O período formativo da América refere-se a um período crucial na história do continente, que ocorreu entre aproximadamente 2000 a.C. e 200 d.C. Durante esse período, diversas civilizações pré-colombianas surgiram e se desenvolveram, criando sociedades complexas e avançadas em termos culturais, políticos e econômicos.
As características desse período incluem o surgimento de grandes centros urbanos, como Teotihuacan, Tiwanaku e Chavín de Huántar, bem como o desenvolvimento de sistemas agrícolas avançados, como a agricultura em terraços e o cultivo de milho, feijão, batata e outros produtos.
Além disso, o período formativo da América foi marcado pela produção de artefatos cerâmicos elaborados, a construção de monumentos e templos impressionantes, e o desenvolvimento de sistemas de escrita e calendários.
Agricultura durante o período formativo: principais características, técnicas e culturas cultivadas pelos povos antigos.
A agricultura durante o período formativo na América foi fundamental para o desenvolvimento das civilizações antigas. Os povos antigos possuíam técnicas avançadas de cultivo, que contribuíram para o crescimento das sociedades e a produção de alimentos.
Uma das principais características da agricultura no período formativo era a prática da agricultura intensiva, com o uso de técnicas como a irrigação e o cultivo em terraços. Essas técnicas permitiam aos povos antigos produzir alimentos em grande quantidade, garantindo a subsistência das comunidades.
As culturas cultivadas pelos povos antigos durante o período formativo eram variadas e incluíam milho, feijão, abóbora, batata, tomate e pimentão. Essas culturas eram essenciais para a alimentação dos povos antigos e desempenharam um papel importante na economia e na cultura das civilizações da época.
Além disso, os povos antigos também desenvolveram técnicas de armazenamento de alimentos, como a secagem e a fermentação, que permitiam conservar os alimentos por mais tempo e garantir o abastecimento durante períodos de escassez.
Período formativo da América: origem, características, produtos
O Período Formativo da América foi um estágio na história desse continente. A cronologia deste período não é unânime, pois geralmente varia dependendo de onde é estudado. Assim, na Mesoamérica, seu início é marcado em 2000 a. C., enquanto na América do Norte está atrasada quase 1000 anos.
O surgimento da agricultura marcou o período arcaico da América. Isso levou a uma mudança no modo de vida de seus habitantes, que abandonaram o nomadismo e se estabeleceram nas primeiras comunidades humanas, cada vez mais complexas.
Mais tarde, já no período formativo, essa tendência continuou se fortalecendo. Os assentamentos estavam crescendo, em parte graças ao aprimoramento das técnicas agrícolas. Os excedentes que começaram a ocorrer resultaram em humanos começando a negociar entre si.
Os historiadores dividem esse período em três partes, embora com as exceções cronológicas mencionadas acima. Dessa maneira, a evolução das sociedades humanas é compartimentada no início, no meio e no final da formação. O final do período foi marcado por volta de 250 dC
Origem
O período arcaico começou por volta de 8000 aC Durante essa fase, o homem americano começou a usar a agricultura, um marco que afetava todos os aspectos de sua vida.
Período Arcaico da América
Esse período coincidiu com o início do holoceno e, portanto, com o fim das glaciações. Todo o planeta começou a esquentar, algo que, segundo muitos historiadores, ajudou o ser humano a descobrir a agricultura.
Essa descoberta fez com que os habitantes da América se tornassem sedentários, erguendo as primeiras cidades do continente.
Agricultura e domesticação
Como observado, a agricultura foi o fator fundamental para o ser humano abandonar seus costumes nômades. As lavouras, com sua periodicidade, obrigaram-no a permanecer no mesmo local e a construir assentamentos.
Além de usar a agricultura, naquele tempo o ser humano era, fundamentalmente, coletor, caçador e pescador. Pouco a pouco, ele começou a modernizar as armas que costumava caçar sua comida.
O fato de se tornarem sedentários levou a organização das comunidades de maneira diferente, aumentando a colaboração entre os indivíduos. A organização econômica tornou-se mais complexa, os territórios começaram a se dividir e as rotas comerciais foram estabelecidas.
núcleo urbano
Foi nesse período que surgiram as primeiras aldeias estáveis à beira-mar, além das já mencionadas que viviam da agricultura.
Algumas das culturas mais importantes se desenvolveram no México e nos Andes. Nesse último local, a cultura caral (Peru), datava por volta de 2600 a. C.
Diferenças cronológicas
Os historiadores usam o termo Período Formativo para nomear datas diferentes, dependendo da área do continente americano que estudam.Assim, na América do Norte, o Período Formativo abrange de 1000 aC a 500 dC, também chamado de Período Neo-Indiano.
Por outro lado, a cronologia na Mesoamérica varia consideravelmente, uma vez que é considerado Período Formativo da época que passou de 2000 aC a 250 dC
Finalmente, na América do Sul, especialmente no Peru pré-colombiano, os especialistas dividem o Formativo em duas partes: a inicial, de 1800 aC a 900 aC, e o Horizonte, entre a última data e 200 dC
Caracteristicas
Na América, o período formativo foi caracterizado pela consolidação da agricultura e pelo surgimento das primeiras sociedades hierárquicas, com uma estrutura administrativa mais complexa que a das aldeias anteriores.
Os especialistas dividem esse período em três etapas, cada uma com suas próprias características.
Formação inicial
Seguindo a cronologia seguida na Mesoamérica, o Early Formative foi desenvolvido entre 2500 aC e 1500 aC Esse primeiro estágio foi marcado pela mudança no modo de subsistência de diferentes culturas.
A partir desse momento, os habitantes começaram a cultivar a terra, obtendo produtos como milho, feijão e abóbora, além de outras culturas regionais. O obtido foi completado com a caça e a coleta. Embora poucas, algumas aldeias começaram a praticar gado.
Ao mesmo tempo, houve também uma variação importante nos assentamentos que povoavam. A sedentarização levou-os a começar a construir pequenas cidades, habitadas por famílias nucleares e extensas.
A sociedade desta época era igualitária e as relações entre os indivíduos eram baseadas na cooperação, algo essencial para garantir sua sobrevivência.
Finalmente, a cerâmica apareceu em algumas áreas, embora seu uso não se estendesse até algum tempo depois.
O Médio Formativo
O segundo estágio, o Médio Formativo, começou por volta de 1200 aC e durou até 400 aC, nele houve notáveis avanços nas técnicas agrícolas, mesmo com a introdução de uma produção intensiva.
Os assentamentos estavam ficando mais velhos, incorporando grandes construções religiosas ou cerimoniais.
A sociedade estava evoluindo para organizações mais estratificadas, com alguns indivíduos que começaram a acumular riqueza e poder. Isso levou ao surgimento de novas profissões especializadas, como artesãos que produziram produtos de luxo para essa elite emergente.
Esse modelo se espalhou por outras partes do continente, o que explica as aparentes semelhanças nessa área que diferentes culturas mostram durante esse período.
Entre as cidades mais importantes, destacavam-se os olmecas, considerados como os principais representantes do Médio Formativo. Por causa de sua influência, eles são chamados de cultura mãe da Mesoamérica.
O final da formação
A última etapa do Formativo foi desenvolvida entre 300 aC e 250 dC Segundo especialistas, caracterizou-se como um período de mudanças radicais, principalmente no aspecto social.
Dessa maneira, os povos deixaram para trás seu caráter igualitário e os grandes centros urbanos apareceram com uma sociedade muito hierárquica. O aumento demográfico, causado pelas melhores colheitas, foi um dos fatores fundamentais para que isso acontecesse. Eles também influenciaram a melhoria da medicina e a modernização da agricultura.
Este último aspecto também causou uma mudança importante na economia. As melhores colheitas resultaram na produção de excedentes, de modo que os moradores começaram a praticar o comércio.
Urbanisticamente, as populações tendiam a se concentrar em torno dos templos religiosos. Como os cerimoniais, esses templos estavam aumentando seu tamanho e sua complexidade decorativa.
A última parte desta etapa, de 150 dC, é considerada uma transição para o Período Clássico, em que surgiram civilizações tão importantes quanto os maias.
Produtos agrícolas
Como observado acima, uma das principais características do Período Formativo foi o surgimento da agricultura. Graças a isso, os habitantes do continente começaram a formar comunidades sedentárias e, a partir delas, cresceram sociedades mais complexas. Esse processo começou nos Andes centrais e na Mesoamérica.
Tipos de culturas
Quando começaram a praticar a agricultura, o surgimento de novas técnicas e invenções que aumentaram a produção não demorou a chegar. Entre os primeiros, destacaram o uso de fertilizantes, o cultivo de terraços e a coleta de água de aqüíferos.
Quanto às invenções, os habitantes dessas comunidades criaram sistemas de irrigação e fabricaram ferramentas como o metato, usadas para moer milho.
Os produtos mais comuns foram milho, batata, feijão, abóbora e mandioca, embora houvesse diferenças dependendo da região do continente.
Excedente
As melhorias mencionadas fizeram com que as culturas fossem muito mais abundantes, dando origem ao aparecimento de excedentes.
Isso resultou no surgimento do comércio quando os habitantes de cada comunidade estabeleceram circuitos de troca comercial com outros povos. Esse contato também serviu para obter avanços técnicos de um lugar para outro.
Referências
- EcuRed. América pré-colombiana Obtido de ecured.cu
- Carrasco Rodríguez, Antonio. O período formativo ou pré-clássico. Recuperado de blogs.ua.es
- Escola Pré-história da América Obtido em school.net
- Geoffrey HS Bushnell, Victor Wolfgang von Hagen e outros. Civilizações pré-colombianas. Obtido em britannica.com
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- Zier, Christian J. O Período Formativo na Pré-História. Obtido em coloradoencyclopedia.org