A democratização do conhecimento consiste na possibilidade de que uma grande porcentagem da população humana possa acessar informações gratuitamente ou a baixo custo. Esse fenômeno social ocorre principalmente graças à Internet, tecnologia com a qual milhares de sites que contêm informações sobre todos os tópicos imagináveis podem ser acessados.
Alguns dos aspectos positivos da democratização do conhecimento são a possibilidade de aprender mais e com baixo custo ou ser capaz de aprender com o caso. Alguns dos aspectos negativos são a necessidade de filtrar informações e saber quais fontes são confiáveis.
Este fato recente na história da humanidade permite a idéia de oferecer um aprendizado projetado para as habilidades individuais do aluno. É um ideal educacional, de nível internacional, comprometido em romper com a padronização do ensino, através da criação de novos modelos educacionais.
Para conseguir isso, é importante eliminar os velhos paradigmas impostos por séculos, nos quais uma única mensagem ou modelo foi oferecido a um grupo de indivíduos com diferentes habilidades e habilidades genéticas.
Esse processo tem como premissa que cada pessoa é única, para que cada um aprenda de maneira diferente.
Como estão os jovens desse modelo?
A democratização do conhecimento considera os jovens não como receptores passivos de conhecimento, mas como co-criadores ativos de sua própria aprendizagem. Eles asseguram que uma sociedade baseada na participação, no empoderamento e na democracia tenha uma educação baseada nesses mesmos valores.
Com base no conceito original de democracia (governo do povo), a intenção desse processo educacional inclusivo é capacitar os cidadãos a melhorar suas condições educacionais.
Aspectos positivos
Esse modelo levanta uma série de aspectos positivos para a modernização da aprendizagem, que inclui estudantes e professores com voto igual nas decisões sobre sua aprendizagem.
Alguns aspectos positivos foram discutidos durante a Conferência Internacional sobre Democratização da Educação (IDEC), realizada na Alemanha em 2005. Alguns deles são:
– Ser capaz de decidir individualmente como, quando, o que, onde e com quem aprender.
-Tenha participação igual na tomada de decisões na forma como as escolas são administradas, incluindo suas regras e penalidades, se necessário.
Os propulsores dessa reforma educacional, a longo prazo, planejam desenvolver cidadãos que trabalham para criar sociedades melhores.
Para os especialistas, um dos aspectos mais importantes desse processo é o fato de os alunos assumirem sua própria educação, pois, dessa maneira, há um maior comprometimento em trabalhar para o seu próprio bem.
Outros benefícios adicionais incluem:
-Mais freqüência nas aulas.
-Melhor participação em atividades educacionais.
-Fixando objetivos maiores.
-Aumentar a motivação em geral.
Eles garantem que a democratização do conhecimento ensine aos alunos o valor de ser um verdadeiro participante em seu próprio ambiente, garantindo que sua voz seja ouvida e levada em consideração.
Essa opinião sobre a integração dos estudantes e a individualização de sua educação continua sendo replicada em todo o mundo. Eles afirmam que, para uma educação ser democrática, não pode ser limitada às quatro paredes da sala de aula.
Negativos
A democratização do conhecimento levanta uma série de aspectos que ainda precisam ser aprimorados:
-É um processo de desenvolvimento contínuo, que ainda não está aperfeiçoado e gera opiniões e reformas contínuas de especialistas de todo o mundo.
-O processo precisa se adaptar não apenas ao indivíduo, mas à comunidade de onde vem. O aspecto cultural é extremamente importante e pode ser difícil mesclar com êxito o aspecto indivíduo-ambiente.
– Implica confiar ao aluno a responsabilidade de tomar decisões que possam funcionar de maneira diferente entre um indivíduo e outro, levando em consideração seu desejo de participar, integração social e maturidade.
-Um dos desafios da democratização do conhecimento é conseguir que seu alcance alcance todos os estratos sociais, e não apenas escolas ou comunidades com tendências de vanguarda.
-Outros aspectos a serem levados em consideração é a resistência à mudança que professores e alunos poderiam ter diante de um modelo educacional diferente.
Superando obstáculos à democratização do conhecimento
Pode ser positivo que os alunos tenham a oportunidade de escolher seu próprio caminho educacional e controlar seus objetivos, mas uma série de elementos deve ocorrer para que a democratização seja executada:
-Os professores devem ir além da educação convencional para construir uma experiência mais relevante e envolvente que se conecte à vida dos jovens.
As escolas devem dar o exemplo, implementando diariamente a democratização em suas instalações, mostrando sua maneira de tomar decisões e promovendo projetos que integram o aluno à sua comunidade.
As instituições devem incluir em sua terminologia frases como “escolas democráticas” e outras estratégias para incentivar a prática desses valores.
-Criação de fóruns nos quais a participação dos jovens é realmente contada, através de conselhos estudantis, que os colocam em contato com a tomada de decisão de sua escola.
– Permitir que pais e representantes sejam educados sob esse ideal por meio de centros de aprendizado que os vinculem ao modelo de aprendizado.
-Cidades e distritos escolares comprometidos em criar reformas para um aprendizado personalizado. Quebrando a estrutura convencional para construir uma “cidade educacional”.
-Estabelecer programas extracurriculares gratuitos, para motivar os jovens a explorar seus interesses pessoais e conectá-los à comunidade fora da escola.
Presença de conselhos que colocam os jovens em contato com o trabalho de seus legisladores, prefeitos e governadores.
– As universidades devem continuar o trabalho iniciado nas escolas, comprometendo os alunos com o desenvolvimento de seus próprios planos educacionais de longo prazo.
Essas universidades também precisam se comprometer a treinar professores para uma educação progressiva e democrática.
Com o olhar no futuro
A democratização da educação rompe a eterna barreira entre o aluno e seu instrutor, uma das reformas mais profundas dos últimos anos para modificar o futuro da cidadania mundial.
Este novo modelo de ensino não beneficiaria apenas o aluno. Uma reforma dessa magnitude também permitirá que os professores eliminem barreiras pessoais e educacionais na maneira de transmitir seus conhecimentos.
Essa mudança poderia criar uma geração humana melhor preparada devido às múltiplas opções educacionais que elas teriam, mais responsáveis, independentes, mais autoconfiantes e conectadas com o ambiente.
Referências
- Instituto de Educação Democrática da América. “O que é educação democrática”. democreducation.org
- Rede Internacional de Educação Democrática. idenetwork.org
- A educação modelo de Sudbury. 2011 . sudburyschool.com/conten/sudbury-model-education
- Igualdade de Oportunidades Educacionais 2017. Enciclopédia de Stanford de filosofia. dish.stanford.edu
- Maria Luz Torres. Organizador de Parent Voices SF. 2016.yesmagazine.org