Romance mourisco: origem, características, representantes e obras

O romance mourisco é um subgênero literário que se desenvolveu na Península Ibérica durante a Idade Média e o Renascimento. Originado a partir das influências culturais dos povos árabes e muçulmanos que habitavam a região, o romance mourisco apresenta características como a presença de elementos fantásticos, aventuras emocionantes, amores proibidos e cenários exóticos.

Alguns dos principais representantes do romance mourisco são autores como Miguel de Cervantes, Garcilaso de la Vega e Lope de Vega, que exploraram temas como a convivência entre cristãos e muçulmanos, a luta contra a opressão e a busca pela liberdade.

Dentre as obras mais conhecidas desse gênero, destacam-se “El Abencerraje” de Antonio de Villegas, “La cautiva” de Cervantes e “La reina mora” de Lope de Vega. Essas obras retratam de forma vívida e envolvente o universo cultural e histórico dos povos mouriscos, contribuindo para a preservação e difusão dessa rica tradição literária.

Romance Histórico: Autores renomados e obras clássicas que marcaram época na literatura.

O Romance Histórico é um gênero literário que se caracteriza por mesclar ficção e elementos históricos, transportando o leitor para diferentes épocas e contextos culturais. Autores renomados como Walter Scott, Alessandro Manzoni e Victor Hugo são conhecidos por suas obras clássicas que marcaram época na literatura, como “Ivanhoé”, “Os Noivos” e “Os Miseráveis”.

Agora, vamos falar sobre o Romance mourisco, um subgênero do Romance Histórico que tem origem na cultura árabe e hispânica. Caracterizado por tramas envolventes, cenários exóticos e personagens misteriosos, o Romance mourisco conquistou leitores ao redor do mundo.

Alguns representantes importantes deste subgênero são Chateaubriand, Washington Irving e Gustave Flaubert. Suas obras, como “Atala”, “Contos da Alhambra” e “Salambô”, transportam o leitor para o mundo fascinante da cultura mourisca, repleto de intrigas, paixões e tradições milenares.

Com uma narrativa envolvente e rica em detalhes históricos, o Romance mourisco cativa os leitores e os transporta para um universo exótico e misterioso, repleto de aventuras e emoções intensas.

Principais autores e obras do romance histórico brasileiro: um panorama literário fascinante.

O romance histórico brasileiro é um gênero literário que tem como objetivo recriar eventos do passado, misturando fatos reais com elementos fictícios. Nesse contexto, o Romance mourisco se destaca como uma vertente que retrata a presença dos mouros no Brasil durante o período colonial.

Com origem na Península Ibérica, o Romance mourisco chegou ao Brasil através das influências culturais deixadas pelos colonizadores portugueses. Caracterizado por narrativas que abordam a convivência entre mouros e cristãos, esse tipo de romance costuma explorar temas como a tolerância religiosa e os conflitos culturais.

Entre os representantes mais conhecidos do Romance mourisco no Brasil, destacam-se autores como José de Alencar, com a obra “O Guarani”, e Gonçalves Dias, com “Os Timbiras”. Ambas as obras apresentam personagens que representam a miscigenação cultural entre indígenas, europeus e mouros, criando tramas envolventes que misturam elementos históricos com ficção.

Além desses autores, outros nomes importantes do romance histórico brasileiro que exploraram o tema mourisco incluem Franklin Távora, com “O Cabeleira”, e Visconde de Taunay, com “Inocência”. Essas obras contribuíram para a consolidação do Romance mourisco como um subgênero relevante da literatura brasileira, enriquecendo o panorama literário nacional com narrativas que resgatam parte da história e da cultura do país.

Em suma, o Romance mourisco se destaca como uma vertente do romance histórico brasileiro que retrata a presença dos mouros no Brasil colonial, explorando temas como a convivência entre diferentes culturas e religiões. Com representantes renomados e obras marcantes, esse subgênero literário contribui para a diversidade e a riqueza da literatura nacional, proporcionando ao leitor uma viagem fascinante ao passado.

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Amores épicos em cenários históricos: exemplos de romance que marcaram época.

Os Amores épicos em cenários históricos são uma temática recorrente na literatura, explorando romances que se passam em épocas marcantes da história. Um exemplo desse tipo de romance são os Amores mouriscos, que retratam a relação entre personagens em meio aos conflitos entre muçulmanos e cristãos na Península Ibérica durante a Idade Média.

O Romance mourisco tem origem na literatura espanhola e portuguesa, sendo influenciado pela presença dos mouros na região. Suas características incluem a exaltação da cultura árabe, a descrição de palácios e jardins exuberantes, e o conflito entre os diferentes povos.

Alguns representantes importantes do Romance mourisco são autores como Garcia Lorca, Fernando Pessoa e Miguel de Cervantes, que exploraram esse tema em suas obras. Entre os principais trabalhos que abordam os Amores mouriscos estão “Bodas de Sangue”, “Mensagem” e “Dom Quixote”.

Esses romances marcaram época por apresentarem histórias de amor intensas e proibidas, situadas em cenários repletos de conflitos e tensões políticas. A mistura entre a realidade histórica e a ficção amorosa torna essas obras cativantes e memoráveis para os leitores.

Obras de romance histórico que te transportarão para diferentes épocas e lugares.

O romance histórico é um gênero literário que nos permite viajar no tempo e no espaço, mergulhando em diferentes épocas e lugares através da imaginação do autor. Entre os diversos subgêneros dentro do romance histórico, o romance mourisco se destaca pela sua abordagem das relações entre cristãos e muçulmanos na península ibérica durante a Idade Média.

O romance mourisco tem suas origens na literatura espanhola e portuguesa, e geralmente retrata os conflitos e as interações entre as culturas cristã e muçulmana. Suas características incluem cenários exóticos, intrigas palacianas, amores proibidos e batalhas épicas. Alguns dos representantes mais conhecidos do romance mourisco são Miguel de Cervantes, autor de “La Gran Sultana” e “Los baños de Argel”, e Francisco de Quevedo, autor de “La fortuna con seso” e “El Buscón”.

Se você está em busca de obras de romance histórico que te transportarão para diferentes épocas e lugares, não deixe de explorar os clássicos do romance mourisco. Com sua mistura de história, cultura e romance, essas obras irão cativar sua imaginação e te fazer viajar para um mundo fascinante e cheio de aventuras.

Romance mourisco: origem, características, representantes e obras

O romance mourisco é um gênero literário que trata das relações entre mouros e cristãos na Espanha nos séculos XVI e XVII. Esse tipo de romance foi baseado em eventos reais para contar histórias idealistas sobre quais deveriam ser as relações entre os espanhóis divididas por suas crenças religiosas.

Maurophilia ou Islamophilia é a admiração de tudo relacionado à cultura moura, então esse termo geralmente está relacionado ao romance mourisco: através dessas histórias, cujos protagonistas costumavam ser muçulmanos, as qualidades e valores daqueles que praticavam o Religião islâmica

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Ginés Pérez de Hita, autor do livro cuja capa aparece na imagem, foi um dos principais representantes desse gênero. Fonte: Автор книги Хинес Перес де Ита [Domínio público]

O caráter cavalheiresco e as questões relacionadas à religião e ao amor fazem do romance mouro parte do que é considerado a Idade de Ouro da literatura espanhola.

Origem

O relato mourisco nasceu no período posterior da Reconquista Espanhola (século VIII a XV), em que os reis católicos espanhóis recuperaram o território peninsular conquistado pelos mouros no século VIII.

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No decorrer desta Reconquista, também nasceu a Inquisição, através da qual muçulmanos, judeus e hereges foram perseguidos e torturados.

Como conseqüência dessas guerras e perseguições, em Granada (o último reino muçulmano reconquistado) houve uma percepção negativa de toda a cultura moura que reinou por oito séculos, gerando que as relações entre católicos e muçulmanos que moravam juntos em um só lugar eram conflitantes.

Nessa época, os muçulmanos eram forçados a se converter ao cristianismo, ao exílio ou a praticar sua fé nas condições estabelecidas pelos governantes.

Perante esta situação e com o surgimento de romances de cavalaria na época, o romance mourisco se originou como narrativas românticas e cavalheirescas ambientadas nessa realidade, mas com personagens muçulmanos fictícios dotados de coragem e galanteria.

Caracteristicas

– Ao misturar personagens cristãos e mouros, a principal característica do romance mouro é que seus protagonistas são muçulmanos.

– Procure mostrar um ideal do que deveria ser a coexistência pacífica entre pessoas com diferentes crenças religiosas e limpar a imagem dos muçulmanos, descrevendo seus protagonistas como boas pessoas honradas e admiráveis.

-Embora seja de natureza idealista e seus personagens e suas histórias sejam ficção, possui características históricas inovadoras, porque o contexto de sua narração são eventos reais que ocorreram durante a conquista muçulmana e a Reconquista Espanhola.

N As histórias contadas são curtas, geralmente não muito longas, uma vez que são frequentemente encontradas em outro longo romance.

Nesses romances, a atmosfera ou a decoração do local onde os eventos acontecem são descritas em detalhes.

Representantes e obras

Ginés Pérez de Hita

Um dos principais expoentes do romance mouro é o espanhol Ginés Pérez de Hita, que experimentou diretamente os confrontos sociais e de guerra entre mouros e cristãos.

Há registros de sua vida nas cidades de Lorca e Murcia. Por causa de seu trabalho como sapateiro, lá ele se relacionou com especialistas muçulmanos na área e, ao mesmo tempo, teve que lutar contra eles em batalhas pelo levante mouro.

Seu trabalho foi estudado por historiadores e por escritores literários, pois narra situações conflitantes das quais ele participou, a ponto de dar valor documental a algumas de suas histórias e dificultar a distinção entre o real e o imaginário.

Pérez de Hita ilustrou uma coexistência pacífica com direitos iguais para todos, denotando alta estima pelos muçulmanos e seus valores. Seus trabalhos mais conhecidos são os seguintes:

História dos lados de Zegríes e Abencerrajes. Primeira parte das guerras de Granada , Saragoça .

Os dezessete livros de Daris del Bello Troyano .

Segunda parte das guerras civis de Granada , Cuenca .

Livro da população da cidade nobre e leal de Lorca.

Alemão Mateo

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Mateo Alemán era um comerciante e contador espanhol que, por seu trabalho, teve a oportunidade de viajar por diferentes províncias espanholas fazendo inspeções de negócios.

Nessas inspeções, ele pôde ter contato com trabalhadores ou escravos mouros e escreveu os eventos narrados por eles.Após sua aposentadoria, ele conseguiu terminar de escrever e publicar romances com base em anedotas coletadas durante suas viagens e inspeções.

Ao contrário de Pérez de Hita, em sua obra principal Historia de Ozmín y Daraja – contida em seu livro Primeira Parte de Guzmán de Alfarache – Alemán não apresenta a cultura muçulmana como digna de admiração e de seguir.

No entanto, propõe respeito aos seus direitos ao narrar as dificuldades pelas quais seus protagonistas estão passando porque são apenas muçulmanos.

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História de Abencerraje e a bela Jarifa

Embora seu autor seja desconhecido, este trabalho é a representação máxima do romance mouro, além de ser considerado o primeiro conhecido nesse estilo, em termos cronológicos.

Seu conteúdo é considerado influência para Cervantes, Lope de Vega, Pérez de Hita e vários autores da Espanha e da Europa.

Conte a história de amor entre Abindarráez e Jarifa. Abindarráez é um mouro que cai prisioneiro e conta ao seu captor cristão (Don Rodrigo de Narváez) a história de seu amor por Jarifa e como ele prometeu se casar com ela e fugir.

Narváez, emocionado com a dor de Abindarráez, o liberta para ir ao encontro de Jarifa com a promessa de retornar à prisão em três dias.

Abindarráez procura Jarifa e volta com ela para a prisão. Vendo que Abindarráez mantém sua palavra, Narváez o libera. O casal tenta recompensar Narváez financeiramente, mas ele se recusa.

Los Abencerrajes, família de onde veio Abindarráez, e Don Rodrigo de Narváez existiam na vida real, mas não há evidências da existência dessa história de amor.

Essa dualidade é uma das principais características do romance mourisco e, juntamente com o tom cavalheiresco e a amizade que surge entre captor e prisioneiro de diferentes religiões, fazem deste trabalho uma de suas melhores referências.

Referências

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