O Biênio Negro foi um período marcado por uma intensa repressão política no Brasil, que ocorreu entre os anos de 1968 e 1969. Este período foi caracterizado por uma série de medidas autoritárias adotadas pelo regime militar, que resultaram em um aumento significativo da censura, perseguição e violência contra opositores do governo. Neste contexto, várias medidas foram implementadas com o objetivo de reprimir e silenciar a oposição, resultando em um período sombrio da história do país. Este artigo irá abordar os antecedentes, desenvolvimento e principais medidas adotadas durante o Biênio Negro.
Estratégias para reduzir a disparidade racial e promover a equidade social.
Para combater a disparidade racial e promover a equidade social, é fundamental implementar uma série de estratégias eficazes. Uma das medidas mais importantes é a educação inclusiva, que visa garantir um ensino de qualidade para todos, independentemente da cor da pele. Isso inclui a implementação de políticas de afirmação positiva e a promoção da diversidade no currículo escolar.
Além disso, é crucial investir em programas de capacitação profissional para jovens negros, a fim de proporcionar oportunidades de emprego e ascensão social. Essas iniciativas devem ser acompanhadas de políticas de inclusão no mercado de trabalho, que garantam igualdade de oportunidades e remuneração justa para todos os trabalhadores, independentemente da sua raça.
Outra estratégia importante é a implementação de políticas públicas que combatam o racismo estrutural e promovam a inclusão social. Isso inclui a criação de campanhas de conscientização, a implementação de leis antidiscriminação e a promoção da diversidade em todos os setores da sociedade.
Em suma, para reduzir a disparidade racial e promover a equidade social, é essencial adotar medidas que garantam a igualdade de oportunidades, o respeito à diversidade e o combate ao racismo em todas as suas formas.
Estratégias de superação da marginalização criadas pela população negra: uma análise profunda.
Em meio ao Biênio negro, período marcado por uma série de políticas discriminatórias e violentas contra a população negra, surgiram diversas estratégias de superação da marginalização. Essas estratégias foram criadas como forma de resistência e empoderamento, visando combater a exclusão e promover a igualdade de direitos e oportunidades.
Uma das principais estratégias adotadas pela população negra foi a organização em movimentos sociais e coletivos, que tinham como objetivo lutar por seus direitos e garantir espaços de representatividade. Através da união e mobilização, foi possível ampliar a voz e a visibilidade da comunidade negra, reivindicando políticas públicas que combatessem a desigualdade racial.
Além disso, a educação foi outra ferramenta fundamental na superação da marginalização. A população negra buscou cada vez mais acesso à educação de qualidade, promovendo a formação acadêmica e profissional de indivíduos que antes eram excluídos do sistema educacional. Através da qualificação e empoderamento intelectual, foi possível romper com estereótipos e preconceitos, conquistando espaços de destaque em diversas áreas.
Outra estratégia importante foi a valorização da cultura e da história negra, resgatando a identidade e as raízes ancestrais. Através da valorização da cultura afrodescendente, a população negra pôde reconhecer sua própria história e contribuição para a sociedade, combatendo a invisibilidade e o apagamento de sua herança cultural.
Através da organização, da educação e da valorização da cultura, a comunidade negra conseguiu resistir às políticas discriminatórias e construir um caminho de empoderamento e inclusão social.
Como promover a igualdade racial: ações necessárias para alcançar a equidade entre todas as raças.
O Biênio negro foi um período marcado por intensos conflitos raciais e violência contra a população negra no Brasil. Para promover a igualdade racial e alcançar a equidade entre todas as raças, é fundamental adotar medidas concretas e eficazes.
Uma das ações necessárias para alcançar esse objetivo é a implementação de políticas públicas que garantam o acesso igualitário a oportunidades de educação, emprego e saúde para a população negra. É fundamental promover a inclusão social e econômica desse grupo, combatendo a discriminação e o preconceito.
Além disso, é essencial investir na promoção da cultura afro-brasileira, valorizando a história e as tradições dos povos negros. A educação antirracista deve ser incentivada nas escolas e universidades, promovendo o respeito à diversidade e combatendo a intolerância.
Outra medida importante é a implementação de políticas de combate ao racismo estrutural e institucional, garantindo a punição de práticas discriminatórias e a promoção da igualdade de oportunidades. É fundamental construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as raças sejam respeitadas e tenham seus direitos assegurados.
Em suma, promover a igualdade racial requer um esforço conjunto da sociedade e do poder público, com ações concretas e eficazes para combater o racismo e garantir a equidade entre todas as raças. É preciso reconhecer as injustiças do passado e trabalhar para construir um futuro mais inclusivo e igualitário para todos os cidadãos.
Estratégias para promover a educação das relações Étnico-raciais no ambiente escolar.
Diante do cenário de desigualdade e discriminação racial que permeia a sociedade brasileira, torna-se fundamental promover a educação das relações étnico-raciais no ambiente escolar. O Biênio Negro, que se refere ao período de 2019 a 2020, trouxe à tona a necessidade de implementar medidas efetivas para combater o racismo e valorizar a diversidade étnica em nosso país.
Uma das estratégias para promover a educação das relações étnico-raciais nas escolas é a inclusão de conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar. É importante que os estudantes tenham acesso a informações que contribuam para a desconstrução de estereótipos e preconceitos, além de promover o respeito à diversidade.
Outra medida essencial é a formação continuada dos professores, para que possam abordar de forma adequada as questões étnico-raciais em sala de aula. Os educadores devem estar preparados para discutir temas sensíveis, promover a reflexão crítica e incentivar o diálogo sobre a diversidade racial.
Além disso, é fundamental promover ações afirmativas que garantam a igualdade de oportunidades para todos os estudantes, independentemente de sua origem étnico-racial. A implementação de políticas de inclusão e combate ao racismo estrutural é fundamental para promover a equidade no ambiente escolar.
Em suma, a promoção da educação das relações étnico-raciais no ambiente escolar requer um esforço conjunto da comunidade escolar, dos órgãos governamentais e da sociedade como um todo. A valorização da diversidade é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos tenham seus direitos e identidades respeitados.
Biênio negro: antecedentes, desenvolvimento, medidas
O biênio negro ou biênio conservador foi a segunda fase em que a Segunda República Espanhola foi historicamente dividida. Esse período se estende das eleições realizadas em novembro de 1933 às realizadas em fevereiro de 1936.
Os resultados das eleições de 1933 foram uma derrota absoluta para os partidos de esquerda que haviam governado até então. A CEDA (Confederação Espanhola de Direitos Autônomos) tornou-se o partido majoritário, mas sem atingir a maioria absoluta.
Inicialmente, a CEDA decidiu apoiar Alejandro Lerroux, do Partido Republicano Radical, como presidente, embora sem entrar no governo. Em 1934, a situação mudou e a direita católica passou a fazer parte do gabinete. A primeira conseqüência foi o início da Revolução das Astúrias.
Além dessa revolta contra o governo de direita, o biênio negro foi caracterizado por altos conflitos sociais, políticos e territoriais. Da mesma forma, os novos líderes revogaram grande parte das leis progressistas promulgadas nos anos anteriores.
Em 1936, antes do colapso do governo radical por vários casos de corrupção, o país voltou às urnas. A esquerda, unida na Frente Popular, alcançou a vitória.
Antecedentes
A Segunda República Espanhola foi proclamada em 14 de abril de 1931, depois de dois dias antes das eleições mostrarem o triunfo dos partidos republicanos nas grandes cidades. Diante disso, o rei Alfonso XIII decidiu deixar o país e abdicar.
Em junho do mesmo ano, o governo provisório convocou eleições para os Tribunais Constituintes. A vitória foi para uma coalizão de partidos formada por republicanos e socialistas e a elaboração de uma nova Constituição que também foi aprovada naquele ano.
O biênio reformista
A primeira parte do período republicano foi chamada de biênio reformista. Manuel Azana foi nomeado presidente do governo e seu gabinete era composto pelos partidos vencedores nas eleições.
Durante esta fase, o governo promulgou várias leis progressistas para modernizar a sociedade. Entre as medidas aprovadas, houve uma reforma religiosa para limitar a influência da Igreja, mudanças no exército para profissionalizá-la, uma reforma agrária e a descentralização da administração territorial.
Oposição à coalizão republicana-socialista
As medidas tomadas pelo governo foram rejeitadas pelos poderes tradicionais, como a Igreja, os proprietários de terras e o exército. Dessa maneira, em 1933 eles reagiram fundando a Confederação Espanhola de Direitos Autônomos, com José María Robles Gil como líder.
Além da oposição da CEDA, havia também facções fascistas, como a Falange, que começaram a realizar uma campanha de agitação contra o governo. Isso acusou o desgaste causado pela oposição e também teve que enfrentar um golpe fracassado liderado por José Sanjurjo.
Desenvolvimento
O governo não resistiu à pressão dos setores conservadores e Azana apresentou sua renúncia. Diante disso, o Presidente da República, Niceto Alcalá-Zamora, convocou novas eleições para novembro de 1933.
Eleições
O governo também reformou a lei eleitoral durante seu mandato. As mudanças favoreceram os partidos que se apresentaram em coalizão sobre os que o fizeram separadamente.
Para aproveitar essa vantagem, a CEDA aliou-se ao Partido Agrário, à Renovação Espanhola (monarquistas) e à Comunhão Tradicionalista.
Embora tivessem diferenças, eles elaboraram um programa com apenas três pontos: reforma da Constituição de 1931, revogação das reformas e perdão dos presos presos por crimes políticos. Este último incluiu os participantes na tentativa de golpe de estado de Sanjurjo.
A estratégia da CEDA para alcançar o poder era apoiar Lerroux, do Partido Republicano Radical e, posteriormente, pedir para entrar no gabinete para, em pouco tempo, poder presidir.
Por seu lado, Lerroux se apresentou como um partido central moderado e, para as eleições, formou uma coalizão com outras organizações de centro-direita. Nas áreas em que houve uma segunda rodada, ele não hesitou em se aliar à CEDA.
Finalmente, a esquerda não concordou em concorrer à coalizão. Acrescentou-se que os anarquistas da CNT fizeram campanha pela abstenção.
Resultado
As eleições, nas quais as mulheres puderam votar pela primeira vez, mostraram uma clara vitória das coalizões de centro-direita e direita. Entre eles, foi o CEDA que obteve o maior número de deputados, seguido pelo Partido Republicano Radical. A esquerda, enquanto isso, afundou e teve uma representação muito ruim.
Apesar disso, a Câmara estava muito dividida e era necessário chegar a acordos para governar.
Governo radical-cedista
A composição do Parlamento deixou praticamente uma opção única para formar um governo estável: o pacto entre o partido de Lerroux e a CEDA, com o apoio de outras organizações minoritárias.
Alcalá-Zamora encarregou Lerroux de buscar apoio entre as forças favoráveis à república para serem proclamadas presidente. A CEDA, apesar de não pertencer a essa categoria, concordou em votar a favor e ficar de fora do gabinete. A tática de Gil Robles foi mais tarde entrar no governo e depois liderá-lo.
Os monarquistas e os carlistas consideraram que o voto da CEDA a favor de Lerroux era uma traição e estabeleceram conversas com Mussolini, líder fascista da Itália, para obter armas e dinheiro para uma revolta.
Outubro de 1934
O governo Lerroux, com apoio externo da CEDA, fez apenas pequenas reformas nas leis aprovadas no biênio anterior. Apesar da timidez de suas medidas, os anarquistas realizaram vários distúrbios e greves em várias partes do país.
Em abril de 1934, o governo tentou aprovar a anistia para os participantes da tentativa de golpe de estado de 1932. No entanto, Alcalá-Zamora, como presidente da República, recusou-se a assinar a lei. Larroux, cada vez mais isolado, renunciou e foi substituído por Ricardo Samper, também do Partido Radical.
Samper manteve a posição até outubro do mesmo ano. Foi quando a CEDA iniciou a segunda parte de sua estratégia e pediu para entrar no governo com três ministros. Este requisito foi acompanhado pela renúncia de 19 deputados radicais insatisfeitos com a política de direita executada pelo presidente.
Entrada do CEDA no governo
A CEDA, além de exigir sua entrada no governo, disse que parou de apoiar Samper e que ele não tinha escolha a não ser renunciar.
Os partidos republicanos da esquerda tentaram pressionar Alcalá-Zamora a convocar novas eleições, mas o presidente decidiu cumprir os regulamentos. Sua solução foi propor Lerroux novamente como presidente do governo.
O novo executivo, organizado em 4 de outubro, tinha três ministros do CEDA. Isso levou os socialistas a chamar o que chamaram de “greve geral revolucionária” a partir do dia seguinte.
Em geral, esse levante foi rapidamente sufocado, embora tenha causado confrontos armados em algumas partes da península. As exceções foram registradas na Catalunha e Astúrias.
Proclamação do Estado Catalão
No dia seguinte ao início da greve revolucionária, o presidente da Generalitat da Catalunha, Lluís Companys, relatou a ruptura das relações com Madri. Depois disso, ele fez a proclamação do “Estado Catalão na República Federal Espanhola” como uma medida contra “as forças monarquistas e fascistas que haviam assaltado o poder”.
A empresa propôs a criação de um governo provisório da República, sediado em Barcelona, para se opor às políticas da CEDA.
Esta proclamação teve uma duração muito curta. O governo catalão não conseguiu mobilizar a população e constatou que a CNT, na época a organização trabalhista mais importante da Catalunha, não respondeu aos seus pedidos.
No dia 7, o exército espanhol encerrou a rebelião e todos os membros da Generalitat, incluindo o presidente, foram presos. O Estatuto da autonomia, datado de 1932, foi anulado e as organizações autônomas suspensas.
Revolução das Astúrias
A área do país onde a greve revolucionária foi um sucesso foi nas Astúrias. A causa foi a aliança criada entre a CNT, Alianza Obrera e o Sindicato Geral dos Trabalhadores, organizações às quais o Partido Comunista foi posteriormente adicionado.
O levante revolucionário havia sido planejado com antecedência e os grupos tinham armas e dinamite roubadas das minas.
Na noite do dia 5, houve a mobilização de 20.000 trabalhadores, quase todos os mineiros. Em poucas horas, eles conseguiram controlar boa parte do território asturiano, incluindo Gijón, Avilés e parte de Oviedo.
Apesar das tentativas de coordenar e controlar a ação revolucionária, houve alguns episódios de violência contra personalidades de direita e membros do clero.
O governo enviou tropas estacionadas na África para encerrar a rebelião. Na frente, de Madri, estava o general Franco. Apesar da presença do exército, a rebelião ainda permaneceu até o dia 18, quando os rebeldes se renderam.
Outubro de 1934 – setembro de 1935
A experiência de outubro aumentou o medo dos direitos à revolução operária. A CEDA começou a pressionar o Partido Radical para acelerar as reformas que julgava necessárias.
Assim que a revolução de outubro de 1934 terminou, os radicais rejeitaram as duras propostas da CEDA para reprimir os rebeldes. Isso levou a, em 7 de novembro, o direito de retirar o apoio a Lerroux, se ele não cessasse o Ministro da Guerra, riscado como suave.
Em abril do ano seguinte, houve uma nova crise quando os três ministros da CEDA votaram contra o cancelamento da pena de morte à qual dois líderes socialistas asturianos haviam sido condenados.
Lerroux, com a ajuda do Presidente da República, tentou reformar seu governo para deixar de fora a CEDA. No entanto, em maio, ele teve que abandonar essa ideia e admitir que a presença cedista no gabinete aumentaria de três para cinco ministros.
Essa nova composição deu, pela primeira vez, uma maioria mais dura à direita, composta pelo CEDA e pelo Partido Agrário. O resultado foi a adoção de medidas como contra-reforma agrária, apesar de não poderem alterar a legislação em educação ou a Constituição.
Tentativa de reforma constitucional
A reforma da Constituição de 1931 fazia parte do programa CEDA. Quando ele se aliou ao Partido Radical, ele conseguiu incluir o ponto no pacto, embora por dois anos ninguém tenha começado o trabalho.
Foi em maio de 1935, quando os partidos que compunham o governo apresentaram um projeto de reforma da Magna Carta. Nesse sentido, a autonomia de várias regiões era limitada, liberdades como o divórcio foram eliminadas e grande parte do artigo que falava sobre a separação entre a Igreja e o Estado foi anulada.
No início de setembro, o líder da CEDA, Gil Robles, disse que sua intenção era renovar completamente a Constituição e ameaçou derrubar o governo caso sua reforma não fosse bem-sucedida.
As discrepâncias entre os parceiros do governo sobre a mudança constitucional acabaram causando uma crise interna. Como resultado, Lerroux dissolveu o gabinete e renunciou ao cargo de presidente do governo.
Alcalá-Zamora manobrou para colocar um de seus apoiadores no cargo: Joaquín Chapaprieta. Embora isso fosse bastante liberal, ele obteve os votos de cedistas e radicais. No entanto, um escândalo de corrupção que afetou o Partido Radical mais uma vez causou outra crise do governo que se tornou o prelúdio para o fim do Biênio Negro.
Medidas e reformas
Quase toda a atividade legislativa durante o biênio negro se concentrou em tentar revogar as reformas introduzidas durante os primeiros anos da República. No entanto, os partidos conservadores falharam em eliminar a maioria das medidas em vigor.
Reforma da reforma agrária
Os governos do biênio conservador revogaram algumas das medidas implementadas anteriormente. Assim, muitas terras anteriormente expropriadas da nobreza foram devolvidas aos seus antigos proprietários.
Naquela época, um grito entre os chefes ficou famoso: “Coma República!” Sob a nova legislação que paralisava a reforma agrária, os turnos de trabalho foram eliminados, bem como os requisitos criados para que os proprietários não pudessem contratar à vontade, o que levou ao declínio dos salários por dia.
Da mesma forma, no início de 1934, o governo não aprovou a extensão do Decreto de Intensificação de Culturas, que resultou no despejo de 28.000 famílias das terras em que estavam trabalhando.
Política religiosa
Tentativas de reduzir o poder da Igreja Católica na Espanha foram paralisadas. Para começar, o governo tentou acordar uma Concordata com o Vaticano, embora não tenha tido tempo suficiente para assiná-la.
Por outro lado, aprovou dedicar um orçamento específico para atividades eclesiásticas e clericais. Por outro lado, eliminou a proibição das aulas de ensino religioso.
Política territorial
A política de descentralização promovida durante o biênio reformista não foi autorizada pelo novo governo.
A Constituição de 1931 estabeleceu a legalidade dos estatutos de autonomia, os quais, de acordo com o CEDA, eram uma ameaça à unidade do país. Por esse motivo, lançaram uma iniciativa para reformar os artigos constitucionais relacionados a essa área.
Além dessa tentativa de reforma da Constituição, os governos radical-cedistas impuseram múltiplos impedimentos à Generalitat de Catalunya para desenvolver suas prerrogativas. Além disso, eles rejeitaram o estatuto de autonomia do País Basco.
Anistia e política militar
Outras medidas tomadas durante esse período da Segunda República foram anistia para os participantes da tentativa de golpe de estado de 1932, incluindo seu promotor, Sanjurjo. O perdão também foi concedido àqueles que haviam colaborado com a ditadura de Primo de Rivera.
No entanto, outros assuntos que foram reformados no início da República não foram modificados. É o caso da reforma militar e educacional, embora os fundos alocados para ambos os aspectos tenham sido cortados.
Fim
Dois escândalos, o do straperlo e o Nombela, terminaram de afundar no Partido Radical. Diante disso, Gil Robles decidiu que chegara a hora de atacar o poder e começou a retirar seu apoio ao presidente Chapaprieta.
Além dos escândalos, Gil Robles aproveitou o fato de que, em dezembro de 1935, a Constituição de 1931 tinha quatro anos. De acordo com a legislação, isso significava que futuras reformas poderiam ser aprovadas por maioria absoluta e não com dois terços dos deputados como antes.
Nesse contexto, o líder da CEDA pediu para ser nomeado para presidir o novo gabinete. A decisão estava nas mãos de Alcalá-Zamora, nada a favor de lhe dar essa oportunidade.
Chamada para eleições
Alcalá-Zamora negou o pedido de Gil Robles, alegando que nem ele nem seu partido juraram lealdade à República.
Legalmente, o Presidente da República tinha o poder de propor o candidato ao chefe do governo, e Alcalá-Zamora estava levando à formação de gabinetes independentes que duravam apenas algumas semanas e com o parlamento fechado. Uma vez realizada esta sessão, o governo caiu e uma nova foi escolhida.
Em 11 de dezembro de 1935, com a tensão entre Gil Robles e Alcalá-Zamora prestes a explodir, o presidente da República alertou que estava disposto a convocar eleições se a CEDA não admitisse que um presidente de outro partido seria eleito.
Gil Robles recusou e alguns soldados propuseram dar-lhe um golpe. No entanto, o líder cedista rejeitou a oferta.
Finalmente, dada a situação sem saída em que estava a formação do governo, Alcalá-Zamora dissolveu os Tribunais em 7 de janeiro de 1936 e convocou novas eleições.
Eleições Gerais de 1936
As eleições foram realizadas nos dias 16 e 23 de fevereiro, quando o sistema estabeleceu duas voltas.
Nesta ocasião, os partidos de esquerda conseguiram ir a uma coalizão, a Frente Popular. Isto foi constituído pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhóis, Esquerda Republicana, Partido Comunista, Esquerra Republicana da Catalunha e outras organizações.
Por outro lado, desta vez foram os partidos de direita que não conseguiram chegar a um acordo. O CEDA desenvolveu um sistema de alianças muito variável, com acordos com os anti-republicanos em alguns círculos eleitorais e com o centro certo em outros. Isso fez com que eles não pudessem se apresentar com um programa exclusivo.
Os resultados foram favoráveis à Frente Popular, que alcançou 60% dos deputados. O sistema eleitoral torna muito difícil apontar a porcentagem de votos de cada partido, mas estima-se que a diferença entre os dois blocos seja bem pequena. A direita, como aconteceu à esquerda em 1933, foi prejudicada por não alcançar alianças estáveis.
Referências
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- Fernández López, Just. Direita bienal da restauração. Obtido em hispanoteca.eu
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