Porfiriato: origem, características, etapas, crise, fim

O Porfiriato foi um período da história do México que se estendeu de 1876 a 1911, durante o qual o país foi governado pelo presidente Porfirio Díaz. Caracterizado por um governo autoritário e centralizado, o Porfiriato foi marcado por um grande desenvolvimento econômico e modernização do país, com atração de investimentos estrangeiros e construção de infraestrutura, como estradas de ferro e telefones.

O Porfiriato pode ser dividido em três etapas: a primeira, de 1876 a 1884, marcada pela consolidação do poder de Díaz e a estabilização política; a segunda, de 1884 a 1892, período de grande desenvolvimento econômico e modernização; e a terceira, de 1892 a 1911, caracterizada por crescente oposição ao regime, principalmente de grupos liberais e camponeses.

A crise do Porfiriato começou a se intensificar na virada do século, com a insatisfação popular crescendo devido às desigualdades sociais e econômicas geradas pelo modelo de desenvolvimento adotado por Díaz. A Revolução Mexicana de 1910 marcou o fim do Porfiriato, com a renúncia de Díaz e a instalação de um governo provisório, que deu início a um período de intensa luta política e social no país.

Análise do governo de Porfírio Diaz durante o período de sua liderança no México.

O Porfiriato foi um período na história do México que teve início em 1876, quando Porfírio Díaz assumiu o poder, e durou até 1911, quando ele foi forçado a renunciar. Durante esse tempo, Díaz implementou várias políticas que transformaram o país, mas também enfrentou críticas e oposição.

Díaz era conhecido por sua abordagem autoritária e centralizadora do governo, buscando modernizar o México e atrair investimentos estrangeiros. Ele promoveu a construção de infraestrutura, como estradas de ferro e telefones, e incentivou o desenvolvimento econômico, principalmente na indústria e agricultura.

No entanto, o governo de Díaz também foi marcado por altos níveis de corrupção e repressão política. Muitos mexicanos se sentiram excluídos do processo político e social, o que levou a crescente descontentamento e revoltas.

A crise do Porfiriato começou a se intensificar na virada do século XX, com a crescente oposição de diferentes setores da sociedade mexicana, incluindo camponeses, trabalhadores e intelectuais. A revolução mexicana eclodiu em 1910, liderada por figuras como Emiliano Zapata e Francisco Madero, e resultou na queda de Díaz em 1911.

O desfecho da Revolução Mexicana: um panorama completo dos acontecimentos finais do conflito.

O Porfiriato foi um período da história do México que teve início em 1876, quando Porfirio Diaz assumiu o poder, e terminou em 1911, com a Revolução Mexicana. Durante esse tempo, o país passou por um período de desenvolvimento econômico, mas também por uma grande concentração de poder nas mãos de Diaz e de seus aliados.

As características do Porfiriato incluíam um governo autoritário, repressão política, censura à imprensa e a concentração de terras nas mãos de poucos. Diaz buscava modernizar o México, atraindo investimentos estrangeiros e construindo infraestrutura, mas ao mesmo tempo ignorava as demandas por democracia e justiça social.

As etapas do Porfiriato foram marcadas por um crescimento econômico baseado na exportação de matérias-primas, como o petróleo e a prata, e pelo enriquecimento de uma elite ligada ao governo. Enquanto isso, a maioria da população vivia em condições de extrema pobreza e sem acesso a direitos básicos.

A crise do Porfiriato começou a se manifestar na virada do século, com o aumento da insatisfação popular e o surgimento de movimentos de oposição. Em 1910, o líder camponês Francisco Madero lançou um plano de luta contra Diaz, dando início à Revolução Mexicana.

O fim do Porfiriato veio em 1911, quando Diaz renunciou ao poder e Madero assumiu a presidência do México. No entanto, a Revolução Mexicana estava longe de acabar, com diversos grupos lutando pelo controle do país e por reformas políticas, sociais e econômicas.

Em meio a um cenário de violência e instabilidade, o desfecho da Revolução Mexicana só seria alcançado anos depois, com a promulgação de uma nova constituição em 1917 e a consolidação de um regime político mais democrático e inclusivo. A luta pela justiça social e pela igualdade de direitos continuaria a marcar a história do México nas décadas seguintes.

Fim da ditadura no México: Quando foi o desfecho desse regime autoritário?

Porfiriato: O Porfiriato foi um período da história mexicana que teve início em 1876, quando Porfirio Díaz tomou o poder de forma autoritária, e se estendeu até 1911, quando o regime chegou ao seu fim. Durante esse período, o México passou por diversas transformações políticas, econômicas e sociais.

Origem: O Porfiriato teve início após a reeleição de Porfirio Díaz em 1876, que marcou o início de um regime autoritário que perdurou por mais de três décadas. Díaz se manteve no poder através de eleições fraudulentas e repressão política, consolidando seu poder e controlando todos os aspectos da vida política mexicana.

Características: Durante o Porfiriato, o México passou por um período de modernização e industrialização, com a construção de ferrovias, telefones e eletricidade. No entanto, essa modernização foi acompanhada por uma concentração de poder nas mãos de Díaz e seus aliados, levando a um aumento da desigualdade social e da exploração dos trabalhadores.

Etapas: O Porfiriato pode ser dividido em duas fases: a primeira, marcada pela estabilidade política e econômica, e a segunda, caracterizada pela crescente oposição ao regime de Díaz e pela eclosão de revoltas e insurreições populares. A crise do Porfiriato se agravou com a Revolução Mexicana, que teve início em 1910.

Crise: A crise do Porfiriato foi provocada pela insatisfação popular com o regime autoritário de Díaz, que resultou em uma série de revoltas e insurreições em todo o país. A Revolução Mexicana, liderada por figuras como Emiliano Zapata e Pancho Villa, teve como objetivo derrubar o governo de Díaz e promover reformas sociais e políticas no México.

Fim: O fim do Porfiriato ocorreu em 1911, quando Porfirio Díaz renunciou ao poder e foi exilado do México. Com a queda de Díaz, teve início um período de instabilidade política no país, que culminou na Revolução Mexicana e na posterior implementação de uma nova constituição que estabeleceu as bases para o fim da ditadura no México.

O fim desse regime autoritário só foi possível com a eclosão da Revolução Mexicana em 1910, que marcou o início de uma nova era na história do país.

Problemas enfrentados pela população mexicana durante o Porfiriato: uma análise dos principais desafios.

O Porfiriato foi um período da história do México que teve início em 1876, com a ascensão de Porfirio Diaz ao poder, e durou até 1911, quando o mesmo foi deposto. Durante esse período, o país passou por diversas transformações políticas, econômicas e sociais, que tiveram impacto direto na vida da população mexicana.

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Um dos principais problemas enfrentados pela população durante o Porfiriato foi a concentração de poder nas mãos de Porfirio Diaz, que governou de forma autoritária, reprimindo qualquer forma de oposição e cerceando as liberdades individuais. Isso gerou um clima de instabilidade política e social, com constantes conflitos e revoltas por parte da população.

Além disso, a política econômica adotada por Diaz privilegiava os interesses das elites e do capital estrangeiro, em detrimento dos trabalhadores e camponeses mexicanos. Isso resultou em uma crescente desigualdade social, com a maioria da população vivendo em condições precárias e sem acesso a serviços básicos como saúde e educação.

Outro problema enfrentado pela população foi a falta de democracia e participação política, com as eleições sendo frequentemente fraudadas e opositores sendo perseguidos e silenciados. Isso gerou um sentimento de descontentamento e revolta entre os mexicanos, que buscavam uma mudança no regime político vigente.

Esses problemas contribuíram para a crise do regime porfirista e para o seu fim em 1911, com a eclosão da Revolução Mexicana.

Porfiriato: origem, características, etapas, crise, fim

Porfiriato: origem, características, etapas, crise, fim

O porfiriato é o nome do período histórico no México durante o qual Porfirio Díaz governou. Inclui entre 28 de novembro de 1876 e 25 de maio de 1911. Nessa etapa, ocorreram quatro anos, de 1880 a 1884, nos quais o presidente era Manuel González, embora os historiadores concordem que foi Díaz quem administrou o governo. .

O protagonista indiscutível de todo esse estágio da história do México foi Porfirio Díaz, militar e político que conseguiu ganhar poder depois de se levantar em armas contra o governo de Lerdo de Tejada. Apesar de antes de ganhar o poder, ele defendia o não reelecionismo, depois conseguiu se perpetuar no poder.

De fato, sua saída do poder não foi voluntária, mas o resultado de uma revolta liderada por Francisco I. Madero, considerado o início da Revolução Mexicana. Todos os especialistas apontam os chiaroscuros de sua administração.

Do lado positivo, a recuperação econômica do país, a industrialização e a modernização da infraestrutura. Pelo contrário, esse aprimoramento atingiu apenas uma minoria da população, corrupção, autoritarismo e repressão política que causaram vários assassinatos.

Origem do porfiriato

Quem foi Porfirio Díaz?

Você não pode entender o porfiriato sem conhecer o homem que o tornou possível. Porfirio Díaz nasceu em Oaxaca de Juárez em 1830 e, antes de ocupar a presidência, destacou-se por seu trabalho militar.

Sua participação na Segunda Intervenção Francesa, especialmente com a criação de guerrilheiros que combatiam europeus no estado de Oaxaca, o tornaram conhecido em seu país. Da mesma forma, ele foi um dos protagonistas da recuperação da Cidade do México pelo Exército Republicano.

No entanto, o prestígio conquistado não serviu para vencer as eleições presidenciais para as quais ele concorreu antes de assumir o poder. Essas derrotas fizeram com que ele se levantasse duas vezes em armas contra os governos eleitos.

Eleições de 1867

A queda do imperador Maximiliano fez o México recuperar sua completa soberania, sem interferência do exterior. Benito Juárez ocupou a presidência após a derrota imperial.

As eleições seguintes foram convocadas em 1867. Porfirio Díaz decidiu se opor a Juárez. Na época, Díaz era contra a reeleição presidencial. No entanto, Juárez venceu por uma grande maioria. A derrota afetou o militar, que deixou a vida política por um tempo.

Plano de La Noria

Quando chegou a hora das eleições de 1871, Díaz decidiu concorrer novamente. Novamente, Benito Juárez era seu rival e a essa dupla juntou-se um novo oponente: Sebastián Lerdo de Tejada. O resultado foi novamente favorável a Juárez, deixando Díaz na segunda posição.

No entanto, desta vez Porfirio não aceitou os resultados e começou a recrutar apoiadores, principalmente entre os proprietários de terras em seu estado natal. Em 8 de novembro do mesmo ano, ele proclamou o chamado Plano de La Noria, com o qual instou os militares mexicanos a derrubar Juárez.

A princípio, o avanço dos rebeldes foi muito rápido, mas as derrotas começaram.

Eleições extraordinárias

Quando a derrota de Díaz parecia inevitável, Benito Juárez morreu. Lerdo de Tejada assumiu a presidência provisoriamente e Porfirio deitou os braços, já que não havia mais sentido continuar a luta.

Dessa forma, novas eleições foram convocadas em outubro de 1872. Díaz e Lerdo se enfrentaram nas urnas, sendo este último o vencedor.

A Revolução Tuxtepec

A história se repetiu em parte nas eleições de 1876. Lerdo de Tejada anunciou sua candidatura, assim como Porfirio Díaz. Ao mesmo tempo, os apoiadores de Diaz – ainda contra a reeleição – começaram a se manifestar contra Lerdo, sendo violentamente reprimidos.

A ação das forças do governo levou Díaz a se levantar novamente em janeiro de 1876. Muitos soldados e a Igreja Católica apoiaram desta vez a chamada Revolução Tuxtepec.

Depois de quase um ano de guerra civil, o lado porfirista entrou na capital mexicana em novembro. No dia 21 daquele mês, ele se tornou presidente interino. Em 5 de maio do ano seguinte, e depois de finalmente ter vencido uma eleição, Porfirio Díaz tornou-se Presidente do México.

Porfiriato história

Primeiro mandato presidencial (1877-1880)

Durante esse primeiro período de Porfirio Díaz na presidência, o político tentou pacificar o país; seu lema era “ordem, paz e justiça”. Para atingir esse objetivo, ele conseguiu que o Congresso lhe desse poderes extraordinários e usou o exército para destruir os caciques.

Da mesma forma, ele substituiu numerosos líderes militares por outros em quem confiava, para acabar com possíveis rebeliões. Em apenas um ano, as medidas entraram em vigor e o país foi pacificado.

Presidência de Manuel González (1880-1884)

Embora na legislatura que durou de 1880 a 1884 o presidente do país fosse Manuel González, a verdade é que foi Díaz quem continuou a dirigir o governo.

González era um militar que havia participado com Díaz no levante contra Lerdo de Tejada. Em 1879, ele foi declarado candidato às eleições e no ano seguinte prometeu o cargo.

O destaque durante seu mandato foi o grande investimento em infraestrutura voltada para a modernização do país. Assim, o governo promoveu a implantação da ferrovia, como o telégrafo. Na esfera econômica, destaca-se a criação de dois grandes bancos, que mais tarde se fundiram para formar o Banco Nacional do México.

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Diante desses aspectos, González teve que lidar com acusações contínuas de corrupção e uma revolução contra ele quase eclodiu. Díaz interveio e salvou a situação.

25 anos de porfiriato (1884 -1911)

Díaz recuperou a presidência após o intervalo de González. Foi em 1884 e ele não mais deixaria o cargo até 1911.

A princípio, as notícias econômicas trouxeram grande alegria ao governo e ajudaram a manter a paz e a estabilidade. As infraestruturas continuaram a crescer e a mineração e a produção agrícola foram promovidas.

No entanto, ao mesmo tempo, o descontentamento cresceu. O autoritarismo e a desigualdade de Diaz na distribuição da riqueza criada tornaram grande parte da população contra ele. A ação do exército nas greves de Cananea e Río Blanco espalhou descontentamento.

Para isso, devemos acrescentar os efeitos da crise econômica internacional que surgiu em 1907, que também afetou o México. Essa recessão fez com que o descontentamento aumentasse ainda mais. Assim, em 1910, eclodiu a Revolução Mexicana e, após derrotar os apoiadores de Díaz, o porfiriato foi encerrado.

Estágios

A maioria dos historiadores divide o longo prazo da presidência de Porfirio Díaz (incluindo a legislatura de González) em três etapas:

Primeira etapa

Essa primeira etapa vai de sua primeira eleição até a década de 1980. Foi uma fase em que Díaz tentou estabilizar o país e consolidar seu governo. Ele construiu uma equipe confiável ao seu redor e colocou a ordem e o progresso como uma meta nacional.

Esse objetivo não foi isento de controvérsias, uma vez que o porfiriato não hesitou em recorrer à violência e à repressão contra todos os seus oponentes (inclusive a imprensa) para alcançá-lo.

Segunda etapa

Essa etapa durou até os primeiros anos do século XX. A economia era o principal ativo do governo. Promoveu a modernização da mineração, agricultura e comércio. Os investimentos de milhões de dólares começaram a chegar do exterior, mesmo que isso custasse, por exemplo, empresas de mineração de propriedade americana.

A construção da ferrovia e muitas linhas telefônicas e telegráficas mudaram as comunicações em todo o país.

Por outro lado, durante esse período o autoritarismo de Diaz aumentou. Opositores, imprensa e líderes trabalhistas foram presos. Os episódios mais extremos de repressão foram contra os Yaquis e contra os atacantes de Cananea e Río Blanco.

Terceira etapa

Embora houvesse menos e menos oposição política e imprensa livre, o descontentamento social continuou a crescer. Além disso, o crescimento econômico diminuiu, afetando muitas camadas da sociedade.

Principais características do porfiriado

Artes

Durante o mandato de Porfirio Díaz, houve um boom nas várias áreas da expressão artística e, em geral, elas podem ser divididas em dois períodos no Porfiriato.

Durante o primeiro período, de 1876 a 1888, a inclinação foi para o nacionalismo; e mais tarde, de 1888 a 1911, a tendência era uma preferência pela França e sua cultura.

A literatura era a arte e o campo cultural, com maiores avanços durante o Porfiriato. O escritor Ignacio Manuel Altamirano e Costilla criou grupos de estudos para a história do México, as línguas do México e, por sua vez, promoveu o estudo da cultura universal.

Posteriormente, escritores mexicanos “abandonaram” o orgulho nacionalista e foram influenciados pela literatura francesa com o modernismo.

Eles foram influenciados pelo poeta nicaragüense Rubén Darío, que propôs a liberdade artística sob certas regras. Dessa forma, os autores se inclinaram para o sentimentalismo.

Nas artes visuais da época, destacou-se o pintor José María Velasco, que dedicou a maior parte de seu trabalho como pintor a paisagismo, retratando o vale do México, haciendas, vulcões e personagens da sociedade mexicana. Além disso, outra parte de seu trabalho foi dedicada a retratar cenas provinciais de Oaxaca.

Quanto ao teatro, uma forma de teatro popular, de gênero nacionalista muito popular, era o teatro de meninos mexicano. No entanto, esse gênero tem origem em fatores econômicos e sociais, a nova comercialização do teatro e sua massificação, o que levou à diferenciação de dois gêneros: o gênero menino espanhol e o teatro popular mexicano.

A maioria das atividades teatrais do país ocorreu em dois espaços socioculturais principais. Um deles era o dominante, pertencente ao chamado teatro de culto, destinado às classes média e alta. Mas, por sua vez, surgiu uma cultura popular que realizava atividades de palco como forma de entretenimento para a classe trabalhadora.

Educação

Na filosofia positivista de Porfiriato prevaleceu no México. Desse modo, foi dada grande importância ao estudo da história.

O governo de Porfirio Díaz precisava alcançar a união nacional, porque ainda existiam grupos conservadores. Assim, o Ministério da Instrução Pública usou a história do país para alcançar esse objetivo, dando grande importância à Segunda Intervenção Francesa.

A exposição de monólitos pré-hispânicos no museu nacional foi inaugurada em 1887. Além disso, em 1901, o secretário de instrução pública Justo Sierra criou os departamentos de etnografia e arqueologia no museu.

Em 1904, foi apresentada a Escola Mexicana de Arqueologia, História e Etnografia, que apresentou amostras da cultura pré-hispânica ao mundo.

Para o ano de 1891, foi promulgada a Lei Reguladora da Educação, que estabeleceu a educação como secular, gratuita e obrigatória. Por sua vez, para controlar que os pais e responsáveis ​​cumprissem a obrigação de levar os filhos à escola, foram estabelecidos os Comitês de Vigilância.

Em 26 de maio de 1900, foi proclamada uma lei que proclamava a criação da Universidade Nacional do México (atualmente UNAM), uma iniciativa apresentada por Justo Sierra. Dessa forma, as escolas de Medicina, Engenharia e Jurisprudência, que funcionavam separadamente há mais de 40 anos, se reuniram, em conjunto com a Escola Preparatória Nacional, em uma única instituição.

A Igreja Católica

Durante a Guerra dos Três Anos (1858-1861) no México, foi emitido um conjunto de leis, conhecidas como leis de reforma, cujo objetivo era separar a igreja do governo.

No entanto, a Igreja Católica recuperou grande parte do poder perdido com essas leis. Porfirio Díaz se declarou católico, embora já houvesse um boom no protestantismo.

Sob o mandato de Porfirio Díaz, a Igreja Católica pôde continuar obtendo o dízimo. Essa prática afetou os pequenos proprietários, porque a igreja recebeu sementes como dízimos dos povos indígenas e dos próprios pequenos proprietários.

Dessa maneira, a igreja poderia vender as sementes a preços baixos, os compradores preferindo seus preços aos dos produtores.

Economia

Quando Porfirio Díaz chegou ao poder, ele herdou consideráveis ​​dívidas nacionais e estrangeiras, além de um tesouro público falido. Por esse motivo, os ministros das Finanças realizaram ações para liquidar as finanças, entre as quais: criação de novos impostos que não prejudicam o comércio, maior controle de renda ou redução de gastos públicos, entre outros.

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A administração dos recursos do país foi realizada com participação pública e privada. Em 1882, surgiu o Banco Nacional do México, como resultado da união do Banco Mercantil Mexicano e do Banco Nacional Mexicano.

Nesse banco, os impostos eram coletados, eles eram responsáveis ​​pelo Tesouro Geral e concediam empréstimos ao governo. O objetivo era que o México entrasse na economia internacional como exportador de produtos agrícolas ou minerais.

Dessa forma, o México se tornou um importante exportador de matérias-primas e a primeira revolução industrial ocorreu no país.

Atividade marítima e portuária

Entre os anos de 1884 e 1889, a marinha estava em um estado “deplorável”. Para o ano de 1897, foi inaugurada a Escola Militar Naval, que preparava oficiais para a Marinha. Da mesma forma, foram criadas as empresas Transatlántica Mexicana, Mexicana de Navegação e Naviera del Pacífico.

Devido ao aumento do tráfego marítimo, que estava se tornando insuficiente para os portos, outros como Veracruz, Manzanillo, Tampico, entre outros, foram aprimorados. Durante o governo de Díaz, o trabalho no setor marítimo e portuário foi realizado continuamente.

A criação de vários faróis começou na costa mexicana, foi estudada a melhor localização para o porto de Campeche e foram criadas melhorias no porto de Manzanillo.

Sociedade durante o porfiriato

A principal característica da sociedade mexicana durante o Porfiriato era a profunda desigualdade que havia nele. A estabilidade econômica foi alcançada, mas à custa de deixar boa parte da população para trás e suprimir a liberdade.

Por um lado, a Cidade do México se consolidou como o centro cultural e político do país. Grandes obras arquitetônicas começaram a aparecer e a alta sociedade desfrutou da cultura.

Por outro lado, os trabalhadores nunca notaram a melhora econômica. A exploração do trabalho era a norma, em fábricas ou em fazendas; o que eles ganharam não foi suficiente para sobreviver. Uma estimativa aproximada é de 860 mil trabalhadores apenas nos campos industrial e de mineração.

Finalmente, os povos indígenas também viram seus direitos diminuídos. Parte de suas terras foi retirada e vendida para capital estrangeiro.

Governo Porfirio Díaz

O longo governo de Porfirio Díaz afetou todas as esferas sociais, econômicas e políticas. Da educação às relações com a Igreja foram afetadas pelas características do Porfiriato.

Economia

A melhora econômica nos primeiros anos do Porfiriato foi evidente. O país chegou ao ponto de obter excedentes e pagar a dívida com os Estados Unidos. Da mesma forma, prosseguiu uma industrialização que deixou a agricultura em segundo plano.

O preço a pagar foi a desigualdade social e a perda dos direitos trabalhistas. Os trabalhadores das haciendas ou da indústria de mineração tinham salários muito baixos, além de longas horas sem fim. Além disso, parte das novas indústrias e terras passaram para mãos estrangeiras.

Repressão e autoritarismo

A repressão violenta foi amplamente utilizada, primeiro com a desculpa de pacificar o país e, posteriormente, para proteger o sistema econômico criado pelos Porfiriato contra os protestos dos trabalhadores.

Por outro lado, uma das características mais pronunciadas desse período foi o acentuado autoritarismo e personalismo com os quais Díaz realizou as tarefas do governo.

Igreja

Governos anteriores haviam removido muitos dos privilégios históricos da Igreja Católica. Com Porfirio Díaz, essa instituição recuperou parte desse poder.

Um dos aspectos mais importantes foi a possibilidade de obter o dízimo. Os pequenos proprietários foram os mais afetados por esse pagamento obrigatório à Igreja.

Educação e cultura

A educação e a cultura também passaram por mudanças, começando pela filosofia que as sustentava.

Esses campos foram inspirados pelo positivismo, muito em voga na época. A história e seu reflexo tornaram-se parte fundamental nos dois campos.

Crise

No início do século XX, o Porfiriato começou a mostrar sinais de exaustão. O clima social, bem como a desaceleração da economia, causavam cada vez mais descontentamentos.

O presidente parecia mostrar sinais de aceitação de eleições democráticas. Assim, em uma famosa entrevista com o jornalista americano James Creelman, concedida em 1908, ele afirmou que nas eleições de 1910 era possível que algum partido da oposição tivesse permissão para participar.

Essas palavras encorajaram os oponentes do regime e movimentos políticos começaram a aparecer para formar partidos.

Francisco I. Madero

Entre os oponentes, destacou-se Francisco Ignacio Madero, que se colocou à frente do movimento antiporfiriato. Ele apresentou sua candidatura no início de 1910 e sua campanha eleitoral foi um verdadeiro sucesso.

No entanto, as palavras de Diaz nada mais eram do que uma miragem. Quando o governo percebeu que Madero poderia ser um rival muito difícil, começou a prender seus partidários e, finalmente, o próprio candidato.

Eleições

Com esta situação, Porfirio vence na votação. Madero tem que se exilar para os Estados Unidos, de onde lança o Plano de San Luis.

Em sua proclamação, ele ignora Díaz como presidente e incentiva os mexicanos a se levantarem contra ele. A data escolhida para o início da revolta foi em 20 de novembro.

Fim do porfiriato

As forças de segurança do governo reagem ao plano prendendo ou assassinando alguns de seus líderes, como Aquiles Serdán. No entanto, a revolta foi quase geral, alcançando grandes progressos em alguns meses.

Em abril de 2011, quase todos os estados tinham grupos revolucionários ativos. A batalha de Ciudad Juárez, com a vitória dos oponentes, faz Díaz começar a considerar sua renúncia. De fato, no final de maio, todo o seu governo renunciou.

Finalmente, em 25 de maio, com mais de mil pessoas se manifestando, a Câmara dos Deputados aprovou a renúncia do presidente, que acabou tendo que se exilar. O porfiriato terminou e a Revolução Mexicana começou.

Referências

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