Os 9 tipos de psicanálise (principais teorias e autores)

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca compreender o funcionamento da mente humana e os processos psicológicos que influenciam o comportamento. Ao longo do tempo, diferentes teorias e abordagens foram desenvolvidas por diversos autores, cada um trazendo sua contribuição única para o campo da psicanálise. Neste contexto, é possível identificar nove tipos principais de psicanálise, cada um com suas próprias teorias e autores renomados que influenciaram o desenvolvimento da disciplina. Neste artigo, exploraremos brevemente esses nove tipos de psicanálise, destacando suas principais características e os autores mais relevantes em cada abordagem.

Principais teorias da psicanálise: conheça as abordagens fundamentais da psicologia analítica.

A psicanálise é uma abordagem da psicologia que busca compreender o funcionamento da mente humana, os processos inconscientes e as emoções reprimidas. Existem diversas teorias dentro da psicanálise, desenvolvidas por diferentes autores ao longo dos anos. Neste artigo, vamos apresentar os 9 principais tipos de psicanálise e seus respectivos autores.

1. Freud e a psicanálise clássica:

Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise e desenvolveu conceitos fundamentais como o inconsciente, o complexo de Édipo e a teoria das pulsões. Sua abordagem busca entender o papel dos impulsos sexuais e agressivos na formação da personalidade.

2. Jung e a psicologia analítica:

Carl Gustav Jung foi discípulo de Freud, mas desenvolveu sua própria abordagem, a psicologia analítica. Jung introduziu conceitos como o inconsciente coletivo, os arquétipos e a individuação, buscando uma visão mais ampla e integrativa da psique humana.

3. Lacan e a psicanálise lacaniana:

Jacques Lacan foi um psicanalista francês que propôs uma releitura da teoria freudiana, introduzindo conceitos como o Imaginário, o Simbólico e o Real. Sua abordagem enfatiza a linguagem e a relação do sujeito com o desejo.

4. Melanie Klein e a psicanálise infantil:

Melanie Klein foi uma psicanalista britânica que se dedicou ao estudo das relações parentais na infância. Sua abordagem enfatiza a importância dos primeiros anos de vida na formação da personalidade e no desenvolvimento de fantasias inconscientes.

5. Winnicott e a psicanálise do desenvolvimento:

Donald Winnicott foi um psicanalista britânico que estudou o desenvolvimento emocional na infância. Sua abordagem enfatiza a importância do ambiente familiar na formação da identidade e na construção do self.

6. Adler e a psicologia individual:

Alfred Adler foi um psicanalista austríaco que desenvolveu a psicologia individual, centrada na busca pela superação dos sentimentos de inferioridade e na realização do potencial humano. Sua abordagem enfatiza a importância da auto-estima e da cooperação social.

7. Reich e a análise do caráter:

Wilhelm Reich foi um psicanalista austríaco que estudou a relação entre o corpo e a mente, introduzindo o conceito de couraças musculares e a importância da expressão emocional na terapia. Sua abordagem busca liberar as tensões corporais e emocionais para promover o bem-estar psíquico.

8. Ferenczi e a psicanálise relacional:

Sándor Ferenczi foi um psicanalista húngaro que propôs uma abordagem mais empática e colaborativa na relação terapêutica. Sua teoria enfatiza a importância do vínculo emocional entre analista e paciente na cura psíquica.

9. Kohut e a psicologia do self:

Heinz Kohut foi um psicanalista austro-húngaro que desenvolveu a psicologia do self, centrada na importância da empatia e da validação emocional na terapia. Sua abordagem enfatiza a necessidade de reconhecer e respeitar as necessidades emocionais do paciente para promover a saúde mental.

Essas são algumas das principais teorias da psicanálise, cada uma com sua abordagem única e contribuições para o entendimento da mente humana e o processo terapêutico. É importante estudar e compreender essas diferentes perspectivas para enriquecer nossa prática clínica e promover o bem-estar psicológico de nossos pacientes.

Principais teóricos da psicanálise: quem são eles e suas contribuições para a psicologia.

Na psicanálise, diversos teóricos desenvolveram teorias que influenciaram profundamente a psicologia. Entre os principais teóricos da psicanálise estão Sigmund Freud, Carl Jung, Melanie Klein, Jacques Lacan, entre outros. Cada um deles trouxe contribuições significativas para o campo da psicologia, oferecendo diferentes abordagens e perspectivas sobre o funcionamento da mente humana.

Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise e desenvolveu conceitos fundamentais como o inconsciente, o complexo de Édipo e a teoria das pulsões. Suas ideias revolucionaram a forma como entendemos o comportamento humano e a influência do inconsciente em nossas ações.

Carl Jung, por sua vez, trouxe a noção de inconsciente coletivo e os arquétipos, ampliando o campo da psicanálise e introduzindo novas perspectivas sobre a mente humana. Suas teorias sobre a individuação e a importância dos símbolos na psique são amplamente estudadas até hoje.

Melanie Klein, uma das pioneiras na psicanálise infantil, desenvolveu a teoria das relações objetais e trouxe novas perspectivas sobre o desenvolvimento emocional na infância. Suas contribuições foram fundamentais para o entendimento das relações interpessoais e da formação da personalidade.

Jacques Lacan, por sua vez, reinterpreta a teoria freudiana sob uma ótica estruturalista, introduzindo conceitos como o Imaginário, o Simbólico e o Real. Sua abordagem influenciou significativamente a psicanálise contemporânea, ampliando as possibilidades de compreensão do psiquismo humano.

Esses são apenas alguns dos principais teóricos da psicanálise e suas contribuições para a psicologia. Cada um deles trouxe novas ideias, conceitos e abordagens que enriqueceram o campo da psicanálise e continuam a influenciar a forma como entendemos a mente humana.

Tipos de abordagens psicanalíticas: conhecendo as diversas vertentes da psicanálise.

A psicanálise é uma abordagem terapêutica que foi desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX. Desde então, diversos psicanalistas contribuíram com novas teorias e abordagens dentro desse campo. Conhecer os diferentes tipos de psicanálise pode nos ajudar a entender melhor a complexidade da mente humana e os diversos aspectos que influenciam o comportamento e as emoções.

Entre os principais tipos de abordagens psicanalíticas, podemos citar:

1. Psicanálise Freudiana: desenvolvida por Sigmund Freud, essa abordagem se concentra na importância do inconsciente, dos desejos reprimidos e na influência da infância no desenvolvimento da personalidade.

2. Psicanálise Lacaniana: Jacques Lacan foi um psicanalista francês que trouxe novas ideias para a psicanálise, como a teoria dos três registros (real, simbólico e imaginário) e a importância da linguagem na construção da identidade.

3. Psicanálise Kleiniana: Melanie Klein foi uma psicanalista britânica que se dedicou ao estudo das relações objetais e ao desenvolvimento emocional na infância. Sua abordagem enfatiza a importância das relações primárias na formação da personalidade.

4. Psicanálise Winnicottiana: Donald Winnicott foi um psicanalista britânico que introduziu o conceito de “mãe suficientemente boa” e a ideia de espaço transicional. Sua abordagem destaca a importância do ambiente no desenvolvimento saudável da criança.

5. Psicanálise Junguiana: Carl Gustav Jung foi um psicanalista suíço que trouxe a noção de inconsciente coletivo e os arquétipos para a psicanálise. Sua abordagem enfatiza a busca de sentido e a individuação como processos de desenvolvimento pessoal.

6. Psicanálise Adleriana: Alfred Adler foi um psicanalista austríaco que desenvolveu a teoria da psicologia individual. Sua abordagem destaca a importância dos sentimentos de inferioridade e a busca pela superioridade como motores do comportamento humano.

7. Psicanálise Reichiana: Wilhelm Reich foi um psicanalista austríaco que introduziu o conceito de energia bioelétrica (orgone) e a importância da sexualidade na saúde mental. Sua abordagem enfatiza a liberação das emoções reprimidas para a cura psicológica.

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8. Psicanálise Bioniana: Wilfred Bion foi um psicanalista britânico que desenvolveu a teoria dos processos de pensamento e a importância da capacidade de tolerar a ambiguidade e a incerteza. Sua abordagem destaca a capacidade de mentalização como chave para o desenvolvimento emocional.

9. Psicanálise Relacional: essa abordagem enfatiza a importância das relações interpessoais na formação da identidade e no desenvolvimento emocional. Destaca a importância do setting terapêutico e da aliança terapêutica como elementos fundamentais para o processo de cura.

Conhecer os diferentes tipos de psicanálise nos ajuda a ampliar nosso olhar sobre a mente humana e a compreender a diversidade de teorias e abordagens dentro desse campo tão complexo e fascinante.

Principais nomes da psicanálise: Quem são os grandes teóricos da mente humana?

A psicanálise é uma teoria que busca compreender o funcionamento da mente humana e suas complexidades. Diversos teóricos contribuíram para o desenvolvimento dessa abordagem, cada um com suas próprias ideias e concepções. Entre os principais nomes da psicanálise, destacam-se Sigmund Freud, Carl Jung, Melanie Klein, Jacques Lacan, Anna Freud, Donald Winnicott, Heinz Kohut, Wilfred Bion e Otto Kernberg.

Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise e desenvolveu conceitos fundamentais, como o inconsciente, o complexo de Édipo e a teoria das pulsões. Carl Jung, por sua vez, propôs a teoria dos arquétipos e a noção de inconsciente coletivo. Melanie Klein trouxe contribuições importantes para a psicanálise infantil, enquanto Jacques Lacan desenvolveu a teoria dos discursos e a noção de “objeto a”.

Por outro lado, Anna Freud se dedicou aos estudos da psicanálise infantil, enquanto Donald Winnicott explorou o conceito de objeto transicional. Heinz Kohut desenvolveu a teoria do self e das necessidades de narcisismo, enquanto Wilfred Bion trabalhou com a teoria dos vínculos e a noção de contêiner-contido.

Finalmente, Otto Kernberg é conhecido por suas contribuições para a psicanálise de orientação psicodinâmica e a teoria das relações objetais. Cada um desses teóricos trouxe contribuições significativas para a compreensão da mente humana e para o desenvolvimento da psicanálise como abordagem terapêutica.

Os 9 tipos de psicanálise (principais teorias e autores)

Os 9 tipos de psicanálise (principais teorias e autores) 1

A psicanálise é provavelmente um dos paradigmas e correntes de pensamento mais conhecidos no campo da psicologia pela população em geral.

Tipos de psicanálise e suas diferenças

Focada na presença de conflitos inconscientes e na repressão do instinto , é uma das teorias mais controversas que tentam explicar, entre outras coisas, por que somos quem somos, pensamos como pensamos e agimos enquanto agimos.

Ao falar sobre psicanálise, geralmente pensamos em seu fundador, Sigmund Freud, e em sua teoria psicanalítica, mas há uma grande variedade de teorias que foram derivadas disso e acabaram constituindo diferentes tipos de psicanálise.

1. Psicanálise freudiana

A psicanálise não é apenas um conjunto de teorias psicológicas, mas também envolve um método de pesquisa e um método e técnica de tratamento psicoterapêutico.

A teoria psicanalítica tem sua origem na figura de Sigmund Freud, médico vienense especializado em neurologia que viveu durante a era vitoriana e que, ao longo de sua carreira, desenvolveu várias teorias e modelos explicativos sobre a estrutura da personalidade, o desenvolvimento humano e psicopatologia.

Inconsciente

A psicanálise freudiana e subsequentemente todos os tipos de psicanálise ou teorias psicodinâmicas foram caracterizadas por dividir a psique em três aspectos fundamentais, consciente, pré-consciente e inconsciente, dos quais eles se concentraram principalmente no estudo das últimas. O inconsciente é a parte mais decisiva da psique, coletando os desejos, impulsos e sensações mais primitivos e impulsivos que desenvolvemos desde a infância e governados pelo princípio do prazer.

Ele, eu e superou

Além disso, nessa teoria, o aparato psíquico é configurado por três elementos principais, chamados eu e superego . Enquanto o id é a parte instintiva e impulsiva que dita o que queremos e que geralmente age em um nível inconsciente, o superego é a parte da nossa psique que observa a moralidade do comportamento e procura torná-lo sediado de maneira responsável. Finalmente, o eu seria responsável por tornar os desejos do id dentro do que o superego considera aceitável, usando vários mecanismos de defesa para mediar entre desejos e realidade.

Drives

Para Freud, o principal mecanismo de comportamento e vida psíquica é o libidinal ou o desejo sexual . Esses instintos são reprimidos pela consciência com base na censura causada pelo supereu, que faz o ego procurar mecanismos para reprimir ou sublimar desejos. Esses mecanismos de defesa podem não ser eficientes o suficiente para resolver conflitos internos e podem levar a vários distúrbios .

Além de tudo isso, Freud estabelece um modelo de desenvolvimento baseado no impulso libidinal, seu modelo genético de desenvolvimento psicossexual . Nele, o indivíduo passará pelas fases oral, anal, fálica, latente e genital, superando diferentes complexos e angústias até alcançar o desenvolvimento completo e a maturação psicossexual. É possível que haja regressões que resultem em diferentes comportamentos e patologias.

Psicopatologias

Os problemas psíquicos são um sintoma da existência de conflitos inconscientes , geralmente causados ​​por traumas reprimidos ou problemas não resolvidos, aparecendo porque os mecanismos de defesa não foram capazes de reduzir a tensão gerada por esses conflitos.

Terapia

Em relação ao tratamento psicoterapêutico, a abordagem freudiana coloca ênfase especial na relação entre profissional e terapeuta , denominada relação terapêutica. Dada a importância atribuída às necessidades sexuais ao explicar o comportamento, Freud considerou que sua repressão e insatisfação poderiam levar parte da libido a ir ao terapeuta, transferindo as emoções bloqueadas para o profissional como um profissional. maneira de reviver eventos reprimidos. O mecanismo de projeção é usado para isso.

A análise dessas transferências permitirá que, de acordo com essa teoria, o paciente descubra os elementos reprimidos e os bloqueios existentes, e a condição do paciente pode ser melhorada. Da mesma forma, as reações do terapeuta às revelações dos pacientes ou contratransferência também são levadas em consideração, o que pode permitir que o inconscientemente expresso pelo indivíduo tratado seja interpretado. Esse último aspecto deve ser muito controlado para que a relação terapêutica não seja contaminada.

2. Seguindo a teoria freudiana: a tradição psicanalítica do eu

Um grande número de discípulos de Freud considerou suas teorias corretas e verdadeiras, mantendo certa continuidade com o fundador da disciplina no desenvolvimento da psicanálise. No entanto, aceitar as teorias do pai da psicanálise não implica que elas não desenvolvam novas perspectivas e tipos de psicanálise , aprofundando-as e expandindo-as para novas áreas.

Nesse sentido, a tradição psicanalítica do eu caracteriza-se por ampliar seu escopo, aplicando-se a crianças e outros transtornos graves. Mais ênfase seria colocada no eu, e o foco seria colocado nas relações interpessoais. Também haveria algumas diferenças com a psicanálise freudiana, como maior diretividade e atividade por parte do profissional e uma abordagem mais próxima do real e do social. Buscou-se um aumento na capacidade de adaptação do indivíduo e a capacidade de tomada de decisão do indivíduo foi avaliada.

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Embora vários autores possam se inscrever nessa tradição, como Anna Freud, que se aprofundou nos diferentes mecanismos de defesa que usamos, em geral os componentes da tradição psicanalítica do eu aceitariam a maioria dos conceitos e teorias freudianas. Alguns dos autores que tiveram as contribuições mais significativas são os seguintes.

Winnicott

As contribuições de Winnicott focalizaram o papel dos objetos e fenômenos de transição e o papel da mãe e do vínculo mãe-filial no desenvolvimento humano. Este autor considerou que os problemas mentais se devem a falhas no fornecimento de estímulos durante a infância.

À medida que a criança se desenvolve, ela estabelece relações com o ambiente e com os diferentes seres que a cercam. Inicialmente, eles estabelecem uma série de comportamentos ou vínculos com objetos (transitórios) que tornam a ansiedade mais tolerável, permitindo também que ela comece a diferenciar entre o eu e o não-eu.

O papel da mãe no desenvolvimento é fundamental, sendo a preocupação materna capturada pela criança e garantindo segurança e exercitando a auto-ajuda até que a criança consiga se desenvolver. A criança passará por várias fases de dependência até poder ser autônoma .

Nos casos em que a terapia é necessária, o terapeuta deve atuar como um objeto de transição que permita favorecer e completar o desenvolvimento por meio de transferência e contratransferência.

3. Teoria das relações objetais de Melanie Klein

O trabalho de Melanie Klein na psicanálise infantil é amplamente conhecido . Focado principalmente no aspecto prático e não no teórico, esse autor é considerado o fundador da teoria das relações objetais, segundo a qual o indivíduo se relaciona com o ambiente, dependendo do tipo de vínculo estabelecido entre sujeito e objeto.

Fantasia inconsciente

Um dos tipos mais importantes de psicanálise focada no desenvolvimento das crianças, um conceito muito importante para o autor é a fantasia inconsciente, entendida como a expressão dos desejos e instintos que existem desde o início da vida . Essas fantasias são o que direcionam o comportamento da criança e permitem que ela entenda sua atitude e maneira de agir.

Ao avaliar e tratar crianças, é especialmente importante usar a brincadeira simbólica como um elemento para extrair informações das crianças. uma vez que a associação livre não pode ser aplicada por não haver recursos e maturidade suficientes para isso. Contudo, no jogo são projetadas as fantasias inconscientes que direcionam o comportamento, análogas ao que seria feito através da livre associação. Além disso, a interpretação do significado do jogo pode ser usada para modificar a angústia do bebê.

No que se refere à maneira de vincular aos objetos, estabelece duas posições: A primeira é a posição esquizoparanóide na qual o indivíduo não é capaz de distinguir entre o eu e o não-eu e, portanto, não é capaz. integrar que o mesmo objeto às vezes pode ser gratificante e às vezes ausente ou doloroso, de modo que cada objeto seja dividido em dois (um bom e um ruim). Você tem um pensamento concreto e parcial.

A segunda é a posição depressiva, na qual os objetos começam a parecer um todo às vezes bom e às vezes ruim, e com a qual vem o medo de perder o objeto amado.

Nas relações objetais, o impulso da vida seria visto pela gratidão , enquanto o da morte, pela inveja e pelo ciúme. Isso é especialmente importante para a resolução do conflito de Édipo.

Também indica que o eu tem quatro funções básicas: experimentar e combater a ansiedade causada pela pulsão de morte, o estabelecimento de relações objetais, a integração e síntese do self e a aquisição e emissão por introjeção e projeção de atitudes e características. externo ou interno

4. Tradição neofreudiana: divergências com a psicanálise freudiana

As teorias de Freud inicialmente atraíram numerosos estudiosos que seriam treinados nas complexidades da mente humana sob a escola de psicanálise.

No entanto, em muitos casos, diferenças importantes acabariam surgindo na maneira de conceber vários aspectos da psique. Por exemplo, muitos autores se opuseram ao conceito de pulsão de morte . Outros também tinham um interesse maior nos aspectos conscientes da pessoa. A identificação do sexual como principal motor do comportamento e desenvolvimento também seria amplamente discutida, considerando algo secundário na determinação do comportamento. Além disso, a psicanálise freudiana não aprofunda ou valoriza excessivamente os aspectos sociais e culturais, bem como a situação atual do paciente, derivada principalmente de traumas infantis.

Por isso, muitos autores acabaram abandonando a psicanálise clássica e estabelecendo suas próprias linhas de pensamento, emergindo novos tipos de psicanálise. Alguns dos autores mais destacados são os seguintes.

5. Psicologia analítica de Jung

Carl Gustav Jung foi um dos discípulos de Freud que, embora tivesse iniciado sua carreira com o pai da psicanálise, acabaria discordando dele de várias maneiras, separando-se de sua escola e elaborando o que seria chamado psicologia analítica ou profunda. Para Jung, embora a libido estivesse presente no ser humano, era apenas uma parte secundária de seu ser, e não seu principal motor.

É um dos tipos mais conhecidos de psicanálise, com a energia psíquica sendo o principal motor do desempenho humano. Essa energia é expressa no pensamento, sentimento, intuição e percepção .

Dois tipos de inconsciente

Outra das principais diferenças é que a psicologia analítica considera a existência de dois tipos de inconsciente : um indivíduo no qual podem ser encontradas experiências reprimidas e outro coletivo do qual o conhecimento e o conhecimento dos antepassados ​​são herdados em parte. No primeiro, podem ser gerados complexos derivados de traumas da infância, sempre existindo no indivíduo uma parte da qual estamos conscientes e mostramos o mundo, a pessoa e uma parte chamada sombra na qual nosso lado instintivo e inconsciente é censurado e oculto. ao mundo.

Inconsciente coletivo

Com relação ao inconsciente coletivo, com base nele, é possível ver a existência de vários arquétipos ou expressões psíquicas universais e compartilhadas que agem autonomamente antes dos eventos externos e que são expressas de maneira diferente em nossa vida, permitindo-nos relacionar-nos com o ambiente até o processo de individuação terminar.

Personalidade

A personalidade é forjada a partir de processos básicos , principalmente no desenvolvimento de relações entre sujeito e objeto no momento em que determinará nosso nível de introversão ou extroversão, na capacidade racional em termos da capacidade de refletir ou sentir e nos processos irracionais ao estabelecer se somos mais sensoriais ou intuitivos.

A psicologia profunda atribui grande importância ao simbólico e espiritual , trabalhando amplamente através das expressões artísticas e espontâneas do inconsciente. É por isso que a análise dos sonhos é de grande importância, que tem uma função compensatória e esclarecedora da consciência.

O objetivo final do tratamento nesse tipo de psicanálise é alcançar o desenvolvimento correto da mesmice ou da individuação, a partir de uma relação colaborativa entre paciente e terapeuta.

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6. Psicologia individual de Adler

Como Jung, Adler consideraria que a teoria de Freud dava muita importância ao reino sexual . Pelo contrário, Freud considera que, embora o inconsciente e o passado sejam importantes, o ser humano é em si um ser ativo, com capacidade de criar e decidir no presente, não sendo determinado pelo seu passado.

Aqui e agora

Esse tipo de psicanálise se concentra mais no aqui e agora, o eu consciente tendo grande importância no pensamento de Adler e sendo o indivíduo consciente de suas possibilidades e limitações. Por isso, acabaria se separando da psicanálise tradicional e estabelecendo a psicologia individual .

Sensação de inferioridade

Para este autor, os problemas surgem antes do entendimento de que os próprios desejos estão fora do alcance do indivíduo, nascendo nele o sentimento de inferioridade . Assim, a psicologia individual baseia-se no desejo de poder como uma maneira de tentar compensar sentimentos de inferioridade. O ser humano tende a buscar o sentimento de pertencer à comunidade.

Para este autor, é necessário tratar o indivíduo de maneira holística , com grandes crenças e conceitos de si mesmo e do mundo. Ele funciona a partir da mudança no estilo de vida, tentando tornar consciente uma orientação vital que, mudando a orientação para os eventos da vida, o indivíduo deseja segui-lo e fortalecê-lo através da autoconfiança.

7. Psicanálise interpessoal de Sullivan

É um dos tipos de psicanálise mais focados no relacionamento entre as pessoas , colocando o foco de interesse na capacidade de estabelecer relações e comunicação interpessoais. O interpessoal passa a assumir e provocar o intrapsíquico, entendendo esses relacionamentos como o principal mecanismo e modificador de comportamento.

Na psicanálise interpessoal, a personalidade é e é devida ao padrão estável de situações interpessoais que caracterizam o ser humano. Esse padrão é composto de dinamismos, personificações e um sistema do ego elaborado a partir da experiência.

Dinamismos e necessidades

Os dinamismos são caminhos perpetuados durante o tempo em que o indivíduo transforma sua energia, direcionando-a para a tentativa de satisfazer uma necessidade , seja de auto-satisfação ou segurança (entendida como alívio da ansiedade). Esses dinamismos reduzem a tensão produzida pela presença de uma necessidade, mas, se não forem eficazes, gerarão ansiedade que levará a comportamentos destrutivos.

Personificações são a maneira como interpretamos o interpessoal, as reações e atitudes dos outros. Estes são esquemas elaborados a partir da experiência repetida com outros que serão fixados em nossa estrutura interna, formando parte de nossa personalidade.

Quanto ao sistema do ego, é um sistema de personalidade elaborado através de experiências vitais e cujo objetivo é a proteção de nossa auto-estima através da satisfação das pessoas que amamos.

Símbolo

Com tudo isso, é possível observar que a ênfase principal desse tipo de psicanálise está no uso do símbolo como elemento comunicativo e na expressão de conteúdos mentais e físicos .

Para Sullivan, os eventos que vivemos são processados ​​internamente de diferentes maneiras à medida que crescemos. O primeiro deles seria o prototóxico, típico dos recém-nascidos, em que o ambiente é sentido como indiferenciado sobre o qual não temos controle. Mais tarde veríamos o mundo de uma maneira parataxica, sendo capaz de fazer associações entre elementos do ambiente e previsões à medida que ganhamos experiência e capacidade simbólica. Finalmente, como adultos e no caso de um desenvolvimento correto, poderíamos experimentar o mundo de maneira sintática, sendo capazes de compartilhar símbolos de forma correta e ativa e baseando a ação na lógica e adaptação ao contexto.

Psicopatologia

Problemas psicológicos, como transtornos mentais, são para esse tipo de produto da psicanálise de padrões relacionais desadaptativos ou dinamismos incompatíveis , que precisam ser tratados levando em consideração a terapia como um tipo de relacionamento interpessoal que deve fornecer segurança e facilitar as mudanças que fazem as relações pessoais mais adaptativas e nas quais o paciente se expressa de forma adaptativa e livre de inibições.

8. Psicanálise humanista de Fromm

A psicanálise tradicional baseia-se principalmente no poder do inconsciente sobre o comportamento do indivíduo, tratando e concentrando-se na existência de conflitos patológicos e processos de pensamento.Erich Fromm , no entanto, acreditava que, para entender a mente humana, é necessário saber como encontramos significado em nossas vidas, explorando o lado positivo e motivador da psique.

É um dos tipos mais humanísticos de psicanálise e está ligado a elementos positivos sem rejeitar a importância da dor humana.

No entanto, outra característica da perspectiva psicanalítica de Erich Fromm é que ela incorpora um importante componente social em suas idéias e não se concentra tanto nos indivíduos.

Carinho e amor

Para este autor, o ser humano é capaz de lidar com a dor pela concessão de um significado ou significado a ele e à própria vida. Fromm considerou que os problemas interpessoais são a principal fonte de desconforto, em uma luta entre nossos desejos e metas pessoais e o desejo de se relacionar com os outros. Para a psicanálise humanista, para superar o desconforto, é necessário desenvolver afeto, aceitação do outro e amor .

O principal objetivo da psicanálise humanista de Fromm baseia-se não no tratamento e na prevenção do sofrimento, mas na busca da felicidade e no fortalecimento dos pontos fortes e pontos fortes de uma pessoa por meio do estabelecimento de objetivos vitais.

9. Voltando à origem: a psicanálise de Lacan

Independentemente de terem seguido Freud ou ter acabado divergindo com ele, a maioria das teorias após a psicanálise clássica significou avanços significativos em diferentes áreas do conhecimento.

No entanto, um dos tipos de psicanálise pós-freudiana se manifesta a favor de retornar a uma abordagem clássica e mais próxima da inicial, tendo sido excessivamente removidos os demais pilares fundamentais do paradigma. É sobre a abordagem de Jacques Lacan .

Prazer, sofrimento e tensão

As contribuições deste autor passam pela distinção entre os conceitos de prazer como atividade voltada a evitar o sofrimento ou reduzir a tensão e o gozo como elemento agradável vinculado ao aumento dessa tensão, desfrutando inconscientemente do que nos causaria desconforto. Recupere o conceito de pulsão de morte (introduzindo-o na idéia de prazer) .

Reinterpreta a estrutura psíquica em real, imaginário e simbólico. O real seria o que não sabemos e que não somos capazes de expressar com a linguagem, o imaginário seria o que é representado em sonhos e fantasias, e o simbólico tudo o que nasce da consciência e no qual usamos códigos como a palavra, formando o superou e estruturou o eu.

Assim, a linguagem é de grande importância, permitindo unir o discurso do inconsciente com o consciente . Também propõe que a verdade, como algo real, não é suportável pelo eu, sendo apenas possível conhecer uma parte dela sendo restringida pelo simbólico.

Referências bibliográficas:

  • Almendro, MT (2012). Psicoterapias Manual de Preparação do CEDE PIR, 06. CEDE: Madri

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