Modelo de agroexportação: características e consequências

O modelo de agroexportação é um sistema econômico em que a produção agrícola de um país é direcionada principalmente para a exportação. Neste modelo, a agricultura se torna um dos principais setores da economia, gerando divisas e impulsionando o crescimento do país. No entanto, esse modelo também traz consequências que podem impactar o meio ambiente, a segurança alimentar e a distribuição de renda. Neste contexto, é importante analisar as características e as consequências do modelo de agroexportação para compreender seus impactos e buscar alternativas sustentáveis para o desenvolvimento agrícola.

Principais características de uma economia baseada na exportação de produtos agrícolas.

Uma economia baseada na exportação de produtos agrícolas possui algumas características distintas que a diferenciam de outros modelos econômicos. Em primeiro lugar, a produção agrícola torna-se o pilar principal da economia, com grande parte dos recursos e investimentos direcionados para esse setor. Isso significa que o país depende fortemente da produção e exportação de produtos agrícolas para gerar receita e manter sua economia funcionando.

Outra característica importante é a especialização na produção de determinados tipos de produtos agrícolas, o que pode levar à dependência de um único produto ou de um pequeno grupo de produtos. Isso pode tornar a economia vulnerável a flutuações nos preços internacionais desses produtos, impactando diretamente na estabilidade econômica do país.

Além disso, uma economia baseada na exportação de produtos agrícolas geralmente enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e logística, uma vez que é necessário garantir que os produtos cheguem aos mercados internacionais de forma eficiente e competitiva. Isso requer investimentos em portos, estradas, armazenamento e transporte, o que nem sempre é fácil de ser realizado em países em desenvolvimento.

Por fim, é importante destacar que a dependência da exportação de produtos agrícolas pode ter consequências ambientais, sociais e econômicas, como o uso intensivo de agrotóxicos, a concentração de terras nas mãos de poucos produtores e a falta de diversificação da economia. Por isso, é fundamental que os países que adotam esse modelo econômico estejam atentos aos impactos negativos e busquem formas de mitigá-los.

Entenda o funcionamento do modelo agroexportador e sua influência na economia nacional.

O modelo agroexportador foi um sistema econômico adotado por diversos países da América Latina, incluindo o Brasil, durante grande parte do século XIX e XX. Neste modelo, a principal atividade econômica era a produção agrícola voltada para a exportação, com destaque para produtos como café, açúcar, cacau e algodão.

Essa estratégia econômica tinha como base a exploração intensiva da mão de obra, muitas vezes escrava, e a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários. A produção agrícola era voltada para atender à demanda externa, o que gerava uma grande dependência do mercado internacional.

Os principais aspectos do modelo agroexportador eram a monocultura, a dependência de insumos externos, a baixa diversificação da economia e a instabilidade causada pelas oscilações nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Esses fatores contribuíram para a manutenção de um ciclo vicioso de desenvolvimento econômico limitado.

A influência do modelo agroexportador na economia nacional foi significativa. Por um lado, a produção agrícola em larga escala impulsionou o crescimento econômico e a modernização de infraestruturas como estradas e portos. Por outro lado, a dependência excessiva das exportações agrícolas tornou a economia vulnerável a crises externas e instabilidades no mercado internacional.

A necessidade de diversificação da economia e de políticas públicas que promovam a inclusão social e o desenvolvimento sustentável tornou-se evidente com as consequências desse modelo econômico.

Significado de país agroexportador: produção agrícola voltada para comércio internacional de alimentos e matérias-primas.

Um país agroexportador é aquele que possui uma produção agrícola voltada principalmente para o comércio internacional de alimentos e matérias-primas. Isso significa que a agricultura desempenha um papel fundamental na economia do país, gerando divisas por meio da exportação de produtos agrícolas.

As características de um país agroexportador incluem uma grande extensão de terras cultiváveis, condições climáticas favoráveis para o cultivo de diversos tipos de alimentos e matérias-primas, além de investimentos em tecnologia agrícola para aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos.

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As consequências de um modelo de agroexportação podem ser tanto positivas quanto negativas. Por um lado, a exportação de produtos agrícolas pode trazer divisas para o país, gerar empregos no setor rural e impulsionar o desenvolvimento econômico. Por outro lado, a dependência excessiva da agricultura para gerar receitas pode tornar o país vulnerável a oscilações no mercado internacional, como variações nos preços das commodities.

Portanto, é importante que os países agroexportadores busquem diversificar sua economia, investindo em outros setores além da agricultura, para reduzir a dependência de um único tipo de atividade econômica e garantir uma maior estabilidade financeira a longo prazo.

Há quanto tempo o Brasil se tornou um país agroexportador?

O Brasil se tornou um país agroexportador há cerca de cinco séculos, desde a época do descobrimento pelos portugueses em 1500. Desde então, a economia brasileira tem sido fortemente influenciada pela produção e exportação de produtos agrícolas, como café, açúcar, soja, milho, entre outros.

O modelo de agroexportação caracteriza-se pela concentração da produção em grandes propriedades rurais, com uso intensivo de tecnologia e mão de obra. Esse modelo tem como principais consequências a dependência do mercado internacional, a vulnerabilidade a oscilações de preços e a degradação do meio ambiente.

Apesar disso, a agroexportação tem sido fundamental para a economia brasileira, contribuindo significativamente para o PIB do país e para a geração de empregos. No entanto, é importante buscar alternativas sustentáveis que garantam a preservação dos recursos naturais e a inclusão social dos pequenos produtores rurais.

Modelo de agroexportação: características e consequências

O modelo de agroexportação é um sistema baseado na produção de matérias-primas agrícolas e suas exportações para outros países. Este modelo nasceu em meados do século XIX na Argentina e na América Latina.

Foi uma conseqüência direta do acesso quase ilimitado ao investimento e capital estrangeiros que permitiu à Argentina reviver a economia em grande parte de seu território. Além disso, o modelo agroexportador argentino coincide com o estabelecimento do Estado nacional argentino.

Modelo de agroexportação: características e consequências 1

Este sistema está ligado à divisão mundial entre países centrais e periféricos. O último produzia e exportava matérias-primas e elementos básicos (principalmente agrícolas), enquanto o primeiro se dedicava à fabricação de produtos manufaturados a um preço mais alto.

Esse sistema econômico foi mantido por mais de cinquenta anos, graças ao fluxo de capital entre as regiões mais poderosas e menos poderosas. No entanto, durante a crise de 1930, países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos e França entraram em uma grande depressão econômica que reduziu o fluxo de investimentos para os chamados países periféricos.

Assim, países como a Argentina tiveram que substituir o modelo de agroexportação por um modelo focado no consumo doméstico, que coloca toda a produção local no mercado da região.

No entanto, durante toda a sua existência, o modelo agroexportador permitiu o crescimento da Argentina, embora não o seu desenvolvimento, fazendo com que a região fosse chamada “o celeiro do mundo”.

Características do modelo de agro-exportação

Algumas das características mais notáveis ​​do modelo de exportação agrícola foram as seguintes:

1- Dependência do mercado externo

O fato de a Argentina ser um país periférico na economia capitalista mundial facilitou que os países europeus industrializados tivessem um poder de decisão excessivo sobre a economia argentina.

Na Europa, os preços foram determinados e foi decidido onde foram feitos os investimentos para definir a forma e a extensão da produção dos países periféricos. Essa dependência econômica fez com que a Argentina não desenvolvesse sua indústria por longos anos.

2- Produção agrícola e grandes propriedades

A produção destinada aos países centrais foi produzida nas extensas áreas rurais da região dos Pampas argentinos, denominadas grandes propriedades.

3- O papel do Estado

A demanda por produtos agrícolas na Argentina não era condições suficientes para que a produção crescesse e permanecesse no tempo. Para isso, o Estado teve que intervir para que a operação do modelo agroexportador funcionasse e garantisse a circulação de mercadorias em todo o território.

O sistema de transporte também foi ampliado, especialmente o sistema ferroviário, e a imigração estrangeira foi incentivada a aumentar a capacidade da força de trabalho.

4- A importância das capitais estrangeiras

O investimento das economias centrais foi fundamental para o desenvolvimento do modelo agroexportador. Em primeiro lugar, destinavam-se a melhorar os meios de transporte e aumentar a comercialização de produtos no mercado mundial.

Os investimentos vieram principalmente da Grã-Bretanha, país responsável pela expansão do sistema ferroviário e pela modernização do porto de Buenos Aires. Além disso, foram criados bancos e grandes geladeiras que facilitaram a exportação de produtos de qualidade para a Europa.

5- Imigração

Em meados do século XIX, a Argentina não tinha mão de obra suficiente para explorar as terras dos Pampas. O crescimento natural da população significava esperar demais, então a solução era incorporar milhares de estrangeiros.

Até 1914, mais de três milhões de pessoas entraram no porto de Buenos Aires, e a grande maioria se estabeleceu nos campos de Pampas.

6- Um país desequilibrado

O modelo de agroexportação foi o principal responsável pelo desequilíbrio regional na Argentina. Isso ocorre porque Buenos Aires centralizou o porto e os grupos econômicos mais poderosos estavam localizados lá, enquanto os trabalhadores estavam localizados na região de Pampas.

Assim, as regiões da Argentina que não abasteciam o mercado mundial passaram a atender às demandas das regiões de Buenos Aires e Pampas, como foi o caso de Tucumán com açúcar e Mendoza com vinho.

O modelo de agro-exportação a partir de 1914

Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, começam as complicações para o modelo de agro-exportação. A guerra diminui drasticamente o volume de importações, o que resultou no início do chamado processo de substituição, ou seja, a produção de matérias-primas é substituída por uma industrialização nacional incipiente.

A desaceleração da economia argentina tem seu clímax na crise econômica mundial de 1930, mas já em 1918 a crise social no país é irreversível e afeta a cidade e o campo.

Naqueles anos, o Estado argentino implementa medidas de emergência que não são suficientes para parar a crise e a inevitável modificação do sistema econômico. É então que os homens do campo, chamados “chacareros”, se organizam para exigir novas medidas do Estado.

No entanto, o então presidente Hipólito Yrigoyen não adota mudanças nesse sentido, algo que o presidente Alvear faz, que responde aos problemas colocados pela sociedade rural.

O mundo econômico no final do século XIX

Entre 1873 e 1876, a economia do Ocidente sofre uma enorme crise que põe em causa a eficácia do modelo de exportação argentino, em grande parte devido à excessiva dependência da Argentina em mercados estrangeiros.

Naqueles anos, a França pagou o dinheiro devido à Alemanha pela guerra franco-prussiana, que fez com que os alemães parassem de receber grande parte do dinheiro que usavam para comprar produtos estrangeiros.

A Argentina foi duramente atingida pela crise das grandes potências econômicas, que diminuíram suas importações e produziram uma queda acentuada nos preços, principalmente em lã e couro.

Após essa crise, são iniciados na Argentina planos para proteger a produção e libertar a economia da dependência externa, o que a coloca em uma situação delicada toda vez que ocorre uma crise econômica global.

Por esse motivo, em 1875, o Presidente Avellaneda lançou a Lei Aduaneira, que aumentou as importações e diminuiu as exportações. Dessa forma, o objetivo era superar a crise e aumentar a produção industrial.

Como conseqüência da Lei Aduaneira, em 1876, a balança comercial mostra um saldo positivo e a atividade industrial é favorecida com um pequeno mas inegável aumento da produção.

Principais indústrias que se desenvolveram

  • Indústrias dedicadas a matérias-primas para exportação.
  • Indústrias de refrigeração
  • Indústrias dedicadas a insumos do setor agrícola (por exemplo, oficinas ferroviárias e máquinas agrícolas).
  • Indústrias de roupas e alimentos.
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O começo do desenvolvimento industrial

Grã-Bretanha e Argentina mantinham uma relação comercial que remonta aos tempos coloniais. O acordo era simples: a Argentina produzia matérias-primas e a Grã-Bretanha vendia manufaturas. No entanto, a Primeira Guerra Mundial encerrou esse intercâmbio e destacou as dificuldades e limitações do modelo agroexportador.

A Argentina se declarou neutra durante a guerra, mas sofreu as consequências de qualquer maneira. As receitas alfandegárias caíram drasticamente e a ausência de produtos importados começou a ser sentida.

O então presidente Victorino De La Plaza tenta importar uma substituição que não foi suficiente para modificar o perfil de exportação agrícola do país.

No meio da guerra, a Grã-Bretanha teve que priorizar seu mercado interno em detrimento das necessidades de países estrangeiros. Em uma reviravolta sem precedentes, os Estados Unidos se aproveitam da situação e começam a vender manufaturas e investir na Argentina.

O fim do modelo de agro-exportação

Em 1930, começa a crise econômica global que tem seu epicentro nos Estados Unidos. O forte declínio das ações de Wall Street diminui o Produto Interno Bruto dos EUA em 25%, enquanto o desemprego atinge 25%.

Essa depressão econômica se espalha rapidamente para o resto do mundo e os países começam a fechar suas economias e se dedicar principalmente à produção para o mercado doméstico.

A Argentina é incrivelmente afetada por essa crise, dada sua dependência do mercado internacional. Naquele momento, o valor das exportações foi reduzido pela metade, com um consequente declínio nas entradas de divisas.

O modelo de agroexportação foi baseado na demanda externa. Como a demanda diminui em 1930, as importações caem drasticamente e o país deve repensar como substituir as importações.

Portanto, a Argentina precisa mudar o modelo econômico e passar da exportação de produtos agrícolas para a chamada substituição de importações, também conhecida como “modelo de substituição de importações”.

Esse novo modelo trouxe uma queda no setor agrícola e o desenvolvimento do setor industrial, que absorveu as pessoas desempregadas pela economia agrícola. Isso produziu que, de 1930 a 1970, a quantidade de toneladas produzida pelo campo argentino é exatamente a mesma: 20 milhões.

Em resumo, pode-se dizer que a crise do modelo agroexportador se deve principalmente a:

  1. Os limites da produção em si na região dos Pampas.
  2. A crise internacional que leva à queda nos preços das matérias-primas e ao fechamento das economias mundiais.
  3. O aumento da população, o que levou a um maior consumo interno.

Consequências do modelo de agroexportação

Exportações agrícolas

A quantidade e o custo dos produtos agrícolas dependiam do mercado externo, que, é claro, estava condicionado pelas crises e bonanzas econômicas dos mais importantes países europeus. Isso limitou o desenvolvimento do país e trouxe consequências sociais que impactam até hoje.

O início do endividamento externo

A dívida externa é uma parte fundamental para o desenvolvimento da economia agro-exportadora. O país tomou emprestado através de empréstimos difíceis de pagar, o que aumentou os problemas fiscais.

Os requisitos para acessar esses créditos e desenvolver a economia argentina acabaram se tornando o maior obstáculo para o país se desenvolver.

Resumo e características do modelo de agroexportação

Por fim, vamos revisar algumas das características e consequências do modelo de agroexportação:

  • Integração na divisão internacional do trabalho
  • Venda de matérias-primas e alimentos para a Europa em troca de produtos industriais e de capital.
  • Participação de capital estrangeiro
  • Criação de condições financeiras e de infraestrutura ideais para produção e desenvolvimento de exportação
  • Intervenção estatal para a expansão dos meios de transporte e comunicação, um sistema de normas legais, impulso ao comércio, atração de imigrantes.
  • Promoção da Imigração
  • Expansão de La Pampa.
  • Crescimento desigual do país.

Referências

  1. Definição do modelo Agroexporter (sf). Recuperado de definition.mx.
  2. O modelo de agroexportação e suas consequências (sf). Recuperado de clarin.com.
  3. O poder do modelo «» Agro-Export »». (sf). Recuperado de iatp.org.
  4. Qual é o significado e a definição de modelo de agro-exportação (sf). Dicionário de definições. Recuperado de dictionaryofdefinitions.blogspot.com.ar.

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