O apego ambivalente é um estilo de apego inseguro caracterizado por sentimentos contraditórios em relação aos cuidadores, alternando entre a busca por proximidade e a rejeição. Este tipo de apego muitas vezes se desenvolve em resposta a experiências inconsistentes de cuidado e atenção na infância, resultando em dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis e seguros na vida adulta. O tratamento para o apego ambivalente geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental, terapia de grupo e intervenções familiares, visando reconstruir padrões de apego mais seguros e saudáveis. É importante buscar ajuda profissional para lidar com as questões relacionadas ao apego ambivalente e promover um desenvolvimento emocional saudável.
Estratégias para lidar com sentimentos ambíguos de apego e desapego de forma saudável.
Ambivalência de apego é uma experiência comum para muitas pessoas, especialmente aquelas que tiveram relacionamentos difíceis ou instáveis em sua infância. Sentir-se preso entre o desejo de estar perto de alguém e o medo de perder a independência pode ser desafiador, mas existem estratégias que podem ajudar a lidar com esses sentimentos de forma saudável.
Uma das estratégias mais eficazes é praticar a autoconsciência e a autorreflexão. Reconhecer e aceitar seus sentimentos ambíguos de apego e desapego é o primeiro passo para lidar com eles de forma construtiva. Ao identificar as origens desses sentimentos e como eles afetam seus relacionamentos atuais, você pode começar a trabalhar para superar padrões negativos e promover uma maior segurança emocional.
Além disso, é importante estabelecer limites saudáveis e comunicar suas necessidades de forma clara e assertiva. Ao definir o que você está disposto a tolerar em um relacionamento e o que é inaceitável, você pode evitar situações que desencadeiam sentimentos de ambivalência. Ao expressar suas necessidades de maneira aberta e honesta, você pode fortalecer a conexão com os outros e promover relacionamentos mais saudáveis.
Outra estratégia útil é praticar a tolerância à incerteza e a flexibilidade emocional. Ao aceitar que os relacionamentos são dinâmicos e nem sempre seguem um padrão previsível, você pode aprender a lidar com a ambivalência de forma mais equilibrada. Ao cultivar a capacidade de se adaptar a mudanças e imprevistos, você pode reduzir a ansiedade e o estresse associados aos sentimentos ambíguos de apego e desapego.
Em resumo, lidar com a ambivalência de apego de forma saudável requer autoconsciência, estabelecimento de limites, comunicação eficaz e flexibilidade emocional. Ao praticar essas estratégias, você pode promover relacionamentos mais satisfatórios e alcançar uma maior paz de espírito em suas interações interpessoais.
O desenvolvimento do apego: entenda como as relações influenciam nosso vínculo emocional.
O desenvolvimento do apego é um processo complexo que ocorre desde os primeiros meses de vida e continua ao longo de toda a nossa existência. Nossas relações influenciam diretamente a forma como nos conectamos emocionalmente com os outros e como lidamos com a intimidade e a proximidade.
O apego ambivalente é um dos padrões de apego identificados pela teoria do apego de Bowlby. Caracteriza-se por uma mistura de comportamentos de busca de proximidade e de evitação em relação aos cuidadores. As crianças com apego ambivalente muitas vezes demonstram ansiedade e insegurança em relação ao seu vínculo com os pais, alternando entre a busca de conforto e a resistência à aproximação.
Esse padrão de apego geralmente se desenvolve em crianças que tiveram experiências inconsistentes com seus cuidadores, alternando entre momentos de atenção e afeto e momentos de negligência ou rejeição. Essa instabilidade nas relações pode gerar uma sensação de insegurança e ambivalência nas crianças, que se reflete em seu comportamento de busca de proximidade e evitação.
Para lidar com o apego ambivalente, é importante que os cuidadores sejam sensíveis às necessidades emocionais da criança e estejam disponíveis para oferecer conforto e segurança de forma consistente. Além disso, a terapia familiar pode ser uma ferramenta eficaz para ajudar a criança a reconstruir seu modelo interno de segurança e confiança nas relações.
Em suma, o desenvolvimento do apego é influenciado pelas nossas relações desde a infância e molda a forma como nos conectamos emocionalmente com os outros ao longo da vida. Compreender os padrões de apego, como o ambivalente, pode nos ajudar a cultivar relações mais saudáveis e significativas, baseadas na confiança e na segurança emocional.
Fases da teoria do apego: conhecendo os estágios fundamentais do vínculo emocional.
A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby, descreve as fases pelas quais passam as crianças no desenvolvimento do vínculo emocional com seus cuidadores. Essas fases são fundamentais para entender como o apego ambivalente se desenvolve. A primeira fase é a fase de proximidade, na qual a criança busca a presença do cuidador para se sentir segura e protegida. Em seguida, temos a fase de resistência, na qual a criança começa a resistir à separação do cuidador e demonstra sinais de angústia quando ele se afasta.
A terceira fase é a fase de dependência, na qual a criança se torna cada vez mais dependente do cuidador para atender às suas necessidades emocionais e físicas. Por fim, temos a fase de organização do comportamento, na qual a criança desenvolve estratégias para lidar com a separação do cuidador e para manter o vínculo emocional mesmo quando ele não está presente.
É importante entender essas fases para identificar e compreender o apego ambivalente. No apego ambivalente, a criança apresenta um comportamento contraditório em relação ao cuidador, alternando entre a busca de proximidade e a resistência à separação. Isso pode ser causado por experiências de inconsistência nos cuidados ou separações frequentes durante a infância.
O tratamento do apego ambivalente envolve a criação de um ambiente seguro e estável para a criança, no qual ela possa desenvolver um vínculo seguro com seus cuidadores. A terapia familiar e a terapia de apoio emocional também podem ser úteis para ajudar a criança a lidar com suas emoções e a fortalecer o vínculo com seus cuidadores.
Em resumo, compreender as fases da teoria do apego é essencial para entender o desenvolvimento do vínculo emocional e identificar o apego ambivalente. Com o tratamento adequado, é possível ajudar a criança a superar as dificuldades emocionais e a construir relacionamentos saudáveis e seguros ao longo da vida.
Conheça os 4 tipos de apego para entender melhor as relações interpessoais.
Para compreender as relações interpessoais de forma mais abrangente, é fundamental conhecer os 4 tipos de apego que podem influenciar o modo como nos relacionamos com os outros. Entre esses tipos, destaca-se o apego ambivalente, que se caracteriza por uma relação de dependência emocional marcada por oscilações entre a busca de proximidade e o afastamento.
O apego ambivalente se desenvolve principalmente na infância, quando a criança não recebe de forma consistente e adequada cuidado e atenção dos pais ou cuidadores. Isso pode gerar uma sensação de insegurança e ansiedade, levando a um comportamento de busca constante por afeto e aprovação, mas também a um receio de ser abandonado ou rejeitado.
Para lidar com o apego ambivalente, é essencial buscar ajuda profissional, como terapia psicológica, para compreender as origens desse padrão de relacionamento e desenvolver estratégias para construir vínculos mais saudáveis e seguros. Além disso, é importante trabalhar a autoestima e a autonomia emocional, fortalecendo a capacidade de lidar com a frustração e a rejeição de forma mais equilibrada.
Em resumo, o apego ambivalente pode impactar significativamente as relações interpessoais, mas com o apoio adequado é possível superar as dificuldades e construir relações mais satisfatórias e saudáveis.
Apego ambivalente: características, desenvolvimento, tratamento
O apego ambivalente ou ansioso é um dos quatro estilos relacionais descrita por John Bowlby e Mary Ainsworth em sua pesquisa sobre a interação entre os bebês e seus cuidadores. É um padrão de comportamento caracterizado por grande insegurança e medo de abandono, que se manifesta em todos os tipos de comportamento.
Esses pesquisadores descobriram que aproximadamente 10% das crianças apresentaram um padrão de comportamento muito incomum. Em todos os momentos eles exibiam sintomas de insegurança, como procurar a mãe e tentar manter contato constante com ela; e quando se afastou, eles ficaram muito chateados e não puderam ser confortados.
No entanto, quando a mãe voltou, esses bebês mostraram sinais de raiva. Assim, eles tentaram se afastar dela e a rejeitaram visivelmente. As crianças, portanto, foram alteradas quando o cuidador não estava presente e quando estavam com ele.
O estilo de apego ambivalente geralmente permanece durante toda a vida adulta da pessoa. Os indivíduos que o apresentam mostram uma grande necessidade de permanecer com seus entes queridos; mas ao mesmo tempo eles se sentem mal quando estão com eles. Neste artigo, mostramos todas as características desse estilo relacional.
Caracteristicas
Baixa auto-estima
Quando nascemos, as pessoas precisam da ajuda de nossos cuidadores para sobreviver; Mas os pais de um bebê que desenvolveu esse tipo de apego não foram capazes de atender adequadamente às suas necessidades.Assim, os cuidadores agem de perto algumas vezes, enquanto em outras ocasiões ignoram a criança.
Dessa maneira, uma criança com apego ambivalente adquire a crença de que outras pessoas não atenderão constantemente às suas necessidades; mas, ao mesmo tempo, ele acha que precisa que outras pessoas estejam bem.
Isso, verdadeiro durante a infância, deixa de estar na idade adulta, mas o indivíduo continua pensando inconscientemente.
Por isso, crianças e adultos com apego ambivalente baseiam grande parte de sua auto-estima na maneira como os outros os tratam. Sua auto-estima tende a ser menor que a dos outros; e, portanto, eles aceitam comportamentos inapropriados de seus entes queridos, pois pensam que não merecem mais nada.
Ambivalência para com outras pessoas
As crianças que desenvolvem um padrão de apego ansioso logo adquirem a crença de que seus pais não cuidarão adequadamente deles.
Portanto, desde a infância eles desenvolvem estratégias que buscam chamar sua atenção e manter contato com seus cuidadores; mas ao mesmo tempo eles se ressentem e mostram sintomas de raiva por eles.
Assim, por exemplo, uma criança com esse estilo de apego chora consternada quando se separa dos pais, procurando que eles voltem e prestem atenção nele.
No entanto, quando o cuidador tenta entrar em contato com ele, a criança fica distante e com raiva às vezes e se apega ao adulto em outras ocasiões.
Essa maneira inconstante de comportamento também é mantida durante a vida adulta da pessoa. Assim, alguém com um estilo de apego ambivalente tentará, por todos os meios, segurar o parceiro, muitas vezes tentando controlar seus movimentos e fazê-lo sentir-se culpado por não prestar atenção suficiente.
No entanto, mesmo quando o parceiro ambivalente tenta agradá-lo, ele geralmente encontra sinais de desconfiança e raiva. De fato, uma das frases mais usadas para descrever o comportamento dessas pessoas é “nem com você nem sem você”.
Mau controle emocional
Como já vimos, pessoas com um estilo ambivalente abrigam a crença de que precisam que os outros estejam bem.
Como conseqüência, eles geralmente responsabilizam o resto de seus próprios problemas e estados emocionais. Isso faz com que seus sentimentos sejam geralmente voláteis e causam grande desconforto.
Por exemplo, uma pessoa com apego ambivalente tende a ser facilmente perturbada devido ao comportamento de outras pessoas, algo que não acontece com indivíduos que têm outros estilos de relacionamento. Além disso, eles acreditam que, para melhorar o humor, é necessário que o resto mude sua maneira de agir.
Muitas vezes, isso se traduz em tentativas de manipular outras pessoas para agir da maneira que elas acham correta. Se eles falharem, é muito comum ficarem com raiva ou tentar fazer com que os outros se sintam culpados.
Formação de relação tóxica
Como em todos os outros tipos de apego, as pessoas com um estilo ansioso tendem a criar relacionamentos que reproduzem o que tinham com o cuidador principal. No seu caso específico, isso envolve a criação de relacionamentos com pessoas tóxicas – amigos ou parceiros – que apenas estão disponíveis emocionalmente de tempos em tempos.
Consequentemente, pessoas com estilo ambivalente tendem a formar relacionamentos emocionais com indivíduos com apego esquivo .
O tipo de interação formada é chamado “codependency”; e, em geral, é marcado por ciúmes, inseguranças e muita angústia emocional.
Em seus relacionamentos românticos, indivíduos com apego ambivalente têm um medo muito forte de que seu parceiro os abandone. Como resultado, eles geralmente tentam satisfazer todas as suas necessidades, esquecendo as suas. Por outro lado, eles também tentam manipular suas emoções para que se sintam culpadas e não as abandonem.
Por outro lado, também é comum que pessoas com apego ambivalente sejam muito ciumentas. Isso ocorre porque eles têm um grande medo de que seu parceiro encontre alguém melhor que ele e o deixe. Nos casos mais extremos, seu ciúme pode se manifestar mesmo com amigos ou familiares de seu parceiro.
Tentativas de controle
Para impedir que as pessoas próximas a abandonem, indivíduos com apego ambivalente farão todo o possível para ditar seu comportamento.
Quando crianças, isso se traduz em tentar ficar preso o tempo todo com os pais; e, como adultos, todos os tipos de atitudes e ações para esse fim aparecerão.
Assim, uma pessoa com um estilo ambivalente tentará por todos os meios que seu parceiro passe o máximo de tempo possível com ele. Isso pode se traduzir, por exemplo, em críticas a todos os amigos de seu amigo, em tentativas de fazê-lo se sentir culpado se ele fizer planos, choros, ameaças …
Ao mesmo tempo, essas pessoas tentarão manter seu parceiro feliz de todas as maneiras possíveis, esquecendo suas próprias necessidades; mas ao menor sinal de que a outra pessoa precisa de espaço, ameaças e tentativas de manipulação emocional começarão.
Em casos muito extremos, esses indivíduos podem tentar controlar o comportamento de seus parceiros de maneiras mais diretas, como entrar em seus perfis de mídia social para ver com quem eles conversam.
É até comum que essas pessoas ameacem se prejudicar se o parceiro não agir como deseja.
Desenvolvimento
Como já vimos, a principal causa da formação do estilo de apego ansioso é o comportamento ambivalente da parte dos pais durante os primeiros anos de vida do indivíduo. Os cuidadores dessas crianças, por várias razões, só conseguem atender suas necessidades de forma intermitente.
Um dos exemplos mais comuns é o dos pais que, devido a uma carga de trabalho excessiva ou a responsabilidades familiares, não conseguem dar toda a atenção que devem ao filho.
O pequeno aprende logo que, se ele quer que ele cuide dele, ele tem que fazer grandes esforços para chamar a atenção de seus cuidadores.
No entanto, como a atenção de seus pais é intermitente, a criança adquire a crença de que a qualquer momento pode ser abandonada por eles. Essa maneira de ver o mundo é mantida durante a vida adulta e causa todas as consequências que vimos na seção anterior.
Em alguns casos, a pessoa pode acreditar que precisa que os outros estejam bem e que o resto irá embora durante a adolescência, geralmente como resultado de um relacionamento romântico particularmente traumático.
Você tem tratamento?
A maioria dos estudos sobre estilos de apego concluiu que praticamente todas as pessoas mantêm o que adquiriram na infância ao longo da vida.
No entanto, hoje também sabemos que, com esforço e perseverança suficientes, é possível adquirir um padrão de relacionamento mais seguro.
Basicamente, existem três maneiras de mudar o estilo ansioso por uma maneira mais saudável de entender os relacionamentos: receber terapia psicológica, manter um relacionamento romântico com uma pessoa com apego seguro ou realizar um importante trabalho de desenvolvimento pessoal.
Independentemente de qual das três maneiras escolhidas, a pessoa terá que aprender a cuidar de suas próprias necessidades, assumir o controle de seus estados emocionais e confiar mais no resto das pessoas. Muitas vezes, esse processo é muito complicado e requer um grande esforço consciente.
Mesmo assim, as pessoas que desenvolvem o que é conhecido como “anexo seguro adquirido” afirmam que os resultados valem a pena.
Entre outros benefícios, há um maior controle emocional, a capacidade de manter relacionamentos mais saudáveis e satisfatórios, e um aumento na auto-estima que afeta positivamente todas as áreas da vida.
Referências
- “Anexo Ansioso: Compreendendo o Anexo Ansioso Inseguro” em: PsychAlive. Retirado em: 07 de janeiro de 2019 de PsychAlive: psychalive.org.
- “6 sinais de que você tem um ‘estilo de apego ansioso’ apaixonado e como isso afeta seus relacionamentos” in: Your Tango. Retirado em: 07 de janeiro de 2019 de Your Tango: yourtango.org.
- “Apego ambivalente: insegurança sem fim” em: Sana Mind. Retirado em: 07 de janeiro de 2019 de Mente Sana: mentesana.com.
- “Apego ansioso ou ambivalente em adultos” em: Anexos possíveis. Retirado em: 07 de janeiro de 2019 de possíveis anexos: apegosposibles.com.
- “6 chaves para detectar um apego ambivalente no casal” em: Eu sinto. Retirado em: 07 de janeiro de 2019 de I Feel: ifeelonline.com.