Carlos de Sigüenza e Góngora (1645-1700) foi um escritor e historiador mexicano, nascido no período da Nova Espanha, portanto, era considerado um novohispano. Além disso, ele era considerado um polímata, ou seja, um conhecedor ou sábio em várias áreas ou disciplinas.
O amplo conhecimento de Sigüenza e Góngora o levou a escrever sobre diferentes tópicos. Seu trabalho tratou de religião, viagens, astronomia e também desenvolveu poesia. Entre seus títulos, destacou o Manifesto filosófico contra as pipas despidas do império que tinham sobre os tímidos.
O mexicano ou Novohispano também se destacou como professor de matemática e importante cosmógrafo. Em outra ordem de idéias, é significativo saber que muitos dos escritos do autor passaram por várias edições modernas, o que permite mantê-lo em vigor.
Biografia
Nascimento e família
Carlos nasceu em 15 de agosto de 1645, na Nova Espanha, hoje México. Veio de uma família culta e de boa posição econômica. Além disso, por parte da mãe, ele era parente do poeta espanhol Luís de Góngora. Seus pais eram: Carlos Sigüenza e Dionisia Suárez de Figueroa e Góngora, ambos espanhóis.
A família de Carlos de Sigüenza era numerosa: ele tinha oito irmãos, sendo o segundo. Os pais do escritor chegaram ao México cinco anos antes de ele nascer. O pai sempre permaneceu ligado à monarquia na Espanha, fora professor da família real e depois oficial do vice-reinado mexicano.
Educação em Sigüenza e Góngora
Os primeiros anos de educação de Sigüenza e Góngora foram responsáveis por seu pai. Aos quinze anos, começou a treinar com os jesuítas, primeiro em Tepotzotlán e depois em Puebla. Em 1662, ele fez votos simples e começou a preparação eclesiástica.
Posteriormente, após cinco anos na Companhia de Jesus, ele foi suspenso por indisciplina. Então ele foi para a capital mexicana para estudar na Universidade Real e Pontifícia do México. Em 1668, ele tentou retornar aos jesuítas; no entanto, eles rejeitaram.
Primeiro post
Sigüenza e Góngora tinham conhecimento e habilidade em muitas disciplinas, e a literatura não era exceção. Foi assim que em 1668, quando ele tinha apenas dezessete anos, publicou seu primeiro livro de poemas, inspirado na Virgem de Guadalupe. Este foi intitulado Indian Spring.
Trabalhar como professor
A astronomia também foi objeto de interesse de Carlos Sigüenza y Góngora. Por esse motivo, em 1671, seu primeiro almanaque e lunar vieram à tona. No ano seguinte, ele obteve as cadeiras de matemática e astrologia da Universidade Real e Pontifícia do México. Seu trabalho lá durou vinte anos.
Suas atividades se estenderam ao Hospital Amor de Dios, onde ele começou a praticar como clérigo. Este trabalho foi realizado ao longo de sua vida. Em 1973, um ano depois de começar como professor, ele foi finalmente ordenado sacerdote.
Assine antes do seu conhecimento astronômico
Sigüenza era um personagem muito particular e interessante devido ao seu vasto conhecimento. Isso não era usual na época, pois os textos a serem estudados não eram fáceis de alcançar.
Apesar da dificuldade de obter conhecimento, ele não era ganancioso, mas estava interessado e preocupado com o ensino, a calma e a tranquilidade para aqueles que menos sabiam sobre os assuntos que ele dominava.
Foi assim que, em 1681, ele publicou um Manifesto filosófico contra as pipas despojadas do império que eles tinham nos tímidos, com o objetivo de dissipar o medo que a população sentia sobre tais eventos. A firmeza de seu conhecimento ajudou muito a separar astronomia da astrologia.
Resposta crítica
O material Sigüenza e Gongora, mencionado na seção anterior, gerou algumas críticas. Um deles era o do astrônomo jesuíta, explorador e padre Eusebio Kino. Carlos o confrontou com Libra astronômico, consolidando suas idéias com as de Descartes, Nicolás Copernicus e Galileo Galilei.
Seu famoso relato biográfico
Um dos trabalhos mais controversos de Sigüenza foi Infortunios de Alonso Ramírez, porque a literatura contemporânea considerou improvável por um longo tempo. No entanto, estudiosos de seu trabalho descobriram que a história era uma biografia real sobre um explorador espanhol.
Por meio de um exaustivo trabalho documental, em 2009, os alunos do trabalho de Sigüenza e Góngora confirmaram a existência da certidão de casamento do navegador. Da mesma forma, também foram encontradas evidências da captura de seu navio por piratas ingleses, no local dos destroços no México da frota de Ramírez.
Ação inestimável no meio do caos
Em 1961, Sigüenza concentrou-se na escrita de várias obras, incluindo o troféu da justiça espanhola, na punição da alevosía francesa. Esse ano também foi difícil para o país, devido às fortes chuvas que inundaram as cidades e porque as colheitas foram perdidas por causa de um parasita.
A situação gerou um caos total: os moradores causaram uma grande desordem em protesto contra as perdas e a falta de comida. Antes da queima de um dos prédios do governo, o acadêmico, em um ato heróico, resgatou os documentos do município do México das chamas.
Sigüenza como cosmógrafo
O conhecimento de Carlos Sigüenza e Góngora como cosmógrafo fez dele um oficial do vice-reinado da Nova Espanha. Ele fez uma quantidade considerável de planos hidrológicos em todo o vale do México. Sua sabedoria o levou a atravessar fronteiras.
Sigüenza participou do delineamento dos mapas da Baía de Pensacola e do Delta do Rio Mississippi, em 1693. Essa missão foi confiada a Gaspar de la Cerda e Mendoza, vice-rei da Nova Espanha e conde de Galve, juntamente com o marinheiro Andrés Matías de Pez e Malzárraga.
Últimos anos e morte
Sigüenza e Góngora passaram os últimos anos de sua vida como capelão no Hospital Amor de Dios. Dedicou-se também a escrever obras como Descrição do seio de Santa Maria, também conhecido como Penzacola, de la Mobila e o rio Mississippi, além do elogio fúnebre de Sor Juana Inés de la Cruz.
Seu sentimento patriótico o levou a reunir informações sobre a história antiga do México. Ele morreu em 22 de agosto de 1700, no México. Seus pedidos anteriores foram a doação de seus livros ao Colégio Máximo de São Pedro e São Paulo, além de ser enterrado na capela da referida instituição jesuíta.
Contribuições para a literatura mexicana
A obra literária de Sigüenza e Góngora, como é conhecida, cobriu vários assuntos. Portanto, ele deixou o México com amplas bases de conhecimento no campo da astronomia, literatura e história. Isso permitiu, do ponto de vista intelectual, libertar-se das idéias européias.
Através de seus escritos, o estudioso reconheceu a necessidade de se separar das convicções espanholas. Carlos deu aos mexicanos a oportunidade de fazer literatura independente, contra a conquista, para criar seu próprio conhecimento e cultura, e afirmar-se sem nenhum complexo.
Trabalhos
– Planeta evangélico oriental, sacropanegyrica épico ao grande apóstolo das Índias S. Francisco Xavier (1668).
– Indian Spring, poema sacro-histórico, idéia de Maria Santíssima de Guadalupe (1668).
– As Glórias de Querétaro (1668).
– Teatro de virtudes políticas que constituem um príncipe (1680).
– Glorias de Querétaro na nova congregação eclesiástica de Maria Santíssima de Guadalupe … e no suntuoso templo (1680).
– Libra astronômica (1681).
– Manifesto filosófico contra as pipas despidas do império que tinham nos tímidos (1681).
– Triunfo partidário que nas glórias de Maria Santíssima celebrou a Academia Mexicana (1683).
– Paraíso ocidental, plantado e cultivado em seu magnífico convento real de Jesus Maria do México (1684).
– Piedade heróica de Don Hernando Cortés, Marqués del Valle (1689).
– Infortúnios que Alonso Ramírez, natural da cidade de San de Puerto Rico, sofreu nas mãos de piratas ingleses (1690).
– Libra astronômico e filosófico no qual examina o que um (Sigüenzas) Manifesto contra cometas … se opôs ao RP Eusébio Francisco Kino (1691).
– Relação do que aconteceu com a Marinha de Barlavento na Ilha de Santo Domingo com a Quelna del Guárico (1691).
– troféu da justiça espanhola na punição da alevosía francesa (1691).
– Descrição do seio de Santa Maria de Galve, também conhecida como Panzacola, de la Mobila e o rio Mississippi (1693).
– Folheto de mercúrio com as notícias da recuperação das províncias do Novo México (1693).
– Louvor fúnebre à irmã Juana Inés de la Cruz (1695).
Breve descrição de algumas de suas obras
Teatro das virtudes políticas que constituem um príncipe (1680)
Este trabalho foi a opinião e crítica do autor sobre a construção do Arco do Triunfo para o então vice-rei de Paredes. Foi uma defesa de sua cultura e história, uma vez que o edifício foi inspirado pelos deuses gregos, enquanto para Sigüenza os nativos mexicanos mereciam ser simulados por seus valores.
Desgraças de Alfonso Ramírez (1690)
Era uma obra narrativa de natureza biográfica escrita por Sigüenza em 1690. Tratava das diferentes façanhas de um explorador espanhol nascido em Porto Rico, chamado Alfonso Ramírez. Sua linguagem era fluente, coerente e bem estruturada. Foi considerado como o primeiro romance mexicano.
Fragmento da Primavera Indiana (1668)
“Oh, você, que no trono de diamantes puros,
pisando em estrelas vestidas aos raios do sol,
cujo brilho a Coluros oferece
Luzes brilhantes do seu presente de ensaio.
Purifique meu sotaque e meu impuro
Maias lábios florescendo maionese
que na sua sombra minha linda voz Maria
triunfos imortais do dia alterável ”.
Referências
- Carlos de Sigüenza e Góngora. (2019). Espanha: Wikipedia. Recuperado de: es.wikipedia.org.
- Tamaro, E. (2004-2019). Carlos de Sigüenza e Góngora. (N / a): Biografias e Vidas. Recuperado de: biografiasyvidas.com.
- Carlos de Sigüenza e Góngora. (S. f.). Cuba: Ecu Red. Recuperado de: ecured.cu.
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- Seguel, A. (2011). O trabalho de Dom Carlos Sigüenza e Góngora como mecanismo de emancipação intelectual. Chile: Universidade do Chile. Recuperado de: repositorio.uchile.cl.