As 15 teorias mais importantes da psicologia

Existem várias teorias em psicologia . Isso ocorre porque é uma disciplina científica que abrange vários ramos e campos de estudo.

A psicologia é a ciência responsável pelo estudo do comportamento e dos processos mentais, analisando-os de uma dimensão comportamental, cognitiva e afetiva.

As 15 teorias mais importantes da psicologia 1

Desde a sua criação, várias teorias foram desenvolvidas no campo da psicologia. A seguir, serão apresentados alguns dos mais importantes. Você também pode ver as 6 principais escolas de psicologia .

Lista das teorias mais proeminentes em psicologia

Teorias mentalistas

Essas teorias incluem todos aqueles que usam idéias e termos como alma, psique, mente e processos mentais, entre outros. Eles também usam a introspecção do ponto de vista metodológico.

1- A psicologia filosófica

Essa psicologia se concentra no estudo da natureza íntima da pessoa ou da vida, explicando-a através de princípios metafísicos.

O surgimento da psicologia está situado no mundo grego e na origem do conhecimento formal. Era a parte da filosofia que tratava dos temas da alma. Essas origens são refletidas em seu nome; Psique em grego significa alma e logos, conhecimento racional.

Os autores a destacar nesta parte da psicologia seriam Platão e Aristóteles. Platão considerou que as pessoas eram formadas por duas substâncias opostas, corpo e mente, adotando uma posição dualística.

Seu discípulo foi Aristóteles, que alegou que a alma era a forma do corpo que determinava sua essência e que os seres vivos tinham diferentes tipos de almas.

2- A psicologia das faculdades

Esta teoria foi defendida por Santo Agostinho, Reid e Juan Calvino. Ele argumentou que, graças à atividade de certas faculdades da substância pensante, ocorreram fenômenos mentais.

Em sua teoria, Santo Agostinho afirma que a alma humana é imortal e espiritual, que não é encontrada em uma parte específica do corpo e que se une ao corpo de maneira acidental ou como forma de punição.

Ele também explicou que as pessoas têm duas maneiras de obter conhecimento; através dos sentidos, que nos permitem conhecer o mundo sensível e através da razão, que nos permite alcançar a verdade e a sabedoria.

3- O naturalismo

Essa corrente afirma que são as leis da natureza que determinam o desenvolvimento do homem e da sociedade.

Leva em consideração tanto a influência das características biológicas e individuais de cada um como o ambiente em que a pessoa se encontra, em geral.

4- O estruturalismo

Foi defendido por Wundt e Titchener, que são baseados em leis físicas e usam a introspecção como um método para estudar processos mentais.

Essa teoria enfoca a própria pessoa realizando uma observação de si mesma, seu humor e seu estado mental, para posterior reflexão, análise e interpretação.

Teorias do condicionamento estímulo-resposta

Essas teorias pretendiam que a psicologia fosse considerada uma ciência e também uma física, de modo que tivessem uma metodologia focada naqueles aspectos observáveis ​​e verificáveis.

5- O conexionismo

Thorndike , com essa teoria, define a aprendizagem como o resultado da associação entre estímulos e respostas. Associações que serão fortalecidas ou enfraquecidas por sua natureza.

O fundamento do conexionismo de Thorndike era a associação entre impressões sensoriais e impulsos de ação. Ele também afirma que a forma mais característica de associação é aquela obtida por tentativa e erro.

Sua principal contribuição foi a formulação da lei do efeito. Isso determina que, se uma resposta dada pelo sujeito for seguida por consequências reforçadoras, essas respostas terão uma maior probabilidade de ocorrência futura quando o mesmo estímulo reaparecer.

Por outro lado, quando as consequências que seguem uma resposta não forem satisfatórias, a probabilidade de emissão será menor quando esse estímulo for apresentado novamente.

Outras leis que ele estabeleceu foram a lei do exercício ou repetição. Com ele, ele afirma que, quanto mais vezes uma resposta é dada na presença de um estímulo, maior o tempo de retenção.

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Também haverá o fortalecimento das conexões como resultado da prática, lei de uso e o enfraquecimento das conexões quando a prática for interrompida.

6- O behaviorismo

O behaviorismo é desenvolvido por Watson no início do século XX. Em seus estudos, ele deixou de lado sentimentos e experiências internas, pois achava que eram objetos impossíveis de estudar porque são fenômenos inobserváveis.

Portanto, ele nega o uso de métodos subjetivos, como a introspecção, porque achava que a observação externa era a metodologia mais adequada que permitia alcançar uma psicologia científica.

Portanto, essa corrente tem como objeto de estudo o comportamento observável, recorrendo a procedimentos experimentais para a observação das respostas produzidas antes dos estímulos presentes no ambiente.

Sua teoria é conhecida como estímulo-resposta, sendo essa relação o resultado da interação do sujeito com seu ambiente.

7- Neocondutismo e condicionamento operante

O behaviorismo é baseado na idéia principal de que um estímulo causa uma resposta específica, sendo essa abordagem diferenciada pelo neocondutismo.

Essa corrente especifica que o comportamento não pode ser explicado apenas com base em estímulos, respostas e condicionamento prévio.

Autores pertencentes a essa corrente, como Skinner , Hull e Tolman, acham que também é necessário estudar processos mentais.

Seu principal objetivo é o estudo do comportamento humano, mas para isso é necessário entender e também analisar os processos mentais das pessoas. Esses processos mentais são o que faz o indivíduo agir de uma certa maneira diante dos estímulos do ambiente.

Essas variáveis ​​intermediárias dispostas entre o estímulo e a resposta são fisiológicas, não diretamente observáveis, mas necessárias para entender o comportamento dos indivíduos.

O neoconductismo centrou-se em assuntos que antes eram ignorados por essa corrente, pois eram os processos motivacionais, a percepção e o pensamento.

Teorias psicanalíticas

Esse conjunto de teorias psicológicas se concentra no estudo do inconsciente, dando uma importância fundamental à permanência no subconsciente dos impulsos reprimidos.

Eles acham que os eventos vivenciados na infância são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa, bem como que o comportamento e a cognição humanos são determinados por unidades irracionais que têm suas raízes no inconsciente.

8- Psicanálise

Essa teoria surge no século XIX por Freud , um neurologista considerado o pai da psicanálise.

Freud atribui grande importância ao inconsciente e à análise de conflitos internos, pois ele pensa que muito do que a pessoa faz e pensa é determinado por processos inconscientes.

O termo psicanálise designa um método de pesquisa e análise de processos mentais, uma técnica psicoterapêutica e um corpo de conhecimento psicológico.

Para ele, os componentes que integram a personalidade dos indivíduos são o id, que age apenas com base no prazer e na satisfação dos impulsos; o eu, que representa a razão, o senso comum e o superego, uma parte ética e moral que internaliza as forças repressivas como conseqüência da educação.

Por outro lado, explica o desenvolvimento psicossexual que as pessoas seguem quando passam por uma série de estágios. Cada um deles se concentra em várias atividades relacionadas à satisfação dos impulsos presentes em cada fase. Estes são:

  • Fase oral: do nascimento ao ano.
  • Fase anal: de 1 a 3 anos.
  • Fase fálica: de 3 a 6 anos.
  • Fase de latência: de 6 a 12 anos.
  • Fase genital: 12 anos ou mais.

Se as etapas forem superadas adequadamente, uma personalidade saudável se desenvolverá. Por outro lado, se isso não ocorrer, a pessoa desenvolverá uma vida com repressões.

Essas repressões são mecanismos irracionais de defesa usados ​​pelo eu diante de impulsos reprimidos.

9- A teoria psicossocial

Essa teoria foi desenvolvida por Erikson , um psicanalista que, graças a sua teoria, marcou a base da psicologia evolucionária .

Esse psicólogo tentou explicar como a pessoa amadurece em todos os aspectos de sua vida. Ele acha que o ambiente que envolve o indivíduo é fundamental, bem como a adaptação deste a esse ambiente.

Os estágios em que o desenvolvimento psicossocial da pessoa se divide são oito e, à medida que cada estágio é concluído com êxito, o próximo será aprovado. Mas se isso não acontecer, a pessoa terá um conflito nesse estágio que levará a dificuldades nessa área.

  1. Estágio de confiança versus desconfiança de nascimento por ano.
  2. Estágio de autonomia versus vergonha e dúvida por 1 a 3 anos.
  3. Iniciativa versus culpa de 3 a 6 anos.
  4. Estágio de laborioso versus inferioridade de 7 a 12 anos.
  5. Estágio de identidade versus confusão de papéis de 12 a 20 anos.
  6. Estágio de intimidade versus isolamento de 21 a 40 anos.
  7. Estágio de produtividade versus estagnação de 40 a 70 anos.
  8. Estágio da integridade do eu versus o desespero dos 60 anos até a morte.

Erikson divide a vida das pessoas em oito fases que são constituídas por crises emocionais com duas soluções possíveis, uma favorável e a outra desfavorável. A resolução deles levará ao desenvolvimento de uma certa personalidade.

Teorias cognitivistas

Essas teorias fazem parte da psicologia cognitiva, que desenvolve o estudo dos processos mentais envolvidos no conhecimento.

Eles são responsáveis ​​pelo estudo dos processos que os indivíduos utilizam para adquirir e organizar informações ambientais, através do uso de processos simples e superiores.

10- A teoria do processamento da informação

O modelo estabelecido por Atkinson e Shiffrin é uma teoria que explica a memória humana, dividindo-a em três tipos diferentes . Esses tipos são: memória sensorial , memória de curto prazo e memória de longo prazo .

Sua teoria explica de um ponto de vista estrutural que as informações são adquiridas em diferentes fases e onde cada uma delas forma uma loja diferente.

Além disso, estabelece uma analogia entre a memória e o computador, considerando que ambos os processadores operam com essas informações, que armazenam e recuperam quando necessário.

Também vale mencionar o sistema de controle executivo ou habilidades metacognitivas. Eles têm sua origem no desenvolvimento e sua função é conduzir as informações por todo o processamento correspondente.

Por outro lado, há outra teoria que se opõe à explicação do processamento estrutural. Isso se concentraria mais em um modelo processual de informações.

Entre os defensores desse modelo estão Craik e Lockhart, que afirmam que a informação passa por várias fases, desde quando a pessoa extrai as características sensoriais até a realização da extração de seu significado.

11- A teoria da Gestalt

Essa teoria sustenta que a mente configura, por meio de certos princípios, todos os elementos que se tornam parte dela. Principalmente, essa configuração é feita através da percepção e da memória.

O princípio central dessa teoria é que a mente forma um todo global com tendências à auto-organização. Assim, para seus defensores, o todo forma algo diferente que vai além da soma das partes que o compõem.

As principais leis a serem destacadas nesta parte da psicologia seriam:

  • Lei da semelhança: estabelece que a mente faz agrupamentos entre os elementos mais semelhantes.
  • Lei da proximidade: afirma que o agrupamento de elementos é realizado de acordo com a distância que estão.
  • Lei do fechamento: refere-se à maneira pela qual a mente é responsável por adicionar algum elemento em falta para obter uma figura completa.
  • Lei da Gravidez: seria a tendência de agrupar os diferentes elementos da maneira mais simples possível.

12- A psicologia dialético-genética

O autor mais influente nesta parte da psicologia é Vygotsky , que considera a aprendizagem como um dos principais mecanismos de desenvolvimento, dando grande importância ao contexto em que ocorre.

Para ele, a interação social é fundamental no desenvolvimento das pessoas, tornando-se seu principal motor. Assim, o processo de aprendizagem e o processo de desenvolvimento interagem.

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Para essa psicologia genética dialética, um bom ensino é aquele em que o aprendizado é promovido em um ambiente social.

Sua teoria se refere a como as pessoas já trazem um código genético ou “linha de desenvolvimento cultural”, que se baseia no aprendizado no momento em que o indivíduo interage com o meio ambiente.

O desenvolvimento humano é formado e expresso em termos sociais, uma vez que as pessoas desenvolvem inteligência com base nas ferramentas que encontram em seu ambiente.

Teorias de ensino

As teorias sobre instrução e ensino são responsáveis ​​por explicar e fundamentar cientificamente o processo de ensino-aprendizagem.

13- A teoria da aprendizagem por descoberta

Essa teoria foi desenvolvida por Bruner e, com ela, expõe o papel ativo do aprendiz no processo de aprendizagem.

Ele promove que a pessoa adquira conhecimento por si mesma, para que o conteúdo final alcançado não seja exposto desde o início, mas seja descoberto pela pessoa à medida que avança.

Com esse tipo de aprendizado, ele visa superar as limitações do aprendizado mecanicista, promover estímulos e motivação nos alunos, bem como fortalecer estratégias metacognitivas e aprender a aprender.

Bruner constitui uma teoria construtivista, afirmando que esta é a forma mais adequada de aprendizado, por meio de descobertas guiadas e graças à motivação e curiosidade em aprender.

14- A teoria instrucional eclética / sistêmica

Essa teoria surge do trabalho realizado por Bandura , que pretendia mudar a orientação tradicional das teorias existentes sobre a aprendizagem. A alternativa que ele propôs foi a teoria da aprendizagem ou modelagem observacional.

A aprendizagem observacional ocorre quando o aluno retém em sua memória as imagens e códigos verbais obtidos através do comportamento do modelo observado.

O comportamento inicial é reproduzido, acompanhado pela composição que é feita com as imagens e códigos retidos na memória e algumas pistas ambientais.

15- A teoria da aprendizagem significativa

Essa teoria foi projetada por Ausubel e defende uma posição contrária à de Bruner, embora também enquadre sua teoria na psicologia construtivista.

Para ele, a estrutura do conhecimento exerce grande influência sobre novos conhecimentos e experiências, condicionando-os. No entanto, estes últimos também modificam e reestruturam os anteriores.

A aprendizagem é significativa quando novas informações são conectadas a um conceito relevante já existente na estrutura cognitiva. Para que novas informações possam ser aprendidas na medida em que outras informações, como idéias, conceitos ou proposições, sejam claras e já estejam na estrutura cognitiva do indivíduo.

Ambos formam um novo aprendizado ou aprendizado significativo, que se manifesta de várias maneiras, dependendo do contexto em que a pessoa está e de suas experiências.

Esse aprendizado se opõe ao aprendizado mecanicista: com este novo modelo, pretende-se que os alunos compreendam completamente o material, que não seja simplesmente um processo memorial no qual as informações são incorporadas sem sequer entendê-las.

Referências

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  2. História da filosofia – Volume II – Segunda era filosófica, filosofia cristã. Santo Agostinho e suas obras. Recuperado de e-torredebabel.com.
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  10. Psicanálise Recuperado de filosert.files.wordpress.com.
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