexões em poucos versos. Cada poema apresenta apenas duas estrofes, mas é suficiente para nos transportar para universos de sentimentos e imagens profundas, revelando a genialidade e sensibilidade dos autores. Nesta obra, podemos apreciar a diversidade de estilos e temáticas abordadas por esses grandes mestres da poesia, tornando-se uma leitura enriquecedora e inspiradora para os amantes da poesia.
Três poemas icônicos da literatura nacional: quais são os mais conhecidos?
Na literatura nacional, há diversos poemas icônicos que marcaram época e são amplamente conhecidos até os dias de hoje. Entre eles, destacam-se três obras de grandes autores que se tornaram referência na poesia brasileira.
Um dos poemas mais famosos é “Os Lusíadas”, de Luís de Camões. Este épico narra as aventuras dos navegadores portugueses durante as Grandes Navegações, exaltando a coragem e o espírito de conquista dos navegantes. Composto por 10 cantos e mais de 100 estrofes, “Os Lusíadas” é considerado uma das maiores obras da literatura em língua portuguesa.
Outro poema icônico é “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Este poema, que inicia com os versos “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, é um dos mais conhecidos da poesia romântica brasileira. Nele, o poeta expressa sua saudade da pátria distante, evocando as belezas naturais e a nostalgia de estar longe de casa.
Por fim, temos “Navio Negreiro”, de Castro Alves. Este poema denuncia de forma contundente a crueldade da escravidão no Brasil, retratando as condições desumanas dos africanos trazidos como escravos para o país. Com uma linguagem forte e emotiva, Castro Alves critica a barbárie e a injustiça que permeavam a sociedade brasileira da época.
Esses três poemas, cada um à sua maneira, se tornaram verdadeiros marcos na literatura nacional, influenciando gerações de leitores e escritores. Com sua riqueza de imagens, emoções e críticas sociais, eles continuam a ser estudados e apreciados até os dias de hoje, mantendo-se vivos na memória coletiva do povo brasileiro.
Qual é o poema mais popular em nível mundial, com maior número de leituras?
Existem inúmeros poemas famosos ao redor do mundo, escritos por grandes autores que marcaram a história da literatura. No entanto, um dos poemas mais populares e amplamente lidos globalmente é “Stopping by Woods on a Snowy Evening”, escrito por Robert Frost.
Este poema de apenas duas estâncias captura a beleza e a tranquilidade de uma cena de inverno, enquanto o narrador reflete sobre a vida e suas responsabilidades. Com uma linguagem simples e imagens vívidas, Frost consegue transmitir uma profunda sensação de contemplação e serenidade.
Outros grandes autores também escreveram poemas de duas estâncias que se tornaram clássicos da literatura, como “The Road Not Taken” de Robert Frost, “If” de Rudyard Kipling e “A Dream within a Dream” de Edgar Allan Poe. Cada um desses poemas aborda temas universais como escolhas, coragem, e a natureza da realidade.
Apesar da grandeza desses poemas, “Stopping by Woods on a Snowy Evening” de Robert Frost continua a se destacar como um dos mais populares e amplamente lidos em todo o mundo, com sua simplicidade, beleza e profundidade tocando os corações de leitores de todas as idades e culturas.
Qual é o poema mais conhecido escrito por William Shakespeare em toda a história?
O poema mais conhecido escrito por William Shakespeare em toda a história é “Soneto 18”, também conhecido como “Shall I compare thee to a summer’s day?”. Este soneto é um dos mais famosos e amplamente estudados da literatura inglesa, destacando-se pela sua beleza e profundidade.
Em “Soneto 18”, Shakespeare compara a beleza de seu amado a um dia de verão, ressaltando que a pessoa amada é mais bela e eterna do que qualquer dia de verão. O poema destaca a ideia de que a verdadeira beleza não se desvanece com o tempo, mas permanece eternamente viva através das palavras do poeta.
Com versos marcantes e uma linguagem poética envolvente, “Soneto 18” conquistou gerações de leitores ao longo dos séculos. A sua universalidade e atemporalidade tornam este poema uma obra-prima da poesia lírica, capaz de emocionar e inspirar leitores de todas as idades.
Qual é a mais bela poesia brasileira?
Quando se fala em poesia brasileira, é difícil eleger apenas um poema como o mais belo. A riqueza e diversidade da nossa literatura nos presentearam com inúmeros versos que encantam e emocionam. Neste artigo, vamos destacar 10 poemas de duas estâncias de grandes autores, cada um com sua beleza única.
Um dos poemas mais belos da literatura brasileira é “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade. Neste poema, o autor reflete sobre a complexidade e a grandiosidade do universo, mesclando elementos da natureza com reflexões filosóficas. A forma como Drummond constrói seus versos, utilizando uma linguagem simples e ao mesmo tempo profunda, torna este poema uma verdadeira obra-prima da poesia brasileira.
Outro poema que não pode deixar de ser mencionado é “O Cântico do Calvário”, de Cecília Meireles. Neste texto, a autora aborda temas como a dor, a morte e a transcendência, utilizando uma linguagem poética e simbólica que emociona o leitor. A musicalidade e a sensibilidade presentes nos versos de Cecília Meireles fazem deste poema uma das mais belas expressões da poesia brasileira.
Além desses dois exemplos, existem muitos outros poemas que poderiam ser citados como os mais belos da literatura brasileira. Cada autor, com sua voz única e seu estilo particular, contribui para enriquecer o nosso patrimônio literário. A poesia brasileira é um tesouro que merece ser apreciado e celebrado, pois através dela podemos conhecer mais sobre a nossa cultura e a nossa história.
Portanto, ao tentar responder a pergunta “Qual é a mais bela poesia brasileira?”, podemos concluir que não há uma única resposta correta. A beleza da poesia está justamente na diversidade e na subjetividade de cada leitor, que encontra em cada verso uma nova emoção e um novo significado. Apreciemos, então, a riqueza da nossa literatura e celebremos a poesia em toda a sua magnitude e complexidade.
10 poemas de duas estâncias de grandes autores
Aqui estão alguns poemas de duas estrofes de autores conhecidos como Amado Nervo, Octavio Paz ou Gustavo Adolfo Bécquer.
Um poema é uma composição que utiliza os recursos literários da poesia. Pode ser escrito de maneiras diferentes, mas geralmente é em verso.
Isso significa que ele é composto de frases ou sentenças escritas em linhas separadas e agrupadas em seções chamadas estrofes.
Cada uma dessas linhas geralmente tem rima entre si, ou seja, um som de vogal semelhante, especialmente na última palavra das linhas, embora isso não seja uma regra nem seja verdade em todos os poemas. Pelo contrário, existem muitos poemas sem rima.
Tampouco existe uma regra que determine a duração dos poemas. Há uma linha muito extensa ou única.
No entanto, uma extensão padrão varia de três a seis estrofes, tempo suficiente para transmitir uma idéia ou sentimento através da poesia.
10 poemas de duas estrofes de renomados autores
1- Rima L
O que o homem selvagem que, com uma mão desajeitada,
faz um tronco ao seu capricho, um deus,
e então antes que seu trabalho se ajoelhe,
você e eu fizemos isso.
Demos formas reais a um fantasma,
da mente ridícula da invenção,
e já tornamos o ídolo, sacrificamos
em nosso altar nosso amor.
Autor: Gustavo Adolfo Bécquer
2- O Pássaro
No silêncio transparente
o dia descansou:
transparência do espaço
Foi a transparência do silêncio.
A luz ainda do céu soou
o crescimento de ervas.
Os insetos da terra, entre as pedras,
sob a mesma luz, eram pedras.
O tempo no minuto foi saciado.
Na quietude absorvida
O meio-dia foi consumado.
E um pássaro cantou, flecha fina.
O peito prateado ferido vibrou o céu,
as folhas se mexeram,
as ervas acordaram …
E eu senti que a morte era uma flecha
você não sabe quem atira
e num piscar de olhos, morremos.
Autor: Octavio Paz
3- Deidade
Como o brilho dorme na pedra
e a estátua na lama,
Em você a divindade dorme.
Somente na dor constante e forte
chocar, brota da pedra inerte
o raio da divindade.
Não reclame, portanto, do destino,
Bem, o que está dentro de você é divino
só vem graças a ele.
Suporta, se possível, sorrindo,
a vida que o artista está esculpindo,
O forte choque do cinzel.
O que as horas ruins importam para você,
se a cada hora em suas asas nascentes
coloca uma caneta linda mais?
Você verá o condor em altura total,
você verá a escultura terminada,
você verá, alma, você verá …
Autor: Amado Nervo
4-
Se eu nasci camponês,
Se eu nasci marinheiro,
Por que você me tem aqui
Se estou aqui, não quero?
O melhor dia cidade
a quem nunca amei,
o melhor dia – silêncio! –
Eu terei desaparecido.
Autor: Rafael Alberti
5- Medo
No eco das minhas mortes
Ainda há medo.
Você conhece o medo?
Conheço o medo quando digo meu nome.
É medo
medo com chapéu preto
escondendo ratos no meu sangue,
ou medo com lábios mortos
Bebendo meus desejos
Sim. No eco das minhas mortes
Ainda há medo.
Autor: Alejandra Pizarnik
6- Adolescência
Você viria e partiria docemente
de outra maneira
Para outro caminho. Até mais
e não te vendo novamente.
Passe por uma ponte para outra ponte.
– O pé curto,
a luz batia alegre.
Garoto que seria eu assistindo
a jusante da corrente,
e no espelho sua passagem
fluir, desaparecer.
Autor: Vicente Aleixandre
7- Sob sua sombra clara
Um corpo, apenas um corpo, um corpo
um corpo como dia derramado
e devorou a noite;
a luz de alguns cabelos
nunca apaziguar
a sombra do meu toque;
uma garganta, uma barriga que amanhece
como o mar que inflama
quando ele toca a frente do amanhecer;
alguns tornozelos, pontes de verão;
algumas coxas da noite afundando
na música verde da tarde;
um baú que sobe
e varre as espumas;
um pescoço, apenas um pescoço,
apenas mãos,
algumas palavras lentas que descem
como areia caída em outra areia …
Isso que me escapa,
água e deleite escuro,
mar subindo ou morrendo;
esses lábios e dentes,
esses olhos famintos,
eles me despem
e sua graça furiosa me levanta
para os céus imóveis
onde o momento vibra;
o topo dos beijos,
a plenitude do mundo e suas formas.
Autor: Octavio Paz
8- Revelado
Como eu sou rainha e eu era um mendigo, agora
Eu vivo em puro tremor que você me deixa,
e eu pergunto a você, pálido, a cada hora:
– Você ainda está comigo? Oh, não vá embora!
Eu gostaria de fazer as marchas sorrindo
e confiando agora que você veio;
mas mesmo dormindo eu tenho medo
e pergunto entre sonhos: “Você não se foi?”
Autor: Gabriela Mistral
9- Eu nunca persegui a glória
Eu nunca persegui a glória
nem deixar na memória
dos homens minha música;
Eu amo os mundos sutis,
leve e suave
Como bolhas de sabão.
Eu gosto de vê-los pintar
de sol e avó, voar
sob o céu azul, agite
de repente e quebrar.
Autor: Antonio Machado
10- Espelho
Eu sou prateado e exato. Não tenho preconceitos.
Quanto vejo, engulo imediatamente
Como é, sem manchar por amor ou aversão.
Eu não sou cruel, apenas verdade:
Olho de um deus pequeno, quadrangular.
Quase o tempo todo medito na parede oposta.
É rosa, com toupeiras. Eu olhei para ela por tanto tempo
Que eu acho que faz parte do meu coração. Mas flutua.
Rostos e trevas nos separam uma e outra vez.
Agora eu sou um lago Uma mulher se inclina sobre mim,
Olhando na minha extensão o que ela realmente é.
Então ele se volta para aqueles mentirosos, as velas de ignição ou a lua.
Eu a vejo de volta e a reflito fielmente.
Ele me recompensa com lágrimas e agitando as mãos.
Eu sou importante para ela. Isso vem e vai.
Todas as manhãs, seu rosto substitui a escuridão.
Em mim, ela afogou uma menina e em mim uma menina velha
Ele a enfrenta dia após dia, como um peixe feroz.
Autor: Sylvia Plath
Referências
- Poema e seus elementos: estrofe, verso, rima. Recuperado de portaleducativo.net
- Poema. Recuperado de es.wikipedia.org
- Poemas de Gustavo Adolfo Bécquer e Alejandra Pizarnik. Recuperado de poemas-del-alma.com
- Poemas de Octavio Paz, Amado Nervo, Octavio Paz e Antonio Machado. Recuperado de los-poetas.com
- Poemas de Rafael Alberti e Vicente Aleixandre. Recuperado de poesi.as
- Poemas de Gabriela Mistral. Recuperado de amediavoz.com
- Poemas de Sylvia Plath. Recuperado de poeticas.com.ar.