Tratado de Sèvres: Antecedentes, Causas e Consequências

O Tratado de Sèvres foi um acordo internacional assinado em 1920 entre os Aliados da Primeira Guerra Mundial e o Império Otomano, que determinou a divisão do território otomano e estabeleceu as fronteiras dos novos países do Oriente Médio. Este tratado foi resultado dos antecedentes da guerra, das disputas territoriais e étnicas na região e das consequências do colapso do Império Otomano. No entanto, o Tratado de Sèvres foi posteriormente substituído pelo Tratado de Lausanne em 1923, devido à resistência nacionalista turca liderada por Mustafa Kemal Atatürk, que resultou na abolição do Sultanato e do califado otomano, e na criação da República da Turquia. Este evento teve importantes consequências geopolíticas e culturais que moldaram as relações internacionais no Oriente Médio e no mundo.

Consequências do Tratado de Sévres: qual foi o impacto mais significativo no cenário político?

O Tratado de Sèvres foi um acordo assinado em 1920, após o fim da Primeira Guerra Mundial, entre os Aliados e o Império Otomano. Este tratado teve diversas consequências que impactaram significativamente o cenário político da época.

Uma das principais consequências do Tratado de Sèvres foi a divisão do Império Otomano em várias partes, com a maior parte de suas terras sendo distribuídas entre os países vencedores da guerra. Isso causou instabilidade e conflitos em toda a região, com diversas populações locais se sentindo desfavorecidas e oprimidas.

Além disso, o Tratado de Sèvres também estabeleceu a criação de um Estado curdo independente, o que gerou tensões com a Turquia, que não aceitava a ideia de perder território para uma minoria étnica. Essa questão contribuiu para o surgimento de conflitos étnicos e nacionalistas que perduram até os dias atuais.

No entanto, o impacto mais significativo do Tratado de Sèvres no cenário político foi a sua revogação e substituição pelo Tratado de Lausanne em 1923. Este novo acordo foi mais favorável à Turquia e contribuiu para a consolidação do Estado turco moderno, sob a liderança de Mustafa Kemal Atatürk.

Em resumo, as consequências do Tratado de Sèvres foram diversas e impactaram profundamente o cenário político da época, com destaque para a divisão do Império Otomano e a criação de um Estado curdo independente. No entanto, o impacto mais significativo foi a revogação do tratado e a subsequente consolidação do Estado turco moderno, que se mantém até os dias atuais.

Principais acordos e termos do Tratado de Sevres: um resumo completo.

O Tratado de Sèvres foi assinado em 10 de agosto de 1920 e teve como objetivo principal reorganizar o Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial. Este tratado foi resultado de uma série de negociações entre os Aliados e o Império Otomano, que estava do lado perdedor da guerra.

Os principais acordos e termos do Tratado de Sèvres incluíam a divisão do Império Otomano em várias partes, com a criação de novos estados como a Armênia, a Grécia e o Curdistão. Além disso, o tratado previa a perda de territórios otomanos para países como a França, a Itália e o Reino Unido.

Um dos pontos mais controversos do Tratado de Sèvres foi a questão da cidade de Constantinopla, que seria colocada sob administração internacional. Além disso, o tratado impunha diversas restrições ao Império Otomano, como a redução de seu exército e a proibição de alianças militares com outras potências.

Apesar de ter sido assinado, o Tratado de Sèvres nunca foi totalmente implementado. Isso ocorreu principalmente devido à resistência do povo turco, liderado por Mustafa Kemal Atatürk, que se opunha às duras condições impostas pelo tratado. Em 1923, o Tratado de Lausanne substituiu o Tratado de Sèvres e estabeleceu as fronteiras da Turquia moderna.

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Entenda a importância e diferenças entre o Tratado de Sevres e o Tratado de Lausanne.

O Tratado de Sèvres foi um acordo assinado em 1920 após o término da Primeira Guerra Mundial, que teve como objetivo principal reorganizar o Império Otomano. Este tratado impôs diversas restrições e perdas territoriais ao Império Otomano, incluindo a divisão de suas províncias entre países vencedores da guerra, como a França, Reino Unido, Itália e Grécia.

Uma das principais causas para a assinatura do Tratado de Sèvres foi a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o que resultou em pressões por parte dos países vencedores para reorganizar as fronteiras do Oriente Médio. As consequências deste tratado foram a perda de territórios importantes para o Império Otomano, como a Anatólia e a Trácia Oriental.

No entanto, o Tratado de Sèvres não foi completamente implementado devido à resistência por parte dos turcos liderados por Mustafa Kemal Atatürk. Esta resistência culminou na Guerra de Independência da Turquia, que resultou na abolição do sultanato otomano e na assinatura do Tratado de Lausanne em 1923.

O Tratado de Lausanne, por sua vez, foi um acordo que substituiu o Tratado de Sèvres e estabeleceu as fronteiras modernas da Turquia. Este tratado foi mais favorável à Turquia, permitindo a manutenção de sua soberania e integridade territorial. Além disso, o Tratado de Lausanne reconheceu a independência da Turquia e encerrou formalmente a Guerra de Independência turca.

Em resumo, o Tratado de Sèvres teve importante papel na reorganização do Império Otomano pós-Primeira Guerra Mundial, mas foi substituído pelo Tratado de Lausanne, que estabeleceu as fronteiras modernas da Turquia e encerrou a Guerra de Independência turca.

Principais impactos do Tratado de Versalhes na história mundial e europeia.

O Tratado de Versalhes, assinado em 1919, teve impactos significativos na história mundial e europeia. Um dos principais impactos foi a imposição de pesadas sanções econômicas e territoriais à Alemanha, o que contribuiu para o surgimento de sentimentos nacionalistas e revanchistas no país. Além disso, o tratado desencadeou uma série de eventos que culminaram na Segunda Guerra Mundial, devido à insatisfação e instabilidade política geradas pelas condições impostas.

Outro impacto importante do Tratado de Versalhes foi o enfraquecimento da Liga das Nações, organização criada com o intuito de manter a paz e a segurança internacionais. A imposição de políticas unilaterais e a falta de cooperação entre as potências vencedoras minaram a eficácia da Liga, contribuindo para a instabilidade política na Europa.

Além disso, o tratado contribuiu para o surgimento de movimentos autoritários e totalitários em diversos países europeus, como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Esses regimes aproveitaram a insatisfação popular com as condições impostas pelo Tratado de Versalhes para ascender ao poder e promover políticas expansionistas e agressivas.

Em resumo, o Tratado de Versalhes teve impactos duradouros na história mundial e europeia, contribuindo para o surgimento de conflitos e regimes autoritários que marcaram o século XX.

Tratado de Sèvres: Antecedentes, Causas e Consequências

O Tratado de Sèvres era um tratado de paz que, apesar de ter sido assinado no final da Primeira Guerra Mundial , não foi ratificado entre as partes signatárias. Foi nomeado após a cidade francesa em que os países aliados vencedores da Primeira Guerra Mundial se reuniram em 10 de agosto de 1920.

Este acordo teve como contrapartida o Império Otomano. Com a assinatura do acordo em questão, buscou-se a distribuição desse território entre os países vencedores do primeiro concurso mundial. Essa distribuição trouxe dificuldades mais tarde.

Tratado de Sèvres: Antecedentes, Causas e Consequências 1

Antecedentes

Durante a Primeira Guerra Mundial, houve uma frente de combate aberta, onde a Europa termina e a Ásia começa. Foi uma disputa acirrada entre as potências aliadas européias e o fraco Império Otomano, dividindo lados com o Império Austro-Húngaro e o Império Alemão.

O Império Otomano era uma parte fundamental, embora não apreciada, da história da Europa cristã, do Oriente Médio e do norte da África. Nessas regiões, os turcos otomanos exerceram uma ampla força militar e influência social.

Desde a queda de Bizâncio e a captura de Constantinopla, que ocorreu em 1453, os otomanos fizeram parte constante da história geopolítica da Ásia e da Europa.

No entanto, desde o início do século XX, esse império – formado principalmente pelo que hoje é a Turquia, parte da península dos Balcãs, Oriente Médio e Norte da África – mostrou sinais claros de rachaduras.

Esse destino não pôde ser evitado, apesar do fato de esse Império ter sobrevivido aos anos difíceis da primeira grande guerra do século passado.

Causas

Já em meados da Primeira Guerra Mundial, as forças do Império Otomano foram diminuídas. As más decisões administrativas do governo otomano, a derrota de seus aliados e a falta de apoio a suas tropas esgotaram ainda mais o estado imperial.

Isso deu impulso às potências européias para terminar de decretar sua desintegração através do Tratado de Sévres. Os otomanos tinham o dever de se separar de territórios históricos como Armênia, Anatólia, Síria, Palestina, Iêmen e parte da Arábia Saudita, além de se comprometerem a criar o Estado do Curdistão, um ponto que nunca foi cumprido.

A Primeira Guerra Mundial foi claramente catastrófica para os turcos otomanos em termos de abrangência territorial e perdas humanas. A desintegração foi rápida nos últimos anos do conflito.

Objetivos

O Tratado de Sèvres visava dividir grande parte do império entre os vencedores europeus do concurso. O sultão Mehmet VI, apoiado pelos nobres da nação, decidiu assiná-lo.

Parte do território otomano estava nas mãos da França, do Império Britânico e do então Reino da Itália, ex-aliado dos otomanos.

Consequências

Os movimentos nacionalistas turcos não estavam de modo algum satisfeitos com o acordo, embora o Império Otomano tenha permitido manter a icônica cidade de Constantinopla, hoje Istambul, como parte de seu território, mas sob um estado de ocupação militar pelo poderes vencedores.

O Tratado de Sèvres nunca realmente entrou em vigor, pois nenhuma das partes o validou ou realmente tentou realizá-lo. No entanto, isso não impediu as revoltas e proclamações patrióticas na Turquia por causa disso.

Participação em Ataturk

Mustafa Kemal Ataturk, ex-combatente otomano da Primeira Guerra Mundial e líder nacionalista considerado o pai da atual república turca, levantou-se em armas contra os ocupantes de sua nação e os seguidores do sultão.

Isso levou à simpatia e apoio de grande parte da população turca. Por causa disso, o Império Otomano foi formalmente encerrado, proclamando a moderna República da Turquia em seu lugar.

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Curdistão

Por outro lado, o território da Anatólia não foi perdido e o estado do Curdistão não foi criado. A Turquia conseguiu manter suas fronteiras marítimas no Mediterrâneo e no Bósforo.

A cidade de Izmir também não foi perdida, que na época estava sob a jurisdição da Grécia e perto de se tornar oficialmente território helênico.

De fato, o conflito com os curdos persiste até o presente, pois continuam sendo um povo sem seu próprio Estado e, apesar de exigirem do governo turco seu próprio território, ele rejeita ou reprime os pedidos.

Armênia e Grécia

Também houve sérios conflitos com a Armênia e a Grécia. O primeiro acabara de ganhar seu reconhecimento internacional como Estado, mas sua sangrenta história o mantinha intimamente relacionado à Turquia.

O povo armênio também acusa os turcos de genocídio, devido às vexações sangrentas às quais foram submetidos na época.

Por outro lado, os gregos desejavam recuperar os territórios perdidos séculos atrás. E, socialmente, o profundo ressentimento que sentiam em relação ao antigo império ao qual costumavam pertencer estava muito vivo.

Houve algumas situações que impossibilitaram a convivência entre gregos e turcos, como o assassinato de gregos na região da Antólia, especificamente na cidade de Izmir, nas mãos de membros do partido Jovens Turcos, aos quais Kemal Ataturk era afiliado.

Isso levou ao intercâmbio populacional entre a Turquia e a Grécia em 1923, o que significou a transferência da grande maioria dos gregos otomanos da Turquia para a Grécia, bem como dos turcos étnicos que habitavam o território grego para a Turquia.

Tratado de Lausanne

Isso aconteceu graças ao tratado de Lausanne, assinado na Suíça três anos após o tratado de Sévres. Ao contrário do anterior, esse tratado teve reconhecimento e entrou em vigor, estabelecendo as fronteiras da Turquia moderna e dissolvendo oficialmente o Império Otomano.

Mustafa Kemal Ataturk – que apesar de seu profundo nacionalismo era um grande admirador das culturas ocidentais – tomou as rédeas do novo estado e se preparou para equipará-lo às outras nações da região.

Durante seu mandato, ele tentou transformar a nascente Turquia em um estado secular. Lá, o alfabeto latino era usado em vez do árabe, todos deveriam ter sobrenome e as mulheres concordavam com o reconhecimento de seus direitos.

Assim terminou a era dos sultões, dos visires e do paxá. O império que viu o nascimento de Suleiman, o Magnífico, terminou e foi ocupado do Iêmen, no leste, para a Argélia, no oeste, e da Hungria, no norte, para a Somália, no sul.

Referências

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