Jorge Luis Borges: biografia, obras

Jorge Luis Borges foi um renomado escritor argentino nascido em Buenos Aires, em 1899, e falecido em 1986. Considerado um dos maiores escritores do século XX, Borges é conhecido por sua escrita inovadora e complexa, que mistura elementos de ficção, filosofia e metaficção. Suas obras mais famosas incluem “Ficções”, “O Aleph” e “O Jardim de Veredas que se Bifurcam”. Borges também foi um grande defensor da literatura universal e da influência de escritores como William Shakespeare e Franz Kafka em sua própria obra. Sua escrita explorou temas como labirintos, bibliotecas infinitas e o tempo, e seu estilo único deixou um legado duradouro na literatura mundial.

Qual é o livro mais importante escrito por Jorge Luis Borges em sua carreira literária?

Jorge Luis Borges foi um renomado escritor argentino, considerado um dos maiores autores da literatura mundial. Nascido em Buenos Aires em 1899, Borges teve uma vida marcada por sua paixão pela literatura e pela filosofia. Sua obra, vasta e diversificada, abrange contos, ensaios e poemas que exploram temas como o infinito, o labirinto e a natureza da realidade.

Entre as obras mais importantes de Jorge Luis Borges, destaca-se o livro Ficções, publicado em 1944. Nesta obra, Borges apresenta uma série de contos que exploram questões metafísicas e filosóficas, como a natureza da ficção, a dualidade do ser e a relação entre o autor e sua obra. Ficções é considerado uma obra-prima da literatura latino-americana e um marco na carreira de Borges.

Além de Ficções, Jorge Luis Borges escreveu outras obras igualmente importantes, como O Aleph e O Livro de Areia. Em todas elas, o autor demonstra sua habilidade em criar universos literários complexos e intrigantes, que desafiam as noções tradicionais de narrativa e realidade.

Jorge Luis Borges faleceu em 1986, deixando um legado literário que continua a inspirar leitores e escritores em todo o mundo. Sua obra, marcada pela erudição, pela originalidade e pela imaginação, permanece como um dos pontos altos da literatura do século XX.

O estilo poético de Jorge Luis Borges: uma análise aprofundada de suas obras.

Jorge Luis Borges foi um dos escritores mais influentes do século XX, conhecido por seu estilo poético único e suas obras de ficção metafísica. Nascido em Buenos Aires, Argentina, em 1899, Borges cresceu cercado por livros e literatura, o que o inspirou a se tornar um escritor desde jovem.

Em suas obras, Borges explorou temas como o tempo, a memória, a realidade e a ficção, muitas vezes misturando elementos de diferentes gêneros literários. Sua escrita é caracterizada por uma linguagem precisa e evocativa, que desafia as convenções tradicionais da narrativa.

Um dos traços mais marcantes do estilo poético de Borges é a sua capacidade de criar universos fictícios complexos e intrigantes, que muitas vezes se desdobram em labirintos de significados e referências. Suas histórias são repletas de simbolismos e metáforas, que convidam o leitor a refletir sobre questões existenciais e filosóficas.

Além disso, Borges era um mestre na utilização de técnicas narrativas inovadoras, como a metaficção e a intertextualidade, que desafiam a noção tradicional de linearidade na narrativa. Suas obras muitas vezes se assemelham a quebra-cabeças literários, convidando o leitor a desvendar seus enigmas e mistérios.

Em resumo, o estilo poético de Jorge Luis Borges é marcado por uma linguagem precisa e evocativa, universos fictícios complexos e intrigantes, simbolismos e metáforas, e técnicas narrativas inovadoras. Suas obras continuam a inspirar leitores e escritores em todo o mundo, provando que a literatura é uma forma de arte capaz de transcender fronteiras e desafiar as convenções estabelecidas.

Os principais temas abordados por Jorge Luis Borges em sua obra literária.

Jorge Luis Borges, grande escritor argentino, é conhecido por abordar em sua obra literária temas como o labirinto, o infinito, a identidade, a memória e a metafísica. Com uma escrita complexa e repleta de referências literárias, Borges criou um universo único e inovador na literatura.

Nascido em Buenos Aires em 1899, Borges foi influenciado por seu ambiente familiar e sua formação intelectual, o que o levou a explorar temas filosóficos e metafísicos em suas obras. Sua escrita é marcada por um estilo enigmático e labiríntico, que desafia o leitor a refletir sobre a natureza da realidade e da ficção.

Algumas de suas obras mais conhecidas incluem “Ficções”, “O Aleph” e “O Livro de Areia”, onde Borges explora a dualidade entre o real e o imaginário, o finito e o infinito. Suas narrativas muitas vezes brincam com a noção de tempo e espaço, levando o leitor a questionar a própria existência.

Em suas obras, Borges também aborda questões relacionadas à identidade e à memória, explorando a natureza fluida da identidade humana e as múltiplas possibilidades de interpretação da realidade. Seu estilo literário único e sua habilidade em criar universos ficcionais complexos fizeram de Borges um dos escritores mais influentes do século XX.

Qual a importância de Luiz Borges na história da literatura brasileira?

Jorge Luis Borges, um dos mais renomados escritores argentinos, teve uma influência significativa na literatura brasileira. Apesar de não ser brasileiro, suas obras transcenderam fronteiras e conquistaram leitores em todo o mundo.

Nascido em Buenos Aires em 1899, Borges foi um mestre da literatura fantástica e do conto. Sua obra é marcada por temas como labirintos, espelhos, sonhos e realidades alternativas. Além disso, sua escrita é caracterizada pela exploração de conceitos filosóficos e metafísicos, o que o torna um autor profundamente reflexivo e enigmático.

Entre suas obras mais famosas estão “Ficções” e “O Aleph”, que são consideradas verdadeiras obras-primas da literatura mundial. Borges também foi um importante ensaísta e crítico literário, contribuindo para a valorização e compreensão da literatura em sua totalidade.

Na literatura brasileira, a influência de Borges pode ser vista em autores como Clarice Lispector, Rubem Fonseca e João Guimarães Rosa. Sua escrita inovadora e sua abordagem única para questões existenciais e metafísicas serviram de inspiração para muitos escritores brasileiros, que buscaram em suas obras novas formas de expressão e reflexão.

Portanto, a importância de Jorge Luis Borges na história da literatura brasileira é indiscutível. Suas obras transcendem fronteiras e continuam a inspirar gerações de escritores em todo o mundo, deixando um legado duradouro e significativo para a literatura contemporânea.

Jorge Luis Borges: biografia, obras

Jorge Luis Borges foi o escritor mais representativo da Argentina em sua história e é considerado um dos escritores mais importantes e influentes do mundo no século XX. Desenvolveu-se facilmente nos gêneros de poesia, história, crítica e ensaio, tendo com suas letras um alcance intercontinental.

Seu trabalho tem sido motivo de estudos aprofundados não apenas em filologia, mas também por filósofos, mitólogos e até matemáticos que ficaram impressionados com suas letras. Seus manuscritos têm uma profundidade incomum, de natureza universal, que serviu de inspiração para inúmeros escritores.

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Desde o início, adotou uma acentuada tendência ultraísta em cada texto, afastando-se de todo dogmatismo, tendência que posteriormente se dissiparia na busca pelo “eu”.

Seus intrincados labirintos verbais desafiaram estética e conceitualmente o modernismo de Rubén Darío, apresentando na América Latina uma inovação que deu o tom até que se tornou uma tendência.

Como todo estudioso, ele gozava de um humor satírico, sombrio e irreverente, sim, sempre impregnado de razão e respeito por seu ofício. Isso trouxe problemas ao governo peronista, a quem em mais de uma vez ele dedicou escritos, custando-lhe sua posição na Biblioteca Nacional.

Ele estava encarregado de propor a partir de perspectivas comuns aspectos nunca antes vistos da vida com suas ontologias, sendo a poesia o meio mais perfeito e adequado, segundo ele, para alcançá-la.

Seu gerenciamento de linguagem claramente o refletia em frases que se tornaram parte da história da literatura. Um exemplo claro são as linhas: “Não falo de vingança ou perdão, o esquecimento é a única vingança e o único perdão”.

Por sua extensa e laboriosa carreira, ele não estava alheio aos prêmios, em todos os lugares que seu trabalho foi elogiado, a ponto de ser indicado mais de trinta vezes ao Nobel, sem conseguir vencê-lo por razões que serão expostas mais tarde. Uma vida dedicada a cartas que vale a pena contar.

Biografia

No ano de 1899, em 24 de agosto, nasceu em Buenos Aires: Jorge Francisco Isidoro Luis Borges, mais conhecido no mundo das letras como Jorge Luis Borges.

Seus olhos viram a luz pela primeira vez na casa de seus avós por sua mãe, uma propriedade localizada em Tucumán 840, logo entre as ruas de Suipacha e Esmeralda.

O argentino Jorge Guillermo Borges era seu pai, um advogado de prestígio que também atuou como professor de psicologia. Ele era um leitor inveterado, apaixonado por cartas que conseguiram se acalmar com vários poemas e com a publicação de seu romance El caudillo. Um pouco do sangue literário do escritor gaúcho é vislumbrado aqui.

Seus pais

O pai de Borges influenciou bastante sua inclinação para a poesia, além de incentivá-lo quando criança, por seu excelente manuseio do inglês, o conhecimento da língua anglo-saxônica.

Jorge Guillermo Borges chegou a traduzir o trabalho do matemático Omar Khayyam, diretamente do trabalho do tradutor inglês Edward Fitzgerald.

Sua mãe era a uruguaia Leonor Acevedo Suárez. Uma mulher extremamente preparada. Ela, por sua vez, também aprendeu inglês com Jorge Guillermo Borges, posteriormente traduzindo vários livros.

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Ambos, mãe e pai, incutiram de dois filhos as duas línguas ao poeta, que desde a infância era um bilíngue fluente.

Naquela casa de avós maternos de Buenos Aires, com seu poço de cisterna e pátio aconchegante – recursos inesgotáveis ​​em sua poesia – Borges mal viveu 2 anos de sua vida. Em 1901, sua família mudou-se um pouco mais ao norte, exatamente para a rua Serrano 2135 em Palermo, um bairro popular de Buenos Aires.

Seus pais, especialmente sua mãe, eram figuras de grande importância no trabalho de Borges. Seus guias e mentores, aqueles que prepararam seu caminho intelectual e humano. Sua mãe, como fez com seu pai, acabou sendo seus olhos, sua caneta e o ser que o deixaria em paz por causa da própria morte.

1900s

No mesmo ano de 1901, em 14 de março, sua irmã Norah chega ao mundo, seu cúmplice de leituras e mundos imaginários que marcarão seu trabalho.

Ela seria a ilustradora de vários de seus livros; quem cuida dos seus prólogos. Em Palermo, ele passou a infância, em um jardim, atrás de uma cerca com lanças que o protegiam.

Embora ele próprio afirme, já em idade avançada, que preferia passar horas e horas isoladas na biblioteca de seu pai, enfileirado nas filas intermináveis ​​dos melhores livros da literatura inglesa e de outros clássicos universais.

Lembrou-se com gratidão, em mais de uma entrevista, de que, devido a sua habilidade em letras e sua imaginação incansável.

Não é por menos, Jorge Luis Borges, com apenas 4 anos, falou e escreveu perfeitamente. O mais surpreendente foi que ele começou a falar inglês e aprendeu a escrever primeiro que o espanhol. Isso denota a entrega de seus pais à educação do escritor.

Em 1905, seu avô materno, Sr. Isidoro Laprida, morreu. Com apenas 6 anos, então, ele confessa a seu pai que seu sonho é ser escritor. Seu pai o apoia totalmente.

Criança super talentosa

Naqueles anos, ser apenas uma criança sob a educação de sua avó e governanta, é responsável por fazer um resumo em inglês da mitologia grega. Em espanhol, por outro lado, ele escreve sua primeira história baseada em um fragmento de Dom Quixote: “La viscera fatal”. Então eu o representaria com Norah na frente da família em várias ocasiões.

Além disso, sendo criança, ele traduziu “O Príncipe Feliz”, de Oscar Wilde. Devido à qualidade desse trabalho, primeiro pensou-se que quem o havia feito era seu pai.

Parece incrível, mas estamos na presença de uma criança que costumava ler Dickens, Twain, Grimm e Stevenson, além de clássicos como a compilação feita por Per Abad de The Song of Mine Cid ou The Thousand and One Nights. Enquanto a genética desempenhou um papel em seu destino, sua paixão pela leitura o consagrou cedo.

Traumas na escola

Borges, desde 1908, estudou sua escola primária em Palermo. Devido ao progresso que havia feito com a avó e a governanta, ele começou na quarta série. A escola era de propriedade do estado e ficava na Thames Street. Juntamente com as aulas, ela permaneceu em casa com seus professores dedicados.

Essa experiência escolar foi traumatizante para Borges. Ele gaguejou e isso gerou provocações constantes, o que foi realmente o mínimo.

A coisa mais preocupante era que seus colegas de classe o chamavam de “esperteza” e ele ficou intrigado com o desrespeito ao conhecimento. Ele nunca se encaixou na escola argentina.

O escritor então confessa que a melhor coisa que a experiência escolar lhe deu foi o fato de aprender a passar despercebido diante das pessoas. Deve-se notar que não apenas seu intelecto era menosprezado, Borges não era compreendido linguisticamente por seus companheiros e era complicado adaptar-se à linguagem vulgar.

Década de 1910

Em 1912, publicou sua história O rei da selva , no mesmo ano em que morre o renomado poeta argentino Evaristo Carriego, a quem mais tarde exaltará com seus ensaios. Neste trabalho, Borges, com apenas 13 anos, deixa os leitores perplexos com seu majestoso tratamento das cartas.

Jorge Guillermo Borges decidiu se aposentar em 1914 devido ao sofrimento em sua visão. Depois disso, a família mudou-se para a Europa. Partiram no navio alemão Sierra Nevada, passaram por Lisboa, depois fizeram uma pequena parada em Paris e, durante a Primeira Guerra Mundial , decidiram se estabelecer em Genebra pelos próximos 4 anos.

O principal motivo da viagem foi o tratamento da cegueira de Jorge Guillermo Borges. No entanto, essa viagem abre as portas da compreensão e da cultura para o jovem Borges, que vive uma mudança de ambiente transcendental que lhe permite aprender francês e se relacionar com pessoas que, em vez de tirar sarro de sua sabedoria, o elogiam e o fazem crescer.

Eventos Transcendentais

Eventos transcendentais para a vida de Borges começam a ocorrer nos próximos três anos. Em 1915, sua irmã Norah faz um livro de poemas e desenhos, ele cuida de seu prólogo. Em 1917, a revolução bolchevique estourou na Rússia e Borges manifestou certa afinidade por seus preceitos.

Em 1918, em Genebra, a família sofreu a perda física de Eleonor Suárez, avó materna de Borges. O poeta então escreve seus poemas “Uma caixa vermelha” e “Aterragem”. Em meados de junho daquele ano, após alguns meses de luto e respeito, os Borges viajam pela Suíça, para se estabelecer no sudeste, exatamente em Lugano.

O pai dele publica “O líder”

1919 representa um ano muito ativo para os Borges. Sua família voltou por um momento para Genebra e depois partiu para Maiorca, onde moraram de maio a setembro. É lá, em Maiorca, onde seu Jorge Guillermo Borges realizou seu sonho de escritor e publica El caudillo.

Jorge Luis, por outro lado, mostra suas obras As cartas de baralho de tahúr (contos) e salmos vermelhos (poesia). É na Espanha que Borges fortalece seus laços com o ultraismo, criando fortes laços com escritores como Guillermo de Torre, Gerardo Diego e Rafael Cansinos Asséns, vinculados à revista Grecia.

É nessa revista que Borges publica a obra “Hino do Mar”, que, segundo especialistas, é a primeira obra que o escritor publicou formalmente na Espanha. Durante esses meses, ele também lê com grande intensidade os grandes Unamuno, Gongora e Manuel Machado.

Década de 1920

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Borges, quando jovem

Os Borges continuaram sua intensa trajetória pela Espanha. Em 1920 eles chegaram a Madri, exatamente em fevereiro daquele ano. Nos meses seguintes, Jorge Luis está envolvido em uma intensa vida sócio-poética que explode as letras em seu sangue.

O poeta compartilha com Juan Ramón Jimñenez, também com Casinos Asséns e Gómez de la Serna, com quem ele tem conversas profundas sobre avant-gardeism e lançando as bases para o ultraismo. Eles desfrutam em várias reuniões literárias, o autor era como um peixe na água.

Dizem que nessa época houve várias paixões que inspiraram suas letras. O amor sempre foi um mistério na vida de Borges, um encontro com rejeição, um fracasso em encontrar o caminho certo para o namoro.

Formação de grupos ultraístas

Em Mallorca, ele faz amizade com Jacobo Sureda, um poeta renomado. Com este escritor, antes de partir, ele consolida conversações dirigidas a um grupo de jovens interessados ​​em cartas, onde o poeta persiste com seu discurso ultraísta. Apart colabora novamente com as revistas Grécia e Refletor.

Em 1921, a família Borges retorna a Buenos Aires e se instala em uma propriedade na rua Bulnes.

Pesquisa interna

Nesta fase da vida do escritor, esses momentos de “retorno” revelam a mudança de perspectiva tão transcendental que os 7 anos de viagem pelo velho continente significaram para ele. Ele não pode mais ver seu povo com os mesmos olhos, mas com olhos renovados. Borges vive uma redescoberta de sua terra.

Essa redescoberta se reflete fortemente em seu trabalho. O manifesto ultraísta , que ele publicará na revista We , é uma prova palpável disso. No mesmo ano, fundou a revista mural Prisma, juntamente com Francisco Piñero, Guillermo Juan Borges – seu primo – e Eduardo González Lanuza.

Nessa revista, era o Iluminismo de sua irmã Norah, uma espécie de acordo entre irmãos pelo prólogo anterior.

O amor chega, depois Prism e Prow

Em 1922, ele foi espancado com Concepción Guerrero; eles ficaram noivos até 1924, mas não continuaram por causa da forte recusa da família da menina. Em 22 de março, apareceu a última edição da revista Prisma. Como Borges não desmaia e persiste na fundação de uma nova revista chamada Proa.

Durante o resto do ano, dedicou-se a terminar de modelar o Fervor de Buenos Aires , seus primeiros poemas publicados em 1923, bem como a última edição da revista Proa. Lo de Proa não era um capricho, então é repetido.

Em julho daquele ano, os Borges retornaram à Europa. Jorge Luis voltou a entrar em contato com Gómez de la Serna e Cansinos Asséns, a quem ele homenageia com alguns artigos portentosos contendo os ensaios que fazem parte do livro Inquisições, publicado posteriormente pelo escritor em 1925.

Em meados de 1924, ele retornou a Buenos Aires, onde passaria um bom tempo. Tornou-se colaborador da revista Initial (nesta persiste até sua última edição em 1927). Eles viveram por um tempo no Garden Hotel e depois se mudaram para a Avenida Quintana e de lá para a Avenida Las Heras, para um sexto andar.

De volta a Buenos Aires, Borges não descansou. Desta vez, ele passou a maior parte do tempo editando textos e lançou a segunda temporada da revista Proa.

Borges sobrecarrega sua produção

Nesse mesmo ano, e imerso em compromissos com a Initial , com a Proa , com as edições e seus livros, localizou um espaço e juntou-se à vanguarda de Martín Fierro , uma renomada revista da época.

1925 representa para Borges, com 26 anos, um espaço transcendental de tempo. Seus segundos poemas, Luna de fronnte, são publicados, juntamente com seu livro de ensaios da Inquisição – dos quais ele dedicou dois de seus artigos na Espanha a seus amigos escritores.

Após esses dois livros, a percepção dos críticos em relação a Borges é inclinada à sabedoria de seu conteúdo. O público em geral começou a entender que eles não estão na frente de nenhum escritor, mas na frente de uma carta iluminada.

Após 15 edições, em 1926, a revista Proa, que foi seu segundo lançamento, parou de sair. Borges colaborou com o suplemento La Razón. Nesse mesmo ano, ele publicou The Size of My Hope, outra compilação de ensaios em que ele mergulha os leitores em uma atmosfera filosófica mais profunda.

Os biógrafos afirmam que, além de sua paixão por cartas, a razão mais forte de sua dedicação ao trabalho foi o vazio feminino em sua vida, vazio que ele nunca preencheu como queria, mas que lhe era apresentado.

Falhas na primeira visão

No ano de 1927, ele começou a apresentar um dos problemas que trouxeram mais infortúnio à sua vida: sua visão começou a falhar. Eles operavam cataratas e saíam arejados. No ano seguinte, Borges publicou A língua dos argentinos, obra que fez dele o vencedor do segundo prêmio municipal em ensaios.

Borges naquele ano, depois de um breve descanso e como se não bastasse o tempo para viver, ele continuou colaborando simultaneamente com várias mídias impressas, como: Martín Fierro, La Prensa e Initial e, a isso, acrescenta sua colaboração com Synthesis and Criteria.

Estudiosos em cartas da época seguiram de perto seus passos e o designaram, com apenas 28 anos, membro gerente da SADE (Sociedade Argentina de Escritores), criada recentemente naquele ano.

Nesse ano, Guillermo de Torre se torna seu cunhado. Quem era seu amigo de cartas na Europa, atravessou o mar para se casar com Norah, de quem fora pego desde viagens anteriores.

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Norah Borges e Guillermo de Torre

Em 1929, ele conquistou o segundo lugar em um concurso municipal de poesia depois de publicar Cuaderno San Martín.

Década de 1930

Esta década representou para Borges um antes e um depois em sua vida. Foram apresentados altos e baixos de alta intensidade para moldar sua vida de maneiras que ele nunca esperava. Entrou em 1930, afastou-se bastante da poesia e do ultraismo e se dedicou a uma busca pessoal de sua própria estética como criador.

Ele voltou a exaltar Evaristo carriego, mas desta vez com uma visão mais profunda e crítica. Ele lançou vários ensaios, além da biografia que ele fez do poeta. Esse trabalho permitiu que ele retrocedesse seus passos até o bairro que o viu crescer e o ajudou, de uma maneira excelente, a se identificar como um sujeito único.

Nesse mesmo ano, ele reforçou as relações trabalhistas com Victoria Ocampo, que fundou o sul do ano seguinte , que se tornou ao longo dos anos a revista literária mais importante e influente da América Latina.

Borges tornou-se seu conselheiro e, graças a ela, conheceu Adolfo Bioy Casares, que era um de seus amigos mais próximos e colaborador regular.

Em 1932, um novo livro de ensaios, Discussão , veio à luz . Os críticos nunca deixaram de se surpreender com Borges. Ele continuou a colaborar intensamente com o Sur .

Em 1933, um grupo de escritores argentinos e estrangeiros publicou Discussions about Borges, na revista Megaphone, elogiando o trabalho do escritor com seus ensaios.

Morte do pai

De 1932 a 1938, ele continuou a buscar sua identidade, publicando incontáveis ​​ensaios e artigos, até que a vida o atingiu com notícias fatídicas e outra série de eventos infelizes. Na quinta-feira, 24 de fevereiro, Jorge Guillermo Borges morreu. A notícia deixou a família consternada e afetou emocionalmente o escritor.

Perda gradual da visão

Apenas 10 meses após o acidente de seu pai, no sábado, 24 de dezembro, Jorge Luis Borges foi atingido contra uma janela, esse ferimento causou-lhe septicemia e quase morreu.

Por causa desse evento, com apenas 39 anos, sua visão começou a se deteriorar exponencialmente, exigindo a ajuda de seus parentes. Sua mãe persistiu em ser sua bengala.

Apesar dos duros golpes da vida, sua atividade literária não cessou. Dedicou-se a narrar, traduziu o magnífico trabalho de Kafka A metamorfose. A partir de então, ele não pôde mais morar sozinho, então ele, Norah, seu cunhado e sua mãe concordaram em morar juntos.

Década de 1940

Entre 1939 e 1943, sua caneta não parou de produzir. Ele publicou sua primeira história fantástica, Pierre Menard, autor de Dom Quixote, no sul, muitos dizem que, sob a influência de sua convalescença, é por isso que seu grande sonho carrega .Sua publicação gostou tanto que foi traduzida para o francês.

Em 1944, ele publicou um de seus principais trabalhos: Fictions, uma peça que contém histórias mais fantásticas que lhe renderam o “Grande Prêmio de Honra” do SADE. Suas histórias foram traduzidas de volta para o francês por seu grande valor. Naquele ano ele se mudou para Maipú 994, para um apartamento com sua amada mãe.

Em 1946, devido a sua forte tendência de direita e tendo estampado sua assinatura em alguns documentos contra Perón, ele foi removido da Biblioteca Municipal e enviado, por vingança, para supervisionar aves. Borges se recusou a se humilhar e se aposentou para dar palestras em províncias próximas. O SADE falou a seu favor.

Em 1949, ele publicou sua obra-prima El Aleph, contente com histórias fantásticas. Este trabalho, como um grande número de poemas românticos, foi dedicado a Estela Canto, um de seus casos amorosos mais profundos e igualmente não correspondidos.

Ela era o sinal claro de como o amor pode transformar até as letras de um homem, e também como um ser como Borges pode mergulhar na extrema tristeza por não ser amado por quem ele ama. O escritor ofereceu-lhe um casamento e ela negou. Estela disse que não sentia nenhuma atração por ele, exceto respeito e amizade.

Década de 1950

Em 1950, como um elogio de seus colegas, foi nomeado presidente do SADE até 1953. Ele continuou a ensinar em universidades e outras instituições e não parou de se preparar e estudar. Esta década é considerada o pico da vida em termos de maturidade. Ele conseguiu lançar as bases de seu caráter literário.

Rosas e espinhos

Nos anos cinquenta, a vida traz flores e espinhos. Seu professor e amigo Macedonio Fernández deixou esse plano em 1952. Em 1955, ele recebeu a honra de dirigir a Biblioteca Nacional e também a Academia Argentina de Leras o nomeou membro ativo.

Em 1956, a UBA (Universidade de Buenos Aires) o nomeou responsável pela cadeira de literatura inglesa. Ele recebeu o diploma de Doutor Honoris Causa , da Universidade de Cuyo e também ganhou o Prêmio Nacional de Literatura.

Proibição de escrever

No ano 56, também veio a desgraça: ele foi proibido de escrever por causa de problemas nos olhos. Desde então, e de acordo com seu temperamento e determinação, ele aprendeu de cor a memorizar os escritos e depois narrá-los para sua mãe e para o escriba ocasional, incluindo, posteriormente, seu amor secreto Maria Kodama.

As décadas subsequentes foram repletas de reconhecimento e viagens pelo mundo, onde ele recebeu um grande número de distinções para inúmeras universidades e organizações.

Década de 1960

Em 1960, ele publicou The maker , além de um nono volume do que chamou de Obras Completas . Ele também pegou seu livro do céu e do inferno . Em 1961, recebeu o Prêmio Formentor em Maiorca . No ano seguinte, 1962, foi nomeado comandante da Ordem das Artes e Letras .Em 1963, ele viajou pela Europa para dar palestras e receber mais prêmios.

Em 1964, a UNESCO o convidou para a homenagem a Shakespeare, realizada em Paris. Em 1965, ele foi premiado com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico . Em 1966, ele publicou a nova versão expandida de sua obra poética .

Primeiro casamento

O amor estava atrasado, mas com certeza, embora durasse pouco. Por insistência de sua mãe, preocupada com a velhice solitária do escritor, Borges se casou aos 68 anos com Elsa Astete Millán. O casamento foi em 21 de setembro de 1967, na Igreja Nossa Senhora das Vitórias. O casamento durou apenas 3 anos e depois eles se divorciaram.

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Foi um dos maiores erros de sua mãe, que Borges concordou em respeitar e porque valorizava seu conselho. Embora Maria Kodama já estivesse na vida de Borges naquela época.

Em 1968, foi nomeado Membro Honorário Estrangeiro de Boston da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos. Em 1969, ele publicou Praise of the Shadow .

Década de 1970

Esta década trouxe sabores agridoces para o escritor, a vida começou a mostrar-lhe ainda mais sua fragilidade.

Em 1970, recebeu o Prêmio Interamericano de Literatura em São Paulo . Em 1971, a Universidade de Oxford concedeu-lhe o grau de Doutor Honoris Causa. Nesse mesmo ano, seu cunhado, Guillermo de Torre, morre, o que significou um grande golpe para toda a família, especialmente para sua irmã Norah.

Em 1972, ele publicou El oro de los tigres (poesia e prosa). Em 1973, ele renunciou à direção da Biblioteca Nacional, depois se aposentou e continuou viajando com o mundo.

Naquela época, Maria Kodama estava cada vez mais presente. A mãe do poeta, que pediu a Deus que cuidasse de Borges, começou a convalecer aos 97 anos de idade.

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Leonor Acevedo de Borges

Em 1974, Emecé publicou suas Obras Completas, em um único volume. Em 1975, sua mãe, Leonor Acevedo, deixou este avião que eram seus olhos e mãos desde que perdeu a visão, além de sua amiga e conselheira de vida. Borges foi bastante afetado. María Kodama passou a representar um apoio necessário para o escritor da época.

Em setembro daquele ano, ele viajou para os EUA. UU. com María Kodama, convidada pela Universidade de Michigan. No ano seguinte, 1976. Ele publicou o Livro dos Sonhos .

Em 1977, a Universidade de Tucumán concedeu-lhe o grau de Doutor Honoris Causa . Em 1978, foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de La Sorbonne. Em 1979, a República Federal da Alemanha entregou a ele a Ordem do Mérito .

Anos 80

Em 1980, recebeu o Prêmio Nacional Cervantes . Em 1981, ele publicou A figura (poemas). Para 1982, ele publicou nove ensaios dantescos. Em 1983, ele recebeu a Ordem da Legião de Honra, na França. Em 1984, ele foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Roma.

E em 1985 ele recebeu o Prêmio Etruria de Literatura, em Volterra, pelo primeiro volume de suas Obras Completas . Este é apenas um evento por ano das dezenas que ele recebeu.

A desgraça de Nobel

Apesar de toda a implantação e escopo de seu trabalho e tendo sido indicado trinta vezes, ele nunca ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.

Alguns estudiosos afirmam que isso se deve ao fato de que durante o governo de Pinochet, o escritor aceitou o reconhecimento do ditador.Apesar disso, Borges manteve a cabeça erguida. A atitude da diretiva Nobel é considerada uma falha na história da literatura latino-americana.

O vazio feminino na vida de Borges

A vida de Borges tinha muitas lacunas, a feminina era uma. Apesar de seu sucesso e reconhecimento, ele não teve a sorte de abordar as mulheres certas, aquelas que correspondiam a ele. É por isso que é quase a ausência da sexualidade feminina em seu trabalho.

Ao contrário do que muitos acreditam, não precisa fazer a figura de sua mãe, que eles chamam de castrador, o próprio Borges confirmou em mais de uma ocasião. Assim, a vida aconteceu e ele se aproveitou das musas para escrever e se aprofundar mais em si mesmo.

No entanto, nem tudo era desolação; em sua vida, a sombra desse verdadeiro amor estava sempre presente na imagem de Maria Kodama.

No final de seus anos, ele se estabeleceu em Genebra, em Vieille Ville. Ele se casou com Maria Kodama depois de um longo amor que começou, segundo os biógrafos, quando ela tinha 16 anos.

Borges representou durante seu tempo, por si só, o elo evolutivo da literatura na América, pois não era apenas inovadora, mas também perfeccionista.

Suas manifestações nas cartas não reparavam despesas em termos de originalidade, e muito menos no excelente tratamento dado à linguagem escrita.

Morte

O ilustre escritor Jorge Luis Borges morreu em 14 de junho de 1986 em Genebra, por enfisema pulmonar. Sua procissão fúnebre era como a de um herói e os milhares de escritos em sua homenagem seriam suficientes para fazer 20 livros. Ele deixou uma marca profunda nas cartas da literatura mundial. Seu corpo repousa no cemitério de Plainpalais.

Frases em destaque

“Nada é construído em pedra; tudo é construído na areia, mas devemos construir como se a areia fosse pedra. ”

“Não tenho certeza de nada, não sei de nada … Você pode imaginar que eu nem sei a data da minha própria morte?”

“Apaixonar-se é criar uma religião que tenha um deus falível”.

“O mar é uma expressão idiomática que não consigo decifrar.”

“Eu não consigo dormir a menos que esteja cercada por livros.”

3 poemas destacados

A chuva

Abruptamente, a tarde se esclareceu.
Porque o minuto da chuva já está caindo.
Cai ou caiu. A chuva é uma coisa
que certamente acontece no passado.

Quem ouve sua queda recuperou o
tempo em que a sorte lhe
revelou uma flor chamada rosa
e a curiosa cor do colorado.

Esta chuva que cega os cristais se
regozijará em arrasto perdido
As uvas pretas de uma videira de uma certa maneira

Pátio que não existe mais. A
tarde chuvosa me traz a voz, a voz desejada,
do meu pai que retorna e não morreu.

Moeda de ferro

Aqui está a moeda de ferro. Vamos questionar
as duas faces opostas que serão a resposta
da exigência teimosa que ninguém fez:
Por que um homem precisa de uma mulher para o querer?

Vamos olhar Na esfera superior,
o firmamento quádruplo que sustenta o dilúvio
e as estrelas planetárias imutáveis está entrelaçado .
Adão, o jovem pai e o jovem Paraíso.

A tarde e a manhã. Deus em toda criatura.
Nesse labirinto puro é o seu reflexo.
Vamos jogar a moeda de ferro novamente,
que também é um espelho magnífico. O contrário
é ninguém e nada, sombra e cegueira. Que você é
Os dois lados do ferro fazem um único eco.
Suas mãos e sua língua são testemunhas infiéis.
Deus é o centro imbatível do ringue.
Não exalta nem condena. Trabalhe melhor: esqueça.
Maculado de infâmia, por que eles não deveriam amar você?
À sombra do outro, buscamos nossa sombra;
no cristal do outro, nosso cristal recíproco.

Remorso

Eu cometi o pior dos pecados
que um homem pode cometer. Eu não fui
feliz. Que as geleiras do esquecimento
me arrastem e me percam, sem piedade.

Meus pais me geraram o jogo
arriscado e bonito da vida,
a terra, a água, o ar, o fogo.
Eu os decepcionei. Eu não estava feliz Realizado

Não era sua vontade jovem. Minha mente
foi aplicada aos porférios simétricos
da arte, que tecem a natação.

Eles me deram coragem. Eu não era corajoso.
Ele não me abandona. Ele está sempre ao meu lado
A sombra de ser um infeliz.

Trabalhos

Contos

– História universal da infâmia (1935).

Ficções (1944).

– O Aleph (1949).

– Relatório de Brodie (1970).

– O livro de areia (1975).

– A memória de Shakespeare (1983).

Ensaios

– Inquisições (1925).

– O tamanho da minha esperança (1926).

– A língua dos argentinos (1928).

– Evaristo Carriego (1930).

– Discussão (1932).

– História da eternidade (1936).

– Outras inquisições (1952).

– Nove ensaios dantescos (1982).

Poesia

– Fervor de Buenos Aires (1923).

– Luna na frente (1925).

– Caderno San Martín (1929).

– O criador (1960). Verso e prosa.

– O outro, o mesmo (1964).

– Para as seis cordas (1965).

– Elogio da sombra (1969). Verso e prosa.

– O ouro dos tigres (1972). Verso e prosa.

– A rosa profunda (1975).

– A moeda de ferro (1976).

– História da noite (1977).

– A figura (1981).

– O conjurado (1985).

Antologias

– Antologia pessoal (1961).

– Nova antologia pessoal (1968).

– Prosa (1975). Introdução por Mauricio Wacquez.

– Páginas de Jorge Luis Borges selecionadas pelo autor (1982).

– Jorge Luis Borges. Ficção Uma antologia de seus textos (1985). Compilado por Emir Rodríguez Monegal.

– Essential Borges (2017). Edição comemorativa da Real Academia Espanhola e da Associação de Academias da Língua Espanhola.

– Índice da nova poesia americana (1926), juntamente com Alberto Hidalgo e Vicente Huidobro.

– Antologia clássica da literatura argentina (1937), juntamente com Pedro Henríquez Ureña.

– Antologia da literatura fantástica (1940), juntamente com Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo.

– Antologia poética argentina (1941), juntamente com Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo.

– As me

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