A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo, explicada em 8 tópicos

A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo é um debate antigo e ainda presente na psicologia. Ambas as abordagens têm visões muito diferentes sobre a mente humana e o comportamento, o que gera conflitos e discussões acaloradas entre os profissionais da área. Neste artigo, vamos explicar em 8 tópicos as principais diferenças entre a psicanálise e o behaviorismo, destacando suas divergências e semelhanças.

Diferenças entre behaviorismo e psicanálise: entendendo as abordagens psicológicas mais tradicionais.

A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo tem sido um tema recorrente na história da psicologia. Essas duas abordagens psicológicas tradicionais possuem diferenças marcantes que as colocam em lados opostos. Para entender melhor essa disputa, é essencial explorar as principais disparidades entre essas teorias.

1. Fundadores e origens:

O behaviorismo foi desenvolvido por John Watson no início do século XX, com foco no comportamento observável e mensurável. Já a psicanálise foi criada por Sigmund Freud no final do século XIX, destacando a importância do inconsciente e das experiências passadas na formação da personalidade.

2. Objeto de estudo:

O behaviorismo concentra-se no comportamento externo, considerando que as ações são moldadas pelo ambiente e pelas recompensas e punições recebidas. Por outro lado, a psicanálise explora as camadas mais profundas da mente, investigando os desejos inconscientes e os conflitos internos.

3. Métodos de pesquisa:

O behaviorismo utiliza principalmente métodos experimentais e observacionais para estudar o comportamento humano, enquanto a psicanálise baseia-se em técnicas como a associação livre, análise dos sonhos e interpretação dos lapsos verbais.

4. Abordagem terapêutica:

Enquanto o behaviorismo se concentra em modificar comportamentos indesejados através de técnicas de condicionamento, a psicanálise busca tratar os sintomas analisando as causas inconscientes subjacentes.

5. Visão do ser humano:

O behaviorismo enxerga o ser humano como um organismo passivo, influenciado pelo ambiente, enquanto a psicanálise considera o indivíduo como um ser complexo, moldado por experiências passadas e conflitos internos.

6. Tempo de tratamento:

O behaviorismo geralmente oferece tratamentos breves e focados em mudanças comportamentais específicas, enquanto a psicanálise envolve um processo mais longo e aprofundado, visando a resolução de questões mais complexas.

7. Aceitação na comunidade científica:

O behaviorismo é mais amplamente aceito e utilizado em áreas como a psicologia clínica, educação e terapia comportamental, enquanto a psicanálise enfrenta críticas e ceticismo devido à sua natureza subjetiva e falta de evidências empíricas.

8. Compatibilidade:

Apesar das diferenças e da rivalidade entre behaviorismo e psicanálise, algumas abordagens contemporâneas buscam integrar aspectos das duas teorias, reconhecendo a complexidade do comportamento humano e a importância de múltiplos fatores na formação da personalidade.

Tipos de behaviorismo: Conheça os três principais enfoques da teoria comportamental na psicologia.

O behaviorismo é uma abordagem da psicologia que se concentra no estudo do comportamento humano e animal. Existem três principais tipos de behaviorismo: o behaviorismo metodológico, o behaviorismo radical e o behaviorismo analítico.

O behaviorismo metodológico, desenvolvido por John B. Watson, enfatiza a importância da observação e da experimentação no estudo do comportamento. Ele acredita que o comportamento pode ser estudado de forma objetiva, sem a necessidade de recorrer a processos mentais internos. Para Watson, o comportamento é uma resposta a estímulos do ambiente.

O behaviorismo radical, proposto por B.F. Skinner, vai além do behaviorismo metodológico ao incluir a análise do comportamento operante. Skinner acredita que o comportamento é moldado por suas consequências, ou seja, as recompensas e punições que uma pessoa recebe em resposta às suas ações.

O behaviorismo analítico, desenvolvido por Edward C. Tolman, combina elementos do behaviorismo metodológico e radical com a introdução de processos mentais internos. Tolman argumenta que o comportamento é influenciado por crenças, expectativas e metas, além de estímulos externos.

Esses três enfoques do behaviorismo oferecem diferentes perspectivas sobre como o comportamento humano é moldado e modificado. Enquanto o behaviorismo metodológico se concentra na observação objetiva, o behaviorismo radical destaca a importância das consequências do comportamento, e o behaviorismo analítico considera a influência de processos mentais internos.

A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo, explicada em 8 tópicos.

Psicanálise e behaviorismo: entendendo a mente através da análise e comportamento.

A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo é um debate que permeia a psicologia há décadas. Enquanto a psicanálise se concentra na análise profunda da mente inconsciente, o behaviorismo se volta para o estudo do comportamento observável. Ambas as abordagens têm suas próprias teorias e métodos, o que gera uma eterna disputa entre os defensores de cada uma delas.

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Para compreender melhor essa rivalidade, é importante destacar alguns pontos-chave que evidenciam as diferenças entre a psicanálise e o behaviorismo:

1. Fundadores:

A psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud, enquanto o behaviorismo teve em John Watson seu principal expoente. Ambos os estudiosos contribuíram significativamente para suas respectivas áreas, mas suas visões sobre a mente humana eram completamente distintas.

2. Objeto de estudo:

Enquanto a psicanálise foca na análise dos processos mentais inconscientes, o behaviorismo se interessa exclusivamente pelo comportamento observável e mensurável. Essa diferença fundamental influencia diretamente os métodos de pesquisa e intervenção de cada abordagem.

3. Método de investigação:

Enquanto a psicanálise utiliza principalmente a introspecção e a análise de casos clínicos para compreender a mente humana, o behaviorismo se apoia em experimentos controlados e observações comportamentais para validar suas teorias. Essa disparidade metodológica é um dos pontos de conflito entre as duas correntes.

4. Conceito de mente:

Para a psicanálise, a mente é um complexo sistema de pensamentos, desejos e memórias que influenciam o comportamento humano. Já para o behaviorismo, a mente é um conceito abstrato que não pode ser empiricamente testado, sendo mais relevante estudar o comportamento diretamente.

5. Abordagem terapêutica:

A psicanálise utiliza a terapia psicanalítica para explorar o inconsciente do paciente e trazer à tona questões reprimidas. Enquanto isso, o behaviorismo adota técnicas de modificação de comportamento, como o condicionamento operante, para promover mudanças no comportamento do indivíduo.

6. Visão do ser humano:

Enquanto a psicanálise considera o ser humano como um ser complexo, moldado por suas experiências passadas e seus impulsos inconscientes, o behaviorismo enxerga o indivíduo como um produto do ambiente e das contingências presentes em sua vida.

7. Convergências e divergências:

Apesar das diferenças marcantes, psicanálise e behaviorismo também apresentam pontos de convergência, especialmente no que diz respeito à importância do ambiente na formação do indivíduo. No entanto, as abordagens fundamentais de cada escola de pensamento continuam a alimentar a discussão e a discordância entre os estudiosos da mente.

8. O futuro da psicologia:

Enquanto a guerra entre psicanálise e behaviorismo continua, é essencial reconhecer que ambas as abordagens têm seu lugar na psicologia contemporânea. A diversidade de teorias e métodos enriquece o campo da psicologia, permitindo uma compreensão mais ampla e profunda da mente humana e do comportamento.

Diferenças entre o behaviorismo de Watson e Skinner: principais contrastes na abordagem comportamental.

O behaviorismo de Watson e Skinner são duas abordagens comportamentais que apresentam diferenças significativas em suas teorias e metodologias. Enquanto Watson enfatizava a importância do ambiente externo na formação do comportamento, Skinner focava mais na relação entre comportamento e consequências. Vamos explorar essas diferenças em mais detalhes:

1. Abordagem teórica: Watson acreditava que o comportamento era moldado principalmente por estímulos externos, enquanto Skinner destacava a importância das consequências do comportamento na sua ocorrência futura.

2. Método de estudo: Watson utilizava principalmente experimentos controlados para estudar o comportamento, enquanto Skinner desenvolveu o conceito de condicionamento operante, que se baseia em reforços e punições para moldar o comportamento.

3. Conceito de mente: Watson rejeitava a ideia de que processos mentais poderiam ser estudados cientificamente, focando apenas no comportamento observável. Skinner, por outro lado, admitia a existência de processos mentais, mas os considerava menos relevantes do que o comportamento observável.

4. Influência do passado: Watson acreditava que o comportamento era moldado principalmente pelas experiências passadas, enquanto Skinner enfatizava a importância das consequências imediatas do comportamento.

5. Liberdade e determinismo: Watson acreditava que o comportamento era determinado pelos estímulos externos, negando a ideia de livre-arbítrio. Skinner também rejeitava o conceito de livre-arbítrio, mas enfatizava a influência das consequências no comportamento.

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6. Aplicação prática: Watson estava mais interessado em aplicar os princípios do behaviorismo na modificação do comportamento humano, enquanto Skinner desenvolveu técnicas específicas, como o condicionamento operante, para modificar o comportamento de forma eficaz.

7. Ênfase na aprendizagem: Watson enfatizava a importância do condicionamento clássico na aprendizagem, enquanto Skinner destacava o papel do condicionamento operante na modificação do comportamento.

8. Legado: Watson é considerado o pai do behaviorismo, tendo estabelecido as bases para o estudo científico do comportamento. Skinner, por sua vez, desenvolveu teorias e técnicas mais avançadas, que ainda são amplamente utilizadas na psicologia comportamental.

A guerra aberta entre psicanálise e behaviorismo, explicada em 8 tópicos

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A psicologia é uma ciência que abrigou várias maneiras e modos de entender a mente humana e seu funcionamento. Diferentes escolas e correntes de pensamento surgiram e desapareceram, nascendo para se complementarem ou em oposição às suas formas de ver e agir.

Duas das correntes psicológicas que tradicionalmente tiveram posições conflitantes foram a psicanálise e o behaviorismo. Essas correntes não apenas apontaram para objetivos diferentes , mas também definem alguns conceitos básicos, como “conduta” ou “mente”, de maneiras totalmente opostas.

Neste artigo, revisaremos as principais frentes nas quais a batalha entre psicanálise e behaviorismo se desenvolveu .

Psicanálise

Sendo uma das escolas psicológicas mais conhecidas, a psicanálise concentra seu interesse na parte inconsciente da mente. Essa corrente entende nosso comportamento como resultado de conflitos provocados quando se trata de gerenciar e reprimir os instintos e impulsos que emanam do inconsciente e que não podem ser eliminados, mas simplesmente reprimidos.

Com base nas idéias de seu fundador, Sigmund Freud , a psicanálise estrutura a mente humana em diferentes aspectos, do inconsciente ao consciente. Conceitos como Ele, Eu e Superyo se referem à parte do nosso ser que gera impulsos, os administra e os censura com base na moralidade social e aprendida, respectivamente. Existem conflitos entre as diferentes partes do nosso ser, que o I pretende resolver usando vários mecanismos de defesa.

No nível terapêutico, a psicanálise tende a tratar aspectos “ocultos” da pessoa . Ao explicar a psicopatologia, a psicanálise ortodoxa tende a se concentrar em eventos passados, explicando a sintomatologia atual com base em eventos experimentados nos estágios iniciais do desenvolvimento humano, nos quais diferentes fases são visualizadas à medida que a pessoa se desenvolve. A presença de conflitos não resolvidos em algum momento do desenvolvimento gerará sintomas no futuro, causando regressões a estágios vitais anteriores.

Para essa corrente, o núcleo da vida psíquica é o impulso ou o instinto . Nesse aspecto, os diferentes autores psicodinâmicos têm considerado que essas pulsões se concentram em diferentes aspectos, sendo o caso da libido da psicanálise mais clássica ou do desejo sexual.

Além disso, o simbolismo é frequentemente usado tanto na interpretação da psique quanto em vários tipos de terapia e tratamento. Aspectos como sonhos e manifestações inconscientes são de grande interesse para explicar o conteúdo mental.

Behaviorismo

A corrente comportamental , no entanto, visa estudar a mente humana da maneira mais rigorosa e empírica possível, através de seu único correlato diretamente observável: o comportamento. Sua principal prioridade é obter uma explicação científica e verificável do comportamento. Procure uma observação objetiva, se possível, descartando suposições não prováveis.

Para behavioristas, o comportamento é governado pela capacidade de se associar entre diferentes tipos de estímulos, as respostas dadas a eles e as consequências que essas respostas têm. Por outro lado, propõe-se que respeitemos as leis universais e inalteráveis. Simplesmente capturamos as informações e a partir disso reagimos de maneira específica, de acordo com suas características.

Considera-se principalmente que somos meramente reativos às condições de estímulo, aprendendo através da repetição de associações. No entanto, algumas variantes do behaviorismo, como o radicalismo, entendem que há liberdade e poder na possibilidade de alterar nosso ambiente para que ele nos influencie como queremos .

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Esse paradigma, e especialmente o behaviorismo radical defendido por BF Skinner , abstém-se de atribuir um papel fundamental aos processos mentais ao explicar como nos comportamos, e a mente é considerada mais como algo que, embora não exista Seja analisado objetivamente. As terapias criadas sob esse paradigma concentram-se no presente, sem focar nos aspectos passados, e visam modificar o comportamento atual do sujeito que vem à consulta, a fim de torná-lo mais adaptável através de processos baseados na aprendizagem.

O conflito entre as duas correntes

Essas correntes da história da psicologia têm sido muitas vezes opostas e até descritas como totalmente contrárias . As razões para isso são muitas e, de fato, muitos autores consideram que o behaviorismo nasceu da oposição à metodologia psicanalítica .

Entre as muitas diferenças, destacamos oito abaixo.

1. Objetividade vs. Simbolismo

A corrente psicanalítica baseia-se em conceitos que, embora reflitam um ponto de vista interessante da realidade e tenham se mostrado úteis em muitos casos, não são comparáveis ​​no nível empírico . Aspectos como o inconsciente, os sonhos ou a concepção dos diferentes tipos de conflitos internos ou das diferentes estruturas que fazem parte do aparato psíquico são amplamente discutidos pelos behavioristas, que consideram que só é possível explicar o comportamento humano através de métodos empíricos.

2. De fora para dentro: Personalistas x Ambientalistas

Uma das principais diferenças ou conflitos entre psicanálise e behaviorismo é o foco em diferentes aspectos. A psicanálise enfoca o intrapsíquico . Considera que a origem dos transtornos mentais e comportamentos desadaptativos está em uma má solução de conflitos intrapsíquicos do sujeito, não sendo mecanismos de defesa eficazes para lidar com eles.

No entanto, para o behaviorismo todo comportamento é explicado através de processos associativos que serão determinados em grande parte pelas características dos estímulos. Assim, o behaviorismo praticamente não leva em consideração fatores internos , mas enfoca aspectos e processos ambientais suscitados por elementos externos à psique.

3. Presente e passado

O behaviorismo é um paradigma que se concentra no comportamento e comportamento atuais. Embora o comportamento desadaptativo possa ser explicado com base em aprendizado incorreto ou falta de treinamento, o principal na terapia e na pesquisa é focar no presente processo. A psicanálise, por outro lado, tende a analisar o comportamento e a mente através da história pessoal do indivíduo , de seu entendimento e análise. Ou seja, é baseado no passado que causou os problemas, e é por isso que dá muita importância à infância.

4. Explicação da conduta

Para a psicanálise, o comportamento é governado pelo conceito de pulsão , que é mediado pelo eu para torná-lo coerente e aceitável para o superego e a sociedade como um todo. No entanto, o behaviorismo explica o comportamento com base na repetição da associação entre estímulos e respostas.

5. Conceito de personalidade

Para o behaviorismo, a personalidade nada mais é do que um padrão comportamental aprendido através da repetição de estímulos , enquanto a psicanálise considera uma maneira de gerenciar e ajustar nossos impulsos e impulsos à realidade social e moral.

6. Mecanismos de ação

Enquanto a psicanálise se baseia principalmente na análise de aspectos profundos e visa trazer à luz os diferentes conflitos sem agir diretamente sobre eles, o behaviorismo se concentra em ensinar ao paciente novos comportamentos diretamente através da aprendizagem.

7. Objetivo da terapia

Com sua ação, a psicanálise visa reduzir o nível de tensão e conflito interno no paciente por meio de vários métodos, enquanto o objetivo da terapia comportamental se concentra na variação de comportamentos em relação a formas mais adaptativas .

8. Transferência e contratransferência

O relacionamento com o paciente é um aspecto de grande importância na prática da psicologia. No entanto, esses conceitos são especialmente trabalhados e utilizados pela psicanálise, estabelecendo ao behaviorismo uma relação mais asséptica, a fim de evitar fenômenos de transferência além do estabelecimento de um bom relacionamento terapêutico.

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