Apego a evitar (em crianças e adultos): isso nos afeta

O apego a evitar é um padrão de comportamento caracterizado pela resistência em estabelecer laços emocionais profundos e íntimos com outras pessoas. Tanto em crianças quanto em adultos, esse tipo de apego pode ter consequências negativas para o desenvolvimento emocional e social. Neste texto, discutiremos como o apego a evitar pode afetar as relações interpessoais, a autoestima e a saúde mental, além de explorar estratégias para lidar com esse padrão de comportamento.

As causas do apego Evitativo: entenda o motivo por trás desse comportamento de afastamento.

O apego evitativo é um padrão de comportamento que pode ser observado tanto em crianças quanto em adultos, caracterizado pela tentativa de evitar a proximidade emocional com os outros. Este tipo de apego pode ter diversas causas, sendo importante entender o motivo por trás desse comportamento de afastamento.

Uma das principais causas do apego evitativo é a falta de cuidado e atenção adequados durante a infância. Crianças que não receberam o suporte emocional necessário dos seus cuidadores podem desenvolver um padrão de evitação, como uma forma de defesa para não se magoarem novamente.

Além disso, experiências traumáticas, como abusos físicos, emocionais ou sexuais, podem levar uma pessoa a desenvolver um apego evitativo como mecanismo de proteção. O medo de se expor emocionalmente e ser vulnerável pode ser uma das razões por trás desse comportamento de afastamento.

Por fim, a personalidade e características individuais também podem influenciar no desenvolvimento do apego evitativo. Pessoas que possuem uma tendência natural a serem mais reservadas e independentes podem acabar adotando esse padrão de comportamento como uma forma de se protegerem de possíveis feridas emocionais.

É importante compreender as causas por trás desse comportamento de afastamento para poder lidar de forma adequada com as consequências que ele pode trazer para as relações interpessoais.

Quais são os diferentes tipos de apego que podem ocorrer nas relações humanas?

O apego é um conceito fundamental nas relações humanas, especialmente nas relações entre pais e filhos. Existem diferentes tipos de apego que podem ocorrer, sendo os principais o apego seguro, o apego ansioso-ambivalente e o apego evitativo.

O apego seguro é caracterizado por uma relação saudável e estável entre a criança e o cuidador, onde a criança se sente segura e protegida. Já o apego ansioso-ambivalente é marcado pela insegurança da criança em relação ao cuidador, alternando entre comportamentos de busca de proximidade e resistência à separação.

Por fim, o apego evitativo é caracterizado pela falta de proximidade emocional entre a criança e o cuidador, muitas vezes devido à negligência ou rejeição por parte do cuidador. Essa falta de proximidade pode resultar em dificuldades de confiança e intimidade nas relações futuras.

Agora, vamos falar sobre o apego a evitar, tanto em crianças quanto em adultos. O apego a evitar é caracterizado por uma tendência a evitar a proximidade emocional e a independência excessiva, muitas vezes como mecanismo de defesa para evitar a vulnerabilidade.

Em crianças, o apego a evitar pode ser resultado de experiências precoces de negligência ou rejeição por parte dos cuidadores. Isso pode levar a dificuldades de confiança e intimidade nas relações futuras, afetando o desenvolvimento emocional da criança.

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Em adultos, o apego a evitar pode se manifestar em relacionamentos românticos, onde a pessoa tende a evitar a intimidade emocional e a manter uma certa distância do parceiro. Isso pode dificultar a construção de relacionamentos saudáveis e satisfatórios, prejudicando a qualidade de vida emocional da pessoa.

É importante estar ciente desses padrões de apego e buscar ajuda profissional, se necessário, para superar as dificuldades relacionadas ao apego a evitar.

Entenda o significado do problema de apego e suas consequências na vida pessoal.

Entender o significado do problema de apego e suas consequências na vida pessoal é fundamental para compreender como isso pode afetar tanto crianças quanto adultos. O apego é a ligação emocional que estabelecemos com outras pessoas, geralmente com nossos cuidadores na infância. Quando esse apego não é saudável, pode resultar em problemas de relacionamento e bem-estar emocional ao longo da vida.

No caso do apego a evitar, as pessoas tendem a evitar a proximidade emocional e física com os outros. Isso pode ser resultado de experiências passadas de rejeição, abandono ou negligência. Em crianças, isso pode se manifestar através de comportamentos como evitar contato físico, resistência a ser consolado e dificuldade em confiar nos outros. Em adultos, isso pode se refletir em relacionamentos instáveis, dificuldade em se abrir emocionalmente e medo de intimidade.

As consequências do apego a evitar podem ser devastadoras para a vida pessoal. As crianças podem desenvolver problemas de autoestima, dificuldade em regular emoções e dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis. Para os adultos, isso pode resultar em solidão, isolamento emocional e dificuldade em manter relacionamentos significativos.

Portanto, é importante reconhecer os padrões de apego a evitar e buscar ajuda profissional, como terapia, para lidar com esses problemas. Através do autoconhecimento e do trabalho emocional, é possível superar as barreiras criadas pelo apego a evitar e desenvolver relacionamentos mais saudáveis e gratificantes.

Estratégias para lidar com indivíduos com apego Evitativo de forma eficaz e empática.

O apego evitativo é um padrão de comportamento que se desenvolve em indivíduos que foram expostos a cuidados insensíveis ou inconsistentes durante a infância. Isso pode afetar significativamente a forma como essas pessoas lidam com relacionamentos ao longo da vida, tornando-as mais propensas a evitar a proximidade emocional e a confiar nas outras pessoas.

Para lidar de forma eficaz e empática com pessoas que apresentam esse tipo de apego, é importante adotar algumas estratégias específicas. Em primeiro lugar, é fundamental demonstrar compreensão e empatia em relação às dificuldades que essas pessoas enfrentam em estabelecer vínculos emocionais.

Uma estratégia eficaz é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde a pessoa se sinta confortável para expressar suas emoções e pensamentos sem medo de julgamento. É importante também respeitar o espaço pessoal e os limites da pessoa, evitando pressioná-la a se abrir antes que esteja pronta.

Outra estratégia importante é estabelecer uma comunicação clara e assertiva, demonstrando interesse genuíno em compreender as necessidades e emoções da pessoa com apego evitativo. É essencial validar seus sentimentos e mostrar que você está disponível para oferecer suporte e compreensão.

Além disso, é fundamental incentivar a pessoa a buscar ajuda profissional, como terapia psicológica, para trabalhar suas questões emocionais e desenvolver habilidades de relacionamento saudáveis. A terapia pode ajudar a pessoa a identificar padrões de comportamento prejudiciais e a aprender estratégias para melhorar seus relacionamentos.

Ao adotar estratégias que promovam a confiança, a comunicação aberta e o apoio emocional, é possível ajudar essas pessoas a superar as barreiras emocionais e a desenvolver relacionamentos mais saudáveis e significativos.

Apego a evitar (em crianças e adultos): isso nos afeta

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O apego é um tipo de vínculo emocional que existe entre dois seres humanos e está associado a relacionamentos íntimos, como entre mães e filhos. As pessoas mostram diferentes tipos de apego que se desenvolvem durante a primeira infância e tendem a permanecer estáveis ​​durante a adolescência e a idade adulta.

Em uma proporção muito alta de casos, os bebês formam anexos seguros, mas outros não o fazem, mas mostram um apego inseguro; Por sua vez, isso pode ser dividido em apego ambivalente e apego esquivo. Neste artigo, descreveremos as principais características do apego à esquiva em crianças e adultos .

Um aspecto psicológico que nos afeta ao longo da vida

John Bowlby, um psicólogo e psiquiatra influenciado pela psicanálise, mas também pela etologia e evolucionismo, desenvolveu a teoria do apego, segundo a qual os seres humanos são filogeneticamente predispostos a formar laços emocionais com aqueles que cuidam de nós e nos fornecem segurança. O apego foi estudado principalmente em bebês, mas também em adultos.

Diferentes autores fizeram classificações de padrões de apego com base em suas observações e investigações. Nas décadas de 1960 e 1970, Mary Dinsmore Ainsworth realizou estudos pioneiros no campo do apego, usando o paradigma experimental da “situação estranha” , com a qual ela avaliou o comportamento das crianças diante da separação da mãe.

Graças à sua famosa pesquisa, Ainsworth identificou três padrões de vínculo: seguro, evasão ou rejeição e ambivalente ou resistente . Esses dois últimos podem, por sua vez, ser classificados como “apego inseguro”. Enquanto 65% dos bebês apresentaram um padrão de apego seguro, 20% dos bebês foram classificados como esquivos e 12% como ambivalentes.

A pesquisa mostrou que o tipo de apego permanece estável ao longo da vida na maioria das pessoas, embora às vezes possa ser modificado, por exemplo, devido ao estilo educacional adotado pelos pais ou a eventos significativos da vida, como morte de uma figura de apego.

Em 1987, Cindy Hazan e Phillip R. Shaver estudaram o apego de adultos por meio de questionários de resposta múltipla e descobriram que a proporção em que eles apresentavam padrões de apego seguro, evasivo e ambivalente era muito semelhante ao que Ainsworth havia encontrado em bebês. .

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Evitando apego em crianças

No experimento da estranha situação de Ainsworth, as crianças com apego esquivo se irritavam facilmente, não procuravam suas mães quando precisavam delas , pareciam indiferentes à sua ausência e as ignoravam ou se comportavam de maneira ambivalente quando retornavam. No entanto, às vezes eles eram muito sociáveis ​​com pessoas desconhecidas.

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Por outro lado, bebês com um padrão seguro de apego estavam confiantes em explorar o ambiente e retornavam à mãe de tempos em tempos, buscando segurança. Se a mãe saía da sala, os pequenos choravam e reclamavam, e quando ela voltava eles estavam felizes. Eles também tinham uma menor tendência à raiva.

Ainsworth levantou a hipótese de que a atitude dessas crianças ocultava estados de sofrimento emocional; Estudos posteriores mostraram que sua frequência cardíaca estava alta, o que corroborou a hipótese. Segundo Ainsworth, os bebês com apego à evitação aprenderam que comunicar suas necessidades emocionais à mãe não deu resultados e, portanto, não.

Isso ocorreu porque eles tiveram experiências de rejeição de seus comportamentos de abordagem e promoção do apego pela figura principal do apego. Ele também afirmou que suas necessidades muitas vezes não eram atendidas por seus pais.

O comportamento dos bebês com esse tipo de apego é paradoxal no sentido de permitir que eles mantenham uma certa proximidade com amigos próximos, o que dá ao bebê uma sensação de segurança e impede que eles respondam com rejeição da abordagem , de acordo com Ainsworth.

Em adultos

Várias investigações estudaram as características do apego em adultos através de questionários de autorrelato. O apego à esquiva é dividido em dois padrões diferenciados durante a vida adulta: a evasiva-depreciativa e a evitadora-medrosa . A presença de um ou outro padrão é provavelmente devida a experiências de vida específicas.

O estilo evasivo-depreciativo manifesta-se em uma necessidade exagerada de independência e auto-suficiência, além de impedir que outras pessoas dependam de um. Muitas pessoas com esse padrão de apego pensam que os relacionamentos interpessoais não são relevantes e negam a necessidade de intimidade com os outros; portanto, tente não desenvolvê-lo excessivamente.

Pessoas com esse tipo de apego geralmente escondem e reprimem seus sentimentos, distanciam-se dos outros quando se sentem rejeitados por eles e se comportam de uma maneira que os impede de sofrer tal rejeição. Diferentes autores consideram que o padrão evasivo-depreciativo tem uma função de proteção emocional.

Da mesma forma, aqueles classificados na categoria de apego evasivo-medroso afirmam que desejam ter um relacionamento interpessoal íntimo, mas têm dificuldade em confiar nos outros e dependem deles por medo de serem feridos emocionalmente. Consequentemente, eles se sentem desconfortáveis ​​em situações de intimidade.

Esse padrão foi identificado com mais freqüência em pessoas que passaram por duelos significativos ou que sofreram trauma durante a infância e adolescência. Em muitos casos, sentem-se insatisfeitos consigo mesmos e com as pessoas com quem desenvolveram vínculos de apego.

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