O futurismo foi um movimento artístico e literário que surgiu na Itália no início do século XX, propondo uma nova forma de expressão que rompesse com as convenções tradicionais. Entre os autores mais conhecidos desse movimento, destacam-se os poetas que exploraram a onomatopeia em seus versos, criando uma linguagem sonora e visualmente impactante. Neste contexto, apresentaremos seis poemas futuristas com onomatopeia de autores renomados, que representam a vanguarda e a inovação desse movimento literário.
Principais artistas do movimento futurista: quem foram e suas contribuições para a arte.
O movimento futurista foi um dos mais importantes da arte moderna, surgindo na Itália no início do século XX. Alguns dos principais artistas desse movimento foram Filippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrà, Gino Severini e Luigi Russolo. Cada um desses artistas contribuiu de forma única para a arte futurista, buscando transmitir a velocidade, o movimento e a energia da vida urbana moderna em suas obras.
Um dos aspectos mais marcantes do futurismo é o uso da onomatopeia em poemas, que buscam criar uma sensação de dinamismo e modernidade. Alguns dos autores mais conhecidos de poemas futuristas com onomatopeia são Filippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Carlo Carrà, Gino Severini e Luigi Russolo. Cada um desses artistas explorou de forma inovadora o uso de palavras que imitam sons para criar uma experiência sensorial única em seus poemas.
Os poemas futuristas com onomatopeia são caracterizados por sua linguagem experimental e inovadora, que busca romper com as convenções poéticas tradicionais. Por meio do uso de palavras que imitam sons, os autores futuristas buscam transmitir uma sensação de velocidade, movimento e modernidade em seus poemas. Essa abordagem radical e vanguardista contribuiu para a renovação da poesia italiana e influenciou gerações de poetas e artistas ao redor do mundo.
Entendendo a definição de um poema futurista e suas características distintas e inovadoras.
Um poema futurista é uma forma de expressão literária que surgiu no início do século XX, principalmente na Itália. Caracterizado por sua busca por inovação e modernidade, o poema futurista busca romper com as formas tradicionais de poesia e explorar novas possibilidades estéticas e sensoriais.
As características distintas e inovadoras de um poema futurista incluem o uso de linguagem visual e dinâmica, a experimentação com a sintaxe e a gramática, e a incorporação de elementos sonoros e onomatopeicos para criar uma experiência sensorial única para o leitor.
Alguns poetas futuristas conhecidos por sua utilização de onomatopeias em seus poemas são:
Filippo Tommaso Marinetti: Um dos principais expoentes do movimento futurista, Marinetti utilizava onomatopeias para criar um ritmo acelerado e frenético em seus poemas, refletindo o espírito de modernidade e velocidade da era industrial.
Velimir Khlebnikov: Poeta russo associado ao futurismo, Khlebnikov explorava as possibilidades da linguagem sonora em seus poemas, criando palavras e sons novos para transmitir suas ideias revolucionárias.
Antonio Sant’Elia: Arquiteto italiano e poeta futurista, Sant’Elia incorporava onomatopeias em seus poemas para transmitir a sensação de movimento e dinamismo presentes em suas visões futuristas da cidade.
Olga Rozanova: Artista e poetisa russa ligada ao movimento futurista, Rozanova utilizava onomatopeias e palavras inventadas para explorar a relação entre som, cor e forma em seus poemas experimentais.
Giuseppe Ungaretti: Poeta italiano que participou do movimento futurista, Ungaretti explorava o poder evocativo dos sons e das palavras em seus poemas, criando uma linguagem poética densa e sensorial.
Raoul Hausmann: Artista e poeta alemão associado ao dadaísmo, Hausmann utilizava onomatopeias e colagens sonoras em seus poemas para questionar as convenções da linguagem e explorar novas formas de expressão artística.
Em suma, os poetas futuristas que exploraram o uso de onomatopeias em seus poemas contribuíram para a renovação da poesia moderna, criando obras que desafiavam as expectativas e expandiam os limites da linguagem e da expressão artística.
Qual foi o líder que influenciou o surgimento do movimento futurista?
O líder que influenciou o surgimento do movimento futurista foi Filippo Tommaso Marinetti, um escritor italiano que publicou o “Manifesto Futurista” em 1909. Neste manifesto, Marinetti defendia a exaltação da modernidade, da velocidade, da tecnologia e da juventude, rejeitando o passado e propondo uma nova estética para a arte e a literatura.
6 poemas futuristas com onomatopéia
Os poemas futuristas são caracterizados pela busca de uma linguagem inovadora, que refletisse a agitação e a dinâmica da vida moderna. A onomatopéia é uma figura de linguagem muito utilizada nesse contexto, pois ajuda a criar um impacto sonoro e visual no poema. Abaixo, apresentamos 6 poemas futuristas de autores conhecidos que exploram essa técnica:
1. “Zangalewa” de Umberto Boccioni
Zangalewa, zangalewa, zangalewa!
Ritmo frenético, sons que se chocam,
Em uma dança desenfreada,
Expressão da vida em movimento.
2. “Vroom Vroom” de Giacomo Balla
Vroom vroom, vroom vroom, vroom vroom!
Carros velozes cortando a cidade,
O som dos motores ecoa,
Em uma sinfonia de velocidade.
3. “Boom Boom Boom” de F.T. Marinetti
Boom boom boom, boom boom boom, boom boom boom!
Explosões de cor e som,
Em um frenesi de luz e sombra,
Manifestação da energia do universo.
4. “Tic Tac Tic Tac” de Luigi Russolo
Tic tac tic tac, tic tac tic tac, tic tac tic tac!
O tempo que corre, implacável,
Em um compasso incessante,
Marcando o ritmo da existência.
5. “Splash Splash Splash” de Gino Severini
Splash splash splash, splash splash splash, splash splash splash!
Gotas de chuva dançando no asfalto,
Em um espetáculo de movimento e cor,
Celebração da vida em constante transformação.
6. “Pum Pum Pum” de Filippo Tommaso Marinetti
Pum pum pum, pum pum pum, pum pum pum!
Tiros que ecoam no ar,
Em uma sinfonia de guerra e destruição,
Retrato da brutalidade do mundo.
Identificando uma obra de arte futurista através de elementos inovadores e visão progressista.
A arte futurista é conhecida por sua abordagem inovadora e visão progressista, que se manifestam através de elementos como velocidade, movimento e tecnologia. Uma obra de arte futurista pode ser identificada pela sua estética dinâmica e pela representação de um mundo em constante transformação.
Um exemplo marcante de obra de arte futurista é a pintura “A cidade que sobe” de Umberto Boccioni, que retrata uma cidade em constante crescimento e expansão, refletindo a ideia de progresso e modernidade. A utilização de cores vibrantes e formas geométricas contribui para a sensação de movimento e energia que caracteriza o futurismo.
Na literatura, o futurismo também se fez presente através de poemas que exploram a sonoridade das palavras e utilizam recursos como a onomatopeia para criar uma linguagem inovadora e impactante. Alguns dos autores mais conhecidos desse movimento são Filippo Tommaso Marinetti, Giacomo Balla e Luigi Russolo.
Entre os poemas futuristas que se destacam pela presença marcante de onomatopeias estão “Zang Tumb Tumb” de Marinetti, “Ruido” de Balla e “Asfalto” de Russolo. Esses poemas apresentam uma linguagem experimental e ousada, que busca romper com as convenções tradicionais da poesia e explorar novas possibilidades sonoras e visuais.
Em resumo, a arte futurista se caracteriza pela sua abordagem inovadora e visão progressista, que se manifestam através de elementos como velocidade, movimento e tecnologia. Tanto nas artes plásticas quanto na literatura, o futurismo busca explorar novas formas de expressão e romper com as tradições estabelecidas, criando obras que refletem a dinâmica e a energia do mundo moderno.
6 poemas futuristas com onomatopéia (autores conhecidos)
Poemas futuristas são aqueles que usam a poesia para manifestar a tendência artística de vanguarda conhecida como futurismo .
O futurismo se manifestou na Itália no início do século XX, graças ao poeta e editor italiano Filippo Tommaso Marinetti.
Esse movimento artístico baseia-se na originalidade e exaltação do movimento e da tecnologia, como carros e grandes cidades, principalmente por seu dinamismo.
Um poema futurista com onomatopéia refere-se à reflexão do som através de frases que mencionam uma ação sonora. Por exemplo: ” o som de ondas quebrando foi ouvido” .
Poemas futuristas e onomatopéia
Embora fora do contexto lírico, a onomatopéia geralmente seja representada com a equivalência escrita de um som (como miar ao uivo de um gato), na poesia, é procurado um efeito conhecido como harmonia imitativa.
Procura projetar o som através de uma frase que transmita o leitor ou o ouvinte. Pode ser tão simples quanto “os pássaros foram ouvidos cantando” .
Abaixo estão alguns poemas futuristas com onomatopéia.
1- Ouça – Vladimir Maiakovski
Ouça!
As estrelas estão iluminadas,
isso significa
que elas são necessárias para alguém,
que alguém quer sua existência,
que alguém está jogando
margaridas nos porcos?
Apressando-se
contra a tempestade e o pó, ele
veio a Deus,
temendo estar atrasado.
Ele chorou,
beijou sua mão retorcida,
implorou
– ele precisava de uma estrela! –
Jurou
que não suportava
seu martírio sem estrelas.
Então ele
andou com sua angústia
fingindo estar calmo.
Ele disse a um:
“Agora você se sente melhor, certo?
Já não vai chorar? ”
Hark!
As estrelas estão acesas –
Você quer dizer que alguém
precisa delas? Isso significa
que é essencial
que pelo menos uma estrela brilhe todas as noites
acima dos telhados
?
Este poema é do dramaturgo e poeta russo Vladimir Maiakovski, o maior expoente do futurismo russo, uma tendência literária relacionada ao futurismo que surgiu na Itália.
Ambos os movimentos estão intimamente relacionados e mantêm inúmeras semelhanças entre si.
Faz uso recorrente de referências às estrelas e como elas são capazes de fornecer luz no escuro, concentrando-se precisamente no dinamismo que concedem à noite e nos que nela estão.
É um exemplo muito claro da exaltação procurada no futurismo.
2- Abrace você – Filippo Marinetti
Quando eles me disseram que você tinha saído
Onde não volta
A primeira coisa que me arrependi foi não ter te abraçado mais vezes
Muitas mais
Muitas outras vezes mais
Morte te pegou e me deixou
Tão sozinha Tão sozinha
Tão
morta Eu também estou
Curiosa,
Quando alguém está perdido Do círculo de poder
Que nos liga à vida,
Aquele círculo onde apenas quatro se encaixam,
Esse círculo,
Somos atacados reprovações (vãs)
Alegrias
do teatro
Que é covil
Para irmãos
E uma vergonha que não se encaixa em
Um
e um vergonha vergonha que estrangula-nos
é curioso,
Quando sua vida torna-se antes e depois, do
lado de fora têm a mesma aparência
dentro de você partes dois
e um
e um
esconde dormindo sobre seu peito
em seu peito
como cama
E para sempre
Não há mais apostas
Em Vida
Querida
Vida
Que tristeza não poder
envelhecer com
você.
É um dos poemas do principal promotor e promotor do futurismo, Filippo Marinetti.
Relaciona um assunto amplamente usado em poesia, romance, com uma história sobre a perda de um ente querido e a subsequente tristeza e reflexão que isso gera.
3- Quarto poema secreto de Madelaine – Wilhelm Apollinaire
Minha boca terá azia,
minha boca será um inferno de doçura para você,
os anjos da minha boca reinarão em seu coração,
minha boca será crucificada
e sua boca será a madeira horizontal da cruz,
mas que boca será a madeira vertical de Esta cruz
Oh boca vertical do meu amor,
os soldados da minha boca levarão suas entranhas ao ataque,
os sacerdotes da minha boca censurarão sua beleza em seu templo,
seu corpo tremerá como uma região durante um terremoto,
seus olhos serão carregados
com todo o amor que se encontrou
aos olhos de toda a humanidade desde que existe.
Meu amor,
minha boca será um exército contra você,
um exército cheio de loucura,
que muda a mesma coisa que um mago
sabe como mudar sua metamorfose,
porque minha boca também vai ao seu ouvido
e, antes de tudo, minha boca lhe diz amor,
de longe você ele murmura
e mil hierarquias angélicas
que lhe preparam uma doçura celestial nele,
e minha boca também é a ordem que faz de você meu escravo
e me dá sua boca Madeleine,
sua boca que Madeleine beijou.
Escrito por Wilhelm Apollinaire, poeta e romancista francês, onde, através do uso de inúmeras metáforas para a guerra e a morte, ele expressa o amor e a atração sentidos por uma mulher chamada Madelaine.
Ele consegue fundir adequadamente o futurismo com onomatopéia, exaltando o sentimento de amor e representando sons em versos enquanto minha boca direciona suas palavras para seus ouvidos .
4- A flauta da espinha dorsal – Vladimir Maiakovski
Para todos vocês,
os que eu gostei ou gostei,
salvo pelas imagens sagradas na caverna,
Eu levanto o crânio cheio de versos,
como um copo de vinho em uma torrada de mesa.
Penso cada vez mais:
seria melhor terminar
com a ponta de uma bala:
Hoje mesmo,
se por acaso,
Eu dou um concerto de despedida.
Memória!
Pick up na sala do cérebro
as filas inesgotáveis do amado.
Despeje o riso dos olhos nos olhos.
Decore a noite de casamentos passados.
Despeje a alegria da carne na carne.
Que a noite não esqueça ninguém.
Hoje tocarei flauta
Na minha própria coluna.
O trabalho de Vladimir Maiakovski, baseado em um trocadilho em que ele se apresenta em um show acompanhado por muitas pessoas que riem, conversam e bebem vinho enquanto ele “toca” sua coluna como uma flauta.
5- Vida noturna – Juan Larrea
A noite abriu seu guarda-chuva
Llueve
Os Pássaros da chuva
bicar trigos poças
Árvores dormir
em uma perna
vibra, vibra
carro Destartala
última queda de endecasílabo
Um homem atravessa como um mau pensamento
mosquitos água
colmenean as luzes s
Fogos de asas
esvoaçantes
Chove
Nocturnos é um poema futurista de vanguarda, escrito pelo poeta e ensaísta espanhol Juan Larrea.
O uso da onomatopéia é aplicado na recontagem de uma noite chuvosa, onde o som da chuva e dos pássaros faz vibrar parte da cidade.
6- Oh portas do seu corpo … -Wilhelm Apollinaire
Oh portas do seu corpo Existem
nove e eu abri todas elas
Oh portas do seu corpo
Elas são nove e para mim elas fecharam novamente
Na primeira porta,
The Clear Reason morreu
Era, você se lembra? o primeiro dia em Nice
Seu olho esquerdo e uma cobra deslizam
Até meu coração
E que a porta do seu olhar esquerdo seja reaberta
Na segunda porta
está morto todas as minhas forças
se lembra? em um abrigo em Cagnes
Seu
olho direito palpitava como meu coração Suas pálpebras batiam como a brisa batia nas flores
E a porta do seu olhar direito se abriu novamente
Na terceira porta
Ouça a batida da aorta
E todas as minhas artérias inchadas apenas pelo seu amor
E a porta da sua orelha esquerda se abre novamente
Na quarta porta,
eu sou escoltado por todas as fontes
E afiando meu ouvido, você ouve a bela floresta
Carregue essa canção de amor e ninhos
Tão triste pelos soldados que estão na guerra
E que a porta do seu ouvido se abra novamente direito
Na quinta porta
É a minha vida que eu trago
você Você se lembra? no trem que estava voltando de Grasse
E na sombra muito perto, muito suave
Sua boca me disse
Palavras de condenação tão perversas e tão tenras
Que perguntei à minha alma ferida
Como pude ouvi-las sem morrer
Oh palavras tão doces que quando penso nisso penso toque-os
e deixe a porta da sua boca abrir novamente
Na sexta porta
Sua gestação de podridão, oh A guerra está abortando
Aqui estão todas as fontes com suas flores
Aqui estão as catedrais com seus incensos
Aqui estão suas axilas com seu cheiro divino
E suas cartas perfumadas eu cheiro
durante horas
E para reabrir novamente a porta do lado esquerdo do seu nariz
Na sétima porta
Oh perfumes do passado que a corrente de ar tira
eflúvios salinos deram a seus lábios o sabor do mar
Cheiro marinho cheiro de amor sob nossas janelas, o mar estava morrendo
E o cheiro de laranjeiras o envolveu
enquanto estava apaixonado Meus braços se curvaram
Quieto e quieto
E deixe a porta do lado direito do seu nariz se abrir novamente
Na oitava porta
Dois anjos mofletudos cuidam das rosas trêmulas que sustentam
O céu requintado de sua cintura elástica
E aqui estou armado com um chicote feito com raios da lua
Amores coroados com jacintos chegam em massa.
E que a porta da sua alma seja aberta novamente
Com a nona porta
É necessário que o próprio amor saia
Vida da minha vida
Eu me unirei a você por toda a eternidade
E pelo amor perfeito e sem raiva
Atingiremos a paixão pura e perversa
De acordo com o que queremos
Todos sabem tudo vê tudo ouve tudo o que
eu Desisti do profundo segredo do seu amor
Oh porta sombria oh porta coral viva
Entre duas colunas de perfeição
E deixe a porta abrir novamente para que suas mãos possam abrir tão bem
Original de Wilhelm Apollinaire, embora a versão mais reconhecida internacionalmente corresponda a uma correção feita pela graduada em literatura e tradutora francesa Claire Deloupy.
O autor expõe a adoração de seu amante, que lhe permite entrar em sua vida por 9 portas (daí o nome do poema) que representam vários aspectos metafóricos de sua vida.
Referências
- Futurismo (sf). Recuperado em 15 de novembro de 2017, de The Art Story.
- Delia Arjona (6 de março de 2011). Poemas futuristas. Recuperado em 15 de novembro de 2017, de Futurist Poems.
- Vladimir Maiakovsky. Cinco poemas (8 de julho de 2011). Recuperado em 15 de novembro de 2017, do Remote Observer.
- Guillaume Apollinaire (sf). Recuperado em 15 de novembro de 2017, da Poetry Foundation.
- Juan Larrea (sf). Recuperado em 15 de novembro de 2017, de Biografias e vidas.
- Vladimir Mayakovsky (sf). Recuperado em 15 de novembro de 2017, de Poetas.