Como determinar frações menores e maiores que: teoria, técnicas e exemplos

Última actualización: novembro 27, 2025
  • Frações representam partes iguais de um todo; compare numeradores quando os denominadores coincidirem.
  • Com denominadores diferentes, reduza as frações a um denominador comum (MMC) e compare.
  • Se os numeradores forem iguais, a maior fração tem o menor denominador.
  • Simplifique resultados e use equivalências para entender e operar com frações com segurança.

Comparação de frações

Se você já dividiu uma pizza entre amigos e ficou na dúvida sobre quem pegou um pedaço maior, então já se deparou com a ideia central deste tema: comparar frações. identificar quando uma fração é menor, maior ou igual, por que isso funciona e quais técnicas usar em cada situação.

Antes de partir para as comparações propriamente ditas, vale recapitular a base. partes iguais de um todo: o número de cima (numerador) indica quantas partes estamos considerando e o número de baixo (denominador) mostra em quantas partes iguais o inteiro foi dividido. Com isso bem fixo, tudo o mais fica bem mais simples.

O que é uma fração e como interpretá-la

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Em matemática, uma fração expressa que pegamos algumas partes de um inteiro dividido igualmente. cada pedaço vale 1/8; se alguém come 3 pedaços, comeu 3/8 da pizza. Essa linguagem vale para qualquer situação em que o inteiro tenha sido particionado de forma uniforme.

Os termos também têm nome certo: o número de cima é o numerador e o de baixo é o denominador. O numerador conta as partes tomadas e o denominador mostra em quantas partes iguais o inteiro foi dividido, o que dá o sentido de proporção à fração.

Tipos de frações

As frações podem aparecer de formas diferentes conforme a relação entre numerador e denominador. Entender esses tipos ajuda muito na hora de comparar e operar, porque cada contexto tem suas particularidades.

Fração própria

É quando o numerador é menor do que o denominador, representando um valor menor do que 1. 2/7 é uma fração própria, pois 2 é menor do que 7, então a quantidade considerada está abaixo de um inteiro.

Fração imprópria

Surge quando o numerador é maior do que o denominador, ou seja, o valor ultrapassa a unidade. 5/3 é maior do que 1, pois inclui um inteiro inteiro e mais uma parte fracionária.

Fração aparente

Ocorre quando o numerador é múltiplo do denominador, resultando num número inteiro, apesar da forma fracionária. 6/3 = 2; como o zero é múltiplo de qualquer inteiro, frações como 0/3 também são aparentes, pois equivalem a 0.

Fração mista

É a combinação de uma parte inteira com uma parte fracionária. 1 2/6 representa um inteiro e dois sextos; é uma forma útil para representar valores entre inteiros consecutivos de forma mais intuitiva.

Existem ainda outras classificações, bastante úteis em contextos específicos: equivalente, irredutível, unitária, egípcia, decimal, composta, contínua e algébrica. Mesmo que nem todas sejam necessárias para comparar diretamente, elas aparecem em estudos e exercícios com frequência.

Representação e leitura: como escrever e falar frações

No dia a dia e em textos online, usamos o formato com barra: 1/2, 3/4, 7/9. No HTML puro, não há uma barra de fração “especial” (ou, em alguns casos didáticos, usar o símbolo de divisão) para indicar a ideia de quociente entre dois inteiros.

Para ler frações, no português, usamos nomes consagrados. Quando o denominador vai de 2 a 9, falamos: 1/2 um meio; 1/3 um terço; 1/4 um quarto; 1/5 um quinto; 1/6 um sexto; 1/7 um sétimo; 1/8 um oitavo; 1/9 um nono. Essa convenção facilita a oralidade e a compreensão no ensino.

Se o denominador é maior do que 10, a leitura tradicional usa o termo “avos”. Por exemplo: 1/11 um onze avos, 1/12 um doze avos; e assim por diante, sempre seguindo o número do denominador acompanhado de “avos”.

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Quando o denominador é múltiplo de 10, também há nomes usuais: 1/10 “um décimo”; 1/100 “um centésimo”; 1/1000 “um milésimo”, e assim por diante para 1/20, 1/30 etc. Essas denominações aparecem em contextos escolares e ajudam a fixar a leitura.

Até em denominadores grandes a convenção se mantém. 1/3597 pode ser lido como “um, três mil quinhentos e noventa e sete avos”, respeitando a nomeação completa do número do denominador seguida do termo “avos”.

Frações equivalentes e a ideia de classe de equivalência

Duas frações podem ter valores iguais mesmo com números diferentes no numerador e no denominador. Chamamos de frações equivalentes aquelas que representam a mesma parte do inteiro, como 1/2, 2/4 e 3/6.

Existe uma forma direta de gerar equivalências: multiplicar (ou dividir) numerador e denominador pelo mesmo número natural não nulo. Por exemplo, 1/2 = (1×2)/(2×2) = 2/4; e 12/16 pode ser simplificada dividindo ambos por 2, depois por 2 de novo e depois por 3, até chegar em 3/4.

Reunindo todas as frações equivalentes a uma dada fração, obtemos sua classe de equivalência. Escolhemos geralmente a forma mais simples como representante, ou seja, a fração irredutível que não pode mais ser simplificada.

Um exemplo clássico: a classe de equivalência de 1/3 contém 1/3, 2/6, 3/9, 4/12, 5/15, 6/18, … Todas elas apontam para a mesma quantidade, embora escritas com números diferentes.

Como simplificar frações e chegar à forma irredutível

Simplificar é tornar a fração mais “enxuta”, mas mantendo o mesmo valor. Uma fração está na forma irredutível quando o máximo divisor comum (MDC) entre numerador e denominador é 1, isto é, quando não dá mais para dividir ambos por um mesmo número inteiro maior que 1.

Existem dois jeitos práticos (e equivalentes) de simplificar: divisão sucessiva e uso direto do MDC. Na divisão sucessiva, vamos dividindo os dois termos por fatores comuns — por exemplo, 36/60 → dividir por 2, depois por 2 de novo e por 3, chegando a 3/5.

Com o MDC, fazemos tudo de uma vez. Se MDC(54, 72) = 18, então 54/72 simplifica direto para (54÷18)/(72÷18) = 3/4. É o mesmo efeito da divisão sucessiva, só que em um passo.

Transformações entre fração imprópria e número misto

Quando o numerador é maior que o denominador, podemos separar o inteiro que “cabe” ali dentro e o resto fracionário. 17/4 = 4 1/4. Assim fica mais visível quantos inteiros há e qual parte fracionária sobra.

O caminho inverso também é simples: multiplique o inteiro pelo denominador e some o numerador. No exemplo, 4 1/4 vira (4×4 + 1)/4 = 17/4, voltando ao formato único de fração.

Operações com frações: soma, subtração, multiplicação e divisão

As operações seguem regras bem definidas. Na adição e na subtração, primeiro verifique se os denominadores são iguais; se forem, basta somar ou subtrair os numeradores e conservar o denominador.

Quando os denominadores são diferentes, a estratégia é tornar os denominadores iguais. Use o mínimo múltiplo comum (MMC) dos denominadores e depois ajuste os numeradores proporcionalmente para executar a operação.

Se você preferir uma regra prática quando há apenas duas frações, pode multiplicar “em cruz” para obter equivalentes com o mesmo denominador. Multiplique os termos da primeira fração pelo denominador da segunda e vice-versa; assim, os denominadores igualam e você pode somar ou subtrair.

Na multiplicação, não há mistério. Multiplicam-se numeradores entre si e denominadores entre si. Já na divisão, multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda, isto é, invertem-se numerador e denominador da fração pela qual estamos dividindo.

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Como comparar frações: menor, maior ou igual

Comparar duas frações significa identificar qual representa uma quantidade maior ou menor, ou se elas equivalem à mesma quantidade. Há três cenários típicos: denominadores iguais, denominadores distintos e numeradores iguais. Vejamos cada um.

1) Denominadores iguais

Nesse caso é o mais simples: a maior fração é a que tem o maior numerador. Por exemplo, entre 4/9 e 2/9, 4/9 é maior porque 4 > 2; já entre 15/19 e 7/19, 15/19 é maior, pois comparamos apenas os numeradores.

2) Denominadores diferentes

Quando os denominadores não coincidem, reduzimos ambas as frações a um denominador comum. Use o MMC dos denominadores e reescreva as frações com esse denominador, ajustando os numeradores de forma proporcional.

Outra abordagem prática, muito usada em exemplos com duas frações, é multiplicar os termos da primeira pelo denominador da segunda e os termos da segunda pelo denominador da primeira. Assim obtemos frações com o mesmo denominador e podemos comparar os numeradores diretamente.

Exemplo clássico: comparar 2/3 e 3/5. Calculando o MMC(3, 5) = 15, temos 2/3 = 10/15 e 3/5 = 9/15. 10/15 > 9/15. Esse raciocínio funciona sempre que igualamos os denominadores corretamente.

3) Numeradores iguais

Se as frações têm o mesmo numerador, a maior é a que possui o denominador menor. 3/4 é maior do que 3/8, pois com a mesma quantidade de partes tomadas (3), dividir o inteiro em 4 partes gera “pedaços” maiores do que dividir em 8.

Se quisermos, podemos transformar 3/4 em 6/8 para ver a comparação com o mesmo denominador: 6/8 > 3/8, o que confirma que 3/4 é maior do que 3/8. A intuição geométrica também ajuda: a área colorida correspondente a 3/4 ocupa mais do que a de 3/8.

Dividir frações em detalhe (e por que inverter a segunda fração funciona)

Vamos destrinchar a divisão 1/2 ÷ 2/3 de um jeito visual e aritmético. Primeiro, escreva as frações com denominadores iguais; por exemplo, em sextos: 1/2 = 3/6 e 2/3 = 4/6.

Pense em “quantas partes de 4/6 cabem dentro de 3/6”. 3 sextos comparados a 4 sextos dão a razão 3/4. Esse argumento intuitivo explica por que a conta 1/2 ÷ 2/3 = 3/4 faz sentido.

Na regra operacional, multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda: 1/2 × 3/2 = 3/4. Em geral, para a/b ÷ c/d, realizamos a/b × d/c, resultando em (a×d)/(b×c). A justificativa acima mostra a coerência dessa regra com a ideia de comparação de “quantas vezes cabe”.

Conjuntos numéricos e o lugar das frações

No estudo dos números, trabalhamos com conjuntos como os naturais (N) e os racionais não negativos (Q+). Os naturais representam contagens inteiras, enquanto os racionais incluem as frações, que expressam quocientes entre inteiros.

Do ponto de vista da escrita, falamos em “numerais” para designar formas que representam números. As frações são numerais que representam números racionais, e seu formato a/b destaca o papel do numerador e do denominador na relação de divisão.

Exemplos visuais e interpretações úteis

É comum representar graficamente o inteiro dividido em partes iguais, colorindo algumas delas conforme o numerador. Em 3/4, por exemplo, três quartos do modelo aparecem destacados, o que ajuda a criar intuição sobre o tamanho relativo de cada fração.

Essa visualização também explica por que frações equivalentes “ocupam” a mesma área. Se um inteiro é particionado em 2 partes (1/2) ou em 4 partes (2/4) e colorimos metade da figura, a região pintada tem a mesma proporção do todo nos dois casos.

Procedimentos práticos: somar e subtrair com denominadores diferentes

Para adicionar ou subtrair frações com denominadores distintos, o roteiro é: encontrar um denominador comum, reescrever as frações de forma equivalente e, então, operar os numeradores. O MMC dos denominadores é uma ótima escolha para minimizar os cálculos, pois evita denominadores gigantes quando não são necessários.

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Após reduzir ao mesmo denominador, basta somar ou subtrair os numeradores. Simplifique o resultado quando possível para a forma irredutível.

Comparação passo a passo com redução a denominador comum

Suponha que você precise decidir entre 5/6 e 4/5. O MMC de 6 e 5 é 30, então reescrevemos 5/6 como 25/30 e 4/5 como 24/30. Com os denominadores iguais, comparamos os numeradores: 25/30 é maior do que 24/30, logo 5/6 é maior do que 4/5.

Mesmo quando denominadores têm fatores em comum, o processo é o mesmo: ache o MMC, reescreva as frações e compare numeradores. Se as frações forem equivalentes, os numeradores ficarão iguais após essa redução, mostrando que representam a mesma quantidade.

Dicas e observações de escrita e prática

Na escrita, em ambientes digitais simples, é normal representar frações com a barra “/” (por exemplo, 3/8). Isso não altera em nada o significado matemático, apenas é uma forma conveniente de digitar e ler a fração fora de editores específicos.

Como parte do estudo, é interessante exercitar a leitura e a escrita com diferentes denominadores. Experimente ler em voz alta 1/10, 1/100 e 1/1000, assim como versões “em avos”, para fixar as duas nomenclaturas.

Um pouco de história: por que frações surgiram

O uso de frações remonta a civilizações antigas. No Egito, geômetras marcavam as terras às margens do Nilo; com as cheias, parte das marcações se perdia e era necessário refazê-las com cordas e medidas.

Nessa prática, apareciam frequentemente medidas que não eram inteiras. Para lidar com porções de terra “entre inteiros” surgiram números fracionários, permitindo expressar partes do todo de forma precisa. Não por acaso, a palavra “fração” tem origem no latim fractus, que significa “partido”.

Aplicações pedagógicas e amplitude do tema

No ensino, as frações são fundamentais desde os anos iniciais. Aparecem no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e no Ensino Superior, conectando-se a tópicos como proporções, razões, números racionais e operações algébricas.

Além do cotidiano (receitas, medidas, descontos), frações são onipresentes em avaliações acadêmicas e exames, justamente por resumirem a ideia de parte-todo e por exigirem manuseio cuidadoso de operações e comparações.

Resolvendo dúvidas comuns

“Como sei rapidamente qual fração é maior se os denominadores são diferentes?” Uma saída prática é reduzir as frações a um denominador comum. Multiplicar em cruz costuma resolver com agilidade, pois cria equivalentes com o mesmo denominador.

“O que fazer se, após somar, eu obtiver uma fração grande?” Tente simplificar. Use o MDC dos termos para reduzir a fração à forma irredutível, tornando o resultado mais claro e comparável com outras frações.

Conectando tudo: comparar, operar, interpretar

Você viu que comparar frações depende do cenário. Com denominadores iguais, compare numeradores; com numeradores iguais, o menor denominador gera a maior fração; com denominadores diferentes, reduza ao mesmo denominador para decidir com segurança.

As operações seguem em linha com esse raciocínio: em soma e subtração, padronize o denominador; em multiplicação, multiplique numeradores e denominadores; na divisão, multiplique pela inversa. E, ao final, não esqueça de simplificar.

Dominar frações é unir técnica e intuição: desde a leitura (meio, terço, “avos”) e o reconhecimento dos tipos até a prática com equivalências, simplificações e comparações. Com esse repertório, você julga com precisão qual fração é maior, menor ou igual, realiza operações com segurança e enxerga o porquê de cada regra, seja na sala de aula, no estudo autônomo ou nas situações do dia a dia.