O positivismo e o empirismo lógico foram correntes filosóficas importantes no século XIX que buscavam uma abordagem científica e racional para o conhecimento. O positivismo, liderado por Auguste Comte, defendia a ideia de que somente o conhecimento baseado na observação empírica e na experimentação poderia ser considerado válido. Por outro lado, o empirismo lógico, representado por filósofos como Bertrand Russell e Ludwig Wittgenstein, enfatizava a importância da lógica e da linguagem na construção do conhecimento, argumentando que a filosofia deveria se basear em proposições verificáveis empiricamente. Ambas as correntes tiveram influências significativas no desenvolvimento da ciência e da filosofia modernas.
O significado do positivismo durante o século XIX: uma análise historiográfica.
O positivismo durante o século XIX foi uma corrente filosófica que enfatizava a importância da observação empírica e da ciência como meios de compreender o mundo. Surgiu com o pensador francês Auguste Comte, que propôs um método científico baseado na observação dos fatos e na busca por leis gerais que regem a sociedade e a natureza. O positivismo pregava a neutralidade da ciência em relação às questões metafísicas e religiosas, enfatizando a importância do conhecimento objetivo e verificável.
No entanto, é importante ressaltar que o positivismo não se restringia apenas à ciência. Ele também influenciou diversas áreas do conhecimento, como a sociologia, a política e a educação. Para os positivistas, o progresso da humanidade estava ligado ao avanço do conhecimento científico e à aplicação de seus princípios na organização da sociedade.
Paralelamente ao positivismo, surgia o empirismo lógico, uma corrente filosófica que defendia a importância da experiência sensorial na formação do conhecimento. Os empiristas lógicos acreditavam que todas as afirmações deveriam ser verificáveis empiricamente, negando a validade de proposições metafísicas ou teológicas.
Em suma, o positivismo e o empirismo lógico foram correntes filosóficas que marcaram o pensamento do século XIX, defendendo a primazia da observação empírica e da ciência como formas de compreender o mundo e promover o progresso da humanidade.
Entenda as diferenças entre empirismo e positivismo na filosofia moderna.
No século XIX, surgiram duas correntes filosóficas importantes: o empirismo e o positivismo. Enquanto o empirismo defende que todo conhecimento deriva da experiência sensorial, o positivismo sustenta que apenas o conhecimento científico é válido.
O empirismo lógico, influenciado por filósofos como John Locke e David Hume, enfatiza a importância da observação e experimentação para a construção do conhecimento. Para os empiristas, a mente humana é uma “folha em branco” que se preenche com informações a partir da experiência sensorial.
Já o positivismo, desenvolvido por Auguste Comte, propõe que apenas aquilo que pode ser comprovado empiricamente ou logicamente é válido. Para os positivistas, a filosofia deve se basear nos métodos das ciências naturais, rejeitando especulações metafísicas ou teológicas.
Ambas as correntes tiveram grande influência no desenvolvimento da filosofia moderna e na forma como entendemos o mundo ao nosso redor.
Princípios do positivismo lógico: conceitos, observações e análises científicas para compreender a realidade.
O século XIX foi marcado pelo surgimento de movimentos filosóficos e científicos que buscavam compreender a realidade por meio de princípios lógicos e empiristas. O positivismo lógico, também conhecido como empirismo lógico, foi uma corrente de pensamento que se destacou nesse contexto.
Os princípios do positivismo lógico tinham como base a ideia de que o conhecimento só poderia ser adquirido por meio da observação e da análise científica. Dessa forma, conceitos abstratos ou metafísicos eram considerados sem sentido, pois não podiam ser verificados empiricamente.
Os positivistas lógicos acreditavam que a linguagem deveria ser clara e precisa, evitando ambiguidades e contradições. A análise lógica das proposições era fundamental para garantir a validade do conhecimento produzido.
Por meio da observação e da experimentação, os positivistas lógicos buscavam compreender os fenômenos naturais e sociais de forma objetiva e racional. A ciência era vista como o único caminho para alcançar o conhecimento verdadeiro e confiável.
A busca por conceitos claros, observações precisas e análises científicas rigorosas era o cerne dessa abordagem, que teve um impacto significativo no pensamento do século XIX.
Principais características do positivismo: conheça as 3 principais características dessa corrente filosófica.
O positivismo foi uma corrente filosófica que ganhou destaque no século XIX, influenciando diversas áreas do conhecimento. Entre suas principais características, destacam-se a ênfase na observação dos fatos, a valorização da ciência como principal fonte de conhecimento e a defesa do método indutivo como base para a investigação.
Uma das principais características do positivismo é a valorização da observação dos fatos concretos, rejeitando especulações metafísicas e teorias sem embasamento empírico. Para os positivistas, o conhecimento deve ser baseado em dados observáveis e verificáveis, contribuindo para o avanço da ciência.
Além disso, o positivismo defende a ciência como principal fonte de conhecimento, acreditando que apenas através do método científico é possível alcançar a verdade. Os positivistas consideram a experimentação e a observação como fundamentais para a construção do conhecimento, buscando sempre a objetividade e a imparcialidade na investigação.
Por fim, a corrente positivista enfatiza o método indutivo como base para a investigação, partindo de observações particulares para chegar a generalizações sobre o mundo. Para os positivistas, a racionalidade e a lógica são essenciais para a construção do conhecimento, garantindo a validade e a confiabilidade das conclusões alcançadas.
Em suma, o positivismo se destaca por sua abordagem empiricista e científica, valorizando a observação dos fatos, o método indutivo e a ciência como principais pilares para a busca do conhecimento.
Positivismo e empirismo lógico no século XIX
O termo positivismo deriva de August Comte . Por causa de seu trabalho crítico, Hume pode ser considerado o primeiro grande positivista. Ele destacou a impossibilidade de o raciocínio dedutivo produzir afirmações de fato, uma vez que a dedução ocorre e afeta um segundo nível, o dos conceitos.
Positivismo e Empirismo Lógico
O desenvolvimento do termo positivismo tem sido, no entanto, incessante. As afirmações básicas do positivismo são:
1) Que todo o conhecimento dos fatos se baseia em dados de experiência “positivos” . -que essa realidade existe, a crença oposta é chamada solipsismo-.
2) Que além do reino dos fatos há lógica e matemática pura , reconhecidas pelo empirismo escocês e especialmente por Hume como pertencentes à “relação de idéias”.
Numa fase posterior do positivismo, as ciências assim definidas adquirem um caráter puramente formal.
Mach (1838-1916)
Ele afirma que todo conhecimento factual consiste na organização conceitual e na elaboração dos dados da experiência imediata. Teorias e concepções teóricas são apenas instrumentos de previsão.
Além disso, as teorias podem mudar, enquanto os fatos da observação mantêm regularidades empíricas e constituem um terreno firme (imutável) para que o raciocínio científico seja fundamentado. Filósofos positivistas radicalizaram o anti-intelectualismo empirista, mantendo uma visão utilitarista radical das teorias.
Avenarius (1843-1896)
Ele desenvolveu uma teoria do conhecimento biologicamente orientada que influenciou bastante o pragmatismo americano. Assim como as necessidades de adaptação desenvolvem órgãos nos organismos – lamarckismo -, o conhecimento desenvolve teorias para a previsão de condições futuras.
O conceito de causa é explicado como uma função da regularidade observada na sucessão de eventos ou como uma dependência funcional entre variáveis observáveis. As relações causais não são logicamente necessárias, são apenas contingentes e determinadas pela observação e, principalmente, pela experimentação e generalização indutiva – Hume -.
Muitos cientistas do século XX, seguindo o caminho aberto por Mach, ao qual foi acrescentada a influência de alguns “filósofos da matemática”, como Whithead, Russell, Wittgenstein, Frege, etc., mais ou menos unanimemente reunidos em torno do problema positivista da legitimidade das teorias científicas.
Russell afirma: “Ou sabemos alguma coisa, independentemente da experiência, ou a ciência é uma quimera.”
Alguns filósofos da ciência, conhecidos como grupo do Círculo de Viena, estabeleceram os princípios do empirismo lógico:
1. Primeiro, eles acreditavam que a estrutura lógica de algumas ciências poderia ser especificada sem levar em consideração seu conteúdo .
2. Segundo, estabeleceram o princípio da verificabilidade , segundo o qual o significado de uma proposição deve ser estabelecido por meio da experiência e observação. Dessa maneira, ética, metafísica, religião e estética estavam além de qualquer consideração científica.
3. Terceiro, eles propuseram uma doutrina unificada da ciência , considerando que não havia diferenças fundamentais entre a física e as ciências biológicas, ou entre as ciências naturais e as ciências sociais. O Círculo de Viena atingiu seu auge durante o período anterior à Segunda Guerra.
Convencionalistas
Outro grupo de indutivistas, de orientação diferente – entre os de influência marxista , conhecida como escola de Franckfurt – são os convencionalistas , que argumentam que as principais descobertas da ciência são, fundamentalmente, invenções de novos sistemas de classificação e mais simples
As características fundamentais do convencionalismo clássico – Poincaré – são, portanto, decisão e simplicidade. Eles também são, é claro, anti-realistas. Em termos de Karl Popper (1959, pág. 79):
“A fonte da filosofia convencionalista parece ser o espanto da austera e bela simplicidade do mundo, revelada nas leis da física. Os convencionalistas (…) tratam essa simplicidade como nossa própria criação … (A natureza não é simples), apenas as “leis da Natureza”; e estes, sustentam os convencionalistas, são nossas criações e invenções, nossas decisões e convenções arbitrárias. ”
Wittgenstein e Popper
Outras formas de pensamento logo se opuseram a essa forma de empirismo lógico: Wittgenstein , também positivista, enfrenta, no entanto, as posições verificacionistas do Círculo de Viena.
Wittgenstein argumenta que a verificação é inútil. Que linguagem pode comunicar “mostra” que é uma imagem do mundo. Para o herdeiro do positivismo lógico de Wittgenstein, as fórmulas lógicas não dizem nada sobre os significados das proposições, mas apenas mostram a conexão entre os significados das proposições.
A resposta fundamental virá da teoria falsificacionista de Popper , que apóia a impossibilidade de uma probabilidade indutiva com o seguinte argumento:
“Em um universo que contém uma quantidade infinita de coisas distinguíveis ou regiões do espaço-tempo, a probabilidade de qualquer lei universal (não tautológica) será igual a zero”. Isso significa que, com o aumento do conteúdo de uma declaração, sua probabilidade diminui e vice-versa. (+ conteúdo = – probabilidade).
Para resolver esse dilema, ele propõe que se tente falsificar a teoria, buscando a demonstração da refutação ou o contraexemplo. Além disso, propõe uma metodologia puramente dedutivista, na verdade dedutiva hipotética-negativa ou falsificacionista.
Em reação a essa abordagem, surge uma série de teóricos que criticam o positivismo lógico – Kuhn, Toulmin, Lakatos e até Feyerabend – apesar de divergirem sobre a natureza da racionalidade exibida pela mudança científica. Eles defendem as noções como uma revolução científica, em oposição ao progresso – Kuhn – ou à intervenção de processos irracionais na ciência – a abordagem anarquista de Feyerabend -.
Os herdeiros de Popper agora se aglutinam sob o racionalismo crítico , em um esforço final para salvar a ciência, a teoria e a noção de “progresso científico”, o que não acontecem sem dificuldade, considerando como alternativas, entre outras, o estabelecimento de Programas de Pesquisa Rival, definidos por suas heurísticas , e que competem entre si.
As dificuldades dos modelos lógicos aplicados à metodologia da Ciência, portanto, podem ser resumidas da seguinte forma:
A indução da teoria, com base em dados particulares, já não era claramente justificada. Uma teoria dedutivista não alcançará nada porque não existem certos princípios gerais dos quais a dedução pode ser derivada. Uma visão falsificacionista é inadequada porque não reflete a prática científica – os cientistas não operam assim, abandonando as teorias, quando apresentam anomalias.
O resultado parece ser um ceticismo generalizado quanto à possibilidade de distinguir entre teorias válidas e teorias ad hoc, razão pela qual tendemos a apelar para a história, ou seja, ao longo do tempo, como o único método seguro, ou pelo menos com certos garantias, para julgar a adequação dos modelos – outra forma de convencionalismo.