A Revolução Mexicana, que ocorreu entre 1910 e 1920, foi um dos eventos mais significativos da história do México, marcando o fim do regime ditatorial de Porfirio Díaz e o início de uma nova era de transformações políticas, sociais e econômicas no país. As causas que levaram à eclosão da Revolução Mexicana são diversas e complexas, mas podem ser resumidas em sete principais fatores: a concentração de terras nas mãos de poucos latifundiários, a exploração e opressão dos camponeses e trabalhadores, a falta de representatividade política e democracia, a influência estrangeira e imperialista, a desigualdade social e econômica, a repressão e violência do regime de Díaz e a busca por reformas e justiça social. Estes elementos se combinaram para criar um cenário de insatisfação e revolta que culminou na Revolução Mexicana.
Principais motivos que levaram à Revolução Mexicana no início do século XX.
A Revolução Mexicana foi um dos eventos mais importantes da história do México no início do século XX. Diversos fatores contribuíram para o seu surgimento, sendo as 7 principais causas a insatisfação popular, a concentração de terras nas mãos de poucos, a ditadura de Porfirio Díaz, a exploração dos trabalhadores, a influência dos Estados Unidos, a busca por justiça social e a luta por direitos políticos.
Um dos principais motivos que levaram à Revolução Mexicana foi a insatisfação da população com as condições de vida no país. A maioria dos mexicanos vivia em condições de extrema pobreza, enquanto uma pequena elite detinha a maior parte das terras e riquezas.
A concentração de terras nas mãos de poucos também foi um fator determinante para o surgimento da revolução. A maioria dos camponeses não tinha acesso à terra para cultivo, o que aumentava a desigualdade social e econômica no país.
A ditadura de Porfirio Díaz foi outro motivo importante para a revolução. Díaz governou o México por mais de 30 anos, utilizando métodos autoritários para manter-se no poder e reprimir qualquer forma de oposição política.
A exploração dos trabalhadores nas fazendas e nas fábricas também contribuiu para o descontentamento popular. Os trabalhadores sofriam com baixos salários, longas jornadas de trabalho e condições precárias de emprego.
A influência dos Estados Unidos no México também foi um fator importante para a revolução. O país vizinho exercia uma grande influência política e econômica sobre o México, o que gerava ressentimento e nacionalismo entre os mexicanos.
A busca por justiça social e a luta por direitos políticos foram motivos que mobilizaram diversos setores da sociedade mexicana a se unirem contra o regime de Díaz e a exigir mudanças profundas no país.
O que levou ao término da Revolução Mexicana?
Após mais de uma década de conflitos armados e instabilidade política, a Revolução Mexicana chegou ao seu término. Mas o que levou a esse desfecho? Existem diversas causas que contribuíram para o fim desse importante movimento revolucionário no México.
1. Esgotamento das forças rebeldes: Após anos de luta armada, muitos dos líderes revolucionários estavam cansados e desgastados. A falta de recursos e apoio popular também contribuíram para enfraquecer as forças rebeldes.
2. Acordos políticos: Com o passar do tempo, alguns líderes revolucionários começaram a buscar soluções políticas para encerrar o conflito. Acordos e negociações foram feitos com o governo, resultando em compromissos que levaram ao fim da revolução.
3. Intervenção estrangeira: A intervenção de potências estrangeiras, como os Estados Unidos, também teve um papel importante no término da Revolução Mexicana. Pressões externas e acordos diplomáticos influenciaram o desfecho do conflito.
4. Divisões internas: Conflitos e rivalidades entre os próprios líderes revolucionários enfraqueceram o movimento e dificultaram a continuidade da luta armada. As divisões internas contribuíram para o fim da revolução.
5. A consolidação do poder: Com o fim da luta armada, alguns líderes revolucionários conseguiram consolidar seu poder e estabelecer um novo governo. A estabilização política contribuiu para encerrar o período de revolução no México.
6. Esgotamento popular: Após anos de conflitos e instabilidade, parte da população mexicana estava cansada da violência e dos impactos negativos da revolução em suas vidas. O esgotamento popular foi um fator que levou ao término do movimento.
7. Mudanças sociais e econômicas: As transformações sociais e econômicas promovidas pela Revolução Mexicana também influenciaram seu término. Com o tempo, muitas das demandas dos revolucionários foram atendidas, levando ao fim da luta armada.
Em suma, o término da Revolução Mexicana foi resultado de uma série de fatores, que incluíram desde o esgotamento das forças rebeldes até as mudanças sociais e econômicas promovidas pelo movimento. O fim da revolução marcou o início de um novo capítulo na história do México, com desafios e transformações que moldariam o país nas décadas seguintes.
Principais personagens da Revolução Mexicana: Quem foram os 3 líderes mais importantes na história?
Na história da Revolução Mexicana, três líderes se destacam como os mais importantes: Emiliano Zapata, Pancho Villa e Venustiano Carranza. Cada um deles desempenhou um papel crucial no movimento revolucionário que mudou o curso da história do México.
Emiliano Zapata, conhecido como o líder camponês, lutou pelos direitos dos povos indígenas e dos camponeses. Sua principal demanda era a reforma agrária, buscando a redistribuição das terras para os trabalhadores rurais. Zapata tornou-se um símbolo da luta pela justiça social e pela igualdade no México.
Pancho Villa, por sua vez, era um líder carismático e carregava consigo o apoio popular. Ele liderou um exército de guerrilheiros no norte do país, desafiando o governo e lutando contra a opressão. Villa era conhecido por suas táticas de guerrilha e pela sua bravura em combate.
Venustiano Carranza foi outro líder importante na Revolução Mexicana. Ele foi o responsável por unificar as diferentes facções revolucionárias e por estabelecer um governo constitucional no país. Carranza foi o presidente do México de 1917 a 1920, sendo fundamental na consolidação das conquistas da revolução.
Esses três líderes desempenharam papéis-chave na Revolução Mexicana, cada um contribuindo de maneira única para a luta por justiça social e pela transformação do país. Suas ações e ideais continuam a ser lembrados e celebrados até os dias de hoje.
Resultado da Revolução Mexicana: quem emergiu vitorioso do conflito que transformou o país.
A Revolução Mexicana foi um conflito que ocorreu no México entre 1910 e 1920, resultando em profundas transformações sociais, políticas e econômicas no país. Diversos líderes e grupos lutaram pelo poder durante esse período conturbado, mas no final quem emergiu vitorioso foi o Partido Revolucionário Institucional (PRI).
O PRI, liderado por figuras como Lázaro Cárdenas e Plutarco Elías Calles, conseguiu consolidar seu domínio sobre o país após a revolução. Eles implementaram reformas que buscavam atender às demandas dos diferentes grupos que participaram do conflito, como os camponeses, trabalhadores e povos indígenas.
Uma das principais conquistas do PRI foi a promulgação da Constituição de 1917, que estabeleceu importantes direitos trabalhistas, agrários e sociais. Além disso, o partido conseguiu manter o controle do governo por várias décadas, promovendo um sistema político de caráter autoritário.
Apesar da vitória do PRI, a Revolução Mexicana deixou um legado de lutas e tensões que perduram até os dias atuais. A desigualdade social, a corrupção e a violência continuam sendo problemas persistentes no país, demonstrando que os desafios enfrentados durante a revolução ainda não foram completamente superados.
Assim, o resultado da Revolução Mexicana foi a emergência do PRI como o grupo vitorioso do conflito, que conseguiu impor sua visão de governo e sociedade no México pós-revolução.
As 7 causas da Revolução Mexicana
O ser humano é um ser social e gregário, que ao longo da história tem gerado diferentes formas de agrupar e viver em coletividade.
Mas nem todos eles sempre foram bem-sucedidos: em várias ocasiões surgiram desigualdades, desconforto, fome e regimes totalitários, que com o tempo podem fazer com que um cidadão cansado de abuso e sofrimento decida organizar uma revolução.
Exemplos são a Revolução Francesa ou a Revolução Russa. Outro grande exemplo, desta vez na América Central, é a Revolução Mexicana, considerada um dos movimentos políticos mais relevantes naquele país. Por que foi realizado? Ao longo deste artigo, faremos uma breve revisão das causas da Revolução Mexicana .
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O que foi a Revolução Mexicana?
Recebe o nome de Revolução Mexicana como movimento sociopolítico e conflito armado que surgiu no início do século XX em resposta a numerosas crises e descontentamento e rejeição (especialmente do campesinato e da classe trabalhadora) em relação às políticas existentes durante a ditadura de Porfirio Díaz .
A Revolução Mexicana começou com o Plano de San Luis em 20 de novembro de 1910 , quando Francisco Madero, depois de fugir para os Estados Unidos após ser acusado de sedição pelo governo de Porfirio Díaz, chamou o povo de México para derrubar o ditador. Madero alcançou a presidência um ano depois renunciando e exilando Díaz, mas suas políticas e falta de sensibilidade para com os camponeses e os problemas que eles apresentaram colidiram com os ideais de outros líderes como Emilano Zapata ou Félix Díaz.
Houve revoltas e conflitos como os Dez Trágicos, após o que o general Victoriano Huerta acabaria mudando de lado e eventualmente demitir Madero, para se proclamar presidente e depois assassinar seu antecessor. No entanto, Huerta não foi reconhecida como presidente e foi considerada usurpadora, o que desencadeou a formação do Plano de Guadalupe, no qual líderes como Venustiano Carranza, Álvaro Obregón e Pancho Villa formaram um conglomerado de forças constitucionalistas para buscar sua remoção.
Depois de conseguir isso e nomear Eulalio Gutiérrez como presidente, Carranza optou por não reconhecer o acordo, que retomaria as hostilidades até que em 1917 Carranza alcançasse a presidência, bem como a redação da Constituição. Embora a luta não tenha terminado até muitos anos depois, houve revoltas diferentes e muitos dos líderes foram mortos (incluindo Zapata ou Carranza) nos anos seguintes.
Principais causas da Revolução Mexicana
Fizemos uma breve introdução histórica à Revolução Mexicana, mas … quais foram suas causas? Abaixo, detalhamos alguns dos principais problemas e desconfortos que desencadearam seu surto .
1. Ditadura de Porfirio Díaz
A Revolução Mexicana nasceu como mencionado como um processo de revolução contra a ditadura de Porfirio Díaz , um militar que serviu como presidente em um total de sete ocasiões entre 1877 e 1911, sendo seu mandato ininterrupto entre 1884 e 1911. ditadura do modo de vida através da modificação e manipulação da Constituição e rompimento de seu compromisso de não permanecer no cargo.
Embora a situação econômica do país tenha melhorado sob seu mandato, ele o prejudicou de maneira desigual às classes camponesas e sob altos níveis de repressão política, violência e censura. Não havia liberdade política ou democracia, a população não podia escolher seus representantes e estes sempre escolhidos por Díaz, com grandes privilégios para seus parentes e arredores próximos.
2. Desigualdade social
Outra das principais causas do sucesso da revolução está em uma grande percepção da desigualdade social . As terras e o crescimento econômico estavam apenas nas mãos das elites, sendo os camponeses agredidos e suas terras desapropriadas, enquanto empresários, clérigos e, em geral, a classe alta tinham grande poder e privilégios. Além disso, houve grande discriminação contra a população nativa em benefício de estrangeiros.
3. Falta de direito do trabalho
Em relação ao ponto anterior, não havia lei trabalhista regulando os direitos dos trabalhadores . Camponeses e trabalhadores foram explorados e seus direitos inexistentes, com dias de até doze horas sem salário mínimo garantido e sem opção de protestar. Além disso, buscava-se o endividamento vitalício, a fim de aceitar condições extremas de trabalho.
4. Desapropriações e propriedades
As terras dos camponeses e povos indígenas foram desapropriadas durante o Porfiriato (através da lei de demarcação e colonização de terrenos baldios) e posteriormente colocadas nas mãos de alguns empresários e proprietários de terras estrangeiros.
Grandes propriedades foram geradas, das quais apenas algumas se beneficiaram , geralmente explorando a população camponesa que as possuía anteriormente. Apenas uma pequena porcentagem da terra estava nas mãos da população nativa.
5. Administração do exterior
Durante o governo Diaz, ele procurou incentivar o investimento estrangeiro no país . Embora isso tenha causado o crescimento e a recuperação da economia do país em parte, acabou fazendo com que a maior parte da riqueza do país acabasse nas mãos de empresas e indivíduos estrangeiros.
6. Falta de liberdade de expressão
A censura também foi um elemento comum que contribuiu para o início da Revolução Mexicana . Greves e protestos foram rapidamente reprimidos com grande violência, sendo proibidos. Além disso, a imprensa e a mídia não puderam expressar opiniões ou dados contrários ao governo.
7. Repressão e violência
Outra característica da ditadura de Díaz era o alto nível de repressão , tanto política quanto voltada para os cidadãos. Os protestos foram reprimidos duramente, muitas vezes com numerosas baixas entre os que protestavam.
Não se tratavam de assassinatos pouco frequentes, e foi gerado o chamado Corpo Rural que evitava dissidência e protestos com métodos violentos nas áreas rurais. Práticas como deixar prisioneiros fugir e depois assassiná-los com a intenção de impedir um vazamento eram comuns.
Referências bibliográficas:
Alvear (2004). História do México. Editorial Limusa.
Becker, M. (1995). Incendiando a Virgem: Lázaro Cárdenas, Camponeses Michoacán e a Redenção da Revolução Mexicana. Berkeley: University of California Press.
Terraços, MªM. (2003). Dissidência e dissidentes na história do México. UNAM