Síndrome de Genovese: o que é e como afeta a psicologia social

A Síndrome de Genovese é um fenômeno psicossocial que ficou conhecido após o trágico assassinato de Kitty Genovese em 1964, em Nova York. Este caso chocante revelou a tendência das pessoas em não intervir ou ajudar em situações de emergência quando estão em grupo, devido à influência de fatores como difusão de responsabilidade e conformidade social. A Síndrome de Genovese levanta questões importantes sobre a influência do contexto social no comportamento humano e como a psicologia social pode ajudar a compreender e prevenir atitudes omissas em situações de necessidade.

Impacto do observador na experiência artística: influência do espectador no entendimento da obra.

A arte, de forma geral, é uma forma de expressão que permite ao artista transmitir suas emoções, pensamentos e visões de mundo para o público. No entanto, o impacto do observador na experiência artística não deve ser subestimado. O espectador desempenha um papel crucial no entendimento da obra, pois sua interpretação e percepção da arte são influenciadas por uma série de fatores, como sua bagagem cultural, experiências pessoais e estado emocional no momento da observação.

Quando um espectador se depara com uma obra de arte, ele traz consigo suas próprias vivências e referências, que moldam sua percepção e interpretação da obra. Por exemplo, uma pessoa que cresceu em um ambiente urbano pode ter uma percepção diferente de uma pintura de uma paisagem rural em comparação com alguém que passou a vida no campo. Da mesma forma, o estado emocional do observador no momento da observação pode influenciar sua interpretação da obra, levando-o a ver significados e emoções que podem não ser evidentes para outra pessoa.

Além disso, a interação entre o observador e a obra de arte pode gerar novos significados e interpretações. O espectador pode trazer suas próprias experiências e emoções para a obra, criando uma conexão pessoal que enriquece sua compreensão e apreciação da arte. Essa troca entre o observador e a obra torna a experiência artística única e subjetiva, refletindo a complexidade da percepção humana.

Síndrome de Genovese: o que é e como afeta a psicologia social

A Síndrome de Genovese, também conhecida como o Efeito Espectador, refere-se a um fenômeno psicológico em que indivíduos são menos propensos a intervir em situações de emergência quando há outras pessoas presentes. O nome da síndrome é inspirado no caso de Kitty Genovese, uma mulher que foi brutalmente assassinada do lado de fora de seu prédio em Nova York, enquanto 38 testemunhas ignoraram seus gritos de socorro.

Esse fenômeno revela como a presença de outras pessoas pode influenciar o comportamento humano em situações de crise. A teoria por trás da Síndrome de Genovese sugere que, quando há várias testemunhas em uma situação de emergência, cada indivíduo tende a assumir que os outros irão intervir, levando à chamada “diluição da responsabilidade”. Em outras palavras, a responsabilidade de agir é distribuída entre os observadores, o que pode resultar em inação e falta de intervenção.

O estudo desse fenômeno na psicologia social tem levado a uma maior compreensão dos fatores que influenciam o comportamento humano em situações de emergência. A Síndrome de Genovese destaca a importância da responsabilidade individual e da intervenção em situações de perigo, mesmo quando há outras pessoas presentes. A conscientização sobre esse fenômeno pode ajudar a promover a solidariedade e a empatia em nossa sociedade, incentivando as pessoas a assumirem a responsabilidade por ajudar aqueles que precisam, independentemente da presença de outros observadores.

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A dispersão da responsabilidade: o fenômeno que dilui a culpa em situações coletivas.

A dispersão da responsabilidade é um fenômeno psicológico que ocorre em situações coletivas, onde cada indivíduo tende a sentir menos responsabilidade por suas ações, uma vez que a responsabilidade é compartilhada com os outros membros do grupo. Isso pode levar a um comportamento irresponsável, onde as pessoas se sentem menos culpadas por suas ações, pois acreditam que não são as únicas responsáveis.

Um exemplo clássico desse fenômeno é o caso da Síndrome de Genovese, um trágico evento que ocorreu em 1964, onde uma mulher chamada Kitty Genovese foi brutalmente assassinada do lado de fora de seu prédio, enquanto várias testemunhas ignoraram seus gritos de socorro. Esse caso chocou o mundo e levantou questões sobre a omissão de socorro e a dispersão da responsabilidade em situações de emergência.

A Síndrome de Genovese afeta a psicologia social ao mostrar como a presença de outras pessoas pode influenciar o comportamento individual. O medo de agir sozinho, a incerteza sobre a gravidade da situação e a suposição de que outra pessoa irá intervir podem levar as pessoas a não agirem em situações de emergência. Isso demonstra como a dispersão da responsabilidade pode diluir a culpa e levar a consequências graves.

Impacto do observador na psicologia: como a percepção influencia os comportamentos e emoções.

O impacto do observador na psicologia é um fenômeno importante que mostra como a percepção pode influenciar os comportamentos e emoções das pessoas. A forma como um indivíduo é observado por outros pode afetar sua maneira de agir e sentir em determinadas situações. A percepção do observador pode moldar a autoimagem e a autoestima de uma pessoa, influenciando diretamente seu comportamento e suas emoções.

Por exemplo, se alguém se sente constantemente observado e julgado por outras pessoas, isso pode causar ansiedade, insegurança e baixa autoconfiança. Por outro lado, se uma pessoa se sente apoiada e valorizada por seu observador, isso pode gerar sentimentos de segurança, autoestima e motivação.

A Síndrome de Genovese é um exemplo clássico de como a percepção dos observadores pode afetar o comportamento das pessoas em situações de emergência. O caso de Kitty Genovese, uma mulher que foi brutalmente assassinada do lado de fora de seu prédio, enquanto diversos vizinhos ouviam seus gritos de socorro e não fizeram nada para ajudá-la, mostrou como a presença de múltiplos observadores pode levar à inação e omissão de socorro.

A psicologia social estuda como a percepção dos observadores pode influenciar o comportamento humano em diferentes contextos sociais. A Síndrome de Genovese é um exemplo extremo de como a presença de muitos observadores pode levar à difusão da responsabilidade e à falta de ação em situações de emergência.

A forma como somos observados por outros pode afetar profundamente nossa maneira de agir e sentir, destacando a importância da percepção e da interação social em nossas vidas.

Exemplos de comportamento de espectador em situações de emergência e intervenção.

A Síndrome de Genovese é um fenômeno psicológico que ganhou destaque na psicologia social. Ela se refere à tendência das pessoas em não intervir ou prestar ajuda em situações de emergência quando estão em grupo. Isso ocorre devido ao efeito de espectador, no qual as pessoas assumem que alguém mais irá agir, levando à inação.

Um exemplo clássico desse comportamento é o caso de Kitty Genovese, uma jovem que foi brutalmente assassinada do lado de fora de seu prédio, enquanto diversos vizinhos testemunhavam o crime e não fizeram nada para interferir ou chamar a polícia. Esse caso chocou o mundo e levou os pesquisadores a investigarem o fenômeno do espectador em situações de emergência.

Em situações de emergência, é comum as pessoas hesitarem em agir quando estão em grupo, pois a responsabilidade é diluída entre os presentes. No entanto, quando uma única pessoa percebe a necessidade de intervenção e age, os outros tendem a seguir seu exemplo. Esse é o princípio da intervenção, no qual a ação de um indivíduo pode influenciar o comportamento dos demais.

A Síndrome de Genovese ilustra como a psicologia social pode influenciar o comportamento humano em situações de emergência. A compreensão desse fenômeno é essencial para promover a solidariedade e a ajuda mútua em momentos críticos. É importante estar ciente do efeito de espectador e da importância da intervenção individual para evitar tragédias como a de Kitty Genovese.

Síndrome de Genovese: o que é e como afeta a psicologia social

Síndrome de Genovese: o que é e como afeta a psicologia social 1

A “Síndrome de Genovese”, também conhecida como Efeito Espectador, é um conceito que serviu para explicar o fenômeno psicológico pelo qual uma pessoa é imobilizada no momento de testemunhar uma situação de emergência em que se espera que ela forneça apoio a alguém que corre Um perigo importante.

Neste artigo, veremos o que é a síndrome de Genovese , por que foi chamada dessa maneira e qual tem sido sua importância, tanto na psicologia quanto na mídia.

Kitty Genovese e o efeito espectador

Catherine Susan Genovese, mais conhecida como Kitty Genovese, era uma americana de ascendência italiana que cresceu no bairro de Brooklyn em Nova York. Ele nasceu em 7 de julho de 1935, sua família se mudou para Connecticut e trabalhou como gerente de restaurante.

Pouco mais podemos dizer sobre a vida dele. O que sabemos, uma vez que gerou todas as séries de hipóteses dentro da psicologia social, é como ela morreu. Na manhã de 13 de março de 1964, Kitty Genovese foi morta enquanto tentava entrar em seu prédio , localizado na cidade de Nova York.

Segundo a versão oficial, o homem que a matou a seguiu de seu carro até o portal do edifício, onde ela a esfaqueou. Kitty tentou evitá-lo e gritou por ajuda por mais de 30 minutos , enquanto o assassino continuava com as agressões e até a estuprava antes de matá-la. O que aconteceu durante esses minutos foi chamado de Síndrome de Genovese: nenhum dos vizinhos tentou ajudá-la.

O prestigioso New York Times divulgou a notícia, pelo jornalista Martin Gansberg. Mais tarde, o assunto foi compilado em um livro cujo autor era o editor do mesmo jornal, AM Rosenthal, intitulado “38 testemunhas”. Entre os eventos narrados, o New York Times disse que, no total, 38 vizinhos testemunharam o assassinato, e nenhum deles se deu ao trabalho de notificar as autoridades .

Por muitos anos, essa versão foi adotada como verdadeira e deu origem a diferentes estudos psicológicos sobre por que as pessoas imobilizam ou se tornam indiferentes à emergência de outras. Esses estudos subsequentemente afetaram a pesquisa científica sobre a inibição do comportamento durante emergências individuais, quando moravam dentro de um grupo.

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Intervenção em emergências: o experimento de Darley e Latané

O experimento pioneiro sobre esse fenômeno foi conduzido por John M. Darley e Bibb Latané, e publicado em 1968. Os investigadores tinham a hipótese de que as pessoas que testemunharam o assassinato não ajudaram precisamente porque eram muitas pessoas. Através de suas pesquisas, eles sugeriram que, quando os participantes eram testemunhas individuais de uma emergência, eram mais propensos a fornecer ajuda. Enquanto, quando uma emergência era testemunhada em um grupo, os participantes eram menos propensos a intervir individualmente.

Eles explicaram que as pessoas se tornavam individualmente indiferentes à emergência quando estavam em grupos , porque supunham que outra pessoa reagiria ou já teria ajudado (justamente porque era uma situação urgente).

Em outras palavras, os pesquisadores concluíram que o número de pessoas que testemunham um ataque é um fator determinante na intervenção individual. Este último foi chamado de “efeito espectador”.

Da mesma forma, em outros experimentos, desenvolveu-se a noção de difusão de responsabilidade , através da qual se explica que a presença de diferentes observadores inibe a resposta de um espectador quando ele está sozinho.

Impacto na mídia da síndrome de Genovese

O que foi recentemente problematizado sobre o caso de Kitty Genovese é a versão do New York Times das circunstâncias em que o assassinato ocorreu. Não só isso foi problematizado, mas o impacto na mídia e na pedagogia dessa versão . As notícias sobre o assassinato de Kitty Genovese geraram hipóteses científicas que foram refletidas em manuais de estudo e livros escolares de psicologia, moldando toda uma teoria sobre comportamentos pró-sociais.

Versões mais recentes do próprio New York Times relatam que alguns fatos foram mal compreendidos e que as notícias iniciais podem ter caído em diferentes preconceitos. A principal crítica foi ter exagerado o número de testemunhas . Recentemente, foi questionado que houve um total de 38 pessoas testemunhando o assassinato.

Investigações jornalísticas posteriores falam da presença de apenas 12 pessoas, que provavelmente não testemunharam o ataque completo, já que este possuía diferentes fases e locais antes de chegar ao assassinato no portal. O número de ataques originalmente propostos pelo New York Times também foi questionado.

Não apenas isso, mas testemunhos recentes falam de pelo menos dois vizinhos chamando a polícia ; enfatizando as investigações realizadas décadas atrás pelo jornal americano e a inatividade das autoridades diante de um crime que poderia ser facilmente justificado como “apaixonado”. Por fim, e dentro da psicologia social, as variáveis ​​e a abordagem teórica que tradicionalmente basearam o Efeito Espectador foram problematizadas.

Referências bibliográficas:

  • Dunlap, D. (2016). 1964 Quantos testemunharam o assassinato de Kitty Genovese? New York Times Recuperado em 3 de julho de 2018. Disponível em https://www.nytimes.com/2016/04/06/insider/1964-how-many-witnessed-the-murder-of-kitty-genovese.html.
  • Darley, JM e Latane, B. (1968). Intervenção de espectadores em emergências: difusão de responsabilidades. Journal of Personality and Social Psychology, 8 (4, pt. 1): 377-383. Resumo recuperado em 3 de julho de 2018. Disponível em http://psycnet.apa.org/record/1968-08862-001.
  • Comunicação is + D. (2012). Experimentos psicossociais – Nº 7: A difusão da responsabilidade (Darley e Latané, 1968). Recuperado em 3 de julho de 2018. Disponível em http://isdfundacion.org/2012/12/28/experimentos-psicosociales-nº-7-la-difusion-de-la-responsabilidad-darley-y-latane/.

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