Pedro Sainz de Baranda e Borreiro (1787-1845) foi um militar, político e marítimo do México que participou da conhecida batalha de Trafalgar. Serviu como alferes, vice, governador adjunto, governador de Yucatan, tenente de fragata, tenente de navio e capitão de fragata. Teve grande significado nas guerras de independência do México com os monarquistas.
Considerado fundador da marinha mexicana, esteve presente no dia da capitulação da última fortaleza da Espanha no forte de San Juan de Ulúa, em 23 de novembro de 1825, dia em que Sainz de Baranda estava encarregado da escola. Naval mexicano
Viagem à Espanha
Sainz de Baranda e Borreiro era um crioulo de Novohispano, ou seja, pai nascido na Europa e mãe mexicana. Seu pai atuou como ministro do Tesouro Real em São Francisco de Campeche, capital do estado de Campeche, território localizado ao sudeste da Península de Yucatán. Sua mãe, Maria Josefa Borreiro de la Fuente, nasceu neste porto rico em atividades pesqueiras e agrícolas.
Quando criança, aos 11 anos de idade, seus pais queriam mandá-lo para a Espanha para iniciar sua carreira como marinheiro em Ferrol, um dos fortes durante o século XX do ditador Francisco Franco.
Na Espanha, ele teve a oportunidade de navegar em vários navios antes de assumir uma posição de guarda marítima na Ferrol Department Company. Em 1804, ele obteve o posto de tenente oficial de fragata por suas boas notas e excelente desempenho em todos os trabalhos marítimos.
No navio de Santa Ana, por volta do ano de 1805, ele lutou com o Soberano Real na batalha de Trafalgar, famosa luta que a Espanha e a França enfrentaram para tentar dissolver a grande influência que Napoleão Bonaparte estava tendo em todo o território europeu.
Lá ele sofreu ferimentos graves, mas a vitória foi por parte dos ingleses. Sainz de Baranda foi transferido ferido para o hospital e depois para San Fulgencio. Lá, em gratidão por seu trabalho, por ordem de Carlos IV, ele foi promovido a enviar tenente.
Em 1806, enquanto já estava em Cádiz, ele foi entregue ao comando da 44ª lancha, que levou várias noites para assediar os ingleses.
Retorno ao México
O jovem Sainz de Baranda e Borreiro em sua estada em Cádiz já começaram a ouvir sobre as novas constituições e os prolegômenos da independência mexicana.
Embora sua instrução – toda a adolescência e o início da vida adulta – fosse na Espanha, ele sabia que sua origem era na América.
Ele pensou em sua origem: onde ele nasceu, onde estava sua família e seu coração. Ele concluiu que todos os seus afetos estavam nas Américas e, por isso, pediu um retorno ao México em 1821, quando tinha 21 anos.
Sua viagem de volta começou em Caracas, depois foi para Cuba até finalmente chegar a Campeche. Depois de um tempo, ele decidiu se alistar novamente como marinheiro e voltou para a Espanha.
Independência mexicana
Sainz de Baranda conhecia a luta, as marés e as armas. Ele amadureceu muito jovem porque, desde que tinha quase 11 anos, estudava para marinheiro. Embora o México tenha assinado sua independência em 1821, um pequeno mas significativo reduto – San Juan de Ulúa – permaneceu nas mãos dos espanhóis.
No famoso Castillo de San Juan, a bandeira espanhola ainda estava erguida. Este lugar, também uma fortaleza, foi uma prisão até o governo de Venustiano Carranza. Os espanhóis receberam provisões por via marítima de Cuba e Espanha, então ainda tinham algum poder.
Diante dessas condições, Sainz de Baranda é nomeado general do Departamento de Marinha de Veracruz. Nesta posição, ele conseguiu rearmar a marinha mexicana, cercou e atacou os navios espanhóis que chegavam, enchendo o povo mexicano de glória.
Encargos públicos
Depois de 1830, Pedro Sainz de Baranda e Borreiro deixou de lado o lado aventureiro da marina para se dedicar à política. Ele tinha 43 anos e queria uma vida mais tranquila, longe dos barcos de canhão e da vida no exterior.
Foi assim que ele conseguiu acessar o cargo de governador de Yucatán duas vezes. Dez anos depois, ele pensava em criar sua própria empresa e decidiu uma fábrica de fios e tecidos de algodão.
Mas chegou o momento em que ele abandonou essas acusações e decidiu, três anos antes de morrer, colaborar com o americano John Lloyd Stephens, que também estava presente no planejamento da Ferrovia do Panamá, em seu trabalho de pesquisa em torno da civilização maia, tópico pelo qual eu era apaixonado agora.
Ele morreu na cidade de Mérida em 16 de setembro de 1845. Seus restos mortais foram depositados na Catedral de Campeche e, em março de 1987, foram para a Rotunda de Homens Ilustres, na Cidade do México.
Honras póstumas
Embora por muitos anos o marinheiro tenha permanecido no esquecimento, apesar de sua incansável luta contra os espanhóis de San Juan de Ulúa, chegou em 13 de março de 1925, no castelo dessa pequena ilhota mexicana, em sua praça Armas, decidiu fazer uma placa de bronze que homenageia esse herói do país, natural de Campeche.
Mais tarde, o governo decidiu transferir seus restos mortais da Catedral de Campeche para a Rotunda de Homens Ilustres, na Cidade do México. Em 20 de março de 1987, o enterro foi realizado para homenageá-lo.
Além disso, seu nome foi inscrito, com letras douradas, no salão onde o congresso de Veracruz realiza suas sessões. Desse modo, o povo mexicano não esquecerá o legado do ilustre Campeche, que desde muito jovem navegou nas águas do Pacífico para se tornar um marinheiro e, anos depois, lutar pela liberdade do povo mexicano.
Honra, decisão e senso de pertencimento eram suas armas para fazê-lo, e o tempo o recompensou por fazer parte da história ilustre.
Referências
- Todoavante.es (2016). Sainz de Baranda e Borreiro, Pedro Biografia. Recuperado de todoavante.es
- Portal do Governo do Estado de Campeche (sf). Campeche – Pedro Sainz de Baranda e Borreyro. Recuperado de web.archive.org
- Instituto Mexicano de Rádio (2015). 16 de dezembro de 1845, morre Pedro Sainz de Baranda e Borreiro. Recuperado de imer.mx
- Instituto Eleitoral do Estado de Campeche (sd). Personagem ilustre – Pedro Sainz de Baranda e Borreiro. Recuperado de ieec.org.mx
- Curi, M. (sf). Capitão Fragata Pedro Sainz de Baranda e Borreyro (1787-1845). Recuperado do gob.mx